Segredo escrita por misuki


Capítulo 5
Extra


Notas iniciais do capítulo

OI, se que demorei a atualizar, não estou tendo tempo para nada, mas espero que gostem desse capítulo extra, eu criei ele apenas para compensar a merda que andei fazendo.
Boa leitura.



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Naquela época eu não sabia direito o que estava acontecendo, desde que eu nasci sempre foi apenas eu e meu pai, não irei mentir, eu sempre tive curiosidade em relação a pessoa que meu pai amou, sempre tive uma vida confortável ao lado dele, mas sempre que era tocado  no assunto sobre meu nascimento e quem era a pessoa que meu pai havia amado ele ficava mudo e com uma aparência triste, então depois de um tempo parei de perguntar, mesmo que isso significasse esquecer uma parte da minha família, mesmo que o meu desejo de saber a verdade fosse forte, amor que sentia pelo meu pai me impedia, eu realmente não queria vê-lo triste.

Estávamos vivendo bem naquela pequena e inocente ilusão, por favor não se zanguem e que eu apenas não queria vê-lo triste, já era ruim demais ouvi-lo chorar as vezes, quando ele se lembrava do passado sempre ficava triste, eu já tinha ouvido muitas fezes ele dizer: “As fezes o amor é apenas uma ilusão”, isso me deixava triste também, eu queria que ele fosse feliz e que seu passado não machucasse tanto, mas sou apenas uma garotinha problemática que não sabe nada sobre o amor e seus males, como poderia eu ajudar um homem crescido e cínico como ele? Por isso fiquei em silêncio, evitei tocar nesse assunto para não vê-lo chorar, e por mais que ele me disse-se que estava tudo bem, eu sabia que era mentira, afinal sou filha dele e todos sabem que crianças percebem isso muito bem.

Mas tudo mudou na véspera de aniversario do Ken.

Ken é um bom garoto, me ajuda e me protege sempre que me meto em encrenca, ele sempre me chama de menina feia, mas nem ligo ele me dar doces muito gostosos, ele sempre vem brincar na minha casa e eu vou na dele as vezes, mas naquele dia ele me disse enquanto perseguíamos aquela borboleta que no dia seguinte ia ser o aniversario dele e que dessa vez não ia ter bolo eu fique triste, eu gosto muito dele e gosto de ir nas festas que ele da, somos amigos desde pequenos e acho que nunca deixei de comemorar um aniversario dele, então falei para o meu pai.

         – Que tal irmos comprar o presente agora? – ele sorriu, ele sempre ri quando dou o meu sorriso.

E assim fomos comprar o presente para ele, quando chegamos na loja de doces eu me saparei e fui procurar os doces que Ken gostava, encontrei lá a Maria, uma amiga da escola, ela tem cabelos negros e seus olhos são claros, nós conversamos um pouco, mas foi quando ela falou:

- O Ken gosta de bolo de chocolate.

Que veio em minha mente comprar um belo bolo sabor chocolate para ele fique feliz, eu também fiquei feliz pela dica da Maria e depois de agradecê-la eu corri até meu pai, mas quando voltei para perto dele tive uma surpresa.

      – Papai, eu vou querer de chocolate – olhei para um homem de cabelos brancos e curtos perto do meu pai, tive a impressão de já ter visto ele em algum lugar – Teu amigo papa?

– Não – a resposta que recebi foi como um grito – Vamos.

– Espera! – o albino disse e segurou o braço do meu pai – Você teve uma filha?- ele me parecia apavorado – Como pode fazer isso Rokudou? – ele chama meu pai de “Rokudou”quem é esse cara?  – Como você pode?

– Foi você mesmo quem terminou – espera “terminou?” Mas do que será que eles estão falando?– Então não venha pedir para voltar.

– Ta bem –agora o albino me pareceu triste – Mas me diga apenas uma coisa, você ama a mãe dela?

Minha mãe? Meu pai nunca falou sobre a minha mãe, naquela hora tive que me segurar para não perguntar se aquele moço conhecia a minha mamãe. Eu estava confusa com tudo aquilo.

– Me diga Mukuro – agora o albino me parecia desesperado pela resposta – Se a resposta for sim eu prometo nunca mais ter perturbar – me pai fazia silêncio - Então me diga, você a ama?

–... – novamente a droga do silêncio, como eu queria entender o que estava acontecendo ali.

