Amo Meu Senpai escrita por IEYaoi


Capítulo 1
Amo meu Senpai


Notas iniciais do capítulo

Esta fan-fic não é de responsabilade de AnyBnight ou Ame Cake. A equipe IEYaoi apenas a está postando com leves alterações/revisões como solicitado pela autora.



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Isso aconteceu 1 semana antes do jogo contra o Império, da Argentina. Todos estavam de folga, curtindo o tempo livre na cidade mas eu continuava a treinar no CT da praia.

"Ainda não, preciso de mais força"

Eram as palavras que não saiam da minha mente. Eu treinava insessantemente numa técnica que eu não fazia idéia de como seria. Depois de ter apanhado pro lança-bolas durante umas 3 horas sem parar, eu estava quase desmaiando de cançaso, mas não iria parar. Foi quando ele chegou, fazendo aquela típica entrada vindo voando do mar. Deu algumas piruetas no ar, separou-se da prancha e pousou sozinho à 2 metros na minha frente.

- Yop! - Disse levantando o óculos de natação - Treinando feito um condenado outra vez?

A máquina que lançava bolas ainda não havia parado. Estava prestes a lançar mais uma vez.

-Tsunami-san cui--!

Não foi preciso avisá-lo. A bola fora lançada mas antes que o atingisse, sua prancha caiu do céu como um raio, barrando a bola. Foi impressionante.

-...dado...
- Que perigo ein - disse alisando a prancha maior que seu corpo - essa bolada poderia ter pardido-a em duas. A máquina tá regulada direito?
- Tsunami-san! Você me assustou!
- Nah, não foi nada. Mas seu estado é preocupante ein.
- Eu estou bem - Não, não estava. Estava zonzo e faminto - Preciso continuar o treinamento.
- Tá tentando se matar? - Disse se aproximando - Mal consegue se manter em pé. - Parou - O que vamos fazer se você se machucar tanto que não poderá jogar?

Ele estava tão perto, à menos de 1 metro de mim. Seu corpo estava molhado, dava pra sentir o cheiro de água salgada nele. Era tão estranho. Já estivemos naquela cena antes, mas só agora eu reparava bem nele. Em como ele era alto, forte. Em sua pele escura com cheiro de mar. Sua voz ecoando em minha cabeça...

- Ei, você tá me ouvindo?

Ele se inclinou pra frente, deixando seus olhos na altura dos meus e me encarando meio de lado. Não sei por que, mas senti meu coração acelerar mais do que quando conheci Endou-san. Fiquei mudo e me senti corar.

- Você está vermelho feito um pimentão!

Disse pondo uma mão na própria testa e a outra na minha. Sua mão estava gelada, eu podia sentir as gotas de água salgada escorrendo pelo meu rosto.

- Está queimando também!
- N-não estou
- Seu idiota. Vamos, vou te levar de volta antes que desmaie.
- E-eu estou bem! Me deixe continuar por favor.
- Nem vem - Tirou a mão - cê tá um caco, quente que nem areia da praia ao meio dia e duvido que tenha almoçado. Sabe que horas são?
- Não faço idéia...
- Vem, eu te carrego - se agachou de costas na minha frente - Vamos
- Já disse que eu estou bem!...

Não sei ao certo o que aconteceu depois, acho que desmaiei. Lembro alguém me chamando e de sentir algo frio me tocando antes de perder a consiência.

Algum tempo depois, recobrei os sentidos, mas permanecia de olhos fechados. Senti estar deitado em algo macio, provavelmente a minha cama, e meu corpo pesava demais. Ouvi algumas vozes conhecidas falando.

"Como ele está?"
"Bem, foi só exaustão.''
"Só isso? Ele estava quente antes de desmaiar, tem certeza que não é febre?"
"Não, só cansaço. Fique com ele até acordar."

Depois disso, ouvi a porta abrir e fechar. Apertei os olhos tentando abrí-los, mas exergava embaçado.

- Tachimukai!
- Tsu...Tsunami-san?...
- Ah cara - sentou-se na cadeira ao lado da minha cama - você me assustou!
- O-o que aconteceu?
- Você desmaiou. Tá apagado há 4 horas. O Endou e o treinador estavam aqui agora há pouco.
- Me desculpe...
- Bom, pelo menos você está bem. Vou buscar alguma coisa pra você comer.

Tsunami-san se levantou e saiu sem fazer muito barulho. Tentei me sentar para olhar as horas, mas não consegui. Pude ver pela janela aberta que o sol já estava quase sumindo, o azul escuro predominava sobre o vermelho. Aquela situação era incômoda. Meu corpo todo doía, queria voltar a treinar e por alguma razão, me sentia estranho com Tsunami-san por perto, e mais estranho ainda quando estava sozinho pois não parava de pensar nele.

Alguns minutos depois, consegui me sentar e porta se abriu. Tsunami-san entrou carregando uma bandeja com vários onigiris nela.

- Foi mal cara, não achei nada melhor que isso. As garotas sairam e não deixaram o jantar pronto.
- Onde elas foram?
- Outra festa na área da Inglaterra. Todo mundo foi, eu fiquei pra cuidar de você - Pos a bandeja sobre o criado mudo e se sentou na cama ao meu lado - e porque aquela roupa não faz o meu estilo. Ah, esses onigiris eu encontrei no quarto do Kabeyama.
- Tsunami-san! Não pode ficar pegando as coisas dos outros!
- Nah, ele vai comer tanto na festa que nem vai sentir falta. Agora - pegou um e me ofereceu - coma.

Não sei o porquê, mas fiquei nervoso. Ache que estava com uma expressão estranha, então abaixei a cabeça para que meu senpai não visse meu rosto.

