Eu Campista 2 escrita por Katagyu Suzuki


Capítulo 1
Capítulo 1: Percy quer me matar.


Notas iniciais do capítulo

Lindo nome pro primeiro capítulo né?



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Eu estava nos pés da colina meio-sangue, com um sorriso bobo no rosto. seis longos meses haviam se passado desde minha última ida ao acampamento. Claro, eu tinha várias lembranças tristes de lá, mas também várias boas, e por causa delas que eu queria voltar.

Quando eu voltei pra a Flórida, minhas amigas ficavam me perguntando pra onde eu tinha ido durante dois meses, e foi aí que eu lembrei que tinha saído da escola durante outubro e novembro. Eu tive que dar uma desculpa de que minha mãe tinha saído a trabalho, mas como eram dois meses, não era pra eu contar a ninguém. Elas ficaram bravas, mas ficaram me perguntando se aonde minha mãe me levara tinha garotos bonitos. Tentei protestar que elas só pensavam nisso, mas acho que fiquei vermelha demais, porque elas ficaram me enchendo o saco me perguntando quem era meu namorado.

Porém agora tudo aquilo não me importava mais. Eu estava de volta ao acampamento, com o maior entusiasmo. Olhei para cima. O céu estava claro, e sem nuvens, e o tempo com uma brisa suave. O dia perfeito para regressar ao lugar que eu mais amava no mundo. Encarei os pilares, ainda sorrindo. Encontrei um garoto sentado perto deles, de cabelos castanhos claros, e olhando pra mim. Abri um enorme sorriso e acenei pra ele. Ele acenou de volta, se levantou e abriu os abraços. Pude perceber dali que ele estava sorrindo. Senti minhas bochechas queimarem, mas corri até ele.

- Connor... – abracei-o quando cheguei – Connor!

Connor Stoll, filho de Hermes. Quando cheguei no acampamento, era um amigo que, junto de seu irmão, fazia pegadinhas e roubava objetos dos campistas. Claro, eu ajudava em algumas coisas. Mas depois de eu completar uma missão no Mundo Inferior, e me declarar à ele, tornou-se meu namorado.

- Connor... – não consegui esconder o sorriso e as lágrimas de felicidade. Ele me tirou do abraço, e me deixou frente a frente com ele. Notei que seu rosto estava vermelho e seus olhos inchados, percebi que havia chorado. Ele era muito fofo. Lembro-me que ele chorou quando fui embora também. Sorri para ele e o beijei.

- Dani... – ele finalmente disse alguma coisa – Dani... Finalmente você chega não? – e abriu aquele sorriso. O qual havia me apaixonado.

- Desculpe a demora – disse me aconchegando no seu ombro – Desculpe...

Ele me abraçou com força.

- Porque demorou tanto...? Porque...? – eu notei que ele estava chorando.

- Deixa disso, Connor! – falei, corando – Estou aqui não es...?

Não consegui terminar a frase, Connor me beijara de novo.

- Caham - aquele pigarro eu conhecia.

- Nico! – falei assim que me soltei do Connor. Meu meio irmão mais velho Nico DiAngelo, filho de Hades (meu pai também) estava atrás de nós.

- Dani... – acho que ele sorriu. Então ele bagunçou meu cabelo – Senti sua falta, irmãzinha – ele entoou o “irmãzinha” olhando para o Connor. Nico detesta o Connor porque tem ciúmes por ele ser meu namorado.

- Chegou com vida de novo, filha de Hades – disse uma voz as minhas costas.

- Camila! – falei me virando. Camila, filha de Ares, uma grande amiga, que me ajudou na minha missão ano passado. Seus longos cabelos pretos cacheados e armados estavam mais compridos desde o verão anterior, e ela tinha crescido um pouco, estava poucos centímetros maior que eu.

Do seu lado, meu primo Guilherme, filho de Zeus e também um grande amigo. Me ajudou na minha missão ano passado, e os cabelos espetados e negros não mudaram nada.

- Hey, Dani – cumprimentou-me – Stoll ficou sentido por você ter ido embora – sussurrou no meu ouvido, me fazendo corar levemente –Pegadinhas de menos...

- A-ah... – então sorri – Pode apostar que vão ter mais agora.

- Faça isso no meu chalé que você morre – disse Camila.

- Eu gosto da morte – respondi.

