A Viagem Da Peregrina escrita por Kirios Alexias


Capítulo 10
Capítulo 10




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Capitulo Dois.

O Que Aconteceu?

Ao bater ás doze badaladas, bem na esquina da Rua Magnólia um estranho homem com a aparência já um pouco acabada surgiu da nevoa que cobria os jardins. Ninguém jamais vislumbrara nada parecido como este homem na Rua Bragança. O homem estava se aproximando um pouco rápido, para a sua idade. Ele usava uma lindíssima veste roxa e um estranhíssimo chapéu pontudo. A sua barba era um tanto prateada, mas o seu cabelo já muito grisalho revelava a sua verdadeira idade.

– Boa noite professor Apolo! – cumprimentou Sirius, acenando para o misterioso cachorro.

E virou-se para sorrir para o cachorro, mas este desaparecera. Ao invés dele, viu-se sorrindo para um homem de aspecto severo que usava óculos de lentes quadradas exatamente do formato das marcas que o cachorro tinha em volta dos olhos. Ele, também, usava uma capa esmeralda. Trazia os cabelos negros presos por um chapéu apertado. E parecia decididamente irritado.

– Eu já imaginava que você estaria aqui! – falou Sirius, levantando um frasco prateado e entregando na mão do misterioso homem com o olhar severo.

– Sirius você quer mesmo colocar está menina sobre os cuidados desses trevosos? – disse Apolo, encarando seriamente Sirius.

– Sim eu já decidi isso!

– E o boato é verdadeiro?

– Que os pais de Elena foram mortos? Sim!

–Meu Deus! – respondera Apolo, se chocando com aquelas terríveis palavras que havia saindo dos lábios de Sirius.

– Eu sei que este era o momento de se festejar em todos os mundos, mas eu receio que, acabo de estragar com a sua alegria – falou Sirius, limpando delicadamente as lentes de seu, óculos.

– Era de se espera que fossem um pouco mais cautelosos, mas não, até os trevosos notaram que alguma coisa estava acontecendo. Deu no telejornal – disse Apolo, indicando com a cabeça para a sala escura dos Barrettos. – Ora... Eles não são completamente idiotas. Aves perturbando a paz alheia, aposto que isso é coisa do Kent Diggle. Ele nunca teve juízo.

– Você não pode culpá-los – ponderou Sirius educadamente. – temos tido muito pouco o que comemorar nos últimos vinte anos.

– Eu sei disso – retrucou o professor mal-humorado. – mas não é razão para perdemos a cabeça. As pessoas estão sendo completamente descuidadas, saem às ruas em plena luz do dia, sem nem ao menos vestir roupas dos trevosos, e espalham boatos.

De esguelha lançou um olhar muito frio a Sirius, como se esperasse que ele dissesse alguma coisa, mas ele continuou calado, por isso ele recomeçou.

– Ia ser uma graça se, o próprio dia em que Synistro parece ter finalmente ido embora, os trevosos descobrissem a nossa existência. Suponho que ele realmente tenha ido embora, não é Sirius?

– Parece que não há dúvida. Temos muito a agradecer aos anciões. Você aceita um chocolate?

– Um o que?

– Um chocolate. É uma espécie de doce dos trevosos de que sempre gostei.

– Não, muito obrigado – disse Apolo, com frieza, como não achasse que o momento pedia chocolates. – mesmo que Synistro tenha ido embora...

– Caro professor, com certeza uma pessoa sensata como o senhor pode chamá-lo pelo nome. Toda essa bobagem de não falar o seu nome, há vinte anos venho tentando convencer as pessoas a chamá-lo pelo nome que recebeu: Apocalipse. – o professor franziu a cara, mas Sirius, que estava separando mais dois chocolates, pareceu não reparar. – tudo fica tão confuso quando as pessoas ficam falando em Synistro. Nunca vi nenhuma razão para ter medo de dizer seu nome que foi dado Apocalipse.

