Uma Segunda Chance escrita por KelBumBi


Capítulo 3
Força do Destino


Notas iniciais do capítulo

Hey gnt, cap novinho!
Meninas andei meio sumida das fic´s, e do mundo iCarly, mas agora que comprei meu not andei me atualizando um pouco e não sei, v6´não tão achando essa 6tmp chatinha? Pra mim é óbvio que vai rolar Creddie ¬¬'... Que m*, mas eu ainda acredito que no fim Seddie é quem vencerá.



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Nem que se fosse passado cem anos nem que se fosse à meio uma multidão eu o conheceria. Eu reconheceria aqueles olhos quentes e brilhantes, que no passado me contemplavam com tanta ternura, aquele cabelo, que tanto me irritava, com o topete que nunca saia do seu penteado. Sim, onde quer que fosse eu distinguiria ele. Eu sabia disso, e odiava esse fato.

Ser esquecida por uma pessoa que foi tão importante não era agradável. Ao mesmo instante em que queria correr para abraçá-lo lutava contra o instinto de surrá-lo por cada dor que meu coração latejava. Freddie me localizou no canto da sala. Seus olhos arregalando-se surpresos, ingressados em angústia. Durando o olhar em mim por alguns segundos, sem foco.

–Sr. Benson, é um prazer revê-lo! Pena que seja uma circunstancia tão desfavorável- pronunciou-se Sra. Cullen, oferecendo sua mão para um aperto.

Freddie, perdido, retrocedeu o olhar para o rosto gorducho da Sra. Cullen e a mão dela no ar, parecendo finalmente voltar a raciocinar.

–Digo o mesmo Sra. Cullen- disse Freddie, recuperando-se do choque. Ele apertou a mão dela, sorrindo educadamente. Então a visão dele direcionou-se a mim e Sean, que o fitou atormentado esperando que ele viesse pegá-lo do meu colo.

Eu não compreendi sua expressão quando nos viu. Freddie parecia não ter gostado da cena. Ele enrijeceu o corpo, começando a cursar o caminho pra gente.

–Hey, Garotão!- disse ele pálido. Sean estendeu os braços para Freddie e ele prontamente segurou abaixo das axilas do Sean, puxando o filho do meu colo. Seus olhos ficaram fixos nos meus, tentando dizer algo. Um esclarecimento, talvez.

Sean se deitou sobre os ombros dele, e pela primeira vez, vi um sorriso no rosto da criança. Sendo idêntico ao pai quando sorria. Se Sean tivesse revelado esse sorriso antes, não teria aquela dúvida assombrosa.

–O que aconteceu com Sean?- perguntou Freddie, acariciando os cabelos do filho- Sua secretaria me disse que aconteceu um incidente?- seus olhos correram em mim, acusatórios.

–Há sim, eu vou responder. Mas primeiro queria apresentar uma das professoras de Sean- disse Sra. Cullen, apontando para mim- Essa é a Srta. Samantha Puckett, a professora responsável por ter trago Sean à direção.

Segurei uma careta ao ouvir meu nome completo. Freddie impressionou-se com a noticia, saltando os olhos das orbitas, como costumava fazer nos tempos de iCarly.

–Papai é a Sam do iCarly- disse Sean animado, o dedo indicador minúsculo apontado para mim- A sua amiga de infância.

Meu rosto esquentou. Freddie ficou sem reação, tão incoerente quanto eu. A única pasma com a afirmação do Sean na sala era a Sra. Cullen.

–Olá Sam!- tomou coragem Freddie para dizer, tímido.

–Oi Freddie- respondi educada, porém frígida.

 Estreitei os olhos e Freddie engoliu em seco.

–Que surpresa- disse Sra. Cullen, chamando a atenção para si- Então, o senhor já conhecia a minha funcionária?

–Quê?- Freddie ficou confuso, mas logo se restaurou- Há... É...

–A Srta. Puckett nunca havia comentado- ela me incriminou com o olhar- O senhor não gostaria de sentar?- prosseguiu, apontando para a mesma cadeira que tinha sentado algumas horas antes.