Mas foi naquele momento que o albino se abaixou e falou comigo.

– Qual é o seu nome? E quantos anos você tem? – ele tinha um belo sorriso e olhando para o pacote em minhas mãos disse – Você gosta de doces?

Eu olhei para meu pai, mas ele apenas ficou quieto, então achei melhor responder o senhor do belo sorriso.   

– Meu nome e Chrome senhor – minha voz saiu fraca porque estava com um pouco de medo – E tenho 13 anos, e sim gosto muito de doces – dei um sorriso bonito para finalizar a resposta, no começo ele ficou meio pasmo, mas depois disse tremulo:

– Mukuro... - foi o que o albino pronunciou – Isso significa?

– Ela é minha filha – meu pai respondeu rápido e friamente – E fique longe dela!

Puxou-me para fora, ele estava zangado, muito zangado, coisa que eu achei estranho, afinal era ele quem costumava estressar. Quando chegou em casa me mandou para o quarto e ficou resmungando, eu subi, mas não fui para o meu, corri ate o quarto dele e abri a gaveta e lá do fundo eu tirei uma foto, era de meu pai mais novo tomando soverte com um rapaz belo de cabelos brancos e curtos, eu gostava dessa foto, tomei um susto, eu sabia que conhecia aquele rapaz em algum lugar e agora vejo que ele e meu pai eram amigos íntimos, a trás da foto estava escrito “ByaMuku” eu não sei o que “Bya”  significa, mas irei descobrir. Resolvi ir dormi, não queria ser pega pelo meu pai, afinal ele não sabia que eu estava lá.

Xxx

No dia da festa eu estava com um belo vestido branco carregando o bolo de chocolate para dar ao Ken, meu pai vinha atrás com aquele sorriso, mas eu percebia que ele ainda estava irritado, quando estávamos quase chegando ele apareceu, aquele moço de cabelos brancos e curtos com o sorriso bonito.

– Olha que surpresa agradável – disse o albino com um sorriso – e muito bom eu poder velos novamente.

– O que quer Byakuran? –meu pai me puxou para perto dele – Não pode nos deixar em paz?

– Não diga como se eu fosse o vilão do mal – o albino estava com uma cara de magoado, mas eu percebi que ele só estava fingindo – eu apenas quero algo que é meu, e irei ter.

– Me de licença – meu pai andou sem dar atenção – mas tenho mais o que fazer.

Nós passamos pelo senhor Byakuran, mas quando estavam a uns dez passos que ele disse:

Um dia terá que contar a ela – ele está falando outra língua? – ou achou que ela nunca ia fazer perguntas?

Meu pai ficou assustado e parou.

Mukuro não seja cruel – disse ele com um sorrisinho nos lábios - achou que eu não ia perceber?

– Diga o que quer de uma fez – meu pai parecia entender o que o outro estava falando

 – Um jantar – falou o albino – apenas um jantar com meu Mukuro.

– Papa o que está havendo? – tenho que admitir: sou completamente ignorante a língua. 

– Você não sabe italiano? –então era italiano? – por que não ensinou isso a ela?

– Não é do teu enderece – meu pai parecia estar muito zangado – nunca foi.

– Entenda Mukuro, não quero brigar – disse ele se aproximando – apenas quero conversar.

Ficamos ali parados, aquela ultima frase causou um certo impacto no meu pai, eles marcaram um encontro num restaurante famoso da cidade. E nós separamos do senhor de cabelos brancos. Quando chegamos à festa eu fui recebida pela Maria e Ken, Maria que não era burra logo notou que havia algo errado, e praticamente me ameaçou para saber o que estava acontecendo, eu mostrei a foto – que eu havia pegado naquela manha nas coisas do papai – e lhe contei tudo, quando eu terminei de contar ela suspirou e disse:

- Seu pai é gay! – Maria disse como se fosse algo comum.

- Pare de falar meda garota – Ken não gostou do comentário da minha amiga.

- Olhe! – ela deu a foto – se você prestar atenção na parte de trás você vai vê que estou certa, Rokudou Mukuro é gay!

Maria era uma menina bem diferente, ela morava com dois homens – eram os pais dela – gostava de gritar – disse que puxou do pai albino – e sabia brigar e ser mimada quando era necessário – disse que foi do pai moreno -, mas tirando isso ela era bem legal, quando não estava sendo sarcástica ou malvada.

