Quando o carro finalmente estacionou senti meu coração saltar, Charlie olhou para mim com um pequeno sorriso de quanto. Segurei em sua mão, e assim saímos do mesmo. Fechei meus olhos contando mentalmente até dez, Charlie me arrastava assim se dizendo.

– Fique calma, Lily – Charlie continuou me puxando.

– Ta bem – respondi quase em um sussurro.

Continuamos andando, Lucy e Bell já tinham desaparecido do meu campo de vista – não me preocupei. Depois que elas começaram a frequentar a escola de Dartmonth elas começaram a agir assim dei de ombro. Quando finalmente avistei a pista de dança no meio da floresta – Que incrível – pensei com um sorriso nos lábios.

– Que incrível – Charlie me fitou.

– Eu acabei de pensar isso – sorri.

– Eu já disse que grandes mentes pensam iguais – ela me deu um abraço.

Quando já estávamos na pista de dança, pudemos notar que havia vários adolescentes. Realmente La Push havia crescido tanto assim nesses seis anos. Passei a mão em meus cabelos nervosamente Charlie segurou mais firme em minha mão, a fitei.

– O que foi? – perguntei quase que gritando já que musica estava alta.

– Miguel – foi à única coisa que ela disse.

Olhei na mesma direção e logo encontrei o dono de toda a atenção de Charlie. Lá estava ele, Miguel Uley – segundo filho de Sam Uley, um amigo de papai. Ele era alto, tinha os cabelos negros só que seus olhos eram azuis claros e sua pele não era tão escura como as dos outros garotos que vivem aqui em La push, de longe o garoto acenou para Charlie. Miguel agora estava com um sorriso encantador em seus lábios, ele agora estava se aproximando de nós.

– O que eu faço? Lily me ajuda – Charlie arregalou os olhos, eu podia ver o desespero em seus olhos.

– Primeiro fica calma, ele não vai arrancar um pedaço seu – tentei fazer piada, ela deu um sorriso, revirando seus olhos castanhos.

– Mais bem que podia... – ela mordeu seu lábio inferior.

– Ta louca menina? – dei um tapa em seu braço.

– Não – disse sincera.

– Ele ta vindo ai, vai lá conversar com ele – olhei em seus olhos.

– O que? Não posso te deixar... Ou melhor, eu quero ficar com você – respondeu nervosa.

– Ah, pare com isso! Parece que você tem cinco anos Charlie – Ela colocou minha mão em seu coração, realmente estava rápido. – Alem do mais, eu posso me virar sozinha.

– Tem certeza e o Seth? – Agora ela havia me pegado, eu sei que se ficasse nervosa não poderia segurar a mão de outra pessoa que não fosse ela, porém eu queria ela feliz ao lado de Miguel, abri um sorriso.

– Absoluta, eu converso com ele... Pode ir.

– Obrigada Lily, eu já disse que te amo? – Charlie me envolveu em um abraço esmagador.

– Já sim, agora vai – soltei ela, vi Miguel nós fitando.

– Oi Lily – Miguel acenou para mim.

– Oi Miguel – abaixei a cabeça.

– Charlie, quer dar um volta? – perguntou Miguel.

– Quero sim – respondeu Charlie.

– Até Lily – disseram Miguel e Charlie.

Apenas acenei para eles, levantei minha cabeça. Depois de anos finalmente esses dois estavam sozinhos – E pelo o que parece eu também estava, eu infelizmente não conhecia ninguém nessa festa. E como já estava cansada de andar por aqueles jovens, resolvi ir até o bar e pegar um bebida, me sentei no banquinho. Logo o garçom apareceu com um sorriso malicioso em seus lábios.

– O que a mocinha vai querer? – perguntou ele com um copo em suas mãos.

– Uma Vodca Absolut – respondi sem o fitar.

– Só isso? – insistiu.

– Só.

Virei meu banquinho, fitando o povo dançar agora passava um musica de ritmo animado. Estava me dando uma volta de dançar, foi quando no meio da multidão avistei um jovem se beijando com uma garota de vestido vermelho colado em seu corpo – Pirriguete – pensei tomando minha bebida, o jovem não me parecia estranho. Assim que ele parou de beijar a garota pude ver seu rosto com perfeição, senti uma faca em meu peito.

– Seth – murmurei sentindo vontade de chorar.

Engoli meu choro, peguei minha vodca virando tudo em um gole só. Senti o liquido arder em minha garganta, joguei a garrafa em algum lugar. O garçom arregalou os olhos, me aproximei dele.

– Me traz uma garrafa de Uísque, por favor? – e dei um selinho em seus lábios, ele por sua vez arregalou os olhos e em menos de cinco minutos lá estava ele com uma bela garrafa de Uísque em suas mãos, antes que ele pudesse colocar a bebida em um copo, tomei a mesma tomando no bico mesmo.

Após tomar duas garrafas de Uísque e uma de Vodca, já sentia meu corpo inteiro energizado. Levantei-me indo até a pista de dança, a musica estava alta. Eu não sentia nada apenas dançava sentia minha mão deslizando por meu corpo quente e um pouco suado – Eu não estava cansada podia ficar a noite inteira ali dançando que nada aconteceria comigo. Foi quando senti uma mão quente em minha cintura me puxando para seu encontro, eu estava tão carente nesse momento que qualquer um poderia me alegrar.

– Oi, princesa como é seu nome? – ele sussurrou em meu ouvido, causando arrepios gostosos em minha nuca.

– Lilian... Mas pode me chamar de Lily – sorri.

Eu o fitei por alguns segundos, ele tinha a pele branca – mais não era gelado, ele era quente. Seus cabelos eram negros como a noite e estavam arrumados em um corte diferente, seus olhos eram de um castanho quase que mel. Seus lábios eram pequenos, porém convidativos.

– E você como se chama? – perguntei me concentrando em seu rosto.

– Kristian... Mais eu não gosto desse nome, me chama de Zayn – ele sorriu encantador.

Foi incrível como nossos corpos estavam perigosamente juntos, se algum de nós se mexêssemos acabaríamos nós beijando, e como ele era gato. Por dentro eu estava torcendo para experimentar o gosto de seus lábios rosados. E em um momento de desespero, senti seus lábios se chocarem contra os meus, nosso beijo não era calmo. Era apresado, desesperado e cheio de luxuria, sua mão descia por minhas coxas a as apertando. Nossas línguas lutavam por um espaço em nossas bocas. Acabei dando um pequeno gemido, ele pareceu gostar, pois ele pressionava mais meu corpo contra o seu.

– Lily? – alguém me chamou.