–Claro! Obrigado!- agradeceu Freddie, sentando junto com Sean nas pernas. Eu continuei parada no canto, cautelosa.

–Srta. Puckett- disse a Sra. Cullen- Pode voltar para a sua classe.

–Sim, Senhora- disse, me encaminhando para porta. Sean virou no colo de Freddie e por trás dos ombros dele acenou um tchau para mim, simpático.

A atitude dele me surpreendeu. Sean parecia ser adorável. Esbocei um pequeno sorriso tímido repetindo o gesto do garoto. Freddie reparou na ação do filho.

–Eu quero que ela fique- pediu ele, olhando para mim- Por favor, gostaria que ela ficasse na sala- dessa vez ele se dirigiu a Sra. Cullen.

–Se o senhor prefere assim- disse ela, restiva. Olhou-me impaciente, esperando que wu me sentasse na cadeira ao lado deles. Relutei, mas quando ela comprimiu os lábios numa linha apertada obedeci.

–Então, Sr. Benson- ela começou inteligível- Sean não conseguiu segurar suas necessidades, se urinando na classe. Em frente aos coleguinhas.

Freddie enrugou a testa, estranhando o que ouviu da diretora.

–Sean não se urina desde os 15 meses- defendeu ele.

–Ele teve uma pequena discussão com um dos coleguinhas...

–Ela ia me bater, papai- interrompeu Sean, estremecendo no colo dele. Freddie apertou o filho em si, oferecendo a garantia que Sean precisava para se acalmar novamente.

–Sean nunca frequentou um colégio antes- explicou ele- Sinto muito pelo ocorrido, mas acho que a escola deveria oferecer segurança aos alunos. E essa segurança seria na expulsão da garota que tentou agredir meu filho.

Bufei na cadeira cruzando meus braços. Sra. Cullen censurou minha atitude e voltou-se a Freddie.

–Eu diria que não seria necessário esse extremo. Posso lhe garantir que logo os dois serão grandes amigos.

–Eu nunca vou ser amigo daquela agressiva- protestou Sean, baixinho. Freddie olhou o topo da cabeleira do filho, preocupado.

Admirei ver esse lado dele. Era tão bonito como Freddie tratava ao filho. Ele flagrou meu olhar sobre eles, e pareceu desnorteado outra vez.

–Eu não concordo com isso. Eu, pessoalmente, tive problemas assim na infância. Ou vocês expulsam a garota ou pedirei a transferência de Sean.

–O nome dela é Sara- disse entre dentes, equilibrando a voz embragada.

–O que?- perguntou Freddie, confuso.

–O nome da garota é Sara.

–Aposto que vocês são muito amigas- rebateu Freddie, evitando me olhar.

–Sara não é tão ruim. Ela só ficou nervosa... Levar a expulsão dela só por um desentendimento bobo... – defendi, dando minha opinião.

–Desentendimento bobo?- ele riu irônico. Um riso seco- A garota é uma delinquente!

–Vamos, Freddie, não transforme seu filho num afeminado como você- explodi, levantando da cadeira.

A Sra. Cullen assustou-se com a minha reação, Freddie, por outro lado, mantinha-se tranquilo no seu lugar.

–É disso que venho protegendo meu filho, Sam. Não quero que meu filho passe a metade do ensino escolar sendo agredido por uma garota malvada.

–O que aconteceu com você foi há muito tempo! E não me chame de Sam, para você é Samantha.

–Você odeia que te chamem de Samantha- observou ele. Sean assistia a tudo bem quietinho, seus olhos corriam de mim para Freddie.

–Eu mudei Senhor Benson- disse as palavras com desprezo. Ele me encarou.

–Sam... Sobre o porquê de eu não ter te contado que estava voltando... - começou ele aflito.

–Não se preocupe Nerd, seus 8 anos de silencio deixaram bem claro.

A Sra. Cullen pigarreou alto. Olhamos os dois para ela.

–Bom, acho que perdemos o foco da nossa conversa aqui. Acredito que vocês possam resolver os assuntos pessoais em outra hora.