- Crianças vão cortar o bolo! – disse a mãe do Ken.

- Ta mãe – Ken fez sinal para irmos e comemos o grande bolo de chocolate.

Mas antes de irmos Maria disse a mim: - Não durma, como você mesma disse que ele aceitou o convite eles devem chegar tarde, então fique acordada para vê o que ira acontecer.

Ela saiu de perto de mim com uma face séria, daquele jeito me lembrava o pai moreno e ranzinza dela, coisa que me deu um calafrio. Depois daquelas palavras ela não falou mais comigo e nem eu a procurei, mas aquele conselho eu ia seguir, afinal eu precisava e queria saber.       

Xxx

Eu fiquei acordada ate meu pai voltar, quando ele chegou veio acompanhado de seu amigo e suposto ex-amante – como disse Maria, eles foram para o quarto de hospede, deve ter sido idéia do meu pai porque ele sempre leva os convidados para lá, escutei uns barulhos e não queria ir vê, mas Maria falou que se eu quisesse descobrir a verdade teria que ir vê então reunir coragem e andei ate o quarto de hospedes. Quando cheguei lá à cena era essa: Meu pai estava deitado na cama sem camisa sendo beijado belo albino.

- Papa?! – admito que fiquei assustada quando vi.

– Chrome?! – meu pai exclamou assim que me percebeu, ele estava corado.

– O que vocês estão fazendo? – eu ainda estava pasma, Maria estava certa, meu pai derrubou o seu amante da cama.

– Nada pequena – o albino que se levantava do chão – sei pai caiu e eu estava ajudando ele a ficar de pé.

– Que estranho – não pude deixar de falar – vocês até pareciam os casais dos mangás BL da Hana – Hana era viciada em yaoi, Maria não fala muito com ela porque dizia que podia vê de camarote, o que era verdade. 

– Que??? – meu pai ficou vermelho e o rapaz que estava por cima começou a rir – Por que você está acorda? – ele andou ate mim e começou a me levar para fora do quarto.

– Porque eu tive que ir ao banheiro – menti – ai eu ouvi um barulho aqui e vim ver.

– Ta – quando estávamos saindo – vamos você precisa dormi.

– Mais e eu Muku? – disse o albino que se levanta do chão e vai atrás de gente.

– Durma bem – eu conheci o tom de voz sarcástica em suas palavras.

Quando estávamos dentro do meu quarto ele disse: - Boa noite filhote.

- Papa?

- O que foi? – ele parou na porta e me olhou.

- O Ken gostou do bolo – disse com um sorriso.

Ele sorriu e andou ate a minha cama e me deu um beijo na testa.

Xxx

Quando levantei fiz minha higiene matinal e rumei para a cozinha, eu sabia que meu pai não era um bom cozinheiro então só ia tomar um simples leite e comer alguns biscoitos, mas quando cheguei lá encontro um albino de avental fazendo o meu café da manha.

- Bom dia pequena – ele tinha um sorriso lindo

- Bom dia senhor...- fique envergonhada em não sabe o nome do amante de meu pai.

- Byakuran linda – ele continuou sorrindo.

Nós ficamos lá conversando, ele cozinhava muito bem e me ensinou algumas coisas, depois de um tempo meu pai apareceu.

– Bom dia Mukuro-kun – disse o albino que viu Mukuro parado na porta – não te acordei porque você estava tão fofo dormindo.

Meu pai não disse nada, apenas ficou olhando.

– Bom dia papa – eu tentei melhorar o humor dele, que pelo visto estava péssimo – Byakuran-san está fazendo o almoço – eu sorri. – ele preparou o café da manhã.

– Você fez isso? – meu pai falou incrédulo olhando para a mesa.

Na mesa tinha de tudo, desde pães a biscoitos, torta e bolo, suco e leite, havia também frutas, pelo visto o senhor Byakuran era um excelente cozinheiro, se eles ficarem juntos talvez eu aprenda algumas coisas.  

– Sim – disse sorrindo – eu achei que seria legal eu fazer algo para compensar você, já que deixou eu passar a noite aqui.

Mukuro fitou por alguns minutos o albino que se sentava na cadeira, Byakuran olhou para ele e fez sinal para que se sentasse ao seu lado, Mukuro por instinto obedeceu, não reclamou,o que eu estranhei, mas nada disse.

