A Viagem Da Peregrina escrita por Kirios Alexias


Capítulo 2
Capítulo 2




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Capitulo Dois.

O Que Aconteceu?

Ao bater ás doze badaladas, bem na esquina da Rua Magnólia um estranho homem com a aparência já um pouco acabada surgiu da nevoa que cobria os jardins. Ninguém jamais vislumbrara nada parecido como este homem na Rua Bragança. O homem estava se aproximando um pouco rápido, para a sua idade. Ele usava uma lindíssima veste roxa e um estranhíssimo chapéu pontudo. A sua barba era um tanto prateada, mas o seu cabelo já muito grisalho revelava a sua verdadeira idade.

– Boa noite professor Apolo! – cumprimentou Sirius, acenando para o misterioso cachorro.

E virou-se para sorrir para o cachorro, mas este desaparecera. Ao invés dele, viu-se sorrindo para um homem de aspecto severo que usava óculos de lentes quadradas exatamente do formato das marcas que o cachorro tinha em volta dos olhos. Ele, também, usava uma capa esmeralda. Trazia os cabelos negros presos por um chapéu apertado. E parecia decididamente irritado.

– Eu já imaginava que você estaria aqui! – falou Sirius, levantando um frasco prateado e entregando na mão do misterioso homem com o olhar severo.

– Sirius você quer mesmo colocar está menina sobre os cuidados desses trevosos? – disse Apolo, encarando seriamente Sirius.

– Sim eu já decidi isso!

– E o boato é verdadeiro?

– Que os pais de Elena foram mortos? Sim!

–Meu Deus! – respondera Apolo, se chocando com aquelas terríveis palavras que havia saindo dos lábios de Sirius.

– Eu sei que este era o momento de se festejar em todos os mundos, mas eu receio que, acabo de estragar com a sua alegria – falou Sirius, limpando delicadamente as lentes de seu, óculos.

– Era de se espera que fossem um pouco mais cautelosos, mas não, até os trevosos notaram que alguma coisa estava acontecendo. Deu no telejornal – disse Apolo, indicando com a cabeça para a sala escura dos Barrettos. – Ora... Eles não são completamente idiotas. Aves perturbando a paz alheia, aposto que isso é coisa do Kent Diggle. Ele nunca teve juízo.

– Você não pode culpá-los – ponderou Sirius educadamente. – temos tido muito pouco o que comemorar nos últimos vinte anos.

– Eu sei disso – retrucou o professor mal-humorado. – mas não é razão para perdemos a cabeça. As pessoas estão sendo completamente descuidadas, saem às ruas em plena luz do dia, sem nem ao menos vestir roupas dos trevosos, e espalham boatos.

De esguelha lançou um olhar muito frio a Sirius, como se esperasse que ele dissesse alguma coisa, mas ele continuou calado, por isso ele recomeçou.

– Ia ser uma graça se, o próprio dia em que Synistro parece ter finalmente ido embora, os trevosos descobrissem a nossa existência. Suponho que ele realmente tenha ido embora, não é Sirius?

– Parece que não há dúvida. Temos muito a agradecer aos anciões. Você aceita um chocolate?

– Um o que?

– Um chocolate. É uma espécie de doce dos trevosos de que sempre gostei.

– Não, muito obrigado – disse Apolo, com frieza, como não achasse que o momento pedia chocolates. – mesmo que Synistro tenha ido embora...

– Caro professor, com certeza uma pessoa sensata como o senhor pode chamá-lo pelo nome. Toda essa bobagem de não falar o seu nome, há vinte anos venho tentando convencer as pessoas a chamá-lo pelo nome que recebeu: Apocalipse. – o professor franziu a cara, mas Sirius, que estava separando mais dois chocolates, pareceu não reparar. – tudo fica tão confuso quando as pessoas ficam falando em Synistro. Nunca vi nenhuma razão para ter medo de dizer seu nome que foi dado Apocalipse.

– Sei que você nunca viu – falou o professor, meio exasperado, meio admirado. – mas você é diferente. Todo o mundo sabe que é o único que Synistro... Ah, esta bem, de que Apocalipse tem medo.

– Isso é um ótimo elogio – disse Sirius, calmamente. – Apocalipse tinha poderes que eu nunca tive.

– Só por que você é muito nobre de usá-lo.

Sirius ponderou por alguns minutos e depois de se escorar em uma pequena cerca, resolveu se aproximar da casa dos Barrettos.

– Eu soube que Apocalipse tentou matar a filha dos Martins, Elena. Mas... Não conseguiu. Não conseguiu matar uma garotinha. Ninguém sabe explicar o porquê nem como, mas estão dizendo que na hora que não pode matar Elena Martins, por alguma razão, o poder de Apocalipse desapareceu, e é por isso que ele foi embora.

Sirius pensou novamente e depois de alguns segundo concordou com a cabeça.

– Só podemos imaginar o que realmente aconteceu naquela casa, em minha opinião nunca saberemos o que realmente aconteceu lá.

– Mas o que o senhor está esperando? – perguntou o professor, encarando novamente Sirius, que por sinal conseguiu notar.

– Estou esperando...

– Quem? – disse Apolo, impaciente.

– Gebbon, ela vai me trazer o bebê.

– Quem Maria Gebbon? – gritou o professor, fazendo sinal de desaprovação com a cabeça. – Já não é maldade deixá-la aqui com esses trevosos, agora ter que agüentar Maria.

– É o melhor lugar para ela – disse Sirius, com firmeza. – os tios poderão lhe explicar tudo quando ela for mais velha, escrevi-lhes uma carta.

– Uma carta? – perguntou o professor, assustado. – francamente, Sirius, você acha que pode explicar tudo isso em uma carta? Esses trevosos já mais vão aceita-la! Ela vai ser famosa, uma lenda em todos os mundos. Eu não me surpreenderia se hoje fosse o dia de Elena Martins. Vão escrever livros sobre ela, todas as crianças vão quer conhecê-la.

– E por esses motivos que eu acho melhor ela ficar aqui no mundo mortal.

– Mas você acha sensato confiar a Maria uma tarefa importante como essa?

– Eu confiaria a minha vida a Maria – respondeu Sirius, limpando novamente as lentes de seu, óculos.

Um ronco discreto quebrara o silencio da rua. Foi aumentando cada vez mais enquanto eles olhavam para cima e para baixo da rua á procura de um sinal de algum farol de carro; o ronco se transformou em um grande trovão quando os dois olharam para o céu – e um enorme carro caiu do ar e parou diante deles.

Se o carro era grande isso era uma grande surpresa, pois não era nada comparada a mulher que o dirigia. Ela era duas vezes mais baixa do que uma mulher normal. Com seus cabelos negros e seu olhar penetrante ela conseguia seduzir qualquer homem.

– Maria – exclamou Sirius, parecendo aliviado. – finalmente. E aonde foi que arranjou o carro?

– Pedi emprestada a Alice, prof. Sirius – respondeu a mulher, saindo cuidadosamente do carro ao falar. – eu a trouxe professor.

– Não teve nenhum problema?

– Não, senhor. A casa ficou totalmente destruída, mas consegui tira-la antes que os trevosos invadissem o lugar. Ela dormiu enquanto estávamos sobrevoando botafogo.

Sirius e Apolo curvaram-se para o embrulho de cobertores. Dentro, apenas visível, havia uma menina que dormia no sono alto. Sob uma mecha de cabelo muito claro, um loiro acaju caído sobre sua bochecha, eles viram um corte curioso, em forma de meia lua.

– Foi ai que... – sussurrou a professora.

– Foi – confirmou Sirius. – ficará com a cicatriz para sempre.

– Será que você não poderia dar um jeito, Sirius?

– Mesmo que pudesse, eu não faria. As cicatrizes podem vir a ser úteis. Bem, me dê ela aqui Maria, é melhor acabarmos logo com isso.

Sirius recebeu Elena nos braços e virou-se para a casa dos Barrettos.

– Será que eu podia... Sabe me despedir dela, professor? – perguntou Maria, se aproximando do pequeno embrulho.

– Mas é claro Maria...

E com um delicioso beijo na testa daquela pequena criança, Maria se despediu como faziam os trevosos.

– Vamos embora, a comemoração deve está delirante em Eternia – falou Sirius, fazendo um pequeno sinal com a sua varinha.

– Mas quando Elena voltará para a escola de aprendizes?

– Só o tempo dirá Professora Gebbon... Só o tempo dirá...


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