Born To Die - Fatal Love escrita por The Hunger Potter


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Fiquei triste em escrevê-la. Espero que se sintam da mesma forma ao lê-la.



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“Cato!” os gritos aumentavam, pareciam mais desesperados, e a floresta parecia cada vez maior. Eu corria como nunca havia corrido em toda minha vida. Os galhos de algumas árvores arranhavam meu rosto, mas eu não podia me dar o luxo de parar. Os gritos pararam e eu me desesperei. Tentei aumentar minha velocidade, mas alguma coisa dentro de mim dizia que era tarde demais.

Entrei na campina e me deparei com Clove no chão, caída de costas. Me ajoelhei ao lado dela e virei seu corpo, obrigando-o a olhar para mim. Ela ainda estava viva, mas não havia jeito de salvá-la da morte que se aproximava rapidamente. Seu rosto estava deformado e saia muito sangue do nariz e da boca.

Senti as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Eu havia me esforçado o tempo todo para não chorar, mas agora era impossivél resistir. Minha melhor amiga, minha princesa, estava ali, a ponto de morrer na minha frente. Eu devia saber que isso aconteceria, mas eu era muito fraco para suportar a dor de perdê-la.

Ela ficou me olhando por uns segundos, tentando encontrar o ar. Seus cabelos estavam bagunçados e cheios de seu próprio sangue, assim como sua roupa. Sua faca estava caída à alguns metros, suja de sangue. Num impulso, enconstei delicadamente meus lábios nos dela. Tentei fazer com que ela respirasse, mas era em vão. Me afastei de seu corpo quase sem vida e ela me fitou, triste.

— Me beije — ela ordenou, com o resto de energia que lhe restava. Fiquei olhando-a sem saber o que fazer. Eu também queria beijá-la. Era, provavelmente, seu último desejo. Fechei meus olhos, respirei fundo e o consedi. Beijei-a delicademente.

Não era exatamente um beijo, mas me fez completamente feliz.

— Me perdoe — pedi. Senti as lágrimas mais uma vez. Ela também chorava, encostei meu rosto no dela e senti o gosto salgado de suas lágrimas.

— Eu... te amo — ela sussurrou. Então, acabou. O resto de vida que havia ali foi embora. Fiquei parado, chorando. Eu não podia acreditar que aquela menina forte e poderosa que eu conhecia à vários anos havia morrido.

Flashback

O salão de treino tinha alvos em forma de humanos, com três pontos marcados: o coração, o estôgamo e o cérebro. A linda menina à minha frente tinha um cinto com umas vinte facas de lançamento, e as arremesava com facilidade, sempre acertando um dos três pontos. Ela era genial.

— Meu nome é Clove — Clove parou de atirar suas facas por uns instantes para me encarar. Ela não era nenhuma menininha frágil, e sim uma menina maldosa e poderosa.

— Eu sou Cato — eu estava, de fato, impressionado com a habilidade da menina. Fiquei olhando-a, perplexo, enquanto ela elogiava meu nome. Eu não parava de observar sua beleza. Ela ficou irritada com meu silêncio diante do elogio e lançou uma faca acima de minha cabeça, fazendo-me sair do meu transe.

— Você podia ter me matado! — gritei. Ela deu um sorriso irônico e disse:

— É educado retribuir um elogio, ou pelo menos dizer Obrigado, sabia?

Desde então viramos melhores amigos. E uma parte de mim sabia desde daquele momento que eu estava apaixonado por Clove.

A realidade me atingiu em cheio: Clove estava morta. Eu sabia que nós haviamos nascidos para morrer, como todo os outros daquele jogo. Eu sabia que aquele seria um amor fatal, mas eu insistia nele. Logo a tristeza foi substítuida por outro sentimento: a raiva.

Eu iria me vingar. Iria matar quem havia matado minha pequena flor, mesmo que fosse a última coisa que eu fizesse na minha vida.

Clove era o motivo deu estar no jogo, o motivo deu continuar forte. Eu a amava, e alguém havia a tirado de mim. Isso não acabaria assim.

Fim


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Notas finais do capítulo

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