Depois da briga que tive com ela, precisava me desculpar. Ela que provocou tudo, mas, eu vou pedir desculpas. Enfim. Decidi fazer uma surpresa á ela. No colégio, na frente de todos. Só pra ela se sentir especial.

Parti rumo ao colégio. Cheguei, estacionei o carro na frente do mesmo e saí. Quando cheguei na entrada do colégio, vi várias pessoas cochichando e olhando para duas pessoas do meio do pátio que se beijavam. Continuei caminhando, quando vi a cena mas desprezível da minha vida. Paralisei, logo sentindo lágrimas rolar pelo meu rosto. Como ela pode fazer isso comigo?

[...]

E lá estava ele. A poucos centímetros de mim, sorrindo. Podia sentir sua respiração em meu pescoço e seu hálito refrescante. Ele me puxou mais pra perto, e numa fração de segundos, selou nossos lábios. Não hesitei, e correspondi. Era um beijo quente, ao mesmo tempo calmo. Nossas línguas estavam em briga, entrelaçadas. Suas mãos exploravam as minhas costas devagar, num ato de carinho. Seu toque me deixava arrepiada, meu sangue quente, e parecia que tinha milhões de borboletas voando dentro do meu estômago.

Sentia olhares voltados a nós dois, mais não era de importância, estava tendo o meu momento. Sorri no meio do beijo.

– D-DE-DE-DE-DEMI? COMO VOCÊ P-PO-PODE? – escutei uma voz chorosa. A voz dele. Me separei rápido do ser a minha frente, e olhei em sua direção. Ele tinha um buquê de rosas brancas em sua mãos. Seus olhos estavam marejados e em poucos segundos vi lágrimas e mais lágrimas rolarem pela sua face. Senti uma lágrima solitária descer pelo meu rosto, a sequei rápido pra ninguém ver. Ele saiu correndo derrubando o buquê no chão. Não acredito que fiz isso. Eu o machuquei, o fiz chorar. Meu Deus, como pude ser tão ridícula?