Amor Proibido escrita por NatyAiya


Capítulo 6
Capítulo 6 - Cuidados Especiais e Declarações


Notas iniciais do capítulo

Acho que vocês vão querer matar um personagem hoje...
Bom, vou deixar vocês lerem e sem enrolar.
Nos vemos lá embaixo.
Boa leitura.



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Capítulo 6 - Cuidados Especiais e Declarações

POV Annabelle

Fui acordada pelo Stefan no meio da noite. Apolo não estava mais no quarto.

– Me desculpe. Eu volto. - escutei ele falando.

– Como se sente, Anna? - Stefan perguntou passando a mão pelo meu rosto.

– Estou bem. - eu respondi tentando me sentar para me afastar das mãos do filho de Afrodite, sem nenhum sucesso devo dizer.

– Você não me parece muito bem... - ele falou inclinando a cabeça na direção da minha. - Posso fazer você ficar melhor. - ele falou antes de grudar seus lábios nos meus.

– Stefan... Não... - eu tentei empurrá-lo para longe de mim, mas não consegui.

– Você quer isso, Belle... - ele murmurou jogando o peso de seu corpo sobre o meu.

Puxei minha pulseira e pensei em uma adaga, já que ela se transformava na arma que eu precisava no momento. Não precisava de uma espada...

Ele voltou a se inclinar na direção do meus lábios e eu mordi seus lábios assim que os dele tocaram os meus.

– Sua vadia! - ele gritou se afastando. Me levantei reprimindo um gemido de dor e ergui a adaga na minha frente.

– Saia do meu quarto, agora! - eu mandei.

Ele nem se mexeu.

– Stefan, saia. - eu voltei a falar.

– Você não está em posição de me ameaçar. - ele falou se aproximando.

– Saia, Stefan. - eu gritei quando ele estava centímetros de distância.

A porta se abriu com força e Percy e Annabeth entraram no quarto com as armas em punho.

– Anna, o que está acontecendo? - Annabeth perguntou mas eu nem cheguei a responder. Tudo escureceu e eu caí no chão desmaiada.




POV Annabeth

– Annabelle! - eu gritei correndo até ela quando ela desmaiou.

– O que você estava fazendo aqui, Stefan? - Percy perguntou para o filho de Afrodite.

– Vim ver como ela estava. - ele respondeu cobrindo os lábios.

Esqueci que Anna estava desmaiada no chão ao meu lado e andei com passos firmes até Stefan. Puxei a mão dele deixando os lábios dele a mostra.

– Não, você estava tentando abusar dela! - eu gritei. - Percy tira ele daqui e o mantenha bem longe da Annabelle. Não volte a se aproximar da minha sobrinha! - eu gritei para Stefan que já estava sendo arrastado pelo Percy para fora do quarto.

Voltei a me sentar no chão ao lado dela e passei minha mão pelo rosto dela.

– Ela está bem? - Percy perguntou fechando a porta e vindo se juntar a mim.

– Ela está ardendo. - eu respondi.

– Vamos colocá-la na cama primeiro, depois cuidamos dela. - Percy falou já a pegando no colo.

– Apolo poderia estar aqui. Ele poderia cuidar dela melhor do que nós. - eu falei molhando uma toalha para tentar abaixar a febre.

– Eu estou aqui, Annabeth. - o deus falou apoiado na parede ao lado da janela. - Podem ir para o quarto de vocês. Eu fico com ela. - ele falou olhando para a Anna na cama com carinho e dor nos olhos.

– Vamos ajudar você. - Percy falou olhando para Apolo como se esperasse que o deus falasse o que era para ele fazer.

– Não. Eu posso cuidar dela sozinho. - Apolo falou sem olhar para Percy.

– Percy, vamos. Apolo pode cuidar dela sozinho. Se ele precisar da nossa ajuda ele vai nos chamar. - eu falei deixando a toalha molhada sobre a pia e indo até meu namorado e o puxando para fora do quarto.

O soltei quando já estávamos dentro do nosso quarto.

– Por que deixou ela sozinha com ele? - Percy perguntou.

– Não viu a forma que ele olhava para ela? - eu perguntei querendo bater no meu namorado.