–Eu não tenho nada a resolver com esse grande idiota!- gritei, perdendo todo o meu controle.

Foram muitas emoções juntas, e segurá-las, ou filtrá-las, era difícil para mim. Eu tinha consciência de que me arrependeria de agir dessa forma, mas encarar o Freddie com um ser que pertencia a ele e outra pessoa não era afável, se eu permanecesse na sala fechada com ele era capaz de fazer muitas mais coisas ruins. Portanto, resolvi deixar a sala enquanto ainda dava tempo.

Freddie seguiu com sua vida, e estava sendo horrível, pra mim, ver que ele conseguiu conviver sem a minha presença. E eu? O que eu consegui? Tive tantas oportunidades. Podia estar casada agora com ricaços. Ter meus próprios filhos. Ter uma vida feliz. Entretanto, só tinha conseguido relacionamentos vazios e instáveis.

Eu odiava o Freddie! Odiava por ele ter me feito esperar tanto, por um sonho impossível. Sofrendo por uma causa perdida. Porque eu tinha acreditado piamente que todo aquele engano no elevador fosse se perder no tempo, que o nosso amor venceria, mas era só mais uma ideia idiota.

Claire questionou o meu humor assim que entrei na classe.

–O meu pesadelo. O meu pesadelo voltou a me atormentar!- respondi mal humorada.

–Você não fala nada com nada- disse Claire, aumentando a apreensão.

–Eu preferia nunca mais vê-lo- disse alterada.

Alguns alunos nós olharam desconfiados, Claire riu como se estivesse tudo bem.

–Sam não seria melhor você ir embora?

–Por que eu deveria me importar? Ele não se importa, não é mesmo?!

–Eu não estou entendendo. Você esta falando em códigos.

–O Freddie...

–Freddie? O garoto que você odiava, depois passou a gostar, e voltou a odiá-lo?

–E Sean... – falava em pausas, ignorando o que Claire dizia.

–Sean? O que tem... Oh!...- ela me encarou entendendo os indicantes que eram minhas frases.

–Pois eu num entendo nada com nada- disse Jorge a Lilica, em uma conversa baixinha.

–Nem eu. O que tem o novato?

–Espero que tenham terminado o dever- insinuou Claire aos dois. Eles lançaram olhares insatisfeitos a ela, que retribuiu com superioridade.

–O que vai fazer?- perguntou ela, voltando o interesse a mim.

–Ele quer a expulsão da Sara- informei, mudando o rumo do diálogo.

A secretaria bateu na porta e chamou meu nome, Claire e eu trocamos olhares significativos.

–O que você quer?- perguntei amarga.

–A diretora quer lhe ver novamente.

–Diga a ela que não vou aparecer enquanto aquele rapaz estiver lá.

–O Sr. Benson já foi embora com Sean.

A raiva cedeu à insatisfação.

–Tudo bem- fingi estar bem, mas a verdade é que meu coração estava desesperado por vê-lo de novo.

Acompanhei Sidra até a porta da diretora, e entrei no cômodo pela terceira vez em um único dia, batendo meu recorde desde a época de estudante.

–A senhora deseja falar comigo?- perguntei. A Sra. Cullen estava séria, o que não me deixava relaxada.

–O Sr. Benson tomou a sua decisão- disse ela, ríspida. Ergui uma sobrancelha- Ele pediu a transferência do filho. Não quer que o filho estude em um ambiente agressivo. Por isso, tomei a decisão de eliminar o mal pela raiz...

–Sara não fez nada de mal, ela é uma criança...

–Não me refiro a Sara- ela me olhou e pude ver chamas de fogo ali- É você! Estou te demitindo Srta. Puckett.



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Notas finais do capítulo

E ai que acharam? Gostaria tmb de saber a opinião de v6 sobre a nova temporada de iCarly.
E, há, quem gosta de House? Viram no episodio passado ele fazer um garoto bebado cantar o tema de iCarly? Rir muito!
Bjus*, e inté!