 – Então Chrome – Byakuran disse para iniciar uma conversa – como está na escola?

– Bem – disse meio tinida.

– Tem alguma matéria preferida? – estava claro que Byakuran estava tentando se aproximar da sua filha.

– Ciências – ela sorriu – especificamente biologia e química.

– Que legal - sorriu – sabia que seu pai era muito bom em biologia na escola, sempre foi sua matéria preferida, Mukuro-kun.

Meu pai ficou o tempo todo calado, apenas comendo e nos observando. Byakuran ficou conversando comigo por bastante tempo, de repente Mukuro se levanta da mesa e vai a porta.

– A onde vai, Mukuro-kun? – perguntou o albino.

– Irei trabalhar – disse ele – Chrome como hoje é sábado daqui a pouco sua baba chegará, quero que se comporte.

Byakuran olhou para mim, eu devia está triste, afinal não gosto da minha baba. Respondi um “sim, papa” e continuei fitando o chão.

– Ótimo – falou o homem que estava em pé – Byakuran eu quero conversar com você – como o albino não se mexeu – há sóis – ordenou Mukuro.

Byakuran se levantou e segui o homem até o quarto do mesmo.

Eu esperei na sala ate eles terminarem de conversar, torcendo para que eles se entendessem, mas o que houve foi diferente do que imaginei. Byakuran passou pela sala alguns minutos depois e pude perceber que ele estava arrasado, então corri ate o quarto do meu pai para vê o que tinha acontecido. Quando cheguei lá encontrei meu pai chorando, eu não entrei no quarto, mas me senti horrível ao ouvir as lagrimas do meu pai, minha baba entrou assim que Byakuran saiu e se assustou com a quantidade de comida que tinha na mesa, pois ela sabia que meu pai não sabia conzinhar.

- Vamos para a escola Chrome-chan? – ela disse com aquele típico sorriso chato.

Não queria ir, mas fazer o que? Peguei minha mochila e rumei para o colégio.

Xxx

- Seu pai é o uke! – Maria fala com um sorriso pervertido no rosto

- Você acha? – eu perguntei já imaginando a resposta.

- Claro sua tonta! – disse pondo a mão na cintura fina – ele fica irritado e quando brigam chora, isso é coisa de uke – ela diz com aquele sorriso malicioso – mas ai como você percebeu que eles eram um casal?

- Bom...- fique envergonhada de contar – meu pai guarda uma foto antiga deles juntos e eu os vi na cama – eu fique encarando o chão por um tempo e escutei uma risada abafada que Maria costuma soltar quando debochava das pessoas.

- Seu pai é o tipo de uke fofo, e pelo visto você o puxou no quesito de coisa fofa - ela continuava sorrindo.

- Você acha? – perguntei, afinal era meio complicado acreditar naquilo.

- Eu tenho certeza – o tom de voz era mesmo de alguém confiante – esse tal de Byakuran dever ser o grande amor da vida dele.

- Mas meu pai não pareceu muito feliz quando o viu....- era verdade ele não me pareceu nada bem com o reencontro.

- A briga deve ter sido feia e agora talvez ele não quer admitir quer o ama – ela disse normalmente – deve ser o ego enorme que ele possui – ela dessa vez me pareceu pensativa – às vezes quando eles brigam na hora de reatar os dois ficam com medo de parecer fraco em relação ao outro.

- E como se pode resolver esse problema? – se meu pai amava Byakuran eu ia tentar de tudo para uni-los novamente.

- Não tem outra maneira do que deixar o tempo amenizar as dores – ela disse meio triste – nós não podemos fazer nada.

- Mas então temos que ficar apenas observando? Por quanto tempo isso pode durar? O orgulho não é algo que podemos engolir assim – fiquei preocupada, não queria vê meu pai chorar e o Byakuran me pareceu triste.

- Podemos tentar lembrá-los que eles se amam – ela disse revirando os olhos – porque se deixarmos tudo por conta deles, eles nunca iram se reconciliar.     

- Mas o que vocês estão falando? – Ken a pareceu.

- Coisa de meninas – Maria não gostava quando Ken se metia nos assuntos dela.

- Pare de falar merda para a menina feia – ele se virou para mim e disse – você não devia ouvi-la – e me pegando pelo braço me levou para longe.

