SasuHina :: Moon Light escrita por Nana


Capítulo 7
Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Faaala, minha gente linda. Sim, eu sou cara de pau pra caramba, né ç_ç Desculpa por ter sumido (DENOVO) mas aqui estou eu postando outro capítulo. Espero, muito, que vocês leiam. O próximo já está quase pronto também. Minha ideia era postar a fic toda para me redimir pelos sumiços, mas fiquei ansiosa para postar logo esse. >.< Leiam as notas finais depois.



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Hinata's POV

“COMO ASSIM ESTÃO NAMORANDO?” Naruto-kun deu um grito, me assustando por não esperar aquela reação. “Hinata-chan, ele está ameaçando você?”

“Nã-Não!” Me apressei em dizer. Voltei meu olhar para Sasuke e reparei que uma veia saltava em sua testa.

“Naruto-baka, vai dizer que não tinha reparado?” Sakura interrogou, parecendo tão incrédula sobre o noivo nunca ter reparado nada quanto Sasuke parecia irritado.

“O que mesmo vocês vieram fazer aqui?” Sasuke bufou, sendo um tanto arrogante com os convidados e parecendo incomodado com toda aquela gritaria que Naruto provocava.

“Não fale assim, teme! Viemos te avisar do casamento. Vocês vão ser os padrinhos, precisam ir.” Ele disse, estendendo dois envelopes de carta que de longe podiam ser vistos os enfeites dourados e o brilhante símbolo da vila da folha.

“Padrinhos?” Eu quem perguntei, extremamente surpresa. Eu considerava Naruto meu grande amigo e havia mudado toda minha opnião sobre meus sentimentos em relação a ele, ainda mais depois que começei a conhecer Sasuke melhor. Mas foi realmente surpreendente saber que ele e Sakura-chan haviam me escolhido como madrinha ao lado de Sasuke.

“É!” Naruto praticamente gritou novamente, parecia realmente animado com a ideia, o que me fez sorrir. “Será daqui a 2 meses.”


“Vocês, Ino e Sai serão os padrinhos.” Sakura sorriu, mas esse sorriso desmanchou quando ela se lembrou de um detalhe e continuou. “Apesar de Shino não ter gostado da parte do Sai...”

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Sasuke's POV

A notícia que eu e Hinata estávamos namorando havia se espalhado rapidamente. E apenas ela, inocente o suficiente para isso, não acreditava que a fofoca era culpa da noiva do Hokage. Eu havia sido informado sobre a revolta de alguns pelo envolvimento de Hinata com um antigo foragido da vila. Mas me surpreendi ao saber que um bom número parecia apoiar a ideia. Haviam se passado dois meses. Durante esse tempo, o time quatro completou um número surpreendente de missões de Rank D. Além de duas missões de Rank C onde eu e Hinata os acompanhamos, tendo que ir até duas vilas próximas. A movimentação pela minha casa e a presença dos Hyuuga, Tenten, Ino, Sakura e Naruto era cada vez mais constante. Hanabi parecia se sentir mais a vontade ali do que na própria área de seu clã, trazendo sempre consigo seu namorado e o cachorro de estimação – às vezes, dava pra confundir os dois. Certo, exagero meu. Neji não nos visitava há algumas semanas, aparentemente ele estava tendo alguns problemas com o clã. Ele assumira a liderança do clã na mesma semana da morte de Hiashi. Hanabi ainda não tinha idade suficiente e Hinata havia decidido que seu primo iria fazer um trabalho melhor que ela. Não que eu concordasse, mas eu era sim egoísta o suficiente para concordar apenas para tê-la perto de mim.

E agora, ali estava eu, caminhando sozinho pelas ruas de Konoha. Hinata deveria estar na casa da Ino, junto a Sakura, ajudando-as com os preparativos para o casamento que seria nesta noite. A Yamanaka sequestrava minha namorada com mais frequência do que nunca. Suspirei, me lembrando disso e de como minha vida girava cada vez mais em torno de Hyuuga Hinata. Enterrei a mão nos bolsos de minha calça e continuei meu percurso de volta para casa. Havia recebido um aviso de que Naruto queria falar comigo e estava voltando de seu escritório. Ainda não conseguia entender como as coisas aconteceram de forma tão rápida e acreditar que aquilo era sério era quase impossível.

