Amor Proibido escrita por NatyAiya


Capítulo 14
Capítulo 14 - Vida nova


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada pelos cinco reviews...
Aqui está o capítulo como prometido.
Boa leitura!



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Capítulo 14 - Vida nova

POV Annabelle

Nico tinha acabado de me soltar, Stefan me abraçou e grudou seus lábios nos meus. Eu não tive reação no primeiro momento, então ele começou a forçar a língua nos meus lábios e puxou minha cabeça pela nuca, enrolando os dedos em meus cabelos.

– AGORA VOCÊ MORRE, DESGRAÇADO! - escutei Apolo gritar furioso e no segundo seguinte Stefan estava longe de mim.

Caí no chão e Annabeth veio me abraçar. Sabia que o Acampamento inteiro estava vendo. Ergui a cabeça e vi Apolo brilhando perigosamente com uma espada na mão, ele ia se transformar.

– APOLO, NÃO! - eu gritei e ele parou no lugar. Ele olhou para mim e a raiva de seus olhos sumiram, soltou a espada que estava em sua mão e veio até mim.

– Eu fico com ela, Annabeth. - ele falou afastando Annabeth de mim. Sem nenhuma palavra, ele me pegou no colo e me tirou dali. Escondi meu rosto em seu pescoço e duas lágrimas escaparam de meu olhos. - Ele te machucou? - Apolo perguntou.

– Acho que não. - eu respondi. Estávamos na praia agora, ele sentou-se na areia comigo ainda em seu colo e colocou a mão sobre minha nuca. - Ai. - eu gemi.

– Eu mato aquele desgraçado. - ele falou, a raiva voltando para seus olhos e ele inconcientemente apertou onde já estava dolorido e eu protestei. - Desculpa. - ele disse antes de murmurar alguma coisa em grego antigo e a dor sumiu.

Continuamos ali até que eu me acalmei.

– Vamos. - eu falei.

– Quer mesmo voltar? - ele perguntou olhando em meus olhos.

– Sim. É a segunda vez que aquele idiota tenta alguma coisa comigo, é hora da minha vingança. - eu falei destilando veneno em cada palavra. Apolo sorriu.

– Poderia deixá-lo para mim. - ele pediu.

– Não, você carbonizaria ele se transformando, deixando a raiva falar mais alto. Deixe comigo. - pedi e ele assentiu.

Fomos de mãos dadas até o refeitório. Percy, Nico, Annabeth, Rachel, Thalia e as caçadoras e mais da metade dos campistas e Stefan estavam do lado de fora. Percy e Nico davam socos e chutes no filho de Afrodite, simplesmente estavam acabando com ele. Assim que Nico nos viu, ele se levantou esquecendo de Stefan e andou na nossa direção.

Raiva e ódio estavam nos olhos do meu irmão e uma sombra escura rodeava seu corpo. Apolo ficou na minha frente e Nico deu um soco no rosto de Apolo.

– NICO! - eu gritei amparando Apolo.

– Não volte a se aproveitar da minha irmã! - Nico gritou para Apolo dando outro soco no rosto do mesmo. Esperava que Apolo revidasse, por isso segurava sua mão mas ele não fez nada, mas a raiva estava presente em seus olhos.

Nico voltou a erguer o punho e eu não pensei duas vezes, arranquei a pulseira e ela se tornou minha espada.

– Não se atreva, Nico. - eu falei devagar mas com a ameaça presente em minha voz e nos meus atos. Estava com a ponta da espada em seu pescoço.

– Belle! - ele disse assustado dando dois passos para trás.

O tempo se fechou de uma vez e eu tinha certeza que meus olhos tinham se escurecido e uma sombra escura estava ao meu redor como estava ao redor de meu irmão, mas provavelmente a minha era mais escura e densa. Poder dos Três Grandes em uma única pessoa, dá nisso.

Nico não voltaria a erguer um dedo para Apolo. Virei minha fúria para Stefan que ainda estava no chão com Percy sobre ele.

