Carreirista do Distrito 2 escrita por MaysileeDonner


Capítulo 6
Capital: Conheço meu Estilista


Notas iniciais do capítulo

Olha, vou falar a verdade, essa fic foi só para passar o tempo, divertimento, entendem? Eu não me dedico a ela sempre, nem sabia que eu conseguiria um leitor. Por isso, eu quero avisar uma coisa, não esperem muito dela, nem do segredo, eles são apenas viagens que eu tenho, porque eu sei que vão se decepcionar ao lê-la.
E eu recebi uma mensagem, que me deixou triste, de verdade. Perdi a vontade de continuar a escrever, acho que esse é o último capítulo, estou pensando se vou continuar ou não.



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Quando chegamos ao vagão do jantar, vejo que as paredes são revestidas com madeira e Glossy já está lá a nossa espera em uma das mesas com porcelanas tão frágeis, sinto que não irei ser tão delicada assim. Ela me olha e faz uma careta de novo:

– Essa roupa... É tão... Ousada. Eu gostei. Ótima escolha, lindinha.

Essa é a aquela hora em que eu precisava de um gravador, Glossy me elogiando, aquilo era impossível. Eu somente dou um sorriso.

Somos servidos com sopa de legumes, logo veio a salada verde e depois a vitela, junto com purê de batata, por fim, algo que eu nunca tinha visto, acho que chamavam de gelatina. Enquanto comíamos, Glossy dava dicas de como se comportar, principalmente no desfile e entrevista.

Assim que terminamos vamos ao outro vagão assistir a reprise da Colheita. Marvel realmente parece ser forte, quanto a Glimmer é bonita demais para isso, parecia aquelas patricinhas que passam o dia na frente do espelho, ou talvez, fosse só um truque, porque ambos se voluntariaram. O restante dos tributos pareceu moleza, até chegar no Distrito 11, a garota tudo bem, o que me preocupou foi o garoto, ele é forte demais para ser do 11, mas nada que algumas facas não resolvam. O Distrito 12 me surpreendeu, aquela garota se voluntariou, anotei mentalmente seu nome, ela é corajosa.

Cada um foi para seu compartimento, eu achei que a viagem não duraria muito, mas foi um dia inteiro. A noite cai e quando amanhece, Cato me chama.

– Você não precisa ser meu despertador, sabia? Não é sua obrigação... - Afirmo.

– Tudo bem, eu só sou seu amigo, melhor do que acordar aos berros de Glossy. Estamos chegando na Capital. – Ele me olha e me arrasta pelo corredor até achar uma janela.

A Capital era deslumbrante, nunca vi arquitetura como essa. Glossy chega e nos manda ir ao próximo vagão, onde a janela é maior, ela sempre repetia que tínhamos que ser simpáticos. Então, eu dei um sorriso e acenei para todas aquelas pessoas vestindo monstruosas roupas estranhas.

Logo que o trem diminui a velocidade e para completamente, já somos conduzidos ao Centro de Transformação. Há mais ou menos duas horas estou aqui com a minha equipe de preparação: Maxime Madam, Lady Lacy, Colin Croobin.

Lady Lacy é a mais “normal”, ela está mexendo no meu cabelo desde que eu cheguei, só espero que não fique como o dela, seu cabelo é branco, o que me pareceu muito estranho, pois ela é tão nova e eles usam cores tão extravagantes, ela também tem um laço rosa amarrado na lateral de sua cabeça e mais fitas rosas caem por suas costas, ela tem a pele tão clara quanto o cabelo, sua maquiagem também rosa, o que a faz parecer embrulho de presente.

Maxime Madam é uma mulher bem... grande. Quando a vi, fiquei imaginando se aquelas tatuagens de ramos no rosto eram permanentes, até seus cílios eram pequenos ramos, todos os detalhes do rosto eram azuis, seu cabelo vermelho está preso em um coque e só para variar né, ela também usava um chapéu azul cheio de ramos, para combinar com o rosto, eu acho. Ela cuida de minha pele.

Colin Croobin, espero que não saibam ler meus pensamentos, mas eu não sei identificar se ele ou ela, que situação embaraçosa, é um homem ou uma mulher. Ele ou ela, tanto faz, usava uma ombreira medieval por cima de uma blusa com estampa de onçinha, uma traça laranja caia pelo ombro esquerdo, além de já ter um topete tão estranho quando o chapéu azul de Madam, não consigo ver seus olhos por causa dos óculos. No começo, eu achei que era uma mulher, por causa do seu corpo e cabelo... Até eu escutar sua voz. Sua voz é grossa, com certeza, um homem.

Agora, eu estou aqui. Colin está tirando todos os pelos encontrados em meu corpo, não vou mentir, dói mesmo. Ficar procurando evidências ou características para descobrir se Colin é um homem ou não, passou a ser a distração perfeita da dor.

- Vai demorar muito? – Pergunto.

- Não muito, seu cabelo está quase hidratado – Responde Lacy.

- Aqui também – Adiciona Madam, enquanto passa mais toneladas de creme onde Colin já agiu.

- Prontinho. – Concluiu Colin com sua voz grossa, isso me fez escapar uma risada. – Tenho que voltar para casa, minha mulher precisa de mim, vou confessar, seu cabelo está sem cor, dessa vez vou pinta-lo de roxo. Roxo combina com ela. Acho que Kleider não vai precisar de mim, qualquer coisa – Ele aponta para Lacy e Madam – Liguem para mim.

Ele sai de lá e eu começo a rir, Lacy e Madam ficam olhando para minha cara como se eu fosse louca. Talvez eu fosse mesmo. Mistério resolvido, Colin é um homem. Então Lacy fala:

- Acabou aqui também, só vou lixar suas unhas e o estilista já vem.

- Certo. – Eu digo.

Depois de um tempo, Lacy e Madam deixam a sala e eu fico sozinha por alguns minutos até meu estilista chegar. Quando ele passa pela porta, já sinto que o Universo não vai conspirar para mim e que eu vou ter que usar uma roupa ridícula ou um vestido. O cara era bem alto e magrelo, usava um terno azul-marinho, quando digo azul, não quero dizer azul, se é que me entende, o terno mudava de cor, azul para o verde conforme a luz, meio metálico e para piorar, seu cabelo era amarelo, não loiro, amarelo mesmo, com algumas mechas roxas.

- Olá Clove, eu sou Schone Kleider, seu estilista, mas pode me chamar só de Kleider. – Ele da uma risadinha que já me deixou nervosa, como eu queria ter uma faca por perto.

- Oi. – Curta e grossa. Eu não gosto dele.

- Ora, ora. Vamos olhar para seu corpo. O que será, o que será, que eu irei usar nessa garota? – Quando ele se aproximou, eu pude notar que a linha da costura era colorida e que acendia toda a vez que ele falava. Coisa linda. – Bem, você não tem um corpo... ur... muito bom. Baixinha demais.

Sinto que meu sangue ferveu e estava subindo a cabeça. Meu estilista era ridículo, pensei em Cato, espero que ele não tenha o mesmo azar que o meu.

- Para a cerimônia de abertura, eu quero algo cinza e dourado, porque brilha e chama a atenção. Vou colocar algo na sua cabeça, vai te fazer parecer mais alta.

Aceitei tudo sem reclamar, porque sei que não iria adiantar nada. O resultado não foi tão ruim. Estava usando um corpete preto com ombreiras com tachas douradas, uma saia com armação rodada onde algumas tiras em ouro caiam, lembravam tiro de armas. Algo que lembre o meu Distrito.


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Notas finais do capítulo

Se eu não voltar, só queria agradecer a todos esses que a leram. Significa muito.



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