Entrei na sala do Hokage, ele deu um longo suspiro enquanto lia o conteúdo de um pergaminho. Ergueu seu olhar para mim e tacou o objeto para longe, perdendo todo interesse sobre seja lá o que poderia ser.

– SASUKE! – Ele gritou animadamente, como eu já estava acostumado que ele fizesse.

– Mandou me chamarem? – Indaguei, dando alguns passos em direção a mesa dele e ignorando toda a animação.

– Eu vou me casar hoje! Com a Sakura-chan! – Ele estava mais agitado que nunca hoje e eu quem acreditava que isso era impossível. Suspirei, indignado e cruzei os braços.

– Me chamou para isso? Eu sou o padrinho, acho que já sabia dessa história.

– Ignorante! – Berrou. – Eu te chamei porque tenho uma coisa importante pra te dizer.

Ergui a sobrancelha, esperando por uma continuação. Ele me ergueu um pergaminho. Dei mais alguns passos e peguei o mesmo, abrindo-o. Levei poucos segundos para ler seu conteúdo, mas precisei reler para acreditar. No final de todo um texto trabalhado na humilde e horrível caligrafia do Hokage, havia a assinatura do mesmo e dos conselheiros. Mas o que mais me surpreendeu, foi a assinatura de Hinata. Era óbvio que ela precisava argumentar sobre isso, já que ela havia sido escolhida para me "vigiar" durante minha liberdade parcial.

– Você é novamente um habitante da vila da folha, como qualquer outro. E foi aceito como ninja ANBU. – Ele resumiu o que eu havia acabado de ler, com aquele enorme e irritante sorriso no rosto. Olhei para ele, para o pergaminho e voltei a encará-lo.

– E o conselho aceitou isso facilmente? – Ergui a sobrancelha novamente.

– Não seja ingrato, apenas agradeça. Teremos uma reunião daqui a três dias e eu mesmo irei tirar esse selamento do seu chakra. Depois você já vai voltar a fazer missões. – Seu tom de orgulho parecia crescer a cada palavra proferida.”

Suspirei, estava confuso com toda aquela mudança repentina. Claro que eu queria voltar a ser um “ninja de verdade”, mas eu não sabia mais como lidar com aquilo. E agora eu era um ANBU e, de alguma forma, as pessoas haviam me aceitado com um morador da vila da folha. O passado nunca pode ser apagado, mas talvez ele pudesse ser substituído por um bom futuro. Me sentia idiota só de pensar nessa ideia. Eu já havia aceitado que eu não tinha futuro algum. A imagem de Hinata se fez presente em minha mente mais uma vez.

– Sasuke-sensei! – Reconheci a voz de Akane, que me fez perder toda a linha de pensamento. Ela apressou seus passos e me alcançou, continuando a andar ao meu lado.

– Ah. Oi, Akane. – Proferi, apenas. Ela sorriu para mim, parecia bem feliz ao me ver.

– Eu estou procurando a Hinata-sensei... Pensei que ela estivesse com você... – Comentava, enquanto olhava para o céu, com sua comum expressão pensativa.

“Deveria estar”, pensei, mas achei melhor apenas manter o meu digno silêncio.

– O aniversário dela está chegando, certo? – Ela proferiu, me dando alguns segundos para refletir sobre o assunto. Certo, daquilo eu não sabia. Eu nunca havia parado para me preocupar com aniversários alheios, muito menos presentes para distribuir por ai. Mas Hinata merecia alguma coisa, não?

– E quando é? – Proferi, sem encontrar qualquer forma de disfarçar que eu não sabia.

