No capitulo anterior...

– Ótimo, mas então essa nova secretaria me parece perfeita – falei e vi um sorriso brotar nos lábios de Peter, o mesmo sorriso que vi ao entrar em sua sala.

– Ela é perfeita! – falou Peter com firmeza.

– Ate que enfim você acertou – falei. Assim que me calo o telefone toca me assustando.

– Oi – falou Peter de bom humor atendendo ao telefone – Mande entrar.

– Minha dupla?

– Exatamente – respondeu.

– Ótimo – falei. Dois toques na porta chamou a atenção de Peter.

– Entre.

A porta é aberta e eu continuo de costas para a mesma, não estou nem um pouco interessada em saber quem seja essa pessoa.

– Acho que atrasei – falou uma voz que me fez paralisar no lugar.

Será que o destino poderia ser mais sacana?

Lentamente virei meu rosto para trás e vejo-o ainda de costas, ele fechou a porta e se virou de frente, então vi seu rosto ganhar uma expressão de surpresa, parecia cena de filme, a cena parou e apenas se focavam nossas expressões, nossos olhos se alternavam. Minha mente esvaziou no momento em que pisquei os olhos e abri a boca pra tentar falar alguma coisa, eu precisava falar algo, mas minha mente não elaborava uma fala, eu nem ao menos sabia que conseguiria ter voz pra isso.

– Bella? – perguntou ele com a voz um pouco arrastada.

– E-edward – gaguejei seu nome.

– Essas eram as compras? – perguntou ele com uma expressão de decepção.

– E-eu...

– Falamos sobre isso depois – pediu ele. Abaixei a cabeça envergonhada e assenti.

– Ahm... Vocês já se conhecem? – perguntou Peter um pouco hesitante.

– Sim – respondeu Edward, olhei para ele rapidamente escutando o que ele iria responder – Somos namorados! – Olhei para Peter e ele me olhou surpreso. Peter pigarreou e ajeitou sua gravata.

– Bom... Vamos ao nosso trabalho, temos coisas a conversar – falou Peter pondo uma postura profissional e séria.

– Vamos – murmurei. Edward sem olhar para mim sentou ao meu lado, em uma cadeira separada. Peter olhou de mim para Edward e balançou a cabeça.

– A missão da vez é pra matar um cara que organiza rachas, são rachas ilegais, mas não é esse o problema, o problema começa quando tem um ganhador e ele recebe o seu dinheiro, o organizador do racha paga tudo direito, mas coloca dois homens de vigia no vencedor, logicamente sem o mesmo saber, e quando o vencedor do maior prêmio resolve ir embora eles vão atrás e mata ele, e pegam o dinheiro, mas eles só fazem isso quando o dinheiro é de uma quantia muito alta. Vocês sabem que em uma noite tem vários prêmios, e ele só quer o maior preço.

Peter falava e eu apenas escutava, não processava o que ele dizia. Pois minha cabeça estava em Edward que permanecia ao meu lado sério, minha vontade era de pegar em seus ombros e sacudir ele ate que ele me dissesse o que se passava em sua cabeça, ate que ele tivesse alguma reação, mesmo que essa fosse negativa, só queria saber se minha situação com ele tava muito ruim.

– Temos quanto tempo para essa missão? – perguntou Edward me chamando a atenção

– Dois finais de semana - respondeu Peter olhando pra mim. Apenas assenti com a cabeça, como quem diz: Vou fazer essa missão. Meu olhar deve ter sido o mais inseguro possível, pois ele arqueou as sobrancelhas como quem diz: Certeza? Apenas desviei o olhar para o lado.

– Ótimo – falou Edward – Estou com a missão.

– Isabella?- perguntou Peter.

– Estou com a missão – respondi o mais convicta possível.

– Só isso? Já posso ir? – perguntou Edward já se preparando pra se levantar.

– Na verdade não, mas podem ir. Pelo que vejo é o melhor por agora – falou Peter dando um longo suspiro logo em seguida. –Depois ligo, ou mando por e-mail o que for necessário, o mais importante vocês já sabem, que é a dupla de vocês - falou Peter. Edward se levantou e eu fiz o mesmo. Apenas acenei para Peter, Edward abriu a porta e passou, segurei a porta antes que ela fechasse em minha cara, pois Edward soltou a mesma, nesse momento a vontade de chorar bateu forte, engoli o choro e passei pela porta fechando a mesma atrás de mim.

Tentava acompanhar os passos de Edward.

– Edward – gritei seu nome, ele apenas parou, mas continuou de costas, engoli em seco e andei ate ele – Me descu...