– Sei que você nunca viu – falou o professor, meio exasperado, meio admirado. – mas você é diferente. Todo o mundo sabe que é o único que Synistro... Ah, esta bem, de que Apocalipse tem medo.

– Isso é um ótimo elogio – disse Sirius, calmamente. – Apocalipse tinha poderes que eu nunca tive.

– Só por que você é muito nobre de usá-lo.

Sirius ponderou por alguns minutos e depois de se escorar em uma pequena cerca, resolveu se aproximar da casa dos Barrettos.

– Eu soube que Apocalipse tentou matar a filha dos Martins, Elena. Mas... Não conseguiu. Não conseguiu matar uma garotinha. Ninguém sabe explicar o porquê nem como, mas estão dizendo que na hora que não pode matar Elena Martins, por alguma razão, o poder de Apocalipse desapareceu, e é por isso que ele foi embora.

Sirius pensou novamente e depois de alguns segundo concordou com a cabeça.

– Só podemos imaginar o que realmente aconteceu naquela casa, em minha opinião nunca saberemos o que realmente aconteceu lá.

– Mas o que o senhor está esperando? – perguntou o professor, encarando novamente Sirius, que por sinal conseguiu notar.

– Estou esperando...

– Quem? – disse Apolo, impaciente.

– Gebbon, ela vai me trazer o bebê.

– Quem Maria Gebbon? – gritou o professor, fazendo sinal de desaprovação com a cabeça. – Já não é maldade deixá-la aqui com esses trevosos, agora ter que agüentar Maria.

– É o melhor lugar para ela – disse Sirius, com firmeza. – os tios poderão lhe explicar tudo quando ela for mais velha, escrevi-lhes uma carta.

– Uma carta? – perguntou o professor, assustado. – francamente, Sirius, você acha que pode explicar tudo isso em uma carta? Esses trevosos já mais vão aceita-la! Ela vai ser famosa, uma lenda em todos os mundos. Eu não me surpreenderia se hoje fosse o dia de Elena Martins. Vão escrever livros sobre ela, todas as crianças vão quer conhecê-la.

– E por esses motivos que eu acho melhor ela ficar aqui no mundo mortal.

– Mas você acha sensato confiar a Maria uma tarefa importante como essa?

– Eu confiaria a minha vida a Maria – respondeu Sirius, limpando novamente as lentes de seu, óculos.

Um ronco discreto quebrara o silencio da rua. Foi aumentando cada vez mais enquanto eles olhavam para cima e para baixo da rua á procura de um sinal de algum farol de carro; o ronco se transformou em um grande trovão quando os dois olharam para o céu – e um enorme carro caiu do ar e parou diante deles.

Se o carro era grande isso era uma grande surpresa, pois não era nada comparada a mulher que o dirigia. Ela era duas vezes mais baixa do que uma mulher normal. Com seus cabelos negros e seu olhar penetrante ela conseguia seduzir qualquer homem.

– Maria – exclamou Sirius, parecendo aliviado. – finalmente. E aonde foi que arranjou o carro?

– Pedi emprestada a Alice, prof. Sirius – respondeu a mulher, saindo cuidadosamente do carro ao falar. – eu a trouxe professor.

– Não teve nenhum problema?

– Não, senhor. A casa ficou totalmente destruída, mas consegui tira-la antes que os trevosos invadissem o lugar. Ela dormiu enquanto estávamos sobrevoando botafogo.

Sirius e Apolo curvaram-se para o embrulho de cobertores. Dentro, apenas visível, havia uma menina que dormia no sono alto. Sob uma mecha de cabelo muito claro, um loiro acaju caído sobre sua bochecha, eles viram um corte curioso, em forma de meia lua.

– Foi ai que... – sussurrou a professora.

– Foi – confirmou Sirius. – ficará com a cicatriz para sempre.

– Será que você não poderia dar um jeito, Sirius?

– Mesmo que pudesse, eu não faria. As cicatrizes podem vir a ser úteis. Bem, me dê ela aqui Maria, é melhor acabarmos logo com isso.