Mas mesmo assim ainda ouvimos Maria dizer: - Eu vou querer um pedaço de bolo quando vocês se casarem.

Nem preciso dizer que Ken ficou uma fera.

Xxx

Quando cheguei em minha casa me surpreendi, afinal não é todo dia que seu pai recebe flores de outro homem, quantos já tiveram essa surpresa?

- De quem são? – perguntei enquanto colocava a mochila na mesa.

- Foram destinadas a seu pai – foi resposta que eu tive da ruiva que se deitava no sofá, que mulher folgada!

- Eu perguntei quem mandou – disse por fim.

- Eu não sei – ela respondeu-me de mau agrado, e ainda escutei um baixo “irritante”, não gosto dela, mas se falar para meu pai ele ficará preocupado então agüento tudo sozinha.

Subi para meu quarto com o intuito de descansar, mexi no computador ate enjoar e fiz algumas lições, apenas desci na hora do jantar, sorte minha é que meu pai já havia chegado.

- Boa noite papa – disse com um sorriso, pois vi que as flores estavam em cima da mesa.

- Boa noite – ele se sentou à mesa e começou a comer sua comida.

Eu também fiz a mesma coisa, será que pegaria mal se eu perguntasse quando veria novamente o Byakuran-san?

- O que foi filha? – tomei um susto – se a comida não estiver boa agente pede uma pizza – ele perguntou porque sabia que não cozinhava bem.

- Não, a comida está boa e só que...- não tive coragem de perguntar, e se ele me odiasse?

- “Só que?” – ele ficou preocupado, não gostava de vê-lo assim.

- Quando o Byakuran-san vai voltar? – ele engasgou e me olhou assustado.

- Eu não sei – mirou para a comida, Maria estava certa se eu quisesse vê-los juntos teria que quebrar o orgulho deles – porque você quer saber?

- Eu gostei dele – meu pai encarou o prato por algum momento – ele me parece ser um bom homem – disse por fim.

- Ele é um bom homem – meu pai disse baixo, era a primeira vez que eu via com aquela cara de abatido e saudoso – ele apenas comete erros.

Não dissemos mais nada enquanto o jantar não acabou, quando meu pai se levantou e foi em direção à saída da cozinha eu disse:

- Você e o Byakuran tiveram um caso? – quando fiz a pergunta ele parou na porta e sorriu, um sorriso safado e debochado que ele sabia dar.               

 - Vá dormi pequena – disse antes de ter saído. 

Fiquei lá por um tempo pensando em qual seria minha próxima ação e aproveitei para observar as flores. Eram lindas.

xxx

- É lógico que eles já tiveram um caso Chrome-san – disse Maria pelo telefone.

- Mas então porque eles não estão mais juntos? – perguntei enquanto me deitava na cama – será que foi a minha mãe...Então é minha culpa?

- Você é tonta mesmo - Maria parecia esta cansada – você por acaso esqueceu que foi seu pai que lhe criou? Naturalmente deve ter ocorrido uma briga e eles se separaram, daí seu pai teve você e agora o ex-amor da vida dele volta, ou seja, seu pai Mukuro é na verdade sua mãe, o Byakuran deve ser seu pai.


- Pode ser verdade...-disse me lembrando de quando eu era pequena, sempre que surgia o assunto “mãe” a resposta era “eu sou seu pai e sua mãe, não precisamos de mais ninguém” e o assunto morria ai.

- Tenho que desligar – ela agora me parecia animada - meus pais chegaram da viajem e amanha que irei passar o dia inteiro com eles – eu posso jurar que ela estava sorrindo, como os pais dela costumam passar um bom tempo viajando a trabalho quando eles veem para o Japão eles se dedicam a ela.

- Tudo bem, tenha uma boa noite – disse e desliguei o telefone e me ajeitando na cama tive como o ultimo pensamento o desejo de ver meus dois pais juntos.

Xxx

No dia seguinte fui à praça brincar, como Maria estaria com os pais dela eu só encontrei o Ken lá.

- Oi Ken – disse cumprimentando.

- Oi, menina feia – ele sempre me chamava assim – da uma olhada ali em baixo da árvore.

Quando olhei tive um tipo de susto e alegria, Byakuran estava ali parado.

- Eu vou ali falar com ele – disse antes de me afastar.

Corri na direção do albino.