– Me desculpe? É isso que você vai falar? Por favor, poupe-me disso, você nem ao menos deixou completar uma semana de namoro e já mentiu pra mim assim na cara dura – ele falou com um olhar de dor. – Isabella você não sabe o que eu senti no momento em que te vi dentro daquela sala, me senti um tano humilhado – completou ele.

– Eu não queria fazer isso, eu juro. Eu estou me odiando nesse momento.

– Então porque fez? – perguntou ele com um sorriso amargo nos lábios.

– Por que... Porque eu estava insegura em relação ao que você iria falar quando soubesse que eu vinha para a agencia para poder fazer uma missão, eu apenas pensei que você iria me privar de fazer essa missão – expliquei olhando em seus olhos que prestavam atenção em meu olhar, ele analisava minha expressão facial e principalmente meus olhos.

– Eu realmente iria implicar com isso, mas eu iria respeitar o seu desejo, mesmo a contra gosto, eu jamais iria lhe privar de fazer algo que queria, mas logicamente tudo tem suas exceções – ele explicou e nessa hora baixei o olhar.

–Onde eu estava com a cabeça hein? –perguntei para mim mesma em voz alta, senti uma lagrima descer pela minha bochecha, e logo em seguida vieram mais lagrimas – Desculpe-me, por favor? Eu estou desesperada só de pensar que eu acabo de perder a confiança que você construiu. Eu sou uma idiota! – gritei a ultima parte levantando a cabeça, Edward me olhou com um olhar surpreso ao ver que eu chorava, passei as mãos nos olhos e limpei um pouco de minhas lagrimas – Eu queria voltar no tempo, queria poder ter sido um pouco menos covarde sabe? Eu sou uma covarde mesmo, eu... – deixei a frase morrer ao sentir os braços de Edward ao redor de mim, nessa hora o mundo parou e meu cérebro parou de funcionar.

Edward me apertou em seus braços fortemente, eu não conseguia reagir, só conseguia chorar mais ainda e eu soluçava alto. Enterrei meu rosto em seu peito, fazendo com que minhas lagrimas molhasse a blusa de Edward.

– Não chore, por favor! Não quero que chore. – pediu ele em um sussurro em meu ouvido – Me promete que nunca mais vai mentir pra mim?

– Prometo, prometo o que você quiser, só não me abandone, não quero mais perder quem eu amo, não quero ser abandonada novamente – falei chorando mais.

– Não vou te abandonar, e eu te perdoo por que...

– Bella! – escutei o grito de Peter interromper o que Edward iria falar. Soltei-me dos braços de Edward e virei para Peter que me olhou com um olhar perdido ao ver minha situação, enxuguei um pouco as lagrimas e funguei – Desculpe interromper, mas eu não podia deixar você sair daqui desse jeito, tão perdida do jeito que saiu da minha sala - falou Peter, sem pensar em nada fui ate Peter e o abracei forte – Oh minha pequena! Não chore, pelo que vejo já está tudo bem, porque ainda chora?- enquanto ele o falava me afagava a cabeça.

– É bom saber que posso contar com você, você é o melhor! – falei o abraçando mais forte.

– Eu só não mato Edward por fazer você chorar porque eu não tenho realmente certeza do que aconteceu, mas pelo que vi você foi quem errou – falou ele.

– Não me lembre disso! – pedi com a voz arrastada e sofrida.

– Desculpe, agora me solta que seu namorado ta nos olhando estranho – falou ele com um tom divertido, me soltei dele e dei um pequeno sorriso. – Cuida dela ta legal? Mulher como ela você nunca, mas nunca mesmo vai encontrar, espero sinceramente não precisar ter que te caçar caso faça algo de ruim pra ela – falou Peter bem sério e com um olhar que me fez ter certeza de que ele não brincava.

– Não farei nada de ruim a ela, e eu sei que mulher como minha Bella não existe – falou Edward sério e convicto.

– Já vou indo – avisou Peter – Se cuida vocês dois - falou ele saindo. Olhei para Edward e ele me deu um mínimo sorriso e me estendeu a mão, fui ate ele e segurei sua mão.

– Me dê sua chave – pediu ele.

– Pra?

– Pra dirigir - respondeu

– Não veio de carro?

– Não, peguei uma carona com Carliste – explicou. Tirei a chave do bolso e dei em sua mão. Entramos no elevador.

– Está muito chateado comigo? – perguntei dentro do elevador.

– Sendo sincero, eu estou, mas eu não consigo ter raiva, ou coisa maior. Eu já te perdoei, isso que importa – falou ele e beijou minhas testa.

– Eu estou me odiando.

– Não se odeie, não precisa disso – pediu ele e eu apenas dei um mínimo sorriso.

(...)

Todo o caminho para casa eu pensava sobre ter mentido para Edward, mas não só nisso, mas também no porque ele não ter me falado que ia à Agencia.