Sirius recebeu Elena nos braços e virou-se para a casa dos Barrettos.

– Será que eu podia... Sabe me despedir dela, professor? – perguntou Maria, se aproximando do pequeno embrulho.

– Mas é claro Maria...

E com um delicioso beijo na testa daquela pequena criança, Maria se despediu como faziam os trevosos.

– Vamos embora, a comemoração deve está delirante em Eternia – falou Sirius, fazendo um pequeno sinal com a sua varinha.

– Mas quando Elena voltará para a escola de aprendizes?

– Só o tempo dirá Professora Gebbon... Só o tempo dirá...

Capitulo Três.

Escola.

A Rua Bragança, não mudara nada durante todos esses quinze anos. Os Barrettos ainda não tinham realizado os seus sonhos de se mudarem para Copacabana. Tio Leonard andava pela casa resmungando como sempre fazia todas as segundas-feiras. Esse era o seu maravilhoso e adorado exercício fazer a vida de Elena um verdadeiro inferno.

– Onde está o meu sapato! – berrou tio Leonard, levantando de sua poltrona cor de carmim.

– eu não sei querido, pergunte a essa garota! – exclamou tia Regina, tacando um pano de prato bem sujo em cima de uma pequena menina com cabelos muito grande e com uma roupa muito rasgada, que estava agachada, perto da porta do banheiro.

– O que faz ai? – perguntou tio Leonard, emburrando a cara.

– Estou procurando o meu anel...

– Cala a boca! – interrompeu tio Leonard.

– Garota demoníaca, só a ranja confusão para as nossas vidas.

Como de costume Elena se levantou rapidamente e se dirigiu até a cozinha para tomar o seu café, antes de Ricky. A cozinha de tia Regina era bem grande, e justamente hoje estava muito pequena, com tantos presentes para Ricky que completa quinze anos.

– Tia onde vou colocar este livro sobre “Mágica fácil” que o Ricky ganhou de presente.

– Bem longe de seus dedos cheio de impurezas não quero que meu fofinho se contamine com os seus germes – disse tia Regina, arrancando o livro das mãos de Elena, que por sorte soltara antes de cair no chão.

– Cuidado Elena! – berrou Ricky, agarrando rapidamente Elena pelo braço.

– Não toque nela meu filho!

– Pare com isso mamãe, ela é a sua sobrinha quer a senhora queira ou não!

– Eu amaldiçoei o dia em que sua família morreu! – disse tia Regina, levantando as mãos para o céu. Normalmente Elena era proibida, de se aproxima de Ricky já que o fazia tremer de paixão. Durante todo o dia Elena era feita de escrava pela tia Regina que a mandava fazer as piores tarefas só para ver Elena chorar.

Mas na escola Estadual Roberto E. Lee. Elena tinha três melhores amigas, Meredith, Bonnyse e Peggy Bokulic. Meredith era uma menina bem bonita, seu cabelo era curto e batia em seu elegante ombro. Sua pele era macia e muito quente com o verdadeiro bronzeado carioca. Bonnyse era uma das, mas engraçadas do quarteto. Ela tinha um cabelo crespo e muito ruivo que mal chegava às orelhas, e por ser a mais baixa do grupo fazia varias caretas a cada piada que inventavam sobre as anãs. Já Peggy era a mais misteriosa e ao mesmo tempo sinistra do quarteto, não por ser gótica, mas por não dividir nada de suas fantásticas viagens para as sua colegas.

– Bonnyse o que você fez no cabelo? – perguntou Elena, estranhando aquele estranho penteado Afro.

– Você gostou? Eu acho que me deixa mais alta. – Bonnyse afofou os cabelos e sorriu os olhos castanhos cintilando de empolgação, a carinha de coração iluminada.

– Meredith? Você não mudou nada.

E abraçou a amiga, mas este abraço foi igualmente caloroso para ambas as partes. Ela sentiu falta de Meredith mais do que de qualquer outra pessoa, pensou Elena, olhando a menina alta.

