Amor Proibido escrita por NatyAiya


Capítulo 25
Capítulo 25 - Dois anos em trevas


Notas iniciais do capítulo

Feliz Ano Novo!!!!
Desculpa pela demora...
Eu queria postar um capítulo antes da virada do ano, mas não deu muito certo...
A quantidade que os professores passaram de trabalhos e tarefas era muito grande e eu acabei ficando sem tempo para escrever.
Aviso importante nas notas finais!!
Boa leitura.



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Capítulo 25 - Dois anos em trevas

POV Annabelle

Um ano e meio já havia se passado desde o nascimento de Angel e Nicholas, e graças à ajuda de meu pai, Perséfone e Deméter os dois tinham de tudo e uma saúde melhor do que qualquer outra criança da idade. E por ter recebido conselhos constantes de Hera e Athena que eles não foram estragados até o momento por ninguém daqui, mas eu sabia que se deixasse meus filhos apenas sob os cuidados de Perséfone e meu pai, eu estaria com um verdadeiro problema nas costas.

As primeiras palavras dos dois, os primeiros passos, as primeiras artes... Eu gostaria de poder compartilhar tudo com ele, mas meu orgulho e minha teimosia não permitiam que eu o fizesse.

Angel e Nicholas brincavam no chão do quarto com brinquedos que Hermes, Annabeth, Percy, Nico, Hera e Athena traziam todas as vezes que vinham nos visitar.

Eu tinha deixado os cabelos de Angel crescer até um pouco abaixo dos ombros, e quase sempre seus cabelos estavam amarrados em um rabo de cavalo. Afrodite teimava em insistir que eu e ela usássemos vestidos todos os dias e nesse exato minuto, ela usava um vestidinho solto amarelo.

Nicholas era meu pequeno príncipe. Logo que ele nasceu, até seis meses, eu jurava que ele se tornaria uma cópia do pai, mas ele também era meu filho era óbvio que possuísse traços meus.

Deuses, como eu amava meus filhos! Tantas coisas poderiam ter sido diferentes...

E foi pensando assim que eu permiti que algumas lágrimas escapassem de meus olhos.

– Mamãe, está tudo bem? - Angel perguntou largando os brinquedos no chão e vindo até mim. Nicholas seguiu o exemplo da irmã e veio junto.

Limpei rapidamente as lágrimas e me ajoelhei no chão ficando na altura deles.

– Está sim, querida. - eu falei sorrindo.

– Mas você está chorando. - Nicholas falou passando a mãozinha gorducha no meu rosto tirando uma lágrima que ainda descia pelo meu rosto.

– Está machucada mamãe? - Angel perguntou me olhando com preocupação.

– Não minha pequena.

– Então está triste. - Nicholas falou firme.

– Por que acha isso, filho?

– Escutei tia Annabeth e tio Percy conversando uma vez e eles falaram que você... - ele fechou os olhos tentando se lembrar das palavras. - ...que você fica muito triste às vezes.

– Nós não choramos apenas quando estamos tristes ou machucados. - eu falei puxando os dois para meu colo. - Nós também choramos quando estamos muito felizes.

– Está feliz, mamãe? - eu assenti.

– Estou muito feliz! Sabem porque? - eles negaram. - Porque eu tenho os dois melhores filhos do mundo. - eu falei e dei um beijo estalado nos dois. - Amo muito vocês. - eu falei abraçando-os forte.

– Nós também, mamãe. - eles falaram junto retribuindo o abraço.

– Posso interromper o momento?

– Tio Nico! - os dois olharam para trás na direção da porta, onde meu irmão estava parado com uma mochila. Eles olharam para mim pedindo permissão e eu apenas assenti encorajando-os a irem até Nico.

– Oi pequenos! - meu irmão abraçou os sobrinhos. - Vocês cresceram. Trouxe para eles. - ele falou estendendo a mochila para mim. - Tem um monte de coisas que a Annabeth quem mandou.

Mais brinquedos e mais roupas.

– Daqui a pouco não tenho mais onde guardar essas coisas que vocês trazem. - eu falei rindo e deixando os brinquedos no chão. - Vão brincar. - eu falei indicando os novos passatempos deles.

– E isso é dele. - Nico falou me estendendo um pacote embrulhado em um papel dourado.

Peguei o pacote, mas apenas levei até a pilha no canto do quarto que só aumentava. Eu nunca tinha aberto nada que vinha dele, eu apenas guardava e depois de dois anos, uma pilha tinha se formado no canto do quarto onde Angel e Nicholas sempre brincavam.

Ficamos em silêncio por um bom tempo apenas observando os dois brincarem, então Nico resolveu quebrar o silêncio.

– Belle, não acha que já está na hora de vocês dois se entenderem? - ele perguntou baixo para não chamar a atenção das crianças. - Já fazem dois anos e nesses dois anos, não teve um dia que Apolo não me procurou para saber de você. - apertei o peito como sempre fazia ao escutar aquele nome. - Belle, acho que vocês dois já sofreram demais um pelo outro e ele tem o direito de ficar sabendo sobre os filhos.