– Não.

– Cabeça de Alga, ele olhava para ela como se quisesse estar no lugar dela para que ela não sentisse nada, nenhuma dor. Annabelle mudou o Apolo... Até onde eu sei, ele nunca se dedicou tanto à uma mulher, nem deusa, nem mortal ou semi-deusa. Ele olhava para ela como só alguém apaixonado olharia para uma pessoa. - eu falei dando um tapa na cabeça dele.

– Acha mesmo que ele ama ela? - ele perguntou.

– Eu acho que ele passaria por cima de todas as regras dos deuses para ficar com ela, Percy. Acha que ele não ama ela? - eu devolvi.

– Acha que tio Hades vai aceitar isso fácil?

– Não mesmo... - eu falei. - Acho que não vamos sair daqui amanhã. Do jeito que a Anna estava, duvido que Apolo deixe a gente levar ela no carro até metade do caminho para Washington.

– O que podemos fazer? - ele perguntou para mim.

– Podemos dormir e de manhã ver como ela está. - eu falei me deitando na cama e colocando um ponto final na conversa.




POV Apolo

Percy e Annabeth saíram do quarto me deixando sozinho com ela. Andei até a cama e me sentei ao lado dela. Como Annabeth tinha falado, ela estava queimando. Logo começaria a delirar se eu não abaixasse a febre.

– Eu vou matar o filho da Afrodite. - eu falei antes de começar a cuidar dela.

– Eu mesma mato ele. - Afrodite falou parada ao meu lado. - Há mais de dois milênios eu tento achar uma mulher descente para você e quando eu encontro, um semi-deus filho meu tenta estragar tudo! - ela falou irritada.

– Só faça ele ficar longe dela, Afrodite. - eu falei ignorando o chilique da deusa do amor.

– Cuide dela, Apolo. A questão com o Hades eu resolvo para você. - ela falou antes de me deixar sozinho novamente.

Abaixei a febre dela e me deitei ao seu lado esperando que ela acordasse. Algumas horas antes do amanhecer, ela começou a dar sinais que acordaria.

Me sentei puxando sua cabeça para meu ombro, não a deixando nem sentada e nem deitada alguns minutos depois ela se mexeu acordando.

– Apolo? - ela perguntou abrindo os olhos lentamente.

– Sim. Como se sente?

– Minhas costas estão ardendo. - ela falou e eu a coloquei deitada na cama erguendo sua blusa logo em seguida.

Voltei a murmurar o mesmo encantamento enquanto passava as mãos sobre o ferimento, para depois começar a refazer o curativo que tinha saído do lugar.

– Melhor? - eu perguntei para ela.

– Sim. Que horas são?

– Ainda não amanheceu. Me perdoe por ter te deixado sozinha com o filho da Afrodite.

– Não foi sua culpa.

– Eu saí quando escutei ele na porta. Você não queria que ele e nem os outros descobrissem sobre nós dois, por isso eu saí. Se eu tivesse ficado, nunca teria deixado ele chegar tão longe. - eu falei com o remorso tão evidente na minha voz, que até mesmo eu me surpreendi.

– Não se desculpe. - ela falou. - Você não tinha como saber o que ele iria fazer. Venha cá. - ela falou abrindo os braços para mim. - Não fique se martirizando. Você não pode me salvar sempre.

– Vou te proteger sempre que eu puder, Annabelle. - eu falei a abraçando.

– Sou uma semi-deusa filha de um dos Três Grandes. Acho que eu estarei quase sempre em alguma encrenca. - ela falou rindo.

– Não me importo. Eu sou imortal, você não. Não suportaria te perder, sabendo que eu poderia ter te salvado. - falei puxando seu rosto para que ela olhasse em meus olhos. - Eu te amo. - eu falei a beijando logo em seguida, ela retribuiu com a mesma urgência que eu.

– Apolo... - ela murmurou me empurrando levemente. Entendi que era para parar. - Eu não me importo em estar com você. Só quero saber uma coisa. Você não está apenas me usando, está? Não sou apenas mais uma para você, sou? Não quero ser só mais uma mulher em sua lista que você engravida e depois abandona. - ela falou olhando nos meus olhos. Pude ver a dor que ela sentia em estar falando aquilo, pude ver o quanto ela já estava entregue à mim e vi o quanto ela sofreria se eu fizesse tal coisa com ela.

– Nunca. Eu nunca te abandonarei. Você não é só mais uma, você é única para mim, Annabelle. - eu falei cada palavra olhando nos olhos dela. - Se eu te fizer sofrer, Annabelle, eu nunca me perdoarei. Eu te amo como nunca pensei que poderia amar alguém. Nunca se esqueça dessas palavras.

– Espero que você esteja sendo sincero, Apolo. Não sei dizer quando um deus está mentindo. Você tem mais de dois mil anos, eu só tenho 16. Só quero que você saiba que eu também te amo. Estou com você agora, sabendo dos riscos que estou correndo em ser magoada daqui uma ou duas semanas. Nunca se esqueça dessas minhas palavras também. - ela falou.

Senti a firmeza dela. Ela era uma filha de Hades, se eu a traísse ela mesma se vingaria de mim. Eu pude ter certeza disso naquele momento.

Voltei a beijá-la selando nossas declarações e avisos um para o outro.

Ela voltou a dormir novamente em meus braços. Algumas horas mais tarde, Annabeth e Percy entraram no quarto. O sol já estava alto e eles apenas sussurraram a pergunta:

– Não iremos sair daqui hoje, vamos?

Neguei com a cabeça e eles assentiram saindo do quarto logo em seguida.

Ela acordou só depois do meio-dia, assustada.

– Que horas são? - foi a primeira coisa que ela perguntou.

– Quase duas da tarde. - eu respondi.

– Por que não me acordou? Precisamos ir para Washington. - ela falou já se levantando e procurando por uma roupa limpa.

– Você não vai a nenhum lugar, não hoje. - eu falei indo até ela e abraçando-a segurando ela no lugar.

– Apolo, você não pode me impedir. - ela falou decidida.

– Todos estão se divertindo lá fora. Deveria fazer o mesmo. - falei para ela.

– Claro. Uma garota de 16 anos, quase 17, com um homem de 25 anos... - ela falou rindo.

– Idade não é o problema. - eu falei já mudando para a aparência de adolescente de 17 anos.

– Não vou sair daqui.

– O que foi?

– Apolo, não vou ficar cara a cara com o Stefan agora. Eu provavelmente acabaria matando ele. - ela falou.

– Não pretendo te segurar. - falei rindo. - Tudo bem, se não quer sair, tudo bem. Podemos nos divertir aqui, também. - eu falei a pegando no colo e a carregando até a cama.

– Não mesmo. Posso estar com você, mas nem morta que eu vou me entregar para você. - ela falou se encolhendo na cama.

– Não me refiria a isso. Já falei que não farei nada que você não queira. Mesmo que eu te deseje muito agora. - falei piscando e sentando ao lado dela.

– Quero voltar para o Acampamento. - ela falou ignorando meu último comentário e se apoiando em mim.

– Sabe que não será tão fácil. - eu falei para ela.

– O quê?

– Você ainda não se perdeu, eu ainda não te salvei e você ainda nem chegou até a filha da Athena... - falei contando nos dedos.

Amor e Guerra se unirão/Para que Trevas e Luz não sejam em vão.– ela citou uma parte da profecia. - O que você acha que significa?

– Amor e Guerra, Afrodite e Ares, talvez... - eu falei, não podia responder. Sabia exatamente o que a profecia queria dizer. - Trevas e Luz, talvez você e eu... Você é filha de Hades, o deus da morte... E eu, sou o deus do sol... - eu falei brincando com o cabelo dela.

– Você sabe exatamente o que a profecia significa não é? - ela perguntou se virando para me olhar. - Você sabe! Mas você não pode me contar. Seria contra as regras dos deuses, não é?

– Annabelle... Eu só posso te dizer uma coisa. Me perdoa. Você vai se machucar mais do que eu gostaria. - eu falei a abraçando. Não queria machucá-la como eu sabia que eu faria, mas que saída eu tinha?


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Notas finais do capítulo

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