– Você não sabe?! – Ela indagou, parecendo mais surpresa do que eu esperava. Voltei ao meu silêncio, cerrando o olhar para ela. – Daqui a uma semana. Estive pensando em fazermos uma festa surpresa. – Seus pequenos olhos brilharam com a ideia.

– Eu pensarei em algo. – Garanti, lhe acenando em despedida e voltei a caminhar em direção a casa. Ainda tive tempo de ouvi-la gritar um “Mande um Oi para Hinata-sensei”.

Em meus passos lentos, demorei um pouco mais para chegar na área do clã, mas não estava realmente me importando com isso. Na verdade, ainda estava meio sem rumo. Entrei na casa e fui até a cozinha, onde bebi um copo de água e larguei o pergaminho por lá. Precisava treinar, fazer algo para esquecer qualquer coisa que viesse a minha mente. Me dirigi até a área de treinamento, nos fundos da casa, e comecei a desferir golpes contra o boneco de madeira. Mas não adiantava quanto tempo passasse, eu continuava a imaginar como seriam as coisas quando esses três dias passassem e eu tivesse minha “liberdade” de volta. Já haviam se passado pouco mais de uma hora quando Hinata voltou para casa.

– Sasuke... – Ela me chamou. Cessei meu treinamento, voltando meu olhar para ela, que estava parada na porta dos fundos da casa. Sorriu para mim, um pequeno sorriso que sempre surgia quando eu lhe encarava. Dei alguns passos até alcança-la, depositando um beijo em seus lábios.

– Acabaram com a organização? – Indaguei, passando por ela e indo até a geladeira em busca de mais um pouco de água.

– Na verdade, não... – Ela disse, um pouco corada, sentando-se em uma cadeira próxima. – Mas eu quis vir ver como você estava.

– Naruto me chamou. – Comentei, sorrindo de lado e dando um gole em uma garrafa de agua que havia pegado na geladeira. Peguei o pergaminho que havia deixado sobre o balcão e estendi para ela. Hinata o abriu e não precisou de muitos segundos para reconhecer o documento que tinha sua assinatura.

– Ahhh... So-Sobre isso... – Gaguejou, coisa que não fazia há bastante tempo. – Eu não contei porque ele pediu... Disse que queria contar.

– Hn. – Me esforcei um pouco para não rir. Eu até estava de bom humor nos últimos dias. Ela pareceu realmente preocupada sobre eu estar bravo por ter me escondido a noticia de que eu seria liberado completamente. Estava até me divertindo com a ideia de aproveitar aquela culpa que ela sentia, mesmo achando que não teria coragem de fazer isso com ela por muito tempo. Mas preferi me aproximar dela e envolver sua cintura, puxando-a para perto de mim e obrigando-a a se levantar. Passei a lhe beijar e conduzi-la até o sofá. Estava prestes a sentar quando a campainha tocou. Hinata se afastou abruptamente e se arrumou, antes de correr para atender a porta. Bufei, me sentando e pegando um livro que estava jogado sobre a mesa. Não me surpreendi ao ouvir a voz de Hanabi. Desta vez, ela estava sozinha. Não me restaram muitas opções a não ser ficar ali lendo meu livro enquanto as irmãs conversavam sobre as mudanças do clã e como Hanabi tinha evoluído. Já estava escurecendo quando ela se levantou para ir embora.

– Você é sempre chato assim? – Ela indagou e eu até me dei ao trabalho de erguer o olhar para encará-la.

– Hanabi! – Hinata tentou me defender.

– Sério, Hina, como você aguenta? – Riu, voltando sua atenção para mim. – Até mais tarde, “bom-humor”.