Ficamos nos encarando por um tempo, até que ouvi três outras vozes.

- Hey, priminha!

- Dani! – disse uma voz feminina

- Oi, Dani! – falou outra, masculina.

Não precisava ser gênio para descobrir quem eram: Percy, Annabeth e Travis Stoll. Abri um grande sorriso ao ver todos eles.

- Hey, Percy, Annabeth, Travis! – acenei para eles.

Estavam todos ali. Meus amigos. Colegas do acampamento. Eu finalmente estava em casa.

Nico pegou minha mochila e disse que ia levá-la para o chalé. Depois de alguns minutos conversando, Percy e Annabeth saíram pra namorar, e um irmão de Camila chamou-a para treinar. Logo depois, Guilherme disse que tinha “coisas a fazer” e também saiu.

Sobramos eu, Travis e Connor, perto do Pinheiro de Thalia (por sinal, outra prima minha, já que é filha de Zeus. Mas se juntou as caçadoras, então não a vejo muito).

- O Connor não fez muitas pegadinhas quando você não esteve aqui sabe – disse Travis.

- H-hey! – protestou Connor – Idiota...

- Vamos dobrá-las esse verão – respondi – Só isso... Hehe.

- Tem algum bom alvo? – perguntou-me Travis baixinho, como se estivéssemos cometendo um crime.

Eu dei apenas um sorriso malicioso. Os dois riram. Todos sabiam quem era o nosso alvo favorito.

- Percy Jackson – falamos todos juntos.

...

- STOOOOOOOOOOOOOOOOOOOLL’S!!!!! – berrou Percy.

Passaram-se dois dias, e já arrumamos o que fazer o Percy. Não foi muito criativo, mas pintar o cabelo dele de azul foi ótimo. Claro, quem teve que fazer o trabalho sujo foi eu. Ou seja, o trabalho de arrumar uma lata de spray azul e pintar o cabelo dele enquanto dormia. Lógico, os Stoll’s iam levar a culpa, eles sempre levavam.

Eu estava apoiada na parede do chalé de Ares, rindo juntamente com outros campistas, quando Percy estava procurando por alguém (no caso os Stoll’s) totalmente irritado com um boné para cobrir os cabelos tingidos (o que não estava dando certo). Aquela cena era realmente hilária, ainda mais por ser eu que tinha feito a pegadinha.

Mas então Percy me viu rindo, e olhou para mim furioso (o que não era surpresa, ele fez isso com um monte de outros campistas). Porém ele andou até mim e me segurou pelo colarinho da camisa, e me apoiando na parede do chalé.

- Pe-Percy? – estranhei a cena. Ele nunca tinha feito isso antes – O-oi, priminho...

- Cale a boca – disse ele – E me diga: como eu tiro essa tinta do meu cabelo?!

Eu não conseguia mais encarar Percy. Olhei ao redor e percebi que alguns campistas continuavam rindo (e agora eu não sabia se era por causa do cabelo e do boné ou porque Percy estava me levantando no ar), outros olhando para cena totalmente confusos, e outros olhando interessadamente e parecendo se divertir.

Ele me sacudiu.

- ME DIGA! – ele gritou.

- VOCÊ ACHA QUE EU SEI?! – gritei em resposta – ALÉM DO MAIS, PORQUE EU SABERIA?!

Ele deu um sorriso malicioso. Acho que ele esperava por essa pergunta.

- Como se eu não soubesse quem fez isso comigo.

Eu corei levemente. COMO ele sabia?! Tyson não estava lá na hora em que eu fiz isso...

- Co-como... Você... Sabe?! – sussurrei para ele, agora eu sentia minha face queimar. Isso nunca tinha acontecido antes.

Ele abriu um largo sorriso, como se eu tivesse lhe dado um presente.

- Agora eu sei quem aprontou aquelas pegadinhas comigo ano passado. Quer dizer que era minha priminha o tempo todo!! – Ele disse a última frase gritando, para todos em volta ouvirem.

- Ca-calado... – disse – Me-me ponha no chão...

A cada vez que eu fazia um pedido parecido, ele parecia se divertir mais.