– Edward...

– Oi? – perguntou parando o carro em frente minha casa.

– Porque não me falou que ia à agencia? – perguntei olhando para ele.

– Bom lembra que te perguntei se você ia sair? – perguntou apenas balancei a cabeça em um silencioso sim. – Eu ia perguntar se você não iria querer ir comigo, e de lá quem sabe nós poderíamos comer alguma coisa, apenas nos divertir juntos – explicou.

– Estraguei seus planos, quase acabo com nosso relacionamento – falei de cabeça baixa – Será mesmo que foi quase? Será que eu não estraguei de vez? – perguntei. Senti sua mão na minha mão e ele apertou a mesma.

– Deixa disso, você apenas me deixou decepcionado, mas ficar sem você eu não posso – falou ele - Não posso mesmo – sussurrou ele perto de mim, ele colocou sua mão em meu queixo, e levantou minha cabeça lentamente, fechei os olhos. Senti sua respiração se aproximar de meu rosto, ele selou nossos lábios lentamente, nossos lábios se moviam com leveza e suavidade, sua língua era habilidosa, ágil. Dei-lhe um selinho e abri os olhos encontrando seu olhar me analisando, ele sorriu e beijou a ponta do meu nariz.

– Quer entrar? – perguntei sorrindo.

– Vou sim, preciso que Carliste venha me buscar, estou sem carro – falou ele, sorri.

– Espero que ele demore um pouco – falei abrindo a porta do carro.

– Eu também – ouvi Edward falar, e logo ele estava ao meu lado e segurando minha mão, andamos em direção a porta. Abri a porta e entrei na frente, Edward fechou a porta e ficou do meu lado. Escutei passos, que com certeza eram de Billy, o vi na porta e ele ficou alternando olhares entre mim e Edward, piscou e deu um sorriso desajeitado.

– Olá Edward – cumprimentou educadamente, discretamente Billy me olhou com um olhar interrogativo.

– Olá Billy – respondeu Edward com um sorriso. Billy olhou de mim para Edward novamente e colocou as mãos nos bolsos, olhou para o lado e suspirou.

– Eu vou indo, deixar vocês sozinhos – falou ele balançando a cabeça e saiu.

Edward me olhou, apenas dei de ombros.

– Ele ta preocupado, porque eu falei a ele que menti pra você – falei envergonhada só de lembrar-se do que fiz.

– Ah... ok – falou Edward. – Achei que ele se incomodasse com minha presença, sei lá, ele agiu muito estranho – falou Edward e eu dei uma risada.

– Ele teme por mim, ele viu o quanto estava sofrendo quando cheguei do colégio – falei e suspirei.

– Entendo – falou – Vou ligar pra Carliste.

– Ok, vou está na sala – avisei e sai indo pra sala, sentei no sofá e liguei a TV. Billy deve ta se perguntando o que aconteceu, terei muito tempo para explicar isso, por enquanto irei aproveitar a presença de Edward. Nem prestava atenção na TV ligada.

– Ele disse que vai demora alguns minutinhos – falou a voz de Edward, e logo ele senta do meu lado no sofá. Fui pra mais perto dele e me escorei em seu ombro, fechei os olhos e me ajeitei melhor. – Cadê Billy? – perguntou Edward.

– Pra ser sincera não sei, ele entrou naquela hora e não saiu mais – respondi dando de ombros. Olhei pra cima e fiquei observando o rosto de Edward, ele notando meu olhar me olhou, inclinei minha cabeça para frente, e fechei os olhos, senti seus lábios nos meus, apenas um selinho – Que tal esquecermos-nos de Billy e focarmos nos nossos poucos minutos? – sugeri.

– Ótima ideia – falou ele com um sorriso.

(...)

– Isabella – chamou Billy da sala, tinha acabado de fechar a porta, pois tinha deixado Edward na porta, pois é, ele foi embora.

– Pode fala – gritei andando pra sala.

– Como assim? Você mentiu para Edward, e o trouxe aqui em casa, de carro, e vocês estavam bem, ao beijos, e amassos aqui, e felizes, sem sinal de nenhum sentimento negativo – falou Billy – e sem nem um olhar de arrependimento – completou Billy de olhos semicerrados – Se explique Isabella – pediu Billy.

– Bom... É uma longa historia – falei me jogando no sofá.

– Conte logo Isabella – falou Billy.

– Ok, eu conto – falei.

(...)

– Então está tudo bem? – perguntou Billy.

– Bom, eu realmente não sei, porque eu fiz uma grande besteira, que me arrependo muito, mas eu vou concertar isso aos poucos – falei.

