Hate To Love escrita por Yukime


Capítulo 19
Boas e más notícias


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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19º Capítulo – Boas e más notícias

Carter Narrando

Estava péssima. Minha mãe estava em coma e meu pai estava prestes a fazer uma cirurgia nas costelas. Uma costela estava quebrada e ameaçando fraturar seu pulmão. E eu não suportaria perder nenhum deles.

Kevin estava comigo no hospital.

- Vai dar tudo certo, não chore – disse Kevin me apoiando em seu ombro.

- Não tenho como saber, Kevin, não temos dinheiro para pagar todas as despesas e... Eu estou desesperada! – disse secando as lágrimas.

- Dinheiro não é problema – ouvi uma voz.

- George? – disse surpresa – O que faz aqui?

- Vim te ajudar, moralmente e economicamente – ele deu um sorriso fraco.

Mordi os lábios.

- Eu sou seu pai, lembra? Tenho que te ajudar – ele disse.

Não queria aceitar, mas pensei nos meus pais. Sem a ajuda de George não seria viável uma futura melhora no quadro deles.

- Tudo bem, obrigada – disse me levantando e hesitando um pouco antes de abraçá-lo.

Ele me abraçou forte, como se fosse a última coisa que faria na vida.

- Você não sabe o quanto eu esperei por esse abraço – ele sussurrou no meu ouvido.

Nos separamos e voltei a me sentar ao lado de Kevin.

- Vou conversar com o meu pai antes da cirurgia dele – avisei me levantando e indo até o quarto que ele estava.

Bati na porta antes de entrar.

- Oi, pai – disse.

- Oi, filha – ele deu um sorriso bem fraco.

- Você vai melhorar, ok? – disse me aproximando dele e segurando sua mão – George está nos ajudando, ele é bom, não o julgue.

Meu pai olhou distante.

- Me conta como foi o acidente? – perguntei.

- Eu estava com sua mãe, no carro. Estávamos a 90km por hora, era uma avenida expressa. Da rua ao lado, que era em outro sentido, vinha um caminhão, parecia estar com mais de 100km por hora. Ele perdeu o controle, subiu o canteiro e bateu na frente do nosso carro – ele explicou dando algumas pausas para respirar, já que seu pulmão não estava muito bem – O motorista estava bêbado e morreu na hora.

Respirei fundo, digerindo todas as suas palavras.

- Será que a minha mãe vai acordar? – perguntei contendo as lágrimas. Só de pensar em perdê-la eu ficava triste.

- Ela está lutando, confie nela, espere o tempo que for preciso, mas nunca deixe que eles desliguem os equipamentos, você terá que ser forte se eu não sobreviver – ele disse.

- Pare de falar assim! – disse quase gritando – É egoísta da sua parte, sabia?

- Só estou prevenindo problemas – ele disse seguido de um suspiro.

- Srta. Stewart? – disse o médico entrando – Sinto muito, teremos que levá-lo para a sala de cirurgia agora.

Olhei para o meu pai e o abracei de leve, para não machucá-lo.

- Eu te amo – sussurrei.

- Eu te amo mais, não se esqueça – ele respondeu.

Me separei dele e os enfermeiros levaram sua cama.

Voltei para o lado de Kevin, sendo impossível conter as lágrimas. Me deitei em seu colo e ele acariciava meus cabelos, dizendo palavras reconfortantes. Me sentia um bebê, mas ao mesmo tempo me sentia segura. Kevin era a única pessoa que me fazia sentir desse jeito. Depois de um tempo chorando, dormi.

Kevin Narrando

Evitava me mexer ao máximo para não acordar Carter em meu colo. Ela dormia, mas sua expressão era de preocupação e sua testa estava franzida. Haviam passado cinco horas e nada de Ryan, nem uma notícia sequer. Não queria que Carter acordasse, pois ela se preocuparia mais ainda e ela estava realmente cansada. Louise chegou e lhe contei tudo o que estava acontecendo.

- É melhor mesmo deixá-la dormir – disse Louise a observando.

- O que você acha que vai acontecer com Sally e Ryan? – perguntei.

- Acho que os dois são fortes e que se estão lutando, estão lutando por Carter – ela respondeu – Eles nunca a deixariam.

Pensei nas palavras de Louise. Talvez fosse verdade. Mas estava preocupado, pensando no que aconteceria com Carter se os dois não superassem. Ela só não iria para um orfanato, pois tem George, e é nesses momentos que agradeço a existência dele. Por mais que aquela postura e aquele rosto severo de George não demonstrassem, ele era um homem bom e sensível, que só quer ajudar as pessoas. E até hoje, mesmo que sejam poucos os que sabem, ele ainda ama Sally. Se sente culpado até hoje por ser um homem tão ocupado e a mãe de sua filha ter se afastado por isso. Rosie, sua mulher, casou-se por interesse, mas se apaixonou por ele, e ele tem pena de largá-la, pois não quer fazer o mesmo com Megan. É revelador, mas é a verdade. E é por isso que Megan sempre odiou Carter.

Depois de mais uma hora, Louise estava quase dormindo e Carter acordou, abraçando Louise na hora.

- Essa cirurgia não vai acabar nunca? – perguntou Carter preocupada.

- Srta. Stewart? – disse o médico aparecendo no corredor.

- Sim? – ela se levantou na hora.

- Seu pai está bem, está voltando para o seu quarto, mas está sedado, porém dormindo – ele avisou e Carter deu um sorriso emocionado.

- Eu sabia! – ela disse me abraçando.

- Eu te disse que ele ficaria bem – disse envolvendo sua cintura e lhe dando um beijo.

- Estou aqui – disse Louise rindo.

- Desculpa, Lou – disse Carter e lhe deu um abraço – Estou feliz com a notícia, mas ainda tem a minha mãe.

- Vai dar tudo certo, Carter, vai dar tudo certo – disse Louise.

Carter assentiu e resolvemos ir para casa e voltar do dia seguinte, estávamos todos cansados.

Deixei Carter em sua casa com Louise.

- Fica aqui comigo? – Carter me pediu – Por favor.

- Tudo bem – assenti.

Fomos todos para o seu quarto e Louise anunciou que iria para a casa de Tom e voltaria mais tarde.

Me deitei na cama de Carter com ela, que estava com a cabeça apoiada no meu peito.

- Lembra das nossas brigas? – disse ela apontando para a janela.

- É claro que lembro – sorri.

- Eu tinha mesmo raiva de você, por ser tão chato e lindo ao mesmo tempo – disse ela.

- Eu sou lindo, é? – disse.

- Demais – ela riu.

- Eu não teria tanta certeza disso, principalmente com você no mesmo cômodo – eu disse.

- Como assim? – ela perguntou.

- Você é muito mais linda – disse e ela me deu um beijo.

Não queria tocar no assunto de seus pais, principalmente agora que estávamos juntos e ela estava relativamente bem. Mas como nada é como desejamos, seu celular tocou e ela atendeu.

- Minha mãe piorou? – disse ela assustada ao telefone.


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Notas finais do capítulo

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