Jogos Vorazes escrita por Lívia Andrade


Capítulo 1
Capítulo 1




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Desde pequeno eu sempre fui um garoto muito diferente...

Após o fim da América do Norte, uma nova nação chamada Panem surge. Formada por treze distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital. Uma das formas com que demonstram seu poder sobre o resto do carente país é com Jogos Vorazes, uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de doze a dezoito anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte em uma arena criada por eles.

Meu nome é Cato, nasci no distrito 2 , o queridinho da capital, aqui trabalhamos com serviço militar e a alvenaria. Eu sempre fui de família rica, alias todos do meu distrito são ricos, assim como os do 1 e 4.Não sei o que é passar fome, ao contrario das pessoas dos outros distritos. Quando eu fiz sete anos meu pai percebeu o meu jeito agressivo, sempre arrumava brigas na escola e os garotos que ousavam me enfrentar sempre saiam muito machucados então ele resolveu me colocar no treinamento para os jogos vorazes. Os tributos do nosso distrito são chamados de carreiristas, nós nascemos para ganhar os jogos. E esse é o meu ano, o ano em que eu vou me voluntariar e sair de lá como um vencedor.

Fiz muitos amigos no centro de treinamento do distrito 2, passei a maior parte da minha vida lá, treinar virou um hobby. Não tenho um instrumento preferido, treino com tudo, faca, espadas, lanças, mas o que eu mais gosto são os golpes, luta corpo a corpo, esse realmente é o meu forte.

E esse sou eu indo para mais um dia de treinamento, o dia da colheita se aproxima, e eu tenho que treinar mais do que nunca. Era 4 da manhã, a hora que eu geralmente treino. Há essa hora não tem ninguém no centro de treinamento. Melhor assim, eu treino mais e vou ser melhor que eles como de costume. Mas para minha surpresa tem alguém treinando, uma pequena menina lançando facas, e ela é muito boa nisso.

– O que você está fazendo aqui há essa hora? – murmurei irritado

– O que se faz no centro de treinamento? – Disse a garota

– Treina

– Exatamente – Disse ela dando um sorriso irônico – Só você que pode treinar a essa hora?

Não respondi, o jeito dela me deixava com raiva. Ela era alto-confiante demais, exatamente igual a mim. E esse é o problema.

– Então, vai ficar ai parado ou vai treinar? – Disse a garota fazendo com que eu saia do transe de pensamentos.

– Isso não te interessa garota!

Ela abriu um enorme sorriso, o que eu achei estranho, e se levantou.

– Prazer, meu nome é Clove – disse ela esticando o braço.

– Cato o futuro vencedor do septuagésimo quarto jogos vorazes.

– Nada modesto você.

– Ser modesto é para os fracos.

E com isso saio á procura de uma espada para o treinamento. Mesmo vindo aqui há anos nunca reparei em Clove, apesar de sua aparência me parecer familiar, mas eu tenho que tirar isso da minha mente, no momento eu tenho que treinar.

Peguei a espada que estava perto de um boneco, parecia que eu nasci para fazer aquilo, eu não sentia o peso da espada e decapitar os bonecos era muito divertido, pena que não eram pessoas.

Aos poucos começavam a chegar mais gente, cada um escolhendo uma arma para começar seu treinamento, eu nem notava a presença deles, não eram importantes para mim, e se eles fossem para os jogos junto comigo eu teria que matá-los de qualquer jeito.

Nem percebi o tempo passar, quando me dei conta só tinha poucas pessoas treinando. E lá continuava ela, arremessando facas, uma delas foi direto à cabeça do boneco. Aplaudi. O talento dela era realmente muito bom, ela se daria bem dentro dos jogos, não se eu estivesse lá é claro.

– Então, você só sabe arremessar facas?

– Não, eu posso quebrar seu braço se quiser.

– Tenta a sorte

E ela veio em minha direção, as poucas pessoas que estavam no local olharam, desviei do primeiro ataque dela e investi com a minha espada. Como ela era pequena se esquivava muito fácil e suas mãos eram ligeiras. Segurei a garota pelo braço e a levantei, ela continuava se debatendo e arremessou sua faca em meu braço, desviei, mas a faca passou de raspão deixando o corte em meu braço. O corte ardia, mas não podia demonstrar. Então soltei a menina que ainda se debatia, não podia fazer nada com ela, era tão pequena.

– Sorte sua não estarmos nos jogos – Murmurei com os dentes trincados

– Não ainda.

– O que? Você vai se voluntariar?

– Sim, eu já tenho 15 anos.

– Eu tenho 17. Treino há 10 anos.

– Treino há 10 anos também.

– Como eu nunca te vi aqui? - Perguntei

– É melhor você enfaixar esse braço – disse ela ignorando minha pergunta e dando outro sorriso irônico, o que em deixava muito irritado.

– Nem tinha percebido o corte – Menti

Então sai e fui para a enfermaria do centro de treinamento, as pessoas se machucavam lá o tempo todo. Geralmente elas se machucavam sem querer na hora de treinar ou eu as machucava por terem me provocado. Eu era muito conhecido por aqui, todos apostavam que eu venceria os próximos jogos.

– O que aconteceu vencedor? – Perguntou a enfermeira que sempre me chamava de vencedor, por isso que eu gostava dela.

– Um pequeno acidente, nada demais. – Disse lavando o machucado, depois peguei uma faixa e amarrei no local do ferimento.

– Animado para os jogos vorazes? – Perguntou a Enfermeira

As pessoas dos outros distritos estariam morrendo de medo nesse momento, mas aqui não.

– Sim – respondi confiante – Vou me voluntariar esse ano.

– Eu fiquei sabendo, boa sorte vencedor.

Pisquei para ela e sai da enfermaria, agora todos já tinham ido embora inclusive à pequena Clove e no lugar onde ela estava só se via um boneco com facas encravadas por todo o corpo e na testa do boneco tinha um papel com um nome escrito em letras grande bem Legíveis ‘’Cato’’.



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Notas finais do capítulo

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