Este era meu ‘apelido’ para ela. Apenas lhe lancei outro olhar em despedida. Hinata a guiou até a saída e voltou para onde eu estava, me dando um rápido beijo e avisando que iria tomar banho. De que adiantava estar livre de missões por um tempo se toda hora algo nos atrapalhava? Suspirei, largando o livro por ali e subindo as escadas. Teria que usar um terno para o casamento, já que Ino havia incentivado Sakura a fazer um casamento estilo ocidental. Já havia separado minha roupa e os sapatos quando Hinata saiu do banheiro apenas com uma toalha lhe envolvendo o corpo. Provocar-me, devia ser isso que ela queria. Percebi que suas bochechas ficaram extremamente coradas quando percebeu que meus olhos avaliavam cada curva de seu corpo. Soltei uma risada disfarçada e peguei minhas coisas. Antes de seguir para o banheiro, segurei sua cintura e a puxei para perto, lhe dando um longo beijo.

Graças aos céus Hinata não era o tipo de mulher que demora para se arrumar. Quando desci as escadas até a sala, já arrumado, ela já estava vestida e devidamente maquiada. Seus longos cabelos estavam presos em um rabo-de-cavalo elaborado com um prendedor prateado e repleto de alguns enfeites no formato de flores, sua franja permanecia intacta e escondendo completamente sua testa. Trajava um longo vestido cinza de alças finas. Estava simplesmente indescritível. Sorri esperando que ela se levantasse do sofá onde anteriormente estava sentada e caminhasse até a mim. Segurei uma de suas mãos e seguimos até o local do casamento.

Apesar de terem dito que seria algo discreto, a cerimônia ocorreria em um salão próximo ao prédio principal e a festa de comemoração seria no mesmo ambiente. Flores de cerejeira e lâmpadas japonesas feitas de papel – com detalhados desenhos do mesmo tipo de flor – decoravam todo o percurso entre o grande portão de entrada e a passagem para o salão. Reparei que Hinata observava cada detalhe, admirada com sua visão.

– Pensei que você tivesse participado da decoração. – Comentei, sorrindo de lado. Ela voltou seu olhar para mim, suas bochechas naturalmente coradas de leve e me lançou um pequeno sorriso.

– Eu ajudei nas escolhas... Não participei até o final. – Confessou, voltando seu olhar para frente.

Entramos no salão, deparando com várias mesas bem posicionadas no final, mas todas estavam vazias. Todos os convidados estavam sentados em cadeiras brancas que estavam enfileiradas do outro lado do salão. Um caminho de tapete vermelho fazia uma divisão, por onde a noiva iria passar, levando até uma espécie de palco de madeira onde Naruto estava parado. Em um lado estava Sai e do outro Ino. Caminhamos até uma fileira onde Shino, Temari, Shikamaru, Hanabi e Kiba estavam sentados. A pequena Hyuuga alargou um enorme sorriso e já ia dizer alguma coisa, mas não teve tempo. Assim como eu, que não tive nem dois segundos de paz e a mão de Hinata não estava mais segurando a minha.

– Vou sequestra-la por um tempo. – Meu olhar se voltou para Ino, que me encarava com um sorriso animado enquanto puxava Hinata consigo para longe. Sequer reparei que ela havia saído do palco antes deste ocorrido.

E eu fiquei por ali, ouvindo Kiba lamentar por não ter trazido Akamaru, Shino sobre Ino ser madrinha junto de Sai, e Temari reclamar sobre os conselheiros da vila da areia não terem deixado seus irmãos virem para Konoha. Shikamaru já dormia e não se dava ao trabalho de ouvir o que a namorada falava, enquanto Hanabi fingia prestar atenção em Kiba. Se passaram meia hora desde que Ino havia aparecido e “sequestrado” Hinata para ajudar Sakura a se arrumar. O que diabos demorava tanto para uma noiva se arrumar para um “casamento discreto” era a questão. Mas logo a Hyuuga se aproximava, em seus tímidos e curtos passos, com aquele mesmo sorriso singelo e gentil de sempre estampado nos lábios.

– Onde está a Sakura, Hinata? – A voz desesperada de Naruto se fez presente. Não diferente do normal.

– Logo ela aparecerá, Naruto-kun. – Hinata murmurou, tentando acalmá-lo sem chamar a atenção de todos os presentes, como ele havia feito.

