Clato - Quase vitoriosos escrita por Érika


Capítulo 6
Capítulo 6 - "Treinando para morrer"


Notas iniciais do capítulo

Não liguem pros erros de português, eu não escrevi pelo computador, mas espero que gostem!



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Luke parece o tipo de pessoa na qual eu devo confiar, mas isso pouco me importa, já que logo eu estarei morto, e caso isso chegue a Clove eu não vou precisar fugir para outro distrito, mudar meu nome e começar uma vida nova. Eu tomo um banho rápido e visto a roupa do treinamento. Vou tomar café. Todos já estão na mesa comendo, e eu me sinto meio irresponsável por ter chegado atrasado.
–Guardei um lugar do meu lado, pra você! -Diz Luke apontando para uma cadeira vazia conhecidentemente entre ele e Clove, eu não consigo me conter e solto uma risada sem som, eu fico impressionado com o quanto alegre ele é, mesmo sabendo que só está viv oporque outras 23 pessoas morreram (Não, ele não precisou matar ninguem, todos os outros tributos mantaram uns aos outros, ele só precisou andar com os outros carreiristas até que só restasse ele e o carreirista do 4, que foi devorado por bestantes das arvores, acho que por isso ele não é amargo, depressivo, louco ou qualquer outra coisa causada pela culpa).
–Obrigado! Ah e bom dia para todos vocês! -Digo com o melhor humor do mundo, eu realmente estava feliz, é muito bom começar o dia com alguem alegre por perto, mas parte de mim estava triste acho que pelo que aconteceu ontem e por causa do pesadelo, sem contar que meus dias de vida estavam contados. Eu pego o prato na mesa e vou em à mesa onde está a comida. Eu coloco algumas frutas em meu prato, junto com um pedaço quentinho de pão com creme de avelã. Então eu sento na cadeira que Luke guardou para mim.
–Já estou cheia, licença.-Diz Clove no exato momento em que eu sento, mas logo Brutus, que está sentado na frente de Clone, segura seu braço e diz:
–A senhorita não vai a lugar algum, você vai sentar e esperar, pois hoje é o primeiro dia de treinamento, e temos muito a conversar.
–Sim senhor.- Diz Clove sem expressão no rosto, e é assim que ela fica até que todos terminem de comer e Enobaria comece a falar:
–Bom hoje é o primeiro dia de treinamento de vocês, e nós temos algumas recomendações bem importantes: A primeira é que vocês encontrem os tributos do distrito 1 e se juntem a eles, vocês não irão se separar e devem treinar tudo aquilo que vocês são melhores, para amedontrar os outros tributos, vocês são carreiristas e não tem nada a perder com isso.
–As habilidades nas quais vocês têm dificuldades serão treinadas no treinamento particular. Alguma dúvida?
Eu e Clove balançamos a cabeça para indicar que não há nenhuma dúvida.
–Estão esperando o que? Vão escovar os dentes e fazer seja-la-o-que vocês querem fazer no banheiro, vocês tem cinco minutos, não é bom ver um carreirista chegando atrasado.
Eu vou para o meu quarto, escovo os dentes e os cabelos e vou para a porta do elevador esperar Clove. Assim que ela chega nós pegamos o elevador e vamos para o andar do centro de treinamento, os dois completamente calados. No centro de treinamento, seguimos diretamente para onde os tributos do 1 estão nos esperando, no centro de treinamento só estão os tributos do 1, nós do 2 e os perdedores do 9.
–Cato! -Diz Glimmer que vem correndo me abraçar, a ultima vez que eu a vi foi dois anos atrás, já que no ultimo verão ela estava em uma missão. Eu devo admitir, mesmo sem maquiagem, a filha de Afrodite se encontra mais bonita do que nunca, ela tem a mesma idade de Clove (17 anos) mas ela é muito mais alta do que Clove, tem lindos olhos que variam entre tons de azul, verde e caramelo, cabelos longos e loiros com delicados caichinhos nas pontas, sem contar com o seu corpo que parece que foi desenhado. Mas por mais que ela fosse super simpática, eu conhecia a peça e sabia que ela era falsa e convencida.
