Ne Me Quitte Pas escrita por Bianca Borges


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, postando mais um capítulo (:
boa leitura!



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No dia seguinte acordei e fui fazer as mesmas coisas de sempre. De repente meu celular toca. Fui em direção ao criado mudo do meu quarto e atendi.

- Alô?

- Oi, Aline? É o Heechul! – Fui escutando e andando para o sofá de volta.

- Oi, tudo bom? – Perguntei sendo educada. – Mas me diz, por que me ligou?

- Tudo sim. Ah, como combinamos ontem, serei seu motorista essa semana. Resolvi ligar pra saber se você tem algo hoje.

- Bom, na verdade ter eu não tenho. Nada de importante. – Falei brincando com o controle da TV. – Mas eu tava querendo ir ao shopping, precisava comprar uma calça jeans nova. – Encerrei ligando a TV.

- Por mim tudo bem. Posso leva-la. Que horas?

- Podemos almoçar lá.. – Por que eu fiz essa pergunta? – Ein...

- Ótimo, combinado! Passo ai na porta da faculdade às 13:00 hrs. Vou desligar, beijo beijo.

- Tudo bem, até lá. Beijos, tchau. – Falei desligando o celular logo em seguida.

Me levantei e fui tomar banho. Um banho bem quentinho, pra relaxar mesmo. Encostei a mão na parede e fiquei encarando o ralo durante muito tempo. Não sei por que, a imagem de Heechul aparecia em minha mente. Até que ele era bonitinho, e tinha um sorriso fofo. Acho que vou aproveitar o almoço de hoje para fazer amizade com ele. Tenho certeza que seremos grandes amigos! Acordei de meus pensamentos e foi ai que eu saí do box. Fui até o espelho, que estava todo embaçado, fiquei escrevendo coisas e coisas. Depois apaguei o que havia escrito em formato de uma bola, fazendo assim, meu rosto aparecer. Dei um pequeno sorriso, brincando comigo mesma. Peguei a roupa que estava em cima da privada e levei até minha cama. Era uma regata azul bebê, com uma saia jeans. Por cima da regata estava com uma blusa xadrez branca e azul. Botei uma rasteirinha e fui fazer uma maquiagem básica. Apenas para tirar a olheira. Verifiquei a hora e vi que ainda faltavam alguns minutos. Fui até o quarto das meninas avisá-las.

- Song, cadê a Sulli? – Perguntei ao ver que só ela estava no local.

- Ta no banheiro. Mas, aconteceu alguma coisa? – Ela foi falando e eu apenas fiquei parada na porta do quarto encostada na parede.

- Não, não. Mas lembra da história que eu te contei ontem, do carro, do Heechul etc? – Havia contado tudo para as meninas na noite passada. Ela apenas assentiu com a cabeça. – Então, ele vai me levar no shopping, preciso ver uma coisa lá. Vocês querem alguma coisa?

- Ah, eu quero um cupcake  de chocolate. – Song levantou e foi até a porta do banheiro, ela bateu e perguntou. – Sulli, vai querer alguma coisa do shopping? A Aline, ta indo lá com o novo namoradinho dela! – Riu em seguida. Apenas nessas últimas palavras eu fuzilei ela com os olhos e retruquei.

- Eii, ele não é meu namoradinho! Apenas está pagando o concerto do meu carro, que ELE acabou. E sendo gentil oferecendo carona para os lugares que eu preciso ir, já que ele está de férias. Apenas isso. – Disse por fim, dando de ombros. As duas apenas riam.

- Seeei... – Disse Sulli saindo do banheiro. – Sei muito bem o que ele quer! – As duas caíram na risada de novo.

- HAHA, muito engraçado! Vai querer algo ou não? – Perguntei já ficando nervosa, mas ao mesmo tempo vermelha de vergonha, não sei por que.

- Hm, o mesmo que a Song, senhora Kim! – As duas riram mais uma vez. Revirei os olhos e saí.

- Tchau. – Disse já quase fora do nosso quarto no campus. Nossa, como elas são bobas. O Heechul só quer ser gentil e fofo, me ajudando e elas já estão pensando besteira. Af. Fui andando até a porta da faculdade e já podia avistar um carro estacionado, com um rapaz encostado nele. Me aproximando pude reconhece-lo. Era ele. Estava tão bonitinho. Estava de calça jeans clara, uma camisa verde em gola V, e de chinelo. Eu ri ao ver ele de chinelo, enfim, ele tava de férias. Mas mesmo assim, continuava fofo. Ele me reconheceu e foi tirando os óculos de sol, me mostrando então aqueles olhos que mesmo fechadinhos, eram muito bonitos. Ele sorriu, e eu apenas acenei. O cumprimentei e ele abriu a porta do carro para entrar. Me sentei no banco do passageiro e ele deu a volta para ir sentando no banco do motorista.

- Shopping? – Ele perguntou me olhando e sorrindo. Apenas assenti com a cabeça e ri. Ele deu a partida com o carro e fomos caminho do shopping.

[...]

- Mas então quer dizer que você é francesa? Cara, que maneiro! – Se mostrou surpreso pelo o que eu falei.

- É. – Sorri. – Mas agora to aqui fazendo faculdade de biologia. São cinco anos de muito estudo, já estou no segundo. Mas gostei tanto de morar aqui, que eu to pensando em quando acabar a faculdade, continuar por aqui. Já que eu nem tenho família direito. – Fiquei meio chateada ao lembrar do acidente e fechei os olhos.

- Ta tudo bem? – Ele perguntou e botou sua mão em cima da minha. Apenas fiz que sim com a cabeça, e ele se aliviou. – Mas como assim, você não tem família? – Abri os olhos e fiquei fitando a mesa. – Hm, desculpa. Se não quiser falar não precisa. Eu entendo.

- Não tudo bem. Já está na hora de superar isso. Afinal já se passaram sete anos. Eu tinha 12 anos e meu irmão 9, quando nossos pais morreram. Eles sofreram um acidente de trem em uma viagem de pesquisa. É, eles eram biólogos. Daí tirei a ideia de ser também. Mas ai, meu irmão, Pierre, mora ainda na França com nossa avó. Só tenho eles dois. Só. – Fiz uma cara meio tensa ao tentar segurar as lágrimas. Ele percebeu e apenas começou a fazer carinho em minha mão. Eu triste do jeito que estava, virei a mão e apertei a dele com força. Ele retribuiu e nós sorrimos um para o outro.

Depois de muita conversa no almoço, fomos na loja e ele me ajudou a escolher uma calça. Acabei levando uma calça jeans clara, com um bolso traseiro que era fechado por um zíper. Saímos da loja e passamos em outra, só que de doces. Ele cismou que tinha que comprar um daqueles pirulitos grandões para mim. Enfim, eu gosto de pirulitos, aceitei claro. Após passearmos muito, passamos no quiosque de cupcake, compramos o que eu devia para as meninas e fomos até o estacionamento. Pegamos o carro e fomos indo para a saída. Ao pararmos na trava para espera-la abrir, ele começou a rir.

- O que foi Heechul? – Ri junto pois a risada dele contagiava.

- Foi aqui que tudo aconteceu, foi aqui que eu pude te conhecer. – Ele disse e sorriu.

- Verdade. – Só consegui dizer isso ao lembrar do estrago no meu carro. – Aii, meu carrinho. – Fiz voz de choramingo brincando.

- Calma, essa semana ele fica pronto e você se livra de mim! – Ele falou por fim fazendo biquinho.

- Ah, claro que não! Nós somos amigos agora! – Falei e sorri para ele. Ele sorriu de volta e assim sorrindo e conversando que saímos do shopping. Era o começo de uma nova amizade (?). Será?


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Notas finais do capítulo

Beijos gente :*
reviews??



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