– Pera ai, mas e Peter ele não te ligou ainda não? – perguntou Billy. Nessa hora eu arregalei os olhos e me levantei as pressas do sofá – É, pelo jeito não.

Corri para o meu quarto e fui ate a minha cama, onde encontrei meu celular jogado, peguei o mesmo e vi três ligações perdidas de Peter. Assim que ia retornar o celular começa a vibrar em minha mão. Atendi rapidamente.

– Alô – falei.

– Amém! Menina pra que você quer celular, hein? – perguntou ele em tom de brincadeira.

– Eu o deixei no silencioso – respondi, mas não a sua real pergunta.

– Entendo – falou ele e respirou fundo – Como assim você está namorando? Porque não me contou? Putz e que destino hein, logo o Edward? Sabe que fique chateado né? Devia ter...

– Hey, vai com calma! – o interrompi, respirei fundo e comecei – Eu apenas estou namorando, como não te contei, eu ia te contar, tipo hoje. E faz pouco tempo menos de uma semana. E nossa hoje foi uma bela pegadinha do destino viu, e poxa não precisa ficar assim, deixa de ser magoado – falei e ele bufou.

– Achei que seria o primeiro, a saber, quando acontecesse algo assim – reclamou ele e eu ri de leve.

– Deixa de drama, eu só achei que seria um tanto besta da minha parte te ligar apenas pra dizer isso, você é um adulto, e tem suas responsabilidades e eu aqui apenas sendo uma adolescente vou te ligar pra dizer apenas que estou namorando? Peter isso é meio nada a ver – falei e bufou.

– Para disso menina, você é e seus assuntos “bestas” são bem importantes pra mim se você quer saber – falou ele e eu revirei os olhos.

– Seu besta – falei rindo e ele riu junto – Desculpe-me tá?

– Tudo bem, só não quero que se repita, mas então como foi com Edward?

– Bom... foi tudo bem, eu acho. Você sabe que nunca fica tudo realmente bem, sempre fica a magoa e a duvida, o arrependimento me domina cruelmente – falei desanimada.

– Entendo, mas porque mentiu meu anjo? E pelo que o vi ele já sabia do que faz.

– Eu...eu apenas fiquei apreensiva, porque eu senti medo de sei lá, ele me impedir de fazer isso – respondi.

– Nem precisava disso, se ele gosta de você ele ia deixar numa boa, mesmo que por dentro ele pedisse aos céus que você não fosse – falou Peter e eu suspirei.

– É, foi o que ele me falou, disse que nunca me impediria, e assim que ele disse isso meu mundo desabou e eu percebi que fui uma completa idiota ao ter mentido e ter tido um pensamento tão inútil de mentir pra ele – falei e me sentei na cama.

– Não precisa se martirizar também, só precisa reconhecer que isso foi um erro e que você não vai precisar cometer novamente – falou Peter.

– Estou tentando não pensar nisso sabe, só de pensar da vontade de chorar. Peter eu gosto muito de Edward, e eu não consigo me imaginar perdendo ele, e isso me assusta muito, é muito cedo pra que eu sinta isso, eu tenho medo de me machucar com esse sentimento tão precoce – falei e apenas escutei o silencio de Peter.

– Bella já pensou que pode não ser tão cedo? Isso que você sente não tem hora pra acontecer, nem época, e não tem tempo certo – falou Peter – Você sabe que isso é... – e Peter foi interrompido por uma voz feminina – Me desculpe Senhor Peter – falou a voz e escutei a porta fechando – Bella preciso desligar – falou Peter.

– Ei me fala que não vai demitir ela, por favor? – pedi.

– Eu não seria louco, ela é a melhor secretaria que tive na minha vida toda, ela é perfeita – falou Peter com um tom de voz estranho.

– É, ok isso foi estranho – falei e Peter riu. Será? Será mesmo que uma mulher amarrou o coração de Peter, eu sabia que estaria viva pra ver isso, quase perdi as esperanças, oh god!

– Dona Bella, estás querendo dizer algo? – perguntou Peter.

– Eu nada, agora vá fazer o que tem de fazer – mandei.

– Isabella... – e sim eu desliguei na cara dele, ri de sua casa e coloquei o celular de lado.

Que dia hein. Pergunto-me o que Edward está pensando de mim agora. Argh! Porque sempre faço besteira hein?

Continua...

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Pego o pequeno espaço para recomendar a fanfic de uma amiga minha, bom a fic não é da saga, eu particulamente gostei. A fanfic só está no primeiro capitulo ainda, ela postou recentemente, espero que vejam e gostem. Obrigado desde já ^^, bom a autora da fic também agradece ;P

Nome da fic: Wicked Game

Link da fanfic: http://fanfiction.com.br/historia/282524/Wicked_Game/ageconsent_ok