Sophie’s POV

Depois de ficarmos conversando com o computador por um bom tempo, eu e papai finalmente voltamos para casa. Tinha que terminar de pintar meu desenho, que estava muito lindo por sinal. Quando estava quase terminando, o telefone do papai toca. Pela conversa dele acho que era a mamãe.

- Louis, fica com a Sophie? Vou sair...

- Vai demorar? – tio Louis perguntou pro papai.

- Não sei, acho que não.

- Então ta.

Papai deu um beijo no topo de minha cabeça, pegou as chaves do carro e saiu. Olhei para tio Louis com um olhar safado, como diz minha mãe.

- O que você ta pensando? – ele perguntou sentando ao meu lado.

- O papai foi encontrar a mamãe. – respondi toda feliz.

- Como você sabe? – ele perguntou rindo.

- Eu tenho ouvidos, né tio. – disse levando minhas mãos até minha cintura.

- Você é muito esperta, sabia?

- Sabia, minha mãe fala isso.

- E sabia que você é convencida igual seu pai? – tio falou rindo.

- Disso eu não sabia. – ri junto com ele. – Tio, to com saudade do tio Niall.

- Quer que eu ligue pra ele e peça pra ele vir aqui?

- Quero!

- Faz assim, você fala com ele. – tio Louis disse me entregando o celular.

- Fala Louis.

- Oi tio, é a Sophie.

- Oi princesinha, tudo bem?

- Não...

- O que aconteceu?

- To com saudade de você. Vem aqui ficar comigo?

- Com você pedindo desse jeito como eu posso não ir?

- Então vem logo, tio!

- Já to indo, princesinha.

Desliguei o celular e entreguei pro tio Louis. Ele me olhava de um jeito estranho.

- Que foi tio?

- Você é idêntica a sua mãe quando quer pedir alguma coisa.

- Como assim? – não entendi.

- Você convence a pessoa na hora do que quer. – ele falou rindo.

- Ah tio, não é bem assim. – disse fazendo bico – Eu não consegui convencer a mamãe falar quem era meu pai.

- Porque ela também é esperta.

- Acho isso uma injustiça. – disse cruzando os braços irritada.

Tio Louis só sabia rir, pelo amor de Deus. Tudo que eu falava ele ria. Mas ele é legal, gosto da risada dele. Me faz querer rir também. Depois de um tempinho o tio Niall chegou.

- TIOOOOOO – saí correndo na direção dele.

- Oi minha princesinha. – ele disse me pegando no colo e me dando um beijão na bochecha.

- Tava com tanta saudade, tio. – disse abraçando ele bem forte.

- Também tava com saudade.

- Então por que não veio me ver? Poxa. – disse fazendo bico.

- Eu fui visitar minha mãe e meu pai lá na Irlanda. Por isso não vim.

- Então ta explicado, tio.

- Vamos assistir um filme?

- VAMOS! – disse batendo palminhas.

Depois de muita briga dos tios Louis e Niall, peguei Irmã Urso, coloquei no DVD e sentei no sofá. Só quando o filme estava no começo eles foram perceber que eu já tinha colocado o filme.

- Quem deixou você colocar o filme? – tio Louis perguntou me olhando.

- Eu mesma, vocês dois não decidiriam nunca um filme, daí eu resolvi colocar esse. Sentem ai e assistam.

Eles ficaram quietinhos e sentaram. O filme era bem legal, mas quando estava acabando eu tava querendo chorar. Era muito triste o fim e eu sou muito sentimental pra essas coisas. Eu chorei assistindo Bambi e vou chorar todas as vezes que eu ver. Olhei pro meu lado direito e o tio Louis tava limpando uma lágrima. Olhei pro lado esquerdo e o tio Niall tava agarrado em uma almofada se matando de chorar. Ah, ta todo mundo chorando vou chorar também! Deixei as lágrimas caírem. Não deveria ter escolhido aquele filme, era muito triste.

- Cheguei! – papai disse abrindo a porta – Ei, por que ta todo mundo chorando?

- Tadinho dele! – tio Niall fazia o maior drama!

- Não deveria ter escolhido esse filme! – disse com a voz toda embargada.

- Não mesmo. – tio Louis falou com voz de choro também.

- Podem parar com essa choradeira, é só um filme! – papai falou.

- SEM CORAÇÃO! – tio Niall gritou me fazendo rir.

- Como a mamãe ta, papai? – perguntei sorrindo.

- Ta bem. – ele deu um sorriso sonhador. – EI! Como você sabe que eu fui ver ela?

Olhei pro tio Louis e começamos a dar risada. Papai nos olhava completamente perdido.

- Papai, eu sou criança, mas não sou burra, ok?!

- É verdade, se tem uma coisa que ela não é, é burra. – tio Louis falou rindo ainda.

- Claro, puxou pro paizão aqui, né?! – papai se achando, eu mereço!

- Com certeza não! – tio Niall falou tendo uma crise de risos.

- Dona Sophie, já viu as horas? – papai falou batendo no relógio em seu pulso.

- Não...

- Ta tarde, já pra cima pra tomar banho.

Zayn’s POV

Fala sério, como minha filha pode ser tão inteligente? E esse sou eu, babando na inteligência dela. Pai babão. Sophie subiu as escadas correndo comigo atrás correndo junto. Ela foi direto pro banheiro enquanto eu fui separar um pijama pra ela. Quando entrei no banheiro ela já estava dentro da banheira quentinha. Devia estar uma delícia.

- Papai, como foi sua conversa com a mamãe? – ela perguntou sorrindo. Se não fosse uma criança eu diria que aquilo era um sorriso malicioso.

- Foi boa. Ela te mandou um beijão.

- Huuum, então quer dizer que ela me mandou um beijão? – eu assenti – E pra você? Ela te mandou ou te deu um beijão? – eu a encarei perplexo.

- SOPHIE! – ela se matava de rir enquanto eu estava em estado de choque quase.

- É verdade, ela te deu um beijão.

- Isso é coisa que se fale, mocinha? – eu me controlava pra não rir.

- O que? Não posso falar mais a verdade agora? – ela continuava rindo.

- Você sempre tem que falar a verdade, princesa. Mas como você descobriu que eu e sua mãe nos beijamos?

- Sua cara de bobo apaixonado não me engana, papai. – ela disse cruzando os braços.

- Bobo apaixonado? – me permiti rir.

- É, essa carinha de sonhador, olhar distante, sorriso besta... – ela falou me imitando.

- Você não existe, Sophie. – falei a pegando da banheira e a secando.

- Existo sim, ó. – ela falou se beliscando.

Eu dei risada. Sophie me conquistava a cada dia. Era incrível como ela era muito parecida comigo mas ao mesmo tempo a cara de Mia.

- Sabia que daqui a 2 dias a mamãe vai voltar pra casa? – falei sorrindo.

- Sério? Que notícia maravilhosa papai! – ela falou me abraçando.

- Vamos dormir? Já está bem tarde e amanhã você ainda tem que ir na escola.

- AAAAAAAAAAAH! – ela reclamou – Então canta pra mim, papai.

- Canto, amorzinho. – ajeitei a caminha dela e a coloquei debaixo do cobertor fofinho – O que você quer que eu cante?

- Uma música que te faça lembrar a mamãe.

Ri pelo nariz e pensei um pouquinho. Deitei ao lado de Sophie e comecei a cantar Moments bem baixinho.