Os Vencedores escrita por Maria Clara


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

ESTÃO GOSTANDO DA FIC, AMORES???
=)



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Bem Katniss, é agora ou nunca!,Digo a mim mesma.

Caramba, quanta lama...

-Peeta, vou arrastar você. Tudo bem?

-Claro.

Tiro um pouco de lama de seu corpo e passo meus braços por baixo de seus ombros e começo a puxá-lo. Peeta começa a gritar de dor, e posso ver que ele está fazendo o possível e o impossível para ficar em silencio. Não sei o que fazer; vê-lo desse jeito me deixa com um aperto no coração.

-Calma, vai ficar tudo bem!Já estou quase conseguindo te tirar daí! –digo, tentando tranquiliza-lo.

-Tá. –responde ele com a voz tremula.

Força!!!Força!!!

-Ah, Katniss!!! – ele grita.

-Calma, já estou quase te tirando daí! – digo.

Finalmente consigo dar um puxão com força suficiente para livrá-lo da lama. Ele grita. Acho que o puxei com muita força, pois acabo me desequilibrando e caindo de costas no chão, e Peeta fica deitado aos meus pés, arfando e com lágrimas escorrendo por seu rosto imundo.

Consegui...

-Peeta, vou colocá-lo na água para você se lavar, ok?

-Ok.

Pego seus braços e começo a arrastá-lo em direção a água, no mesmo instante em que ele começa a gritar de dor e a chorar pra valer.

-Calma!

Ele não para de chorar... O que eu faço???

-Tudo bem. Não vou colocá-lo na água, ok?Vou fazer uma limpeza em você, tudo bem? –pergunto.

-Ótimo. –ele responde.

Pego minhas garrafas d’água e jogo o seu conteúdo sobre o corpo de Peeta. Após algum tempo, consigo encontrar suas roupas. Arrasto-o para longe daquela sujeira toda em que ele estava e o encosto numa rocha. Tiro sua jaqueta e, em seguida, sua camisa e as lavo.

-Hora do banho!-digo, tentando parecer engraçada.

-Tudo bem. – diz ele, dando uma risadinha travessa.

Encho as garras com água e jogo em seus cabelos, passando meus dedos delicadamente, para retirar o excesso de lama. Em seguida, lavo seu rosto e seu corpo, jogando água e esfregando-o com minha mão - para limpá-lo e para tentar aquecê-lo com o atrito de minha mão com seu corpo, pois a água está gelada... Será que ele não está sentindo frio?- o mais delicadamente possível, pois tem ferimentos cobrindo cada centímetro de sua pele.

-Você não está com frio?... É que a água está um pouco fria... – pergunto.

-Estou bem. – ele responde.

-Sério?

-Sério.

-Tudo bem, então. Agora que você está limpo vou cuidar de seus ferimentos. – digo.

-Tudo bem.

Extraio os ferrões de dentro dos calombos deixados pelas teleguiadas e aplico as folhas que Rue avia me dado, em seguida, passo o creme para queimaduras em seu peito.

-Acho que você está ficando quente... –digo.

-É mesmo? –ele pergunta meio azedo.

-É. –respondo, ficando irritada.

-E daí? –ele diz.

-Vou ver se tem algum remédio para febre naquele quite de primeiro socorros. –digo, e vou procurar o remédio e, por sorte, acabo encontrando um.

-Achei o remédio. Toma aqui. –digo.

-Tudo bem. –ele diz, enquanto engole os comprimidos e toma um pouco de água.

-Acho que agora só me resta dar uma olhada em sua perna...

-Isso sim vai ser interessante. –diz ele.

-Acho que sim... Vamos lá?

-Vamos.

Tiro suas botas e suas meias, e reunindo um pouco de coragem, lentamente desabotôo sua calça e tiro-a. Quase tenho um infarto ao ver o horrível ferimento deixado pela espada de Cato em sua perna.

-Primeiro vou lavar o ferimento e depois vou fazer um curativo. –digo.

Peeta me olha com uma cara de descrença, mas não diz nada a respeito.

Começo a jogar água sobre sua perna para lavá-la e também ao ferimento, que piora de aparência toda vez que cai água sobre ele. O que eu faço agora? Sem ter muita certeza do que fazer, mastigo um pouco das folhas de Rue e aplico sobre o talho na perna de Peeta, que logo em seguida começa a escorrer um monte de pus. Depois de um tempo, o inchaço diminui o suficiente para eu ver a gravidade do ferimento.

-Não tenho as coisas certas para tratar de sua perna. Vou ter que improvisar. -digo.