Eu sabia que Nico estava certo, o que eu fazia agora era apenas me esconder do mundo. E junto, eu escondia meus filhos.

– A Angie e o Nico podem não perguntar agora sobre o pai deles, Belle. Mas daqui alguns anos eles vão sentir falta do pai e vão perguntar por ele. Olhe onde eles estão crescendo! Eles vivem desde o momento em que nasceram no Mundo Inferior, eles estão rodeados pela mitologia grega e daqui alguns anos eles vão acabar descobrindo quem é pai deles, e daí você não poderá fazer nada. - ele fez uma pausa. - Não acha que para o bem das crianças, você deveria tentar se entender com ele?

Passei a mão pelos cabelos e respirei fundo.

– Eu.. eu sei de tudo isso que você falou, Nico. - eu falei. - Sei que o que me segura aqui não é apenas meu orgulho. - eu procurava as palavras certas. - Eu e ele poderíamos ter nos entendido há muito tempo se não fosse pela minha teimosia e o meu medo.

– Medo?

– Medo de me ferir novamente da mesma forma. - eu respondi. - Eu o amo, Nico. - eu falei e deixei uma lágrima escorrer. Desde o nascimento dos dois, era a primeira vez que eu falava isso. - Dói pensar nele, e tem a Angel e o Nicholas. Sei que estou fugindo da realidade, mas... - eu tremia enquanto as lágrimas escorriam sem a minha permissão.

– Não precisa falar mais nada. - ele me abraçou me deixando de costas para Angel e Nicholas. - Mas até quando você vai poder fugir?

Ele esperou que eu me acalmasse e foi se despedir de Angel e Nicholas.

– Mas já? - eles perguntaram com decepção na voz.

– Eu tenho coisas para fazer, mas prometo voltar assim que puder. - ele falou dando um abraço e um beijo nos dois. - Se cuidem e cuidem de sua mãe. - eles assentiram.

– Se cuida e pense no que falei. - ele falou ao me abraçar.

Angel e Nicholas voltaram a brincar e eu fiquei a observá-los novamente. Depois de mais alguns minutos eles começaram a bocejar, estava na hora da soneca da tarde.

– Anna, Hermes está aqui. - Perséfone falou entrando no quarto uma hora mais tarde, quando os dois já estavam dormindo.

– O que ele quer?

– Não sei. - ela deu de ombros. - Quer que eu fique com as crianças enquanto você vai falar com ele?

Assenti e fui até a Sala dos Tronos ver o que Hermes queria comigo.

– Annabelle. - Hermes sorriu ao me ver.

– Aconteceu alguma coisa? - eu perguntei.

– Sim. Annabeth e Percy pretendem se casar. - ele falou me entregando um envelope. - E eles querem a sua presença. - ele falou.

– Quando? - eu pedi abrindo o envelope.

– Daqui nove meses. - ele respondeu.

– Está tirando uma com a minha cara, não é? - arqueei uma sobrancelha.

– Não. - ele negou erguendo as mãos.

– Vou ver o que posso fazer. Era só isso?

– Uma pergunta de Apolo. - apertei meu peito, era um gesto que já fazia parte do meu dia a dia. - Quando você vai voltar para o mundo mortal?

– Não sei. - respondi friamente. - Tenha um bom dia, Lorde Hermes.

Dei as costas para ele e voltei para o quarto onde meus filhos dormiam.




Três meses se passaram desde a visita de Nico, desde que eu chorei com ele. Os dias durante o verão pareciam se arrastar para mim, como em um desafio para que eu fosse até o mundo mortal.

Depois que o verão terminou dando lugar ao outono, eu comecei a ter uma ideia louca na cabeça, e depois de dois meses remoendo essa ideia eu a coloquei em prática.

Depois que fiz Angel e Nicholas dormirem, encostei em uma sombra no canto do quarto e deixei que ela me transportasse até uma das praias de Long Island.

O ar podia estar gelado, mas a brisa do mar fazia com que eu me lembrasse de anos atrás. Me deitei na areia sentindo o vento acariciar meu rosto e fechei os olhos. Naquela hora se algum deus me visse ali, seria Ártemis, mas eu não me preocupava com isso.

Continuei isso sem que ninguém me impedisse até a primeira semana de dezembro, até aquele momento eu tinha ido uma vez a cada duas semanas até a praia e naquele dia não foi diferente, mas algo foi diferente.

Estava deitada na areia de olhos fechados apenas sentindo a brisa fria passar por meu rosto quando senti uma presença perto de mim, era alguém com aura forte o que significava que era um deus. Fiquei alerta.

– Mais uma vez aqui, Anna?


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Notas finais do capítulo

Quem será?
O aviso importante é o seguinte: como eu já expliquei anteriormente, eu vou ter a prova para entrar no colegial...
E provavelmente, repito, provavelmente esse será o último capítulo que eu vou conseguir postar até o dia 17 de março. Vou ver o que eu consigo fazer para postar antes, mas não posso garantir nada.



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