– Bom, seu cabelo está dois tons mais claro! Por quê? – perguntou Meredith, passando a mão pelo cabelo de Elena.

– Foi a minha tia, ela me levou para Madame Sharlok.

– Aquela bruxa, seca! – debochou Peggy, fazendo uma engraçada careta.

– Com certeza! – brincou ela. – Ela tentou pintar o meu cabelo de preto azulado, mas algo deu errado e meu cabelo ficou um pouco mais claro.

– E o Ricky? – perguntou Meredith, encarando Elena profundamente.

– Vocês sabem que eu não gosto de falar dele!

– Mas ele te ama!

– Esquece isso e vamos para a aula de geografia! – optou Peggy, empurrando as três.

– Se aquele professor falar mais uma vez da vida dele, eu juro que me mato! – gritou Bonnyse, se virando para olhar Elena e Meredith nos olhos.

Elena fraquejou assim que viu a Sra. Clarke na sala.

– E que ela está fazendo aqui? – perguntou Elena, levando a mão aos olhos.

– Bom dia Srta. Martins! – cumprimento a elegante mulher, que se arrumava igual a uma dama inglesa.

– bom dia Sra. Clarke, como foi as suas férias? – perguntou Elena, tentando disfarça a roupa que estava vestindo.

– Vejo que sua tia não viu essa sua roupa!

– Não. Ela não conseguiu lavar!

– Detenção!

– Mas...

– Mas não é uma palavra, você sabia?

– Não, Sra. Clarke!

A aula de conhecimentos gerais e o resto do dia passaram num borrão. Elena esperava impacientemente pelo papel do castigo, já que suas três melhores amigas ganharam misteriosamente, por falar durante a aula.

Mas depois do sinal do almoço, veio à terrível noticia.

– A hora do castigo vai começar...

Gritou uma mulher bem gordinha, com os cabelos bem grisalhos.

Elena soltou um sufocado suspiro e entrou na sala, aonde se encontravam Meredith, Bonnyse e Peggy. As horas eram muito curtas, e não se podia falar; gritar, andar, perguntar, beijar ou ao menos pensar.

– Elena...

Elena encarou furiosa, para o rosto de Peggy que desenhara uma terrível caricatura da enigmática senhora. O sinal tocou, e assim Elena foi para a sua famosa prisão domiciliar. Na realidade. Tia Regina não ficava em casa, ela todo o dia aproveitava a sua fuga dos trabalhos domésticos e ia para academia.

– Tia a senhora está em casa! – gritou Elena, atirando a sua mochila no chão.

A casa estava deserta e um pequeno barulho assustou Elena – Será que é um animal? – pensou Elena.

A casa estava muito calma exceto pelo cãozinho de Ricky que latia sem parar. Elena deu uma leve passada de mão pelos cabelos e reparou em uma carta muito charmosa. A carta estava endereçada para ela.

Para Srta. Martins,

Rua Bragança nº 23

Tios insuportáveis.

Capitulo quatro.

A Carta.

– Mas que carta é essa? – pensou Elena, andando lentamente para a cozinha.

– O que é isso garota? – perguntou tio Leonard, apontando uma enorme colher cheia de doce de leite.

– é uma carta para mim! – respondeu Elena, amostrando a carta com um brasão muito elegante, as figuras eram fantásticas; um cavalo; águia; um dragão, um golfinho e uma grande serpente foliada a ouro. Assim que tio Leonard olhou direito para a carta, tomou um tremendo susto que fez engolir um grande pedaço de doce.

– Me de isso garota! – gritou tio Leonard, tentando pegar a carta das mãos de Elena.

– Não. É minha! – respondeu Elena, correndo para o seu quarto.

– Me de isso agora! – ordenou tio Leonard, esmurrando a porta.

Elena aproveitou a oportunidade e abriu a carta. Um grande clarão se formou e do alem surgiu uma mulher muito baixa e muito bonita.

– Good morning girl...

