Capítulo 16 de We Found Love

   Sophie havia conseguido dormir naquela noite devido ao cansaço, mas como ela ia aguentar o resto da vida ao lado daquele ser com genes masculinos. Ela bufou e abriu os olhos. Hermes estava dormindo profundamente ao seu lado.

   Ela se levantou e tacou uma travesseirada no deus ao seu lado.

-Hum? – Ele grunhiu irritado.

-Vou tomar banho, mas acho melhor você se levantar logo. O conselho é daqui a pouco. – Disse ela.

   Sophie entrou no banheiro. Despiu-se e entrou no Box para tomar banho. Secou os cabelos e se enrolou na toalha. Quando se virou para a bancada, para pegar a sua roupa, deu de cara com um Hermes encostado na porta a observando com um olhar malicioso.

-Desde quando está aí? – Perguntou ela, lançando um olhar mortal.

-Não se preocupe – disse ele rindo – acabei de me levantar. Agora dá para liberar o banheiro, ou tá difícil?

   Ela revirou os olhos. Pegou suas coisas e saiu do banheiro. Terminou de se arrumar no quarto e sentou na cama para esperar Hermes. (Afrodite havia dito que eles deviam aparecer juntos). Ele saiu do banheiro com o cabelo molhado e só de cueca para pegar as suas roupas no guarda-roupa.

-O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? – Gritou/berrou Sophie.

-Estou me trocando. – Disse ele em tom de obviedade.

-Por que você não pode se trocar no banheiro? – Perguntou ela de olhos fechados.

Ele riu.

-Pode olhar. Já me troquei.

   Ela abriu os olhos lentamente. Ele estava mesmo vestido. Suspirou e se levantou.

-Vamos? – Perguntou ela.

-Vamos. – Hermes se aproximou e a segurou pela cintura, puxando-a para acompanhá-lo.

-O que você pensa que está fazendo? – Ela repetiu a pergunta casualmente.

-Há menos que queira receber um sermão da Hera sobre que o casamento significa, sugiro que finja não se importar.

   Ela suspirou e assentiu. Claro que a desculpa surgiu na hora que Sophie perguntou. Ele precisava dar uma boa desculpa, mas ela não precisava saber disso.

   Saíram do templo calmamente. As ninfas, deuses menores, musas e o povo todo que passavam pelas ruas os encararam como se estivessem vendo o Zeus dançar a macarena com um maio rosa enquanto Hera e Héstia se agarravam. Ou seja, algo muito, muito estranho. (As ninfas olhavam para Sophie com ódio, obviamente. Já que agora Hermes não poderia traí-la, porque, primeiro: Hera não deixaria. Segundo: Ela mesma não deixaria. Se ele ousasse olhar para uma mortal, ela teria um surto, mesmo que não soubesse disso).

   Dirigiram-se para o palácio dos deuses, onde haveria o conselho para os noivos.

-------------------------Enquanto isso, Apolo e Sarah----------------------------------.

   Eles estavam tentando de verdade, se dar bem. Praticamente não haviam brigado na noite anterior. Apolo havia se acostumado a acordar tarde, aproveitara bastante a lua de mel, já que não precisava dirigir o carro do sol.

   Sarah rolou um pouco na cama. Estava com preguiça. Olhou para o relógio que ficava na cômoda ao lado da cama e deu um pulo. Tinha que se arrumar logo senão chegaria atrasada no conselho. Tomou um banho rápido e foi para o quarto enrolada na toalha.

-Apolo! Apolo – Ela sacudiu o marido – Apolo! Acorda! Vamos nos atrasar!

-Droga. – Ele murmurou e abriu os olhos.

   A cena era mais, ou menos assim: Sarah enrolada em uma toalha branca que ficava um pouco acima da metade da sua coxa, com o cabelo úmido por causa do banho. Sentada com um pedaço da perna encostada no deus do sol que havia acabado de acordar e estava sem camisa. Claro que ela não percebeu o quão estranho era até notar o olhar do deus para as suas pernas.

-Apolo! – Ela bateu um travesseiro no rosto dele. –Vá logo se arrumar. Temos que ir para o conselho.

   Sarah se levantou irritada e foi para o guarda-roupa escolher o que vestir. O problema foi quando ela abaixou para pegar uma calça na gaveta. Apolo permaneceu na cama olhando para ela. A loira sentiu o olhar do deus em si e falou ameaçadoramente, ainda de costas:

-Apolo se você não tirar o olho daí e for tomar banho, eu juro que eu vou te deixar incapaz de gerar semideuses, e te mandar para o Tártaro.

   Surtiu efeito. Ele se levantou correndo e entrou no banheiro, não antes de olhá-la novamente (N/A: Hum... Apolo, safadênho).

   Quando ambos estavam prontos, saíram do templo de Apolo para o Palácio dos deuses. Sarah percebeu alguns olhares das ninfas para Apolo. Ela revirou os olhos. Elas não se enxergavam? O deus estava CASADO e com a esposa que era uma DEUSA ao lado dele. Ela sorriu. Pegou a mão de Apolo, que não protestou. Continuaram o caminho de mãos dadas com Sarah recebendo olhares mortais das ninfas e alguns maliciosos dos deuses menores. Coisa que não agradou Apolo nem um pouco, já que ele a puxou para mais perto e a segurou pela cintura.

--------------------------------Enquanto isso, Eros e Ártemis----------------------------.

   A deusa estava muito nervosa. Ia falar com Zeus para que ele invalidasse o seu juramento (Ele, por acaso, gostava muito da filha por causa de tal decisão. A favorita, antes era Atena, mas quando esta se casou com Poseidon, Ártemis passou a ser a preferida por não se meter com nenhum homem.).

-O que foi, meu amor? – Perguntou Eros ao perceber a inquietação da deusa.

-Nada, é só que é estranho. Nunca imaginei que isso fosse possível.

-O que? – A voz dele saiu abafada por estar ocupado, beijando o pescoço dela.

-Eu quebrando o juramento... – Virou-se para beijá-lo -... Com você.

-Na verdade, estou adorando te ajudar com isso.

   Eros ficou por cima da deusa e a beijou. Como sempre, uma das mãos dele escorregou pelo corpo dela, mas Ártemis a puxou.

   Depois de muito Eros insistir o contrário, Ártemis ganhou e eles foram se arrumar para o conselho. O nervosismo da deusa voltou. Já estava imaginando quando Zeus explodisse, os raios e trovões começariam e todos teriam de esperar mais de uma hora do deus dos deuses gritando o quanto aquilo era errado. Como aconteceu quando Atena avisou que iria se casar.

   Na verdade, eles poderiam se casar. Eles pareciam não viver mais longe, um do outro. Não seria nada mal se casar. Com a benção de Hera, quem sabe a reação de Zeus não fosse mais... Sutil?

   Eles saíram do templo e foram lado a lado para o Palácio dos deuses. Ártemis respirou fundo e entrou com Eros ao seu lado. Todos os deuses já estavam presentes. A deusa da caça sentou-se em seu trono e Eros foi para o lado de Afrodite. Todos já sabiam que ele tinha algo para revelar, então não acharam estranho. Apenas a deusa do amor, que percebeu que eles haviam chegado juntos e a sobrinha* não tivera nenhum ataque contra as impurezas masculinas (Expressão tirada da fic O Roteiro, dá incrível MaeveDeep) de seu filho.