- O que foi? - pos o onigiri no lugar - tá se sentindo mal?
- N-não é nada...
- Oy, o que deu em você?

Antes que eu desse conta, Tsunami-san estava me encarando por baixo, sentado e com as mãos apoiadas na cama. Meu coração disparou.

- Aí, ficou vermelho de novo. Tem certeza que está bem?
- S-sim, é só um aperto no peito.
- Eh?! Isso é péssimo! Preciso ir atrás de alguém!
- N-não, espera Tsunami-san!

Ele estava prestes a se levantar, mas por impulso, segurei as costas de seu casaco.

- Tachimukai?
- Não vá embora...

Não conseguia olhar pra ele depois disso. Devia ser uma cena patética.

- M-me desculpe...
- Oy, o que tá havendo com você? Tá muito estranho esses dias.

É verdade, já fazia um tempo desde que começara a me sentir assim.

- N-não sei...- comecei a falar sem pensar - Ultimamente, ficar perto do Tsunami-san faz meu coração bater rápido, ficar longe me faz sentir solitário. Não penso em outra coisa que não seja você...
- Cê tá dizendo que gosta de mim, é isso?
- Sempre vi Tsunami-san como um irmão mais velho pra mim. Mas agora, sinto uma coisa diferente, mais forte...

De repente, senti alguma coisa tocando a minha boca; um gosto de saliva...Abri os olhos e vi Tsunami-san muito próximo. Tentei abrir a boca pra dizer algo mas só abri caminho pra sua lingua, que se movia muito. Mesmo não entendendo nada, deixei-me levar e fechei os olhos. Tentei acompanhar seus movimentos, mas ele era muito agressivo. Foi um beijo bem demorado. Quando nos separamos, mantive meus olhos semi-abertos focados em sua boca. Não passou-se meio minutos e ele tomou meu rosto entre as duas mãos e me beijou outra vez. Desta vez foi mais suave; ele se concentrava mais em acariciar minhas orelhas com a palma dos dedos. Era tudo novo pra mim, mesmo assim, me sentia tão bem. Ser tocado daquela maneira por Tsunami-san era algo incrívelmente maravilhoso e ao mesmo tempo estranho. Afinal, somos 2 garotos! Isso não é certo né?

Logo depois, nos sepramos novamente. Ele manteve as mãos em meu rosto,mas eu estava envergonhado de mais para encará-lo. Não sabia como reagir depois daquilo, então mantive a cabeça abaixada e os olhos fechados. Meu coração ainda batia disparado.

- Oy, o que foi agora?
- Tsunami-san...O-o que foi isso?
- Um beijo - seu tom de voz era normal, despreocupado - Não gostou?
- N-não é isso...
- Então o que é? - levantou meu rosto - e vê se olha pra mim.

Eu tive muito medo de abrir os olhos, então continuei com eles fechados.

- Você está todo vermelho - soltou uma risadinha - Que gracinha.
- Gracinha? - Acabei abrindo os olhos, e ao cruzar meu olhar com o dele, voltei a fechá-los - Tsunami-san não fique dizendo coisas assim!
- Hahaha, ficou mais vermelho ainda. E seu rosto tá bem quente também. Vem cá.

Ele me pegou pelos ombros e me puxou, me envolvendo num abraço. Novamente, abri os olhos surpreso.

- Pronto, assim você não precisa me encarar.
- Tsunami-san por que você está fazendo isso?
- Eh? Você não gostou? Achei que quisesse.
- Mas você não acha estranho fazer essas coisas com outro garoto?
- Que nada. Quando a gente gosta de alguém isso não importa!
- Go-go-gosta?!
- Eu gosto de você Tachimukai. Não é óbvio?
- Na verdade não. Você sempre me trata como um irmãozinho.
- Nah, é que você é tão pequeno que eu sinto uma vontade imensa de cuidar de você! - Disse me apertando mais
- Tsunami-san! - Impulsivamente, afundei meu rosto em seu peito. - Você faz coisas muito constrangedoras!
- Eh? Tipo o que?
- Me chamar de gracinha, querer cuidar de mim, me beijar...É estranho!
- Tudo bem, eu paro então - Ele mexeu na minha franja com o nariz e me deu um beijo leve na testa. - Só vou fazer essas coisas quando você quiser.
- Mesmo?
- Mesmo. Agora você tem que comer alguma coisa. Se não estivesse vermelho de vergonha, estaria pálido de fome.

Ouvimos um barulho do lado de fora. Deveria ser o onibus do time estacionando, mas não paramos pra olhar.

- Ah, voltaram.
- Hun?
- Agora as garotas podem fazer algo decente pra você comer.
"Tsunami! Tachimukai!" - Ouvimos a voz de Endou-san pela janela. - "Chegamos!"

Tsunami-san se levantou, indo pra janela.

- Yo Endou! Trouxeram comida?
- Claro!
- Beleza - saiu da janela - Vamos Tachimukai.
- C-certo.

Ele foi até a porta e me esperou me olhando com a mão na maçaneta. Levantei e fui até ele, andando meio torto. Se eu agisse como se nada tivesse acontecido, talvez ninguém percebece. Cheguei perto dele e parei, olhando pro chão.

- Vamos lá
- Tsu-tsunami-san....
- O que foi?
- Antes de irmos, poderiamos nos be-be-be - Não consguia dizer isso sem ficar completamente envergonhado
- Tudo bem.

Ele simplismente se inclinou pra frente e deu um beijo leve na minha testa

- Eh? Só isso?
- Se eu exagerar de mais, você vai ficar nervoso e os outros vão desconfiar. Você não quer isso, quer?
- Claro que não!

Eu abri a porta e saí andando na frente. Mesmo que eu gostasse muito do Tsunami-san, teria muita vergonha de contar aos outros agora.


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