 – Senhor Byakuran – disse com um belo sorriso.

– Oi pequena – ele me respondeu também sorrindo – como você esta?

– Bem e meu pai também – Byakuran suspirou – quando o senhor vai lá em casa de novo?

– Eu não sei – pela a cara que vez ele me parecia está bem triste.

– Foi você que mandou as flores? –fiquei seria, e ele me fitou com espanto – não fique triste ele gostou

.

Mas antes que pudesse me responder a minha babá apareceu.

– Chrome com quem você esta falando? – perguntou a babá.

– Com um amigo de meu pai – respondi – o nome dele é Byakuran.

– Oi – disse o albino tentando ser educado.

– Oi – ela respondeu, olhou para mim e disse – não suma assim.

– Eu já vou indo – disse Byakuran, eu queria poder ficar mais perto dele, para tentar juntá-los, mas o que eu posso fazer?

Meu despedir enquanto ele saia da praça, por ironia do destino meu pai estava entrando e se encontraram. Ficaram conversando por um tempo, ate a minha babá ir vê o que estava acontecendo, às vezes essa mulher me da raiva! Vi um gatinho preto e comecei a brincar com ele, mas ele correu para a rua e eu fui atrás, foi quando um carro surgiu do nada e me pegou, ainda senti alguém me tirando do caminho, mas desmaiei na hora.

Xxx

Acordei no hospital em que meu pai trabalhava, me deparei com Dino, o pediatra que trabalhava lá.

- Tudo bem? Você está sentindo algo? – ele sorriu, Dino era loiro e tinha um pelo par de olhos que eram lindos, e que viviam sorrindo.

- To bem – eu já estive lá varias vezes, por isso nem ligava mais – o meu pai está bem?

- Sim, ele vem te vê todo o dia – disse sorrindo – e o senhor Byakuran também.

- O Byakuran está bem? – me preocupei.

- Ele também ficou machucado, mas agora passa bem – disse tentando me alamar – agora os dois vem de ver.

Fiquei feliz com isso, pelo visto a males que vem para o bem, naquela hora a porta se abriu, dois homens entraram, Mukuro e Byakuran.

- Papa! – disse feliz.

- Oi Chrome-kun – Byakuran disse com um sorriso – nós temos algo para te contar, não é Mukuro-kun? – meu pai corou, mas concordou com a cabeça.

- Chrome – meu pai começou a falar – eu e o Byakuran...nós...

- Vocês são namorados? – perguntei.

- Sim – Byakuran segurou a mão do meu pai, que corou com isso.

- Que legal – nessa hora meu pai sorri.

Xxx

Nos meses seguintes muita coisa mudou, Byakuran passou a ir mais lá em casa, e depois de quatro meses o albino foi morar na minha casa, eu contava os fatos para a Maria, que só se divertia com tudo isso, não podia culpá-la, eu também achava um pouco engraçado.

Mas no dia em que eu chamei o Byakuran de papa, eles ficaram radiantes. Foi numa manha de domingo, depois daquilo, nós tornamos oficialmente uma família. Passamos a viver bem assim, sem problemas e rindo.

Gosto de meu pai albino e do meu pai de mexas azuis, gosto da minha família e das coisas de agora.

Pov Chrome off

Um dia o professor de ciências da Chrome mudou, veio um novo professor para dar aula a ela, Byakuran e Mukuro tinham ido levá-la para a escola, antes de irem para o trabalho.

-  Chrome o nome do novo professor é Irei Shoichi – disse Ken que correu ate a menina e seus pais.

Na hora Mukuro se zangou e foi embora batendo o pé, Byakuran se assustou e correu atrás do namorado, deixando a pequena e confusa Chrome para trás. Mukuro esbarrou no pai de Maria, um albino com longos cabelos brancos.

- VOI – disse ele depois da batida – mas que merda!

- Nossa! O que houve com seus pais Chrome? – Maria ficou curiosa.

- Eu não sei – a menina deu nos ombros.

- Vamos de uma vez para a sala – disse Ken – o professor novo ta chamando.

E assim as três crianças entraram na sala.


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Notas finais do capítulo

Bom esse é oficialmente o ultimo, não farei mais depois desse. Talvez eu faça outra fanfic deles, mas como não gosto de Byakuran e Mukuro...é apenas talvez.
Beijos e até a proxima ideia doida ^^