–Glimmer! Como você cresceu! -Digo
–Ah, por favor, meninas tambem crescem sabia? Menos a Clove né pequena? Não vai dar nenhum oi para a sua velha amiga??-Diz Glimmer rindo.
–Pois é, enquanto vocês estavam ocupados crescendo eu estava evoluindo. Mas é muito bom te ver Glimmer, pena que só uma de nós vai poder sair da arena viva. -Diz Clove com um sorriso falso enorme na cara.
–Ah! Quase que eu me esquecia, esse é Marvel! Marvel, esses são Clove e Cato, nossos companheiros de arena - Diz Glimmer puxando o cara alto e com cara de idiota do distrito 1 para nossa direção. Mas percebo que o mortal é inteligente, assim que ele abre a boca para dizer:
–Hã.. É um prazer conhecê-los. De onde vocês se conheciam?
–Uma vez, houve uma enchente no dois, então eles foram levados para o um para treinar enquanto reconstruiam a academia em que eles eram treinados- Diz Glimmer usando o velho poder dos filhos de Afrodite de fazer com que todos acreditem neles ou obedeçam a eles, aoenas usando as palavras de maneira correta.
–Sim, claro! Como eu poderia esquecer da enchente do 2? Vamos começar a treinar? Enquanto os outros tributos não chegam nós podemos treinar aquilo que não somos muito bons -Sugere Marvel.
–Acho que não é uma boa ideia, pois em mais ou menos dez minutos esse lugar vai estar cheio de tributos, e em dez minutos o máximo que a gente consegue é montar e ajustar os arco-e-flecha, acho melhor treinarmos alguma coisa em que somos bons, para quando os outros tributos chegarem verem que já estamos treinando e que somos bons nisso. -Sugiro.
–Então que tal esgrima? O Cato e eu somos ótimos em esgrima, mas a Clove não é das melhores, quanto a você, Marvel, eu não sei. -Diz Glimmer
–Claro, eu prefiro uma lança do que uma espada, mas essa é uma ótima ideia.-Diz Marvel
Vamos todos para a area dedicada à esgrima, logo o centro de treinamento está lotado de tributos e instrutores em areas como armadilhas, fogueira, camuflagem e etc.
Nós passamos pela area de armadilhas, lançamento de peso, lançamento de lança e lançamento de facas, em todas só os melhores treinavam enquanto os outros encaravam os outros tributos e até riam de alguns, só para amedontrá-los. Mas o que me deixava com mais raiva não era porque nós faziamos coisas desse tipo com os outros, e sim porque Clove não tirava os olhos do garoto do 12! Se ela queria um loiro de olhos claros, por que não eu? Alem disso eu estava bem mais ao alcance dela, mas eu lembrei de um detalhe: Os humanos sempre vão querer aquilo que não está ao alcance deles, mesmo tendo algo melhor ao seu lado. Não estou falando que eu sou melhor que o garoto do 12, mas que talvez o motivo dela ficar encarando ele e nem falar comigo deve ser porque ela não o tem e não o terá com tanta facilidade.
Nós tivemos uma pequena pausa para almoço e logo voltamos ao treino, e demos continuidade ao plano, da mesma maneira que Clove não conseguia parar de olhar para o tributo do distrito 12, parecia que ela estava anotando todos os detalhes e movimentos dele, mentalmente, para que quando chegasse a noite ela escrevesse isso tudo em seu diário.
O treinamento acaba no final da tarde, então somos liberados. Ao chegar em meu quarto tomo um longo e relaxante banho, e deito na cama, esperando a hora do jantar.
Quando chega a hora do jantar eu vou para a sala, lá encontro somente Luke, Lune e Enobaria. Sento entre Luke e Enobaria, fico um tempão parado (por educação), sentado a mesa esperando Brutus, Clove e Amy chegarem, mas só Amy chega, então Lune diz com aquele irritante sotaque da capital:
–Coma um pouco garoto, fazemos questão de que nossos tributos sejam educados, mas isso é um jantar comum, depois de um longo dia de treinamento. Alem disso a garota pediu para jantar no quarto, e Brutus está conversando com Finnick Odair, um dos mentores do 4, acho que deve ser sobre o distrito 4 se juntar aos carreiristas, como já é tradição.
Eu como um pouco de carne assada com um estranho molho adocicado, uma espécie de arroz mais comprido que o normal, um molho de legumes e batatas apimentadas, do jeito que Clove adora.
Então eu vou para o meu quarto e me jogo da cama, eu durmo dois minutos depois, com a roupa do jantar. Nenhum pesadelo, por incrivel que pareça. No dia seguinte eu acordo cedo e logo tomo um banho e me arrumo para o treinamento. Eu vou tomar café da manhã.
Quando eu chego na sala encontro somente Brutus e Amy.
–Bom dia! -Digo
–Buenos dias! -Diz Amy com aquele jeito dramático/exagerado dela. Como eu já devia esperar, o meu mentor não responde. Eu pego um croissant rexeado com ovos mexidos, presunto e queijo brie e um copo com iogurte e granola. Logo depois Luke, Lune e Enobaria chegam. Quando eu ja estou terminando de tomar café Clove chega, pela sua cara ela teve pesadelos, mas prefiro não perguntar, ja que a maioria dos nossos pesadelos são relacionados ao mundo grego. Mas mesmo assim eu não deixo de ser um rapaz simpático:
–Bom dia bela adormecida! -Digo para Clove, mas ela não me responde, só me fuzila com os olhos, então eu continuo:
–Não vai dizer nenhum "oi" para o seu príncipe?
–Eu até diria, mas a única coisa que eu estou vendo é um sapo loiro de olhos azuis. -Responde ela com a cabeça inclinada e aquele velho sorriso sarcástico.
–Calma pessoal, deixem para se matarem na arena -Diz Luke.
Depois do café nós vamos para o centro de treinamento. No elevador, aonde aparentemente nenhum mortal pode nos escutar eu pergunto:
–Pesadelos? -Clove apenas faz que sim com a cabeça, totalmente sem expressão facial. Então continuo:
–Quer falar sobre isso? -Ainda sem expressão ela faz que não com a cabeça.
Quando nós chegamos no centro de treinamento vamos andando até o lugar aonde Glimmer e Marvel estavam ontem, mas eles não estão lá, provavelmente não chegaram ainda. Mas antes mesmo que eu me vire uma garota loira de mais ou menos 1,80m pula nas minhas costas e me da um beijo na bochecha, e ainda nas minhas costas diz:
–Bom diaaaa!
–Pois é, é sempre bom começar o dia quebrando a coluna dos outros! -Digo sorrindo, então ela sai das minhas costas e pede desculpas.
–Bom dia Clove! Você está com cara de quem não dormiu bem, teve pesadelos? -Pergunta Glimmer
–Não, graças ao meu querido Hipnos não sonhei com você. -Responde Clove com o mesmo sorriso doce e sarcástico de sempre. As vezes eu me pergunto se os filhos de Ares têm algum curso de como responder as pessoas, eles sempre tê uma resposta na ponta da lingua. Marvel nos deseja bom dia e eu e Clove respondemos em coro, cada um de nós com um sorriso mais falso que outro.
Nós fazemos o mesmo que no dia anterior, Clove continua observando Peeta, e eu fico angústiado, pois além de ciúmes eu sinto pena dela ficar olhando pra ele o tempo todo e não perceber que ele não para de olhar apaixonadamente para Katniss, a menina do 12 que também é neta de Apolo. Ela estava se iludindo, e além disso logo ou a garota ou o garoto do 12 iria morrer, então o outro ou iria se matar ou ficaria louco, se isso não acontecesse um teria que morrer para o outro viver, ou seja, se Clove gostava do garoto do 12 e eu iria morrer para ela sair viva da arena, ela sairia louca por saber que sua vida foi consequência da morte dele. Mas eu prefiro acreditar que ela acha que o conhece de algum lugar e está o observando para ver se lembra daonde. Seja lá o que for eu pretendo descobrir logo pra finalmente decidir o que fazer, mas no momento o meu plano é o mesmo: Proteger Clove.
Brutus disse para não almoçarmos e aproveitarmos para treinar o que nós somos ruins enquanto os outros tributos não estavam, e quando os outros tributos voltassem deviamos treinar tudo da arte de sobrevivência: nós, fogueiras, armadilhas, camuflagem, como montar um acampamento básico, como identificar as plantas comestiveis e etc.
No final do dia fomos para os nossos quartos, eu tomei um banho em um programa especial para relaxar, um banho bem demorado com a àgua caindo levemente pelo meu corpo, pequenas esponginhas massageadoras passavam pelas minhas costas e o shampoo, condicionador e sabonete tinham cheiro de aloe vera, que realmente me relaxa. Eu resolvo pedir uma torta de frango e uma salada especial pelo serviço de quarto.
Antes que a torta chegasse a porta se abriu e eu vi dois olhinhos castanhos e um nariz cheio de sardas, nem preciso dizer quem era.
–Entra -Digo
–Licença -Diz Clove , enquanto entra lentamente no meu quarto. Ela está linda, não está com maquiagem e com o cabelo todo produzido (O que não é muito a cara dela), mas está com um short branco, um moletom vermelho com as mangas maiores que os braços, meias vermelhas nos pés e o cabelo preso em um rabo de cavalo. Pela primeira vez ela não está escondida debaixo dos seus cabelos longos, lisos, finos e escuros.
–O que você ta fazendo? -Ela pergunta
–Esperando minha torta de frango e você?
–Eu vim te pedir desculpas por ser grossa com hoje, eu estava muito mal-humorada.
–A culpa tambem é minha que dei uma de metido.
–Eu deveria dizer que você não foi, mas sim, você foi metido e você sabe como eu odeio gente assim. -Ela responde e eu sorrio por saber que ainda temos intimidade suficiente para sermos sinceros um com o outro.
–Você ja jantou? -Pergunto.
–Não ainda não. -Diz Clove, então eu uso o dispositivo de comunicação com a cozinha para pedir um risoto de carne com ervas e uma porção de batatas assadas apimentadas, como eu sei que ela adora. Ela da um risinho e me abraça dizendo:
–Você é o melhor, o melhor sapo do reino! -Nós dois rimos, então eu digo:
–É uma honra ouvir isso de vossa majestade! -Digo rindo tanto que caio na cama e ela cai comigo, já que nós estavamos abraçados, o que só nos faz rir mais. Então Brutus e Luke abrem a porta e provavelmente estranham ao ver eu e Clove deitados na cama abraçados, rindo loucamente. Brutus diz:
–Como nenhum um dos dois apareceu no jantar, eu resolvi procurá-los para perguntar se vocês preferem ser treinados juntos, como vocês já estão acostumados, ou treinar separadamente. Então, como vocês preferem??
–Eu não vejo problema em treinarmos juntos, tem problema pra você Cato? -Diz Colve
–Não, claro que não tem problema, somos uma equipe, esqueceu?? Mas Brutus, como você sabe que nós treinavamos juntos? -Pergunto
–Tentem sair vivos ou pelo menos fiquem vivos até a surpresa final, que vocês saberão. -Responde Brutus, eu realmente fico muito curioso, pois eu o vi conversando com Plutarch, um dos idealizadores dos jogos, e não é permitido que nenhum idealizador fale com os treinadores ou tributos.
Brutus vai embora. Logo Brutus sai e um avox entra com o nosso jantar. Depois de horas e horas rindo com história antigas, Clove vai pro seu quarto e eu não demoro muito pra cair num sono. Sem pesadelos.


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Notas finais do capítulo

Como eu sou muito má eu vou fazer vocês esperarem para dizer o motivo da Clove ta olhando para o Peeta, uma dica: Tem haver com o que um dos personagens disse anteriormente. Aí tudo vai fazer sentido e vocês vão morrer com o motivo *w*
Quanto ao que Brutus disse, vocês só irão saber no finalzinho da fic e tem ligação direta com o que acontece em "em chamas" e "a esperança".
Gostaram? Não? Comentários, criticas ou sugestões??



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