- É só me dizer como tirar essa tinta do meu cabelo! – gritou ele, para mais campistas pararem e verem a cena. Sabe, não era comum o Percy me acusar pelas pegadinhas, ou então me segurar pelo colarinho. Eu ainda acho que algumas estavam vendo a cena por pura diversão. “Dois filhos dos Três Grandes brigando” ouvi um filho de Ares sussurrando “Essa cena é magnífica”. “Nós não estamos brigando” falei em minha mente.

- MAS EU NÃO SEI! – gritei mais alto.

O sorriso de Percy desmanchou, e ele deu lugar a um rosto de fúria, deve ter cansado de eu não lhe dar respostas. Ele tirou uma das mãos do meu colarinho (a outra segurando firmemente). Ouvi um pequeno barulho de um punho cerrando e então senti o soco de Percy na minha bochecha esquerda.

Todos que estavam rindo pararam. Eu fiquei surpresa. Na verdade, todos estavam. Minha bochecha ardia.

- Percy...?! – disse.

- AGORA ME DIGA, FILHA DE HADES –berrou ele, me sacudindo – SE NÃO QUISER LEVAR OUTRO SOCO!

- Nossa, que ameaça! Estou morrendo de medo! – disse ironicamente. Mas então Percy me deu outro soco – PARE COM ISSO!

- ENTÃO ME DIGA! – gritou ele em resposta.

- PRIMEIRO EU QUERO SABER QUEM TE DISSE ISSO! QUEM DISSE QUE EU PINTEI O SEU CABELO DE AZUL?! – então eu me toquei do que disse. Minha pele ficou escarlate. Percy chegou aonde queria. Me deixar com raiva o suficiente para admitir que eu havia feito a pegadinha.

- Vou dar duas dicas – falou sorrindo – Loira... Olhos cinzas...

Não precisava ser gênio para descobrir quem era.

- Annabeth – disse – Maldita...

- Hehe – riu Percy – Agora só quero saber, como é que tiro essa tinta? Sabe, não é difícil dizer...

- Já tentou com água semideus idiota? – sussurrei. Claro que essa não era a resposta, mas daria tempo o suficiente para eu fugir.

- Já – Percy disse amarguradamente – Tyson quando viu meu cabelo jogou um balde de água nele – então como se tivesse saído de um transe, ele voltou a ficar irritado – APENAS. ME. DIGA. – falou pausadamente, e me sacudindo a cada palavra.

Tinha que pensar...

- Como Annabeth soube do que fiz?! Só estava você babando e dormindo no seu chalé quando eu cheguei para pintar o seu cabelo!

- Ela estava observando o chalé de Poseidon, e disse que viu uma figura feminina chegando lá, acho que por volta da meia-noite, ela disse que tinha dificuldades pra dormir – percebi que ele não tinha problemas de me explicar – Com a luz da lanterna, deu para perceber que levava uma lata de spray, e que tinha os cabelos castanhos e uma blusa de couro – ele demorou o olhar nos meus cabelos e na minha jaqueta – Só não sei por que não te impediu. Você tem coragem de sair à noite, semideusa idiota.

- Quando ela te disse isso? – perguntei. Precisava de uma distração.

- Agora, quando me viu gritando pelos Stoll’s e disse que eu procurava a pessoa errada – respondeu com um sorriso malicioso.

Uma ideia me ocorreu. Transformei um dos meus anéis em adaga e estava pronta para pelo menos furar a cintura dele.

- PERCY, ELA TEM UMA ADAGA, CUIDADO! – gritou uma filha de Perséfone.

“Babaca...” pensei olhando para a menina, e guardando seu rosto na minha mente “Você é meu próximo alvo”.

Percy usou a dica muito bem. Olhou para a minha mão direita e viu realmente eu segurando minha adaga. Com a mão direita, deu um soco nos meus dedos e minha adaga caiu no chão.

- Espertinha... – seus olhos estavam cheios de malícia.

Aproveitei a chance. Chutei uma das suas panturrilhas, e enquanto ficava ocupado me xingando em grego antigo, dei outro chute, mas no seu peito, fazendo-o cair de costas no chão. Apanhei minha adaga e saí correndo em direção ao chalé de Hades.

Chegando lá, totalmente cansada, tranquei a porta. Dei um longo suspiro, e depois, um sorriso.

“Percy é meu alvo. Eu sou o alvo de Percy. Isto está ficando divertido...” e dei risadas maléficas baixinhas.


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Notas finais do capítulo

O Percy me assustou aí O.o Mas to nem aí /o/



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