Everytime I Look For You escrita por LunacyFringe


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bom, lá vem eu com outra fic!
Espero que vocês gostem ^-^
E eu tenho que agradecer a SamanthaBakerHaner pela capa, obrigada *-*
Boa leitura (:



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E então eu me preparava para combater o crime. Vesti meu traje que me protegia do frio e pus minha mascara. Eu estava sentado no alto de um edifício em New York, apenas esperando algum criminoso que se esconde nessas ruas escuras e frias da cidade.
Eu era o mais novo justiceiro. Eu era o famoso...
– FRANK IERO! VOCÊ ESTÁ ATRASADO PARA A ESCOLA MENINO! – Minha mãe acabou com o meu momento, invadindo o meu QG. – Sai desse quarto! Frank, não está tão frio na rua, coloque apenas o casaco do uniforme, não moramos no Alasca e... Pra que essa maquiagem filho? Depois sofre bullying e... Bom, ao menos nós podemos processa-los. Anda logo com isso ai! – Saiu do quarto.
Desci da minha cama e coloquei o outro casaco. Me olhei no espelho e minha maquiagem estava perfeita, eu tinha o dom para fazer aqueles “x” nos meus olhos. Olhei para o lado e encontrei meu celular. Será que alguém me ligou?
“Claro que não, você não tem amigos.” Cérebro chato hein, eu tenho o Ray... Meu Deus, já são 7h33min! Se eu chegar atrasado de novo, eu vou pegar detenção na certa!
Corri escada a baixo e apenas gritei um ‘”tchau” para minha mãe, correndo como um louco para a escola. Minha mãe também né, invés de me chamar mais cedo.
Corri pela minha vida desesperadamente, e quase a perdi quando fui atravessar a rua e um motorista louco jogou o carro na minha direção. Sim, jogou o carro em mim, você acredita? Eu não era o errado da história.
Cheguei e o portão estava quase fechando, tive um momento matrix quando passei em câmera lenta pelo pequeno espaço que havia ali. E quase enlouqueci o monitor. Eu sempre faço isso, ele já sabe meu nome e sobrenome.
– Frank Iero. – Não disse? – Um dia você vai ficar trancado ali e vai perder um braço.
– Um dia eu ainda chego na hora Sr. Jones. – Sorri. – Eu vou indo, tenho matemática agora e ele nunca me deixa chegar entrar depois da hora.
– Então já perdeu Iero.
Com isso eu corri novamente, subindo as escadas e desviando de pessoas que se jogavam na minha direção. Cheguei na porta da minha sala e ela já estava fechada.
Droga, eu nunca vou conseguir chegar no horário certo!
– Iero? – Uma voz me chamou. – Por que está do lado de fora da porta menino?
– Porque eu não estou do lado de dentro? – Virei estressado, dando de cara com o diretor.
Fudeu.
– Olha o respeito menino, Linda não aguenta mais ouvir reclamações do senhor! – Apontou o dedo roliço para a minha cara.
Diretor Harold Martin era conhecido da minha mãe, e um diretor muito severo. Com os outros, claro, eu não levava muita bronca ou muitas detenções. O Sr. Martin um dia me disse que a Linda não precisava de mais um homem dando problema e atrapalhando a vida dela, então não iria contar – todas – as minhas burradas.
Por isso eu era alvo dos maiorais do colégio, que me batiam até eu dizer que ia tirar fotos das garotas no vestiário para eles, e depois o Frank aqui ficava com fama de tarado.
Olha pra minha cara e me diz se eu lá pareço cara que fica com essas garotas fúteis?
– Frank? Menino, acorda! – O diretor balançava sua mão na frente dos meus olhos.
– Sim? – Perguntei.
– Eu vou dar um jeito de você entrar na sala, vou apresentar o aluno novo.
– Que aluno novo?
– Essa pessoa do meu lado te responde essa pergunta?
Olhei para o seu lado e, misteriosamente, o menino apareceu. Ele me olhava como se eu fosse retardado. Sorri amarelo para ele e o mesmo deu uma risadinha, abaixando a cabeça.
– Retardado... – O ouvi dizer baixo.
– Eu não sou surdo colega... Valeu pelo elogio. – Ele me olhou assustado e eu o ignorei. – Eu tenho certa dificuldade em matemática, então o senhor poderia, por favor, dar um jeito de me deixar entrar na sala?
Depois do meu mini discurso, Sr. Martin adentrou a sala de aula, pedindo licença, e eu e o aluno novo o seguimos.
– Professor Montez, o Iero estava comigo acertando alguns assuntos pendentes, peço que o deixe assistir sua aula. – O professor assentiu e eu me sentei do meu lugarzinho de sempre, no fundo da sala sem ninguém idiota do meu lado.
– Aluno novo diretor? – Perguntou o professor depois eu terminei de fazer barulho para me sentar.
Sou rebelde.
– Sim. Esse é Gerard Way crianças, ele será seu novo colega. Os Ways são novos na cidade, ele e o irmão mais novo vão estudar na nossa escola. Sejam simpáticos com ele. E não criam problemas... Fui claro Iero?
– Hum? – Perguntei. – Sim, claro, eu mostro a escola pra ele. – Falei e todo mundo me olhou. Não era isso que ele tinha dito? Ele sempre pede pra alguém fazer isso! Eu não estava prestando a atenção...
– Bom, eu disse sem problemas, mas se você quer mostrar a escola para ele, ótimo! – O diretor sorriu. – Way, sente-se ao lado de Frank.
O menino estranho veio e se sentou ao meu lado, sem nem olhar na minha cara. O diretor disse mais algumas coisas e deixou a sala.
– Eu não sou gay okay? – O tal de Way falou sério para mim.
– Nem eu filho, que isso?! – O olhei assustado.
– Aham, sei... – Sorriu de canto, com uma expressão debochada. – E essa maquiagem ai?
– Seu olho tá pintado. – Falei óbvio.
– Destaca meus olhos verdes. – Sorriu convencido. Percebi que algumas meninas já olhavam para ele, cochichando entre si.
– Eu não vou te mostrar escola nenhuma, tomara que você queira ir ao banheiro, não achei o caminho e faça nas calças.
– Nossa, que vingança cruel... – Falou cínico.
– Quando você estiver mijado, você vai ver que é horrível.
E novamente ele me olhou como se eu fosse retardado.
– As meninas vão parar de conversinha? – Montez perguntou para nós. – Ou vão querer ir pra detenção?
– Não tô vendo nenhuma menininha aqui! – Falei.
– Eu estou. – Way me olhou. Viado.
– Eu estou vendo duas. – Montez disse. – Mais um "piu" e vocês estão de detenção.
– Piu...