– Mas o que é isso e quem é a senhora? – assustou Elena, correndo para a porta.

– Mas que meleca está porcaria está em inglês!

– Quem é você? E como você chegou até aqui? – perguntou Elena, ameaçando a estranha mulher com uma vassoura nas mãos. – Fala logo, pois se não eu vou te machucar.

– Caçamba! Você nem entrou na escola de magia e já que aprender a voar? – falou a mulher, entregando uma pequena carta para Elena, que se tremia de medo.

“Srta. Martins.

“A senhorita foi inscrita e aprovada para cursa a escola mundial de magia de Hésperon. Você deverá comparecer até o dia 22/3/1994, Esperamos por você.”

– Elena o que está acontecendo dentro deste quarto? – berrou tio Leonard, atrás da porta.

– Me desculpe pelo susto, meu nome é Maria Gebbon e sou professora da Escola Mundial de Magia de Hésperon.

– E onde fica essa escola?

– Fica em Eternia, perto das águas quentes de Aguariandey. – falou Maria, amostrando um enorme folheto com o mesmo brasão da carta.

– Mas para que tudo isso?

– Elena você é uma bruxa! – falou Maria, com a maior naturalidade do mundo.

E um barulho fez com que Elena se assustasse, finalmente tio Leonard conseguiu arrombar a porta do quarto e para a sua surpresa tomou um baita de um susto assim que viu Maria.

– Saia da minha casa agora! – gritou tio Leonard, apontando para Maria.

– Tire esse seu dedo fedorento do meu rosto, seu trevoso imundo.

– ESPERA! – gritou Elena, encarando Maria.

– O que foi querida?

– Isso deve ser um engano eu não posso ser bruxa, eu não sou má, não tenho verruga no nariz e nem tenho um gato preto em casa!

– Valeu pela parte que me toca! – falou Maria, fazendo um delicado sinal de positividade com a mão.

– Me desculpe, mas isso é muito confuso!

– Olhe eu ordeno que pare com essa conversa! – gritou tio Leonard, com as suas bochechas vermelhas, estava com cara de que estava prestes a explodir.

– Cale essa boca Barretto! – gritou Maria, fazendo com que tio Leonard se sentasse na cama de Elena.

– Olhe a sua família inteira era de descendência bruxa, mas os seus pais foram assassinados por um bruxo das trevas, eu não gosto de dizer o seu nome e te dou essa dica de não o chamar pelo nome chame-o apenas de Synistro.

– foram assassinados? – perguntou Elena.

– sim!

– você mentiu me disseram que os meus pais morreram num acidente de carro na Av. Brasil.

– o que? – se assustou – um acidente matou os seus pais? – gritou Maria – que pecado que monstruosidade.

– eu tinha que dizer alguma coisa para ela – disse tio Leonard.

– esqueça, eu continuarei a contar o que realmente aconteceu...

“Numa noite muito tempestuosa, Synistro, descobriu um terrível segredo dos guardiões e tentou trair a confiança de Mangels, o senhor do tempo. Obcecado pelo poder, Synistro começou a convocar vários bruxos e seres das trevas, assim provocando um verdadeiro terror nos quatro mundos: Eternia, Aguariandey, Solaria e a Ilha Negra. Nunca nenhum bruxo ficou tão mal, quanto Synistro. Mas ele ainda queria mais, só que ele olhou para uma coisa que ele nunca teve. O poder dos elementares. Poder que só uma criança obtivera. Que é você!”

Elena se tremeu um pouco, mas ninguém conseguiu notar.

“Desprezando a vida, Synistro foi até a sua casa com vários seguidores, mas algo aconteceu. Ele havia sumido e só tinha uma pessoa viva naquela casa, que era você! Mas o que muitos se perguntam até hoje é por que ele não te matou, e por que um bruxo tão poderoso sumiu tão misteriosamente assim.”

– Mas ele morreu? – perguntou Elena, agora muito esbranquiçada.

– Em minha opinião acredito que não. Eