O Coração de um Caçador escrita por Joanna


Capítulo 41
This is nightlock, Peeta.


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeey! Esse cap foi dedicado á Luan Leandro, que me proporcionou o 300° review da fic! Obrigado á todos aqueles que deixaranm uma opinião, um elogio ou crítica nessa fic. E essa fic só existe por e para vocês.



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A televisão desliga e me sinto aliviado. Katniss está acostumada a passar noites com fome, mas Peeta não. A paixão dos dois os trouxe comida, então nada disso foi em vão. Olho para os lados e me sinto um idiota. Eu fiquei de boca aberta, parado e refletindo sobre comida que todos foram embora e estou aqui em pé, sozinho, com o telão desligado e cara de bob. Arrumo a mochila nas costas e faço o que devo fazer.

Com os Jogos sendo exibidos ao vivo, fico ao lado da televisão sempre para caso o telão ligue eu assista no conforto da minha casa. Logo minha mãe sai do lado de fora da casa com as mãos vermelhas, meus irmãos estão entrando com minha mãe. Estou ansioso para que os Jogos terminem e Catnip volte para casa.

**

Mexo a cabeça de um lado para o outro, abro os olhos e vejo que estou no sofá e já é noite. Estou com as botas nos pés chias de lama e a casa está silenciosa. Não faço ideia de que horas são até olhar em um pequeno relógio na estante. Ainda é cedo demais para caçar e agora, com os Jogos sendo ao vivo, terei que ficar o mais perto possível da cerca para ouvir os gritos do distrito, ou o telão ligado e os sons dos Jogos.

Após algumas horas preparo tudo que vou precisar na caçada. Ao passar pela cerca perto da praça ando o máximo até que esteja longe o bastante para que não me vejam, mas que consiga ouvir tudo o que é dito. A madrugada está quente como nunca e o cheiro de floresta faz meu coração falhar algumas batidas.

Quando o Sol está alto, escuto gritos de aprovação de várias pessoas. Não hesito em deixar meu arco em um tronco oco e correr até lá. Discretamente passo por baixo da cerca sem nem mesmo conferir se a mesma está ligada.

O dia na arena está brilhante e parece tão quente quanto aqui. Katniss esfrega os olhos e observa Peeta sofregamente. Logo após sair do estado de torpor, os dois começam a conversar e ele a beija.

- Estamos perdendo tempo de caça – diz ela quando finalmente rompe o beijo.

- Eu não chamaria isso de desperdício – Rebate Peeta enquanto se espreguiça e levanta. - Então caçamos de estômago vazio para nos dar uma vantagem?

- Nós não -  diz Catnip. - Nós nos entupimos para nos dar poder de resistência.

- Conte comigo - diz Peeta. Katniss pega bastante comida e a divide entre os dois, deixando pouco da dádiva de Haymitch para manterem-se. Peeta deixa transparecer sua dúvida pouco antes de questionar. - Tudo isso?

- Nós ganharemos isso de volta hoje. - Katniss puxa o prato para mais perto de si e come com as mãos, depois de um pequeno período de tempo (ela gostava daquele cozido mesmo) ela passa a passar os dedos do resto do molho no prato e saboreia. - Eu posso sentir Effie Trinket estremecendo com a minha educação. – Diz ela, ainda com os dedos na boca.

- Ei, Effie, veja isso! - diz Peeta. Ele joga seu garfo por cima do ombro e literalmente lambe o prato até ficar limpo com a língua, fazendo sons altos de satisfação. Então ele sopra um beijo pra ela e grita:

 - Nós sentimos sua falta, Effie!

Katniss ri tão alto que sua risada ecoa na caverna, e ela abafa seu próprio riso. - Pare! Cato pode estar logo do lado de fora de nossa caverna.

Ele pega a sua mão.

- O que me importa? Eu tenho você para me proteger agora - diz Peeta, puxando-a para ele.

- Vamos, - ela encerra o assunto. Depois de um tempo os dois levantam e preparam tudo para a caçada. O Sol está alto e todos os animais devem aproveitar para sair de seus abrigos, bem como os tributos.

Foxface abre a cabana e sacode a água armazena em cima da mesma. A chuva parou e seus suprimentos acabaram com o temporal, sem a chance de repor com a velocidade necessária e seu estômago ronca. Assim como todos na arena, Fox está com o rosto murcho e pálido, com as maçãs do rosto opacas.

Cato está na Cornucópia e recebera umas barrinhas do seu mentor. Não é uma refeição digna de um carreirista, mas é o bastante para que ele se mantenha. Cato está com uma malha por baixo das roupas de tributo, além de manter a segunda malha junto a si, com o casaco.

- Ele estará nos caçando agora. Cato não é um de esperar sua presa passar por perto.

- Se ele estiver ferido... - começa Katniss.

- Não importará. - Peeta interrompe. - Se ele puder se mover, ele está vindo.

Com toda a chuva, o córrego invadiu suas margens em vários metros de cada lado. Eles param lá para repor a água. Ela verifica as armadilhas que montou dias atrás e fica sem nada. Não é de se estranhar com esse tempo. Além do mais, não há muitos sinais de animais por ali.

- Se queremos comida, é melhor voltarmos ao meu antigo território de caça.

- Você que manda. Apenas me diga o que você precisa que eu faça.

- Fique de olho, fica nas pedras o tanto quanto possível, não há sentido em deixar-lhe pistas para seguir. E ouça por nós dois.

Eu andaria na água para cobrir as nossas pistas completamente.

Os pedregulhos diminuem para rochas que eventualmente viram pedrinhas, e então, a paisagem volta a ser folhas de pinheiro e a inclinação gentil do chão da floresta. Mesmo assim, Peeta pisa pesadamente como se tentasse partir o chão. Nenhum animal, por mais surdo/estúpido/sem senso de sobrevivência chegaria perto de Peeta naquela arena.

- O quê? - ele pergunta.

- Você tem que mover-se mais silenciosamente. Esqueça o Cato, você está espantando cada coelho em um raio de dezesseis quilômetros.

- Sério? Desculpe, eu não sabia. - Então, começam a andar de novo e mesmo Katniss, com a audição deficiente, pula a cada passo de Peeta.

- Você pode tirar as suas botas?

- Aqui?

- Sim, eu também tirarei. Dessa forma, nós dois vamos ficar mais silenciosos. - Como se Katniss estivesse fazendo barulho.

Não é preciso dizer que, embora tenham se passado várias horas para chegar ao seu antigo acampamento com a Rue, ela não atirou em nada. Se a corrente se acalmasse, peixes poderiam ser uma opção, mas a correnteza ainda é muito forte. Enquanto param para descansar e beber água, Katniss ficava parada e com olhar vago.

- Katniss, - diz ele. - Nós precisamos nos dividir. Eu sei que estou espantando a caça.

- Só porque sua perna está machucada, - diz generosa.

- Eu sei, então, por que você não segue em frente? Mostre-me algumas plantas para coletar e dessa maneira ambos seremos úteis.

- Não se o Cato vier e te matar. – Katniss disse com pena, mas com dureza na voz. Como se fosse possível unir esses dois sentimentos.

Surpreendentemente, ele apenas ri.

- Olha, eu posso lidar com o Cato. Lutei com ele antes, não lutei?

- E se você subir em uma árvore e agisse como vigia enquanto eu caço?

- E se você me mostrar o que é comestível por aqui e ir nos buscar um pouco de carne? - diz ele, imitando sua ironia.  - Só não vá longe, no caso de precisar de ajuda.

Tranquilizada por seus assobios periódicos, deriva-se para mais longe, e logo Katniss mostra dois coelhos e um esquilo gordo. Enquanto ela volta a curta distância, ela corre. Rapidamente, Katniss se depara encontrando a mochila, um arrumado monte de raízes ao lado. A folha de plástico foi colocada no terreno onde o sol pode atingir a única camada de amoras que ela cobre. Mas onde está Peeta?

Finch estava seguindo-o por todo o tempo. Ela não está armada decentemente e está faminta, e a pilha de comida nas mochilas parece convidativa. Com cuidado, ela toma algumas amoras em mãos – O bastante para comer, e pouco para não ser descoberta – e observa com intriga. Depois ela dá de ombros de coloca as frutas na boca.

- Peeta! Peeta! - Katniss vira para o farfalhar de folhas e quase manda uma flecha por ele. Felizmente, ela puxou o arco no último segundo e a flecha fica presa em um tronco de carvalho a sua esquerda. Ele salta para trás, atirando um punhado de amoras na folhagem.

- O que você está fazendo? Você deveria estar aqui, não correndo pela floresta!

- Eu encontrei algumas amoras correnteza abaixo.

- Eu assobiei. Por que você não assobiou de volta? eu repreendo-o.

- Eu não ouvi. A água está muito alta, acho. – Katniss treme compulsivamente e Peeta precisa segurá-la.

- Eu pensei que Cato tinha te matado!

- Não, eu estou bem. - Peeta envolve seus braços em volta dela. - Katniss?

Ela empurra-o, tentando entender seus sentimentos.

- Se duas pessoas concordam em um sinal, elas ficam por perto. Porque se um deles não responde, eles estão em apuros, está certo?

- Está certo! - ele diz.

- Está certo. Porque foi isso que aconteceu com a Rue, e eu assisti ela morrer! - E você comeu sem mim!  - Diz ela, quando percebe um pouco de comida a menos no monte.

- O quê? Não, eu não comi, - diz Peeta.

- Ah, e suponho que as maçãs comeram o queijo!

- Eu não sei o que comeu o queijo, mas não fui eu. - Peeta diz devagar e claramente, como se estivesse tentando não perder a paciência. - Eu estive correnteza abaixo coletando amoras. Você gostaria de algumas?

Katniss anda até elas e pega algumas. Ouço Caesar dizer sobre amoras venenosas e meu coração para. Só por um instante, penso que Katniss irá coloca-las na boca sem avaliar, em desespero, e ela traz a amora para mas perto de si. Sufoco um grito para a tela, tentando avisar sobre as amoras. Mas ela não aproximou-se para engoli-las. Foi para observa-las mais de perto.

- Elas são amoras cadeado. Você estará morto antes que atinjam o seu estômago.

E o som do canhão ribomba na arena.


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