– Saia Perseu. - eu falei. Stefan ainda estava conciente, bom para ele. - Não volte a me tocar, filho de Afrodite. Não volte a me tocar, se não quiser fazer uma visita ao meu pai. Uma visita sem retorno. - eu falei e o medo em seus olhos foi engraçado. - Isso é um aviso. - terminei com um soco em seu olho direito e chute em um lugar nada agradável, junto com um raio que brilhou no céu.

Minha espada voltou a ser uma pulseira e eu saí dali, não estava com fome, fui para o chalé. Fechei a porta e desabei no chão.

– Até eu fiquei com medo. - Apolo falou aparecendo ao meu lado. - Você está bem? - ele perguntou quando eu não falei nada. - Annabelle? - ele se sentou ao meu lado.

– Aprendi uma coisa. Não devo abusar desses poderes. - falei e ele sorriu.

– Não está com fome?

– Não. Você está bem? - eu perguntei me lembrando dos socos que Nico tinha dado nele e passando a mão pelo seu rosto.

– Estou.

– A conversa que você teria com meu irmão, era isso? - eu perguntei.

– Sim e não. Eu esperava esses socos dele, mas depois que você saiu de lá, conversei com Nico como duas pessoas civilizadas. - ele falou.

– Conversaram sobre o quê?

– Sobre você. Nico te trata da mesma forma que seu pai. - ele disse.

– Como assim da mesma forma que meu pai?

– Se você machucar minha filha, você vai se ver comigo. - Apolo tentou imitar meu pai. - Desse jeito.

– Sabe, não dá muito certo o deus do sol imitar o deus da morte. - disse rindo. - O que você tinha para falar com o Quíron? - eu perguntei.

– Zeus permitiu que eu viesse vê-la todos os dias, assim como Hades, mas eu tinha que ver os detalhes com Dionísio. Se eu fosse falar com o Dionísio ele diria que eu poderia ficar sempre aqui, por mim seria ótimo, mas como é contra as regras, Zeus mandou eu falar com Quíron. Resolver os detalhes com ele.

– E resolveu?

– Sim, mas ele me falou uma coisa que eu não estava sabendo, srta. Annabelle. Desde quando você decidiu voltar para a escola?

– Começo do verão. - respondi rindo.

– Quando vai voltar para o mundo mortal?

– Vou junto com a Annabeth. Ficaremos em New York mesmo, não muito longe da casa do Percy, vamos dividir um apartamento já que o pai da Annabeth concordou.

– Quem ficará como seu responsável?

– A Sally, mãe do Percy. - ele passou a mão pelos cabelos bagunçando-os

– Não gosto muito da idéia, mas não posso segurá-la. Mas minhas visitas serão frequentes.

– Nenhum problema.



Nos dias que se seguiram até o final das férias, Apolo veio me ver todos os dias sem exceção. Era até meio estranho.

Muitos de seus filhos começaram a olhar feio para mim, depois que tiveram certeza de que nós estávamos juntos.

Embora, meu irmão, Percy, Annabeth, Quíron e até mesmo Dionísio falassem que Apolo realmente queria algo sério comigo, e que na mente de Apolo nós dois estávamos juntos, eu não sabia o que pensar.

Mesmo que através dos gestos carinhosos de Apolo ele demonstrasse tudo o que ele realmente sentia por mim, eu ficava na dúvida. Apolo era um deus e mesmo ele tendo falado várias vezes que me amava, eu ainda estava desconfiada. Se ele me amava da forma que falava, por que ainda não tinha me pedido em namoro ou algo do gênero?

Todas as minhas dúvidas desapareceram em um final de tarde alguns dias antes do final das férias. Apolo não apareceu no horário de sempre, veio mais tarde e não estava vestido como o de costume. Ele estava se vestindo ultimamente como um adolescente de dezessete, dezoito anos, mas não hoje. Ele estava como eu tinha conhecido ele; de terno e seu corpo exalava poder.

Estava indo para o refeitório quando ele apareceu.

– Annabelle, posso falar com você? - ele perguntou formalmente.

– É claro. - respondi estranhando mas seguindo-o até a praia.

