Depois das compras, a menina que amava animais foi brincar e dar banho no cachorro da família. Selvagem, que não tinha nada de selvagem, apesar de ser um cão grande e robusto, era manso e carinhoso, amava atenções. Foi quando Damon chegou com Vicki Donovan de mais uma festa, viu Elena banhando o animal, que molhou-o acidentalmente. Foi ai que ela conheceu o filho mais velho do Sr. Salvatore.

– Não é possível que meu pai traga uma empregada assim para esta casa. Não leva o menor jeito de empregada...

O rapaz bastante irritado fez um escândalo, indo para cima dela, dizendo que não queria mais a moça na casa. O que ele não sabia era que Elena não era uma simples empregada, e sim uma hospede de seu pai.

Stefan e Lupe ouviram os gritos e correram para ver o que estava acontecendo, quando chegaram viram Damon tentando machucá-la, ou sei lá o que. Ele estava com uma expressão nada boa perto da garota. A senhora entrou no meio dos dois tentando acalmar o moço e Stefan tentou segurá-lo. Ele não queria ouvi-la e se tentava se soltar de Stefan, e continuava a gritar para a menina sair de sua casa imediatamente. Até que Lupe foi forçada a dizer que Elena não era uma simples empregada, e sim uma convidada na mansão Salvatore.

Quando Elena estava perto de Damon, mesmo com toda arrogância, ela sentiu uma sensação estranha... Parecia um desfile de formigas em seu sangue. Apesar do medo que sentiu quando ele apertou seus braços, deu-lhe uma vontade de correr como criança no parque, abrir os braços de ponta a ponta e sentir as nuvens em seu rosto. E o que era mais estranho, estava temendo, mas o que ela sentiu deixo-a feliz e encantada. Estava começando a sentir os sintomas do amor. Apaixonou-se perdidamente, mesmo que ele a tenha sido mal educado e tenha desprezado-a. Tudo indica que irá amar sem ser amada.

Damon era muito complicado, vivia gastando dinheiro e saindo para festas temáticas que os estudantes davam, às vezes no cemitério da cidade ou no próprio colégio. A casa ainda tinha uma agregada, Vicki Donavan, não morava lá, mas sempre estava fazendo suas principais refeições. Uma “amiga” impulsiva, viciada e arrogante de Damon, é claro. Achava-se a mais bela garota da cidade, tinha um caso meio conturbado com Damon. Não andava com as meninas da cidade e sim com os rapazes que tinham condições financeiras. Deveria ser para manter o seu vício, por isso se vendia. Nunca houve amor nesse relacionamento, era só companhia de festas e outras coisas.

O rapaz chateado por não ter conseguido colocar Elena para fora, falar com o seu pai, exigindo que a pusesse para fora o mais rápido possível.

– Por quê? Você não gostou dela? Pois ela vai ficar é aqui mesmo. E ai daquele que mexer com Elena! - Exclamou Sr. Salvatore.

– Impressionante essa altura do campeonato o senhor fazendo obras de caridade. Ou seria outra coisa?

– Ela é minha convidada, vou transformá-la...

– Vai transformá-la? - Interropeu Damon.

– Em uma dama, refinada e educada. Vai aprender o que não pôde aprender antes, porque estava muito ocupada cuidando de seus pais, que já são falecidos. - Continuou o pai.

Os dois perceberam que Elena estava escondida e pararam de falar, não poderiam mais continuar para se preservarem.

O rapaz saiu do escritório muito chateado, fechando a porta com muita força por não ter conseguido o que queria. Ao vê-la se irritou mais ainda, saindo e deixando Elena bastante desconsalada.

– Não se preocupe querida, é um rapaz bom, vai mudar de atitude.

Logo agora que tinha sentido algo diferente por alguém. Ela se perguntava o porquê Damon não sentiu a mesma coisa, como nas histórias infantis que sua mãe costumava contar. Infelizmente só é recíproco nos contos de fadas.