Peeta sorri – talvez para disfarçar o fato de que está sentido dor – enquanto passo o creme para queimaduras no talho que está em sua perna.

-Sei que talvez não seja a coisa certa a se fazer, mas é que não tenho os remédios certos para cuidar disso. –digo.  

-Tudo bem. –ele responde enquanto faço o curativo em seu ferimento.

Ele sorri e eu também sorrio, no mesmo instante que me ocorre um pensamento que me deixa nervosa.

-Hã, Peeta... Posso fazer uma pergunta?

-Claro.

-Há quanto tempo você estava naquela lama?

-Não me lembro bem. Acho que foi logo depois de Cato ter me atacado.

-Já faz um tempinho, não é? –digo

-É. – ele responde.

-E você ficou ali direto. Bem, oque eu quero dizer é que você não saiu dali para nada? –pergunto.

-Exatamente. –ele responde com um sorriso, provavelmente entendendo onde eu queria chegar.

-Ah! –digo.

-É.

Dou uma risada nervosa... Se ele ficou ali desde que Cato o feriu e não saiu de lá para nada, isso quer dizer que... 

-Acho que vou ter que lavar o seu short... –digo, corando.

-É, também acho. – ele diz com um sorrisinho.

Ai meu Deus!!!Você consegue Katniss... O que pode ter de errado em um homem nu? Espero que isso não chame muita atenção aqui na arena...

-Vamos lá então. –digo, dando um suspiro.

Peeta cai na gargalhada ao ver minha cara de desespero enquanto me aproximo pra tirar seu short.

-Por que essa cara, Katniss? Não há nada de diferente em mim... Você sabe não é? É igual ao dos livros de Biologia...

-Cala a boca!!! –digo, furiosa.

-Tudo bem... Sabe que eu não me importo de você me ver nu. –ele diz.

Congelo minha mão na barra de seu short ao ouvir esse comentário, mas mesmo assim, prossigo com a tarefa, e tiro-o. E lá está ele, o símbolo do orgulho masculino! Serro meus dentes para evitar gritar. Peeta deve ter percebido, pois começa a rir da minha cara.

-E aí, o que achou? –ele pergunta.

-Cala a boca!

Ele começa a rir como uma criança que acabou de pregar uma peça num adulto, e que se havia se divertido com a reação do mesmo, sorrio timidamente de costas para ele enquanto lavo o resto de suas roupas na água.

-Katniss.

-Sim.

-Estou cansado.

-Eu sei.

-Quero dormir...

-Você precisa comer!

-Por favor! Além do mais, não estou com fome! –ele insiste.

-Deixo você dormir só depois que você comer alguma coisa! Tenho maçã saca aqui. –ele faz uma careta- Vai saber quando foi à última refeição que você teve! –rebato.

-Katniss... –ele suplica.

-Tudo bem, eu dou a maçã na sua boca e depois deixo você dormir.

Ele suspira enquanto diz alguma coisa sem sentido, mas come a fruta obedientemente.

-Descanse agora. –digo-lhe.

Ele sorri e logo cai no sono. Já está anoitecendo quando o chamo.

-Precisamos sair daqui. –digo.

-Como?

-Precisamos encontrar um lugar onde você possa ficar seguro.

Visto-o e o coloco de pé.Lágrimas começam a escorrer por seu rosto imediatamente.

-Ah... – ele diz entre as lágrimas.

-Vai ficar tudo bem... Já estamos quase chegando... – digo tentando acalmá-lo.

-Chegando a onde!?! –ele grita.

-Não sei...

-Eu não consigo mais! –ele diz.

-É claro que consegue! Vamos parar um pouco para você descansar. –digo.

Sento-o na margem do riacho. Enquanto ao olho ao nosso redor acho algumas cavernas. Perfeito!

-Vamos, Peeta. Achei um lugar perfeito para a gente se esconder! –digo com entusiasmo.

Leva um tempinho, mas por fim, consigo colocá-lo de pé e levá-lo até a caverna. Encosto Peeta na parede da caverna enquanto desenrolo o meu saco de dormir. Em seguida, ajudo-o a se deitar dentro dele.

Peeta está piorando. A febre não para de subir! Dou mais alguns comprimidos e água para ele, mas não consigo convencê-lo a comer novamente. Fecho o saco de dormir embaixo de seu queixo – para tentar aquecê-lo, já que ele está tremendo muito – e fico acariciando seu rosto, até ele cair no sono novamente.


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Notas finais do capítulo

=)
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=)



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