– Anna, sei que nas últimas semanas você esteve se perguntando constantemente o motivo de eu não pedir você em namoro. - ele foi direto quando parou e se virou para mim. - Eu não via real necessidade disso, mas se é o que você quer... - ele se ajoelhou e tirou algo do bolso interno do paletó. - Annabelle Liwener, filha de Hades, você aceita namorar comigo? - era uma caixa preta de veludo, assim que ele terminou de pronunciar as palavras, abriu a caixinha revelando um anel de ouro com um único diamante incrustado no ouro. Eu estava sem fala e muito, mas muito vermelha não sabia que ele estava ciente do que eu tinha andado pensando. - E então, o que você me diz? - ele perguntou olhando para mim, seus olhos demonstrando o medo que ele sentia de levar um fora.

– Sim! Sim, sim, sim... - falei pulando em seu pescoço.

– Ainda bem, por um momento eu pensei que você fosse recusar. - ele disse sustentando meu peso em uma única perna e colocando o anel em meu dedo anelar da mão esquerda. - Minha namorada. - ele sorriu - Até que soa bem... - então ele me beijou.

– FINALMENTE!!! - Dionísio gritou.

Olhei para trás assustada. Todo o Acampamento estava ali, todos sorriam até mesmo os filhos dele que andavam olhando torto para mim nos últimos dias.

– Não se deve espiar a conversa dos outros, Dionísio. - Apolo falou rindo ao ver minha cara e se levantando me puxando junto, mas seus braços estavam ao redor da minha cintura.

– Por que só eu levo bronca? A idéia não foi minha para começar. - ele retrucou indignado e olhou feio para meu irmão, Percy e Annabeth. Eu teria uma conversa com eles depois.

– Que seja. Poderiam nos dar privacidade agora? - ele perguntou.

– Seja lá o que você estava planejando, vou pedir para deixar para outra hora. Eu estou com fome e está na hora do jantar. - eu murmurei só para que ele escutasse.

– Não vou te atrasar. - ele respondeu. - Já que nenhum de vocês saem, nós saímos. - ele falou para os outros que não tinham se mexido e puxou minha mão, andamos por um tempo pela areia à beira do mar. Naquele momento, palavras não eram necessárias.

– Anna, o que você me diz de sairmos para jantar esse final de semana? - ele perguntou parando de repente.

– Por mim tudo bem, mas eu não sei se vou poder sair do Acampamento. Esse domingo será a última fogueira. - respondi sorrindo.

– Deixe isso comigo. Vou falar com o Dionísio e com Quíron. - ele sorriu. - Vamos voltar?

– Claro, meu estômago está implorando por comida. - eu ri e ele me acompanhou.

Voltamos para o refeitório de mãos dadas e assim que entramos, fui para a mesa de Hades e Apolo foi falar com Dionísio e Quíron na mesa principal. Fiz minha oferenda para Hades e Perséfone como sempre, mas hoje decidi fazer uma oferenda a mais.

– Para Apolo. - eu murmurei jogando algumas frutas no fogo antes de voltar para a mesa de Hades.

Depois do jantar, estava na hora da fogueira. Me levantei para ir com Nico e os outros para a fogueira quando Apolo me chamou.

– Vão na frente, eu alcanço vocês depois. - falei para meu irmão e para os outros que estavam ao conosco. - O que foi? - perguntei quando Apolo parou ao meu lado entrelaçando nossos dedos.

– Venho pegá-la no sábado de tarde, antes do jantar e vou trazê-la de volta só no domingo a noite. - ele falou enquanto íamos na direção da fogueira.

– Por que só no domingo? - perguntei.

– Tem um lugar onde eu quero te levar. Só não vou trazê-la na noite de sábado por causa disso. Vamos passar a noite lá. - ele respondeu.

Sair do Acampamento sem saber para onde eu iria ou o que aconteceria comigo, isso era uma coisa que eu já tinha me acostumado durante a guerra, mas eu estaria com Apolo.

Uma nova etapa da minha vida estava começando agora, e eu iria aproveitar ao máximo, já que não sabia até quando continuaria esse tempo de felicidade.


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Notas finais do capítulo

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