– Por que raios você fez piu? – Perguntei sentando em uma das cadeiras da salinha de detenção.
– Porque eu não imaginei que ele realmente fosse fazer isso. Na minha antiga escola a gente podia se comer na sala de aula e os professores não estavam nem aí.
– Aqui é diferente Gerard! – Rolei os olhos. – Vocês se comiam da sala de aula?
– Jeito de dizer Frank, nada literal... Minha mãe vai ficar uma fera. Primeiro dia e eu aqui, numa sala pequena com um colega gay.
– Minha mãe só chega à noite e o diretor nem vai contar pra ela. Hey! Eu não sou gay!
– Ninguém vai vir falar nada?
– Ele vai entregar uma folha com exercícios, e no final da aula recolhe e entrega ao diretor. Se você não fez, no próximo dia fica de detenção de novo e vai ter mais cinco questões pra responder. E como o professor que nos colocou nessa situação é o de matemática, prepare o seu cérebro para as exatas.
– Sr. Way? – O diretor entrou na sala. – O senhor está dispensado da detenção. Seu irmão me pediu para deixar passar porque não quer ir embora sozinho no primeiro dia de aula. Vou te dar essa chance menino. E se comporte da próxima vez.
Gerard sorriu para mim e se levantou.
– Boa sorte com as exatas, coleguinha. Amanhã você me mostra a escola okay? Você sumiu durante o recreio. – Agradeceu o diretor e saiu da sala.
– E eu vou ficar aqui? Por quê? – Perguntei desesperado.
– O Montez me disse que colocou o outro aluno aqui porque ele estava conversando com você antes, mas foi injustiça porque quem disse “piu” foi você. Frank Iero, o garoto-problema como sempre, quando você vai crescer Frank?
– Mas... – Ele não me deixou falar e saiu da sala.
Que porra de injustiça foi essa? Não fui eu quem disse nada! Esse moleque vai me pagar! E esse “quando você vai crescer?” hein? Tá falando que eu sou baixinho seu velho gordo?!
– Olá de novo senhor Iero, pronto para a matemática? – O professor entrou na sala com um sorriso cínico.
Filhos da puta, eu tô sempre me ferrando nessa escola.
Bufei e peguei meu lápis e borracha. Que venham das exatas, baby!



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Notas finais do capítulo

Então, continuo ou não?
Reviews? *-*
BJO BJO BJO