Nobody [Em remake] escrita por Bruno Tavares Pacheco, Teud


Capítulo 3
Arquivo 3 - DoppelGänger


Notas iniciais do capítulo

Bruno: Sem tempo para digitar XD

Tebaldi: Completei e corrigi o capítulo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/216131/chapter/3

Essa noite estava péssima para dormir, além de Eri ter se confessado, eu passei pela minha primeira batalha real contra um ADM apesar não saber muito bem o que eu fiz até agora. Mais o que me deixa mais nervoso ainda é que hoje é domingo e hoje é meu en... enco... encontro com a Eri.

De manhã acordamos normalmente e fomos tomar nosso café, apesar que este é meu primeiro domingo na minha nova casa e todos estão juntos hoje, estava tudo calmo até que:

– Ei, sobre aquele encontro de vocês, vai acontecer ou não? - pergunta Arime

– O quê?! Quer dizer que vocês são mais do que amigos, Shibara-san? Você é meu herói! - diz Yuuto

– VOCÊS PODEM SE CALAR!!! - grita Satsuki

– Pra que tudo isso, Satsuki? - pergunta Arime

– Eles podem fazer o que quiser e isso não é de nossa conta... - diz Satsuki calma, como se nada tivesse acontecido.

– Será isso mesmo ou você está com... - diz Yuuto

– Yuuto, você pode ficar quieto ou será que eu devo deletar seu HD? - interrompe Satsuki friamente.

– N... não precisa!! Eu sou um túmulo! - responde Yuuto desesperado

– Yuuto, pare com isso. Você tem um trabalho a fazer. - diz Yue novamente com um ar de liderança.

– S... sim chefe! - Yuuto ,desesperado. Come tudo em menos de um minuto e parte para a sala de vídeo.

– E você Satsuki, cuidado com suas ações... - repreende Yue.

– Sim... Mas agora tenho algo a fazer... Vejo todos mais tarde. - Satsuki termina o café e sai da mansão, obviamente ela só deveria estar nervosa e saiu para se acalmar, ou talvez ela tenha realmente que fazer algo.

Bem, até o momento eu estava calmo, mas ao tocarem no assunto da Eri fiquei realmente nervoso, e agora teria que sair com ela. E agora, o que vamos fazer? Bem eu acho que deveríamos ir ao Tokiro Shopping ou algum lugar parecido. Talvez lá ela consiga me dizer o porque de tudo aquilo.

Estava na frente da mansão, já fazia horas que Eri falou para eu esperar na porta, não sei o porque disso, aliás essa agora era a nossa casa e até mesmo dividimos o quarto, por mais estranho que pareça. Finalmente escutei algo.

– Eri é vo... Ah é só você, Shaoran...

– Foi mal, mas é que sempre que quero pensar venho aqui, sei que é estranho até porque estamos na frente da mansão.

– Entendo... Mas mudando de assunto, os meus pais concordaram com a história que a Yue inventou, né? Você sabe algo sobre isso?

– Ela deve ter manipulado a memória deles...

– O quê?

– A Seishin dela permite a manipulação dos dados de memória e a recuperação de dados corrompidos.

– Agora eu entendo...

– Mas tem um único problema: toda a vez que ela usa essa habilidade, mesmo que seja em um mínimo detalhe do sistema, ela não pode mas usar a sua Seishin por três dias, ou seus dados são danificados, mas já ocorreu uma única exceção...

– Do que está-

– Então vamos Ryo-senpai...- interrompeu-me Eri, chegando do nada. Ela estava linda! Usava um vestido até um pouco acimo do joelhos e um botão de cor vermelho. Eu estava sem palavras.

– Bem, boa sorte no seu encontro. Tenho umas coisas a fazer... Até depois! - despedi-se Shaoran, voltando para a mansão.

Eu ainda não sabia o que dizer. Eri estava bem ali na minha frente; tão linda que perdi minhas palavras. Naquele momento fiquei muito mais nervoso que antes.

– Ei, Ryo-senpai, precisamos ir! - declara Eri com um lindo sorriso.

– Sim, vamos!

Logo que saímos da mansão fomos para a estação. Era muito mais rápido ir de trem até o centro da cidade. Conseguimos pegar o trem das oito, portanto chegaríamos cedo na cidade.

– Ei, Eri.

– O que foi?

– Esqueci de perguntar, mas onde nós vamos?

– Logo você vai saber.

ULTIMA ESTAÇÃO, POR FAVOR DESÇAM PARA A PLATAFORMA E NÃO ESQUEÇAM SEUS PERTENCES.

Eri me puxou para a plataforma.

– Espere aqui é...!!!

– Exato, Akihabara.

– Ei, aquela não é a edição limitada de Project Diva Extend?! - disse eu colado numa vitrine.

– Você pode ver isso depois! Vamos, tem alguns lugares que precisamos ir. - diz Eri, me arrastando para algum outro lugar, enquanto eu via alguém comprando a ultima cópia do jogo.

Então tive a leve impressão de que estava sendo observado... O observador misterioso então disse:

– Alvo avistado.

Olhei para os lados mas não vi nada... "Provavelmente foi só minha imaginação", pensei.

****

Eu e Eri fomos a vários lugares de Akihabara juntos, porém infelizmente toda vez que eu tentava ver, comprar ou ir a algum lugar de meu interesse, Eri me obrigava a fazer algo como tirar fotos naquelas cabines, ou então entrar em uma loja de moda feminina... Em uma dessas lojas, Eri gostou muito de umas peças e entrou em uma dos vestuários para experimentá-las. Mas ela estava demorando muito, me deixando impaciente.

–Eri, você tá demorando muito! - diz eu, abrindo a cortina de um vestuário, entretanto não era o de Eri... - Ah! Desculpa aí!

Quem estava dentro do vestuário era Satsuki, e por um acaso ela estava nua. Ela então gritou:

–SEU TARADO!!!! - ela se cobriu com uma toalha e começou a me bater muito. Caí no chão por causa das pancadas.

Quando me recuperei ela já havia saído da loja. Eri havia saído do vestuário também. Ela me disse que Satsuki saiu sem dizer onde ia e se estava bem.

Conseguimos sair da loja após uma longa discussão, explicação e pedido de desculpas para a gerente, pois como Satsuki estava com muita raiva comigo, ela destruiu parte da loja. Então fomos assistir um filme americano: "Love is War". Durante o filme inteiro, Eri segurou minha mão. Parecia apreensiva. Talvez esperasse um beijo ou algo do tipo. Quando o filme finalmente acabou e saímos de lá, fiquei mais calmo.

–O que tem de errado com você, hein? - disse Eri, com raiva de mim - Poderia ter me beijado no final épico!

Eu apenas virei o rosto de lado, arrependido.

–Ei, você está bem? Tem algo errado? - perguntou Eri, preocupada.

–Não, nada. - respondi - É só que...

–"É só que" o quê? Ou você não queria vir junto comigo?

–Não é isso! É que eu...!! - disse eu, sendo interrompido por uma perseguição ao longe. Quem estava sendo perseguida era Satsuki, e os perseguidores eram dois caras que não pareciam ter boa conduta. Então saí correndo atrás dela.

Quando os alcancei, eles estavam encurralando-a num beco sem saída. Então eu me arrisquei ao gritar:

–Parem com isso agora! Se quiserem fazer algum mal a minha amiga, terão que passar por meu cadáver!

–He he... Olha o que temos aqui... - diz o homem mais baixo pegando um canivete e expondo sua lâmina.

–Será mesmo um amigo ou um namoradinho dela? - diz o segundo com tom debochado.

–Calem a boca! - gritei correndo em direção ao homem baixo acertando-o com a mão aberta como eu fiz com o ADM, mas nada aconteceu. Por que justo agora não funciona?

–O que você está fazendo, pivete? Bem, não me interessa. Morra, seu cuzão!! - ele então me acertou com o canivete em no rosto, e em seguida seu parceiro me deu um chute na barriga, fazendo eu cair no chão. Então os dois começaram a me chutar e socar até eu perder as forças para ficar com os olhos abertos...

Eri tentou impedi–los me bater mais ainda, porém eles a jogaram com força em um poste de energia elétrica e a amarraram. Amarraram Satsuki logo em seguida. Pelo som foi o que pareceu.

–Então vamos começar a diversão? - ouço a voz do mais baixo.

–Sim!!! Eu fico com a ruiva! Hi hi hi!!! - responde o parceiro. Eu tento me levantar, mas meu corpo não reage. Nem meus olhos.

–Ryo-senpai, acorda!!!! - gritou Eri.

–Isso não adianta. Ele já está morrendo. - respondeu Satsuki friamente.

Então perdi a consciência.

Acordei em um lugar que não tinha nada. Parecia com o vácuo. Eu então perguntei a mim mesmo:

–Aonde estou? Será que... eu morri? Droga! Por que logo quando Eri... Espera! Não posso morrer assim! Tenho que salvá-la! De qualquer jeito!

Então acordei novamente no beco sem saída. Me levantei e declarei aos cafajestes:

–Seus idiotas! Eu não disse que vocês teriam que passar pelo meu cadáver para mexer com elas?!

–Ora, ora... ainda está vivo, pivete? Bem, você é bem resistente, mas como tá me atrapalhando em minha diversão, precisa morrer! - quando ele virou em minha direção, teve seu peito perfurado... - O-o quê? O... q-que é is... - então o baixinho caiu morto no chão.

Satsuki havia conseguido se libertar e estava atrás dele, e sua roupa estava cheia de sangue. Eu simplesmente não entendia a situação. Só consegui entender quando notei que o outro cara que havia sido decapitado lá no chão.

–Finalmente não há ninguém para nos atrapalhar. - diz Satsuki.

–O q-que você está fazendo?! - estranhei

–Que pergunta foi essa, Ryosuke-kun? Você se preocupa com esses bastardos?

–Não é isso! - então percebi que ela me chamou de "Ryosuke-kun". Nós não éramos tão chegados para ela me chamar pelo nome de nascimento.

–Então é o quê? - queixou-se ela - Eles tentaram te matar e estuprar a mim e a Eri-chan! Então me responda: eles não merecem morrer?

Por um instante concordei com ela, mas logo em seguida "caí na real" e respondi:

–Você não deve matar alguém, seja o que ela tenha feito.

–Belas palavras, Ryosuke-kun. Pena que serão as últimas!!

Então ela veio para cima de mim com uma espada que surgiu do nada. Quando pensei que tudo estivesse perdido, vi um vulto surgir na minha frente, protegendo-me. Reconheci minha protetora como Satsuki, mas como poderia haver duas? A recém-chegada atacou com tudo a antiga Satsuki e depois recuou. Então ela disse:

–Chega de brincadeiras, DoppelGänger!

–Sua... - diz a DoppelGänger, partindo para o ataque novamente, mas como resultado é cortada ao meio pela espada de Satsuki.

–Isso é o que você ganha por se passar por mim! - declara a Satsuki original. Ela então olha para mim - Você está bem, Shibara-kun?

–Mais ou menos... - respondi. Fiquei aliviado por ela me chamar de "Shibara-kun", confirmando que ela era a real Satsuki - Espera! Você viu a Eri? - só naquele momento reparei que Eri não estava mais amarrada no poste.

–Ali. - respondeu Satsuki apontando para Eri, que estava caída no chão desacordada ao lado do poste. - É melhor você ir ajudá-la.

Obedeci e fui até ela. Acordei-a e, quando ela viu minha roupa toda manchada de sangue, começou a ficar nervosa e arfar. Tentei acalmá-la, mas era muito difícil! Então lá vai outra dica: se for tentar acalmar sua namo-, digo, amiga, não esteja coberto de sangue. Enquanto isso, Satsuki limpava a bagunça que o DoppelGänger tinha feito. Porém esta se levantou e tentou atacar aquela que estava distraída com a limpeza de dados, mas por instinto meu corpo agiu por impulso e defendi o ataque com as mãos. Satsuki cai no chão.

–Acha que isso irá me deter? - diz o DoppelGänger.

–Não, mas isso vai! - acertei um golpe com a mão aberta no peito dela, fazendo-a voar para longe - Você está bem? - perguntei a Satsuki.

–Sim - respondeu Satsuki, ainda no chão.

–Hu hu hu... Isso é tudo? - diz o DoppelGänger se levantando no horizonte. Seu corpo parecia distorcido, com outra forma. Parecia com uma sombra tridimensional, além de não possuir rosto.

–Espera, como você...?! - disse eu, sem entender.

–DoppelGänger é um NPC independente do sistema. Ele é uma criatura das sombras e não possui forma nem rosto próprios. Sua Seishin não funcionará contra ele nem mesmo se você a dominasse completamente. - explica Satsuki.

–Isso quer dizer...! - Eri entra em desespero.

–Isso significa que teremos que usar força física contra ele, já que este não é composto por dados da administração. Fiquem atrás de mim! - Satsuki tenta se levantar apoiada em sua katana, mas cai.

–Ryo-senpai, a perna dela...! - alerta Eri, apontando para a perna de Satsuki, que provavelmente foi ferida quando o DoppelGänger tentou atacá-la.

O DoppelGänger estava vindo em nossa direção. Eu não tinha escolha, então declarei:

–Eu vou pará-lo.

–Não! O DoppelGänger não é o seu oponente! - grita Satsuki - O oponente dele sou eu! Fujam enquanto podem!

–Ryo-senpai, ela está certa! - confirmou Eri - Devemos fugir! Satsuki-senpai é mais experiente!

Eri e Satsuki podiam estar certas, mas eu já havia tomado minha decisão. Por isso peguei a katana da mão de Satsuki. Ela então exclamou:

–O que você está fazendo com...?!

–Não irei fugir! - interrompi Satsuki

–O quê?! - estranharam Eri e Satsuki simultaneamente.

–Eu sempre fugi desde pequeno. Mas agora vou protegê-las! Mesmo que este esforço custe minha vida!

–Gin... - sussurra Satsuki, lembrando-se de alguém...

Parti para o ataque. A espada começou a faiscar enquanto era arrastada pelo chão. O golpe da katana foi parar nas mãos negras do DoppelGänger. Para falar a verdade, eu nem sabia o que estava fazendo. Parecia que meu corpo se movia por vontade própria e sabia que deveria matar aquele desgraçado.

Quando ele segurou o golpe, senti uma grande pressão, mas consegui revidar. Ele usou a força do meu ataque e me jogou longe. Novamente parti para o ataque, porém com uma velocidade incrível. Quando eu finalmente iria acertá-lo, a minha visão foi tomada por uma "nuvem" de escuridão...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

REVISADO E CORRIGIDO!!!!

Bem, até o próximo capítulo!

Leiam também: https://www.fanfiction.com.br/historia/220892/Love_At_First_Sight