– É normal as noivas se atrasarem, será que ninguém entende isso? – Hanabi pareceu indignada. Naruto cerrou o olhar para ela e voltou para seu lugar como noivo. Hinata soltou uma leve risada.

– Acho melhor irmos para os nossos lugares, Sasuke-kun. Sakura-chan já está pronta. – Ela disse, olhando para direção do noivo. Afirmei e me levantei. A segui, parando ao lado de Sai.

Não se passaram muitos minutos que eu estava ali em pé até que a música começou a tocar. Sakura entrou no salão e seguiu pelo longo tapete vermelho. Trajava um gigantesco vestido branco, tomara-que-caia, com seus cabelos rosas presos em um coque repleto de enfeites. A cerimônia seguiu sem muitos problemas. Tirando pelo grito absurdo de Naruto para dizer “É óbvio que eu aceito”, tudo ocorreu normalmente.

Eu não gosto muito de festas e essa não foi muito diferente, então não terei muito o que dizer sobre esse momento. Porém, eu até que... Me diverti. O centro do salão foi iluminado por luzes coloridas e algumas pessoas se arriscaram em ir até lá e dançar, ou pelo menos tentar fazê-lo. Hinata era tímida o suficiente para aceitar ficar sentada em uma mesa e, na verdade, pareceu feliz com a ideia. Hanabi e Kiba nos faziam companhia e um pouco depois Sakura e Naruto também se juntaram a nós, quando terminaram de cumprimentar os convidados. Ino conseguiu puxar Shino para dançar alguma coisa, assim como Temari convenceu Shikamaru. Nesses momentos, eu agradeço ainda mais por ter me envolvido com Hinata. Naruto estava realmente feliz com o casamento, já que havia esperado por esse momento por tanto tempo, e isso o fazia ainda mais animado que nunca. Em si, a celebração do casamento também foi... Interessante.

– Foi divertido. – Hinata proferia, durante nosso percurso de volta para casa. Concordei com um aceno da cabeça.

Ela fez alguns comentários sobre como havia se divertido com a organização do casamento e iria sentir falta de precisar ir sempre a casa de Sakura. Resolvi guardar para mim que eu não sentiria falta nenhuma desses dias que passei sem ela ao meu lado. Apenas observava o movimento de seus lábios enquanto ela parecia entretida.

Chegamos até a área do clã Uchiha e não demorou a que chegássemos a casa. Hinata foi tomar banho – infelizmente sozinha – e eu aproveitei para me jogar no sofá da sala e refletir um pouco sobre o que andava acontecendo na minha vida. Agora eu era um ninja ANBU e logo teria toda a liberdade de utilizar meu chakra, meu Sharingan e todo ou qualquer jutsu que eu dominasse. Eu havia me acostumado com a minha vida normal ao lado de Hinata, eu sentia que poderia ter uma família novamente, sentia que eu ainda tinha uma chance de continuar. Progredir. Suspirei profundamente, imaginando que as coisas ficariam mais difíceis. Todos esses pensamentos me faziam lembrar que eu teria que partir em missões... Perigosas e duradouras. Assim como Hinata também teria. Com isso, me encontrei me preocupando sobre sua segurança. Ela era uma Anbu também, era mais do que óbvio que era capaz de voltar para a vila sã e salva. Mas acima de tudo ela era Hinata. A minha.

– Sasuke? – Sua voz me tirou de meus devaneios. Sentei-me no sofá, voltando meu olhar para ela que estava parada na escada e trajava apenas uma camisola branca. Se não fosse Hinata, eu teria certeza que ela usava aquelas roupas para me provocar. – Pode ir tomar seu banho.

Ela voltou a subir as escadas e foi para o quarto que agora dividíamos, tomei um rápido banho e vesti uma larga calça de moletom, sem me importar em procurar por uma camisa. Dirigi-me para o quarto, ainda secando meus cabelos com uma toalha. Hinata estava deitada de costas para mim, parecendo alheia a qualquer coisa a seu redor. Aproveitando-me de sua distração, deixei a toalha de lado e me aproximei da cama. Após me deitar, envolvi sua cintura em meus braços e beijei-lhe o pescoço, sentindo seu corpo se arrepiar. Ela se virou e reparei que um pequeno sorriso brincava em seus lábios. Fiquei ali apenas observando cada traço de seu rosto. Naquele auge, eu já havia entendido tudo que se passava em minha mente. Todos os sentimentos que eu sentia por Hyuuga Hinata. Eu já estava preso a ela bem antes de pedi-la em namoro. Ela era minha. E não tinha forma de deixar de ser. E agora seu pequeno corpo tão próximo do meu, suas mãos pousadas sobre meu tórax e eu não pensaria em nenhuma outra coisa a se fazer. Aproximei meus lábios dos seus e a puxei para mais perto, tentando sumir com qualquer centímetro possível de distância entre nossos corpos. Beijávamo-nos inicialmente de forma lenta, a intensidade aumentando conforme os poucos segundos que se passavam. Ergui meu corpo, parcialmente me deitando sobre o seu. Desci uma de minhas mãos até sua perna, deslizando-a para cima, até chegar a barra de sua camisola. Todos meus avanços eram lentos, apenas esperando pela sua reação. Porém, ela não reagiu, apenas permaneceu me beijando. Até o momento em que meus dedos frios empurraram sua camisola para cima e tocaram sua pele macia. Senti seu corpo se contorcer disfarçadamente com aquele simples toque. Afastei-me um pouco, minha mão ainda em sua cintura.

– Você ainda... – Comecei, já imaginando que a resposta era sim. Hinata era virgem. E, talvez de uma forma egoísta, aquilo me deixou feliz. Ela era minha. Seria “completamente”, se quisesse.

– Eu... Tenho medo... – Ela gaguejou e desviou seu olhar, suas bochechas mais coradas do que nunca. – Mas... Eu con-confio em você.

Observei seu rosto por um tempo. Ela realmente não parecia uma ninja. Parecia frágil demais, gentil demais. Sorri singelamente com aquele pensamento. Levei minha mão até sua bochecha, acariciando e alcançando seus cabelos. Ela finalmente voltou seu olhar para mim.

– Se for com você... Eu... – Ela não parecia hesitar, parecia apenas... Com vergonha de dizer aquilo.

– Não sei se vou conseguir me controlar depois, Hinata. Tem certeza? – Indaguei, olhando profundamente em seus olhos esbranquiçados. Ela ainda corava de forma abrupta e eu ainda sorria. Hinata moveu lentamente sua cabeça em um movimento positivo.

[Início do Hentai]

Abaixei minha cabeça para alcançar seus lábios. Suas mãos se ergueram até minha nuca, deslizando seus dedos de forma carinhosa. Beijava-lhe com volúpia e sutilmente ela seguia o meu ritmo. O mais delicadamente que consegui, levei minhas mãos até a barra de sua camisola e tentei erguê-la. Hinata realmente não me impediu. Parei para observá-la por alguns segundos, seus seios completamente à mostra era a melhor visão que eu poderia desejar, mas ela pareceu ficar ainda mais envergonhada com o meu olhar. Murmurou meu nome em uma espécie de repreensão, o que me fez ter vontade de rir, mas não o fiz. Aproximei novamente meus lábios dos seus, lhe envolvendo em outro beijo que eu esperava transmitir todos os sentimentos a que eu estava preso graças a ela. Deslizei minha mão pelas curvas de seu corpo, até alcançar a lateral de sua roupa intima, a qual eu me apressei em retirar. Logo, eu também já não tinha qualquer roupa que impedisse o contato total de nossas peles. Era uma sensação completamente diferente poder sentir o corpo de Hinata o mais próximo possível. Tentava ser atencioso, ainda mais sabendo que eu era o primeiro homem a quem ela se entregaria – mesmo que isso não precisasse ser gritado aos ventos, eu queria continuar sendo o único. Afastei-me de seus lábios por alguns instantes e passei a beijar cada parte de seu pescoço e ombros, parando ao alcançar um de seus seios. Pude ouvi-la soltar um ruído surpreso, mas continuei com a ideia em mente. Passei algum tempo dando atenção para aquela área, apreciando cada contorcer do corpo de Hinata e cada gemido que soava tão baixo que era quase imperceptível. Desci uma das mãos até alcançar sua área mais intima, tocando-a e sentindo a umidade que já era evidente na mesma. Mais uma vez tive o prazer de sentir Hinata arfar e gemer. Acariciei a região por algum tempo, até que subi meu corpo para alcançar sua boca novamente, beijando-a com todo o desejo que eu já sentia. Seus braços envolveram meu pescoço, enquanto minhas mãos seguravam seu quadril.

– Apenas relaxe... – Proferi, aproximando minha boca de seu ouvido. Ela suspirou um “Uhum” e eu continuei.

Em uma rápida investida, eu estava dentro dela. Ela gritou de dor e eu não pude evitar o olhar preocupado que lhe lancei, me afastando um pouco, mas permanecendo ali. Seus olhos perolados estavam semicerrados, marejados por lágrimas que não chegaram a cair.

– Sasuke... – Meu nome saiu de seus lábios por um fio de voz, misturado com outro gemido. Suas unhas arranhavam minhas costas.

– Você quer que... – Não seria fácil, mas eu estava disposto a parar se ela não aguentasse, porém ela prontamente fez um movimento negativo com a cabeça.

Então prossegui com meus movimentos, penetrando-a lentamente e aumentando a velocidade – sem exageros – conforme sua respiração parecia melhorar. Não pude deixar de sorrir quando ela se acalmou e pareceu estar se sentindo tão bem quanto eu. Permiti-me sentir um pouco mais e a penetrei completamente, fazendo com que ela soltasse mais um gemido alto. Ela era quente e eu conseguia senti-la apertando o meu membro e parecer puxá-lo para dentro quando eu me afastava. Não demorou muito para que eu me sentisse próximo ao pico de prazer. Hinata soltou mais um ruído alto, alcançando o seu limite e logo eu também alcancei o meu, deixando um gemido rouco escapar. Deitei-me sobre ela, deixando que meu líquido a preenche-se.

[Fim do Hentai]

– Eu te amo. – Eu disse, lhe acariciando os cabelos e olhando-a nos olhos. Era a primeira vez que eu dizia aquilo, já que nunca fui muito apto a expressar meus sentimentos. Mas me pareceu a melhor hora para colocar aquilo em palavras. Reparei que ela pareceu surpresa, mas abriu um gracioso sorriso.

– Eu também te amo, Sasuke-kun. – Sussurrou. Afastei-me, deitando ao seu lado. Envolvi sua cintura, virando-a para que ficasse de frente a mim e puxando-a para mais perto. Ela fechou os olhos, parecendo cansada e enterrou seu rosto em meu tórax. Antes de dormir, murmurou um “Obrigada”.

_______

Abri meus olhos, esperando encontrar o rosto adormecido de Hinata próximo a mim, mas não foi o que aconteceu. Não havia qualquer sinal de Hinata, a não ser pelo bilhete que ela havia deixado sobre a cama. Sentei-me, parando alguns segundos para ler. Aparentemente, o Hokage precisou que ela fosse até o escritório dele. Teria uma conversa com Naruto mais tarde.


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Notas finais do capítulo

Como podem ver, eu deixei um aviso sobre o início e fim do Hentai. Apesar de ter sido uma coisa bem "leve", eu preferi avisar já sabendo que tem algumas pessoas que não gostam deste tipo de leitura. Enfim. Obrigada por tudo gente e por lerem. Se acharem que eu ainda mereço, por favor, deixem comentários. ): Obrigada. (E aos interessados, minha fic GaaHina já está em andamento, mas só vou postar quando ela estiver prontinha, para não ter este problema dos sumiços. Desculpas.)