Capitulo 18

Ela teve alta naquele mesmo dia, mas ela tinha que ficar em repouso absoluto. Levei-a para casa e a carreguei ate a cama, ajeitando os travesseiros ao seu redor.

-Que bofe forte que eu tenho – disse enquanto eu a colocava na cama.

-Você esta mais pesada – disse brincando e ela me fuzilou. - Você engordou.

-Sua avó Stefan! – gritou me jogando uma almofada em mim.

 -Calma bolinha – falei rindo.

-Stefan, assim que eu estiver em condições de te bater eu vou fazer isso. – disse brava.

-Ta bom, quando você ficar melhor, agora trate de descansar e ficar bem forte. Pois estamos voltando pra casa.

-Por quê?

-Por que você não esta bem

-Diga logo Stefan, você sabe e eu sei. Eu estou morrendo.

-Estamos voltando, assim que você ficar melhor.

-Ótimo, vamos voltar, eu vou pra um hospital, com um monte de gente com pena de mim, eu odeio que sintam pena de mim Stefan.

-Ninguém sente pena de você, eles só querem que você fique bem.

-O que é impossível. – disse.

 -Descanse, por favor – pedi.

-Tudo bem – disse rendendo.

-Vou deixar você dormir – falei saindo do quarto.

-Não, por favor, fica – pediu com uma carinha de anjo.

-Eu sou vou te atrapalhar, mas tudo bem, eu fico. – falei sentando na cama.

Ela deu duas batidinhas na cama ao seu lado, eu apenas suspirei e deitei ao seu lado, tentando não perder a razão e perder aquela aposta.

-Eu sinto sua falta – disse com uma carinha de anjo.

-Eu estou bem aqui – falei inocente.

-Não foi isso que eu quis dizer e você sabe.

-Admite que você não consegue ficar sem mim e tudo esta acabado.

-Eu não vou fazer isso, você deve estar se segurando por dentro desse corpo maravilhoso – disse passando a mão por cima do meu peito.

-Estou mesmo, mas eu tenho autocontrole, coisa que você não tem.

-Você tem autocontrole é? – perguntou com cara de criança que vai aprontar.

-Tenho, muito – falei.

-Pois bem, assista isso e me diga onde esta o seu controle.

Ela se ajoelhou na cama e tirou sua blusa sensualmente, e jogou o cabelo para trás. Ela estava usando um sutiã preto, meia taça, totalmente irresistível.

-Como esta indo o seu controle? – perguntou.

-Muito bem – menti.

-Ótimo, vamos ver como ele fica agora – disse colocando suas mãos no feixe frontal de seu sutiã.

-O que os olhos não vêem o coração não sente – falei colocando um travesseiro na minha cara.

-Ei não vale isso. – disse tentando tirar o travesseiro do meu rosto.

Foda-se essa merda, nossa aposta já estava no espaço agora, joguei ela contra a cama e a beijei ferozmente, ela sorriu, quando eu desci os beijos por seu pescoço.

-Perdeu Salvatore – disse.

-To pouco me importando com a droga daquela a posta. – falei.

-To sem vontade agora – disse me empurrando.

-O que?! – perguntei.

-Isso mesmo, estou muito cansada e preciso descansar bastante, agora amor se você me der licença eu quero dormir, por que eu quase não dormi essa noite. – disse inocentemente.

Olhei pra ela desconfiado, quando ela se deitava e se cobria, sorrindo inocentemente.

-Tudo bem, como quiser – falei me levantando.

-Você acha mesmo que eu vou te dispensar quando eu fiquei dois dias sem você? – disse me segurando pelo braço.

-Eu sabia que era encenação, você não consegue agüentar a pressão.

-Mas tem outro tipo de pressão que agüento. – disse maliciosa.

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Voltamos para casa dois dias depois, Elena continuava fraca, depois que chegamos ela passou mal, devido a viajem de avião que a deixou enjoada. Elena estava cada vez pior e eu não queria aceitar o que viria a seguir, era doloroso demais aceitar.

Estávamos na casa dela e ela se recusava a ir ao hospital, dizendo que estava bem, mas era impossível de acreditar.

-Vamos Elena – disse Jenna tentando fazer com que ela se levantasse da cama.

-Se você não levantar, eu vou te levar a força – avisei.

-Droga Stefan eu não quero morrer em um hospital.

-Me escute, você me prometeu não desistir e eu estou aqui para garantir isso e droga você não vai morrer.

-Como você sabe?

-Por que eu não vou deixar isso acontecer.

-Você não pode controlar quem vive e quem morre.

-Ainda continuo dizendo você não vai morrer – disse a pegando no colo.

-Me solta Stefan! – gritou.

-Eu disse que você ia por bem ou por mal, eu não me importo de te levar a força.

-Ótimo droga eu vou, agora me solta – disse batendo no meu peito.

-Muito bem, agora vamos.

Elena foi internada como já se era de se esperar, o medico dela estava bastante inquieto e se recusava dizer qualquer coisa antes que os exames dela saíssem o que estava sendo uma tortura pra mim, Jenna e Jeremy, principalmente pra mim.

Quando finalmente os resultados dos exames saíram, ele nos chamou em sua sala.

-Não sei como dizer isso. Elena viveu por cinco anos com leucemia o que é uma tremenda coisa, ela não deveria ter passado de quatro anos, casos como o dela são bastante raros, na maioria das vezes os pacientes desistem de viver, ela quase desistiu por causa da morte de seus pais na época, mas ela continuou. Eu sinto tanto dizer isso, no fundo eu ainda tinha esperanças que ela saísse dessa, mas não. Ela tem no máximo vinte e quatro horas de vida.