40 Dias Para Te Reconquistar escrita por jamxx


Capítulo 13
Capítulo Flashback 3 -Me vinguei,mas perdi - pt2


Notas iniciais do capítulo

Então. Estou postando tarde e antes do dia que falei rs É que amanhã vou estudar de manhã e de tarde, culpa da linda biologia e maravilhosa história do Brasil. Então tive que correr com o capítulo. Posso falar? JESSI SEDDIE sua linda, para de me fazer vomitar arco íris vai! Comentando meus looks e ainda me recomendando, assim eu morro de tanto carinho pra pouco eu. Então, eu dedico esse capítulo a Jessi.Estão preparados? Hmm.



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Há um amargo grande na minha boca, senti uma pressão na minha bochecha e só então percebi que estou viva. Conhecia aquela pressão de lábios delicados na minha bochecha, era Carly. Ela costumava beijar a minha bochecha nas noites que escapava de casa, aos doze anos. Nessa época minha mãe me batia muito, pois bebia muito e eu fugia para a casa da Carly. Ela me agarrava em seus braços finos, e de alguma forma abraçava a minha dor. Quando eu parava de soluçar, me enchia de beijos assim... Pressionados delicadamente nas minhas bochechas e dizia que eu era forte e linda, falava que me admirava e eu respondia que não acreditava, mas esse simples gesto me fazia mais feliz. Mais uma vez, seus lábios pressinaram contra a minha pele e eu sorri. Minhas lágrimas devagar desceram, então abri os olhos e encarei os olhos da minha melhor amiga.

 - Como você está? - Carly perguntou, apertando um ursinho de natal em suas mãos.

- Bob, o ursinho de natal? - Perguntei, não acreditando no que estava vendo.

- Você me deixou assustada... - Ela sussurrou, abraçando o ursinho que dei a ela quando tínhamos dez anos. 

- Porque... ? - Minha voz falhou. Respirei fundo e o cheiro de hospital invadiu as minhas narinas. Sentei e não senti nenhuma dor. Levei minhas mãos para a minha barriga e então fechei os olhos. 

As lembranças invadiram a minha mente de forma violenta. Olhei pra todos os lados, e senti as mãos de Carly agarrarem as minhas. Levei minha testa até nossas mãos juntas, claro que suspendi um pouco nossas mãos e chorei. Eu queria levantar e me acolher nos braços da Carly, sentir seus beijos e ouvir sua voz doce. A única voz que realmente conseguia me acalmar de verdade. 

Passaram longos minutos, quando Carly começou a cantar pra mim e eu deitei na cama. Mil perguntas estavam na minha mente, me rondando. Tinha que perguntá-la. 

- Quão ruim estamos? - Perguntei com voz vazia, fitano o teto e triste. 

- Está com duas costelas quebradas, teve hemorragia interna, esteve em coma por uma semana... - Eu a interrompi.

- Eu perdi o bebê? - Minha voz falhou.

- Sam não é sua culpa. - Lágrimas insistiam a derramar.  

Carly tocou no meu rosto, senti um pouco de dor e me olhou nos olhos. Estremeci. Estava tão insegura e ela tinha passado por algo pior. Mas ela tinha Brad... E eu o Fred, eu o tinha, certo? Senti seus lábios beijarem minha testa e um arrepio percorreu meu corpo. Ardeu. Então pressionou os lábios em minhas bochechas e me senti com doze anos. Sorri. Ela se afastou um pouco e abriu um sorriso sincero. Eu amo seu sorriso, é a força mais simples que ela me diz " Tudo ficará bem. "

- Você é linda e tem alguém que te ama muito. Ele surtou e não saiu do seu lado em nenhum instante. Quando o médico falou que você poderia acordar a qualquer momento, eu e Jade, não o deixamos mas aqui. Eu sei que surtaria. Brad levou ele pra casa, para arrumar as coisas e assim que tiver alta, poderá sentir-se em casa novamente. - Falou tão segura, eu não preciso perguntar.

Ela sabia minhas perguntas. Carly sempre será quem me conheci melhor nesse mundo inteiro. Ela sabia ler minha mente. 

- E ele... - Fui interrompida.

- Ele não foi encontrado. Não acharam o seu corpo e toda a unidade de polícia está atrás dele. Foi noticiado na televisão e o colégio foi informado. Não se preocupe- Ela me informou. 

- Eu te vinguei. - Sussurrei, encarando seus olhos negros nos meus.

- Não deveria. - Me entristeci. Queria que ela falasse " Obrigada ". Ela percebeu e passou as pontas dos dedos em meu braço direito.

- Mas, obrigada. O que seria de mim sem você? - Falou baixo e sorri. Nesse instante é disso que eu precisava.

- Eu te amo, Carly. - Sussurrei e levei minhas mãos pro meu rosto, limpando a inundação.

 - Eu te amo mais. Melhores amigas, certo? - Carly sorriu, e apertou uma das minhas mãos.

 Então chamou a enfermeira e avisou o médico responsável. Depois de me analisarem, ela voltou e cantou pra mim. Tinha tomado calmantes e junto com seu carinho, dormi. 

No dia seguinte falei com Fred, que tinha os olhos cansados e tive a certeza que chorou muito. Sua mão esquerda estava quebrada e não perguntei porque. Tinha medo de fazer perguntas e ele me encher com as suas próprias perguntas sobre o que aconteceu. Tive alta, finalmente. Não falava muito e estava irritada com os seis cortes com pontos. Me incomodavam. Me sentia horrível e negava me olhar no espelho. Eu sei que estou horrível.

- Esse não é o caminho de casa. - Informei Fred. 

- Aluguei outro apartamento, mobiliei e tudo mais. Não queria que tivesse memórias ruins lá. - Ele falou e o compreendi. 

Chegamos em um prédio grande e no setor mais bem conceituado. Sorri. Ele fez isso pra mim, e eu não merecia. Levei o nosso filho para o suícidio. Entramos no apartamento, era maior e tinha uma claridade ótima, as paredes eram todas brancas.

 - O que achou? - Ele perguntou ancioso. 

- Bom. Aonde fica nosso quarto? - Perguntei com a voz vazia.

 - Por aqui... - Ele me levou a um pequeno corredor que haviam três portas. Explicou que a porta que estava a nossa frente e no fim do corredor é o nosso quarto. A porta do lado direito era uma pequeno quarto de hospedes e a do lado esquerdo uma sala, que o antigo dono usava como escritório. Não tive muita paciência, simplesmente entrei no nosso quarto e acomodei minhas coisas.

 Fred me olhava de maneira anciosa, desde do hospital não havia tocado nos seus lábios e poderia me entender mal. Eu sei que pode parecer bobagem e que ele nunca me faria mal, mas sentia medo. A verdade que estava com medo e acumulada de sofrimento dentro de mim.

 A noite chegou, e eu não sai do quarto nem por um segundo. Mas ele cuidou de mim, levou pro quarto comida e insistiu que eu me alimentasse. Comi um pouco, mas não me sentia bem comigo mesma e isso estava me matando. Estou sentada na minha nova cama, no meu novo quarto, no meu novo apartamento e com a nova vida que eu não esperava. Sim, imaginei ter uma vida nova mas formando uma família e não assim. Fred entrou em silêncio e me observou. Olhei em seus olhos e por um momento a dor não se manifestou. 

- Você tem visita. - Fred me olhou sorrindo. Não sorria com os lábios mas nos seus olhos eu pude o ver sorrindo. 

Então ele saiu da porta, deixando passagem para alguém entrar e quando vi quem era, quase morri. Melanie. Seu sorriso se abriu ao me ver, apesar de ver um traço de espanto de me ver daquele jeito e não me contive como uma estátua vazia. Pulei pra fora da cama e a vi abrir os braços, minha irmã sempre será a pessoa mais segura pra mim. Ela tem um carater forte que nem o meu mas é muito delicada, conceituada, linda, educada, um gênio florido que nem o de Carly podendo ver coisas boas onde só há sofrimento e famosa. Minha irmã é a blogueira mais famosa do Estado, e talvez do país. O radioactive unicorns tem somente dois anos, e recebi um número de visitas incontáveis para mim. Ela é realizada e eu a amo tanto. Envolvi meus braços pela sua cintura, a abraçando carinhosamente e confesso que amo abraça-la. É como abraçar meu lado hiper feminino.

- Brad e Gibby estão na sala, então vou deixá-las sozinhas. Acho que tem muito o que conversarem. - Fred pronunciou.

E antes que fosse, o agarrei em meus braços e sussurrei em seu ouvido um " Obrigada. ", em seguida o beijei. Um pequeno beijo.

- Precisa de uma repaginada no seu look. Está com mais cintura, se quiser eu te ajudo. Mas tem que ser escondida da Carly, porque você sabe como ela é. - Melanie falou, tirando os sapatos e sentando no sofá que agora tem no meu quarto.E eu só percebi que ele está aí porque ela se sentou nele.

 Me olhei no espelho, e observei bem minha cintua. Realmente está mais fina. Fiquei confusa, o que tinham feito comigo?! Ela percebeu meu jeito estranho de me olhar e então resolveu me explicar.

- Você não perguntou sobre os danos que causaram em você. Entendi. Sua cintura está mais fina porque foi necessário retirar duas costelas... Uma do lado direito e a outra do esquerdo. - Me contou segura. Melanie não tinha medo de me contar as coisas, não é como todo o resto que se sentiam tensos ao falar e eu gostava disso nela.

- Oh! - Exclamei. Sentei do lado dela. 

- Lembra que a Vogue Teen entrou em contato comigo? - Melanie se pronunciou. Fiquei aliviada por não perguntar se estou bem. 

- Lembro sim. O que querem da minha linda irmã? - Ela riu, sabendo que estava também me chamando de linda e suspirou.

 - Querem que eu tome conta do blog da Vogue Teen da Itália. - Disse um pouco triste.

- E que eu me mude pra lá, tenho que dar a resposta amanhã e decidi que não vou. - Falou decidida. 

- Como não vai? É uma grande oportunidade. Você ama o que faz... Então porque não ir? - Perguntei indignada. 

- Minha irmã precisa de mim. - Sua voz foi meiga e me revoltou. 

- Você vai levantar esse traseiro branco e confirmar essa porra agora. ME ENTENDEU? - Falei alto o bastante para Fred vim nos verificar. Ele olhou pra mim confusa e a Mel riu. 

- Eu tenho o meu marido, a Carly, a Jade, o Gibby, o Spencer, o bebê da Carly e seu ursinho Bob. Ficarei bem. - A olhei com carinho. Queria dizer a ela, que além de mim não havia nada mais importante.

Claro, depois de mim tinha o seu blog. Apesar de Melanie ter mil valores, não tinha verdadeiros amigos e companheiros. Tinha pessoas ao seu redor sempre, mas me dizia que diante deles e do mundo só me tinha realmente. Queria lembrá-la disso, mas talvez pudesse ferir ela. 

- Nenhum deles tem seu sangue correndo em suas veias e não são como eu. Eu sou sua irmã e você é tudo que eu tenho. Me deixe decidir por mim. - Mel sorriu, tentando parecer que não era um sacrificio pra ela.

 - Eu jogo o anel da mamãe no lixo. - Ameaçei. E ela se levantou do sofá na defensiva.

- O que? De forma alguma. - Falou doce, mas eu sabia que aquilo era um grito comportado dela.

- Você vai pra Itália, e casará com um italiano lindo. Ficará mais famosa com o blog e qual é, será da elite de moda. - Sorri. E ela me abraçou. Um abraço diferente, aconchegante que só irmã pode te dar e fiel. 

- Você continua sendo uma deliquente. - Ela sussurrou e eu ri. 

- Olha quem diz. Você roubou um batom da MAC quando tinhamos treze anos. Você também é deliquente, só que banhada a glitter. - Falei.

Me tornou um pouco mais feliz, porque não precisei me sentir mal e nem falar sobre o que aconteceu. 

Gibby e Brad já tinham ido embora, passaram no quarto pra me dar um oi antes de irem. Me apavorei quando Mel disse que ia embora sozinha, então fiz o Fred prometer que a levaria para casa e só voltaria quando ela trancasse bem a porta. Tinha muito medo que fizessem algo a ela. Eu acho que morrería se algo acontecesse com a minha irmã. Fred foi, mas não me deixou sozinha.

Carly ficou comigo, estamos na cozinha e eu assistia ela cozinhar. Me transmitia conforto está perto dela, mas a dor no meu peito só aumenta e eu acho que não mereço viver. Não se for pra viver assim, com a dor da perda de um alguém que nem nasceu. As palavras do homem que me empurrou quando precisei de ajuda ecoavam na minha mente. Assassina.

 - Carly, eu sou tomar banho. - Falei baixo. Mas ela escutou.

 - Você está cheia de pontos. Precisa de ajuda? - Ela perguntou ficando vermelha.

 Me lembrei de quando ela estava assim, destruída fisicamente e emocionalmente. Por uma semana eu a ajudei ela a tomar banho, mas era diferente. Não era só as costas, coxas e barriga que estavam machucados. Sua intimidade também estava e ela sentia muita dor. Chorava toda vez que precisava fazer coisas que todo mundo faz. Durou mais ou menos duas semanas inteiras da qual a ajudei e sinceramente, não tenho vergonha que o fiz. Ela precisava de mim e eu estava lá. O engraçado que eu precisava ter visão de raio x, ela se sentia insegurança em me deixar vê-la. E quando a vi na íntegra, eu compreendi. Carly foi muito machucada e mais do que eu.

 - Não. Eu me viro. - Sorri fraco. Antes de ir, a abraçei e beijei sua bochecha. Sussurrei um obrigada, e andei em direção do quarto. 

Tranquei a porta. Tirei minha roupa, ficando só de calcinha e soution, e me observei no espelho. Eu realmente estava destruída. Meus olhos inchados e vermelhos, minha barriga cheia de pontos, marcas quase pretas por toda parte, furos na minha coxa e um corte na minha testa. Com certeza ficaria com cicatrizes mas nenhuma seria tão dolorida quanto a cicatriz no meu coração. Toquei a minha barriga e demoronei a chorar.

Sentei na beirada da cama e me chinguei por ser tão estúpida. Eu amava esse menino que estava crescendo em mim e não ia suportar a dor. Eu merecia morrer junto a ele. Eu tinha. Fixei meu olhar pra cômoda aonde Fred organizou meus rémedios por horário e dias que deveria tomar. 

Sempre achei que eram estúpidos quem tentava se matar com rémedios. Sempre achei que mereciam viver pra levar uma surra da vida e aprender que pra morrer teria que se empenhar mais. Porém, eu já tinha apanhado muito e meu corpo ainda doía. Eu não quero sentir dor, sabe? Já estou sentindo demais.

Me levantei novamente e abri a garrafinha de água. Abri todos os seis frascos de rémedio e ouvi a batida na porta. Olhei pra ela e a maçaneta estava mexendo. Carly começara a me chamar com voz alta. Ignorei.

Engoli metade do primeiro vidro empurrando com água. Gemi de raiva. Minhas lágrimas encharcaram o meu rosto, tanto que molhavam o colo do meu peito. Mais batidas fortes e senti o desespero de Carly. Ela tinha que entender, certo? Acabei com o segundo vidro e pude ouvir Carly chorar desesperada. Meu coração apertou. Me sentei no chão frio, não aguentava mais. 

- Por você, meu filho. - Sussurrei.

E metade do terceiro vidro estavam na minha boca, quando ouvi a porta ser aberta com força. Vi Carly com a blusa molhada, e chorava mais que eu. Estava com um machado na mão, que logo jogou no chão.

 - Sam. - Falou baixo. 

Vi seus olhos fitarem o que eu estava fazendo, e me senti tonta. Tonta e desesperada. Carly com sua barriga enorme se aproximaram de mim. Ela tenta abrir minha boca, mas não permitir não foi o suficiente. O olhar furioso dela me cortam por dentro. É a Carly, então obedeci mas senti meu corpo fraco. Acho que vou desmaiar e se tiver sorte, morrer.

Ela enfiou dentro da minha boca seus dedos finos e me fez vomitar tudo que tinha tomado. Tive raiva no meu pensamento. Muita raiva. 

- Minha Sam, nunca mais faça isso comigo. - Falou alto e chorosa.

- Meu... MEU FILHO... CARLY... - Tentei falar e ela me afagou. 

Uma hora se passou e estava na cama banhada, com os olhos tristes e vazios. Carly do meu lado, acariciando minha mão e tentando me dar forças.

- Sei o que sentiu quando viu a primeira ultrasom. - Carly sussurrou.

 - Os batimentos do coração dele... Se tornou minha melhor música. - Falei baixinho. Carly levou a minha mão a sua barriga.

- É menina. E quero que você escolha o nome dela. - Carly me fez sorrir.

- Porque eu ? Você e Brad que deveriam escolher.

-Se não fosse por você, no dia que cheguei do hospital eu teria me matado. Você me ajudou, e se tivesse feito, não estaria com ela crescendo em mim. - Carly foi sincera. - Eu nunca pensei em ser est... Bem, você sabe. E foi horrível mas você esteve do meu lado o tempo todo. Quero que a minha filha ganhe o nome que a minha heroína escolher.

Lágrimas novamente desceram. Eu nunca imaginei isso. Só eu sabia o quanto Carly gostaria de escolher o nome da filha. Ela vivia falando nisso antes do que aconteceu com ela. Me lembrei de suas palavras " Julia, Kaliene, Anita ou Yasmin. Um desses será o nome da pequena Shay um dia. " 

- Anita. - Sussurrei e sorri. A abraçei forte, poderiam me dar o presente mais caro do mundo e nunca chegaria aos pés do que Carly esta fazendo por mim. 

- Eu amei. - Ela disse. 

- Quero seja a segunda mãe da minha filha. Considere sua também, porque você será a madrinha dela e quando eu não estiver perto... Será mãe. Quero que ela te ame o tanto que eu te amo, está bem? - Carly fungou. E acredite, me senti feliz. Concordei com a cabeça e beijei a sua testa. 


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Notas finais do capítulo

Eu tinha preparado na estrutura física desse capítulo um final bem Seddie e um momento da Sam com a Jade. Mas não deu, desculpem. Ficou um final bem CAM FRIENDS FOREVER. Eu amei, mas amaria ainda mais com Seddie no final. O que acharam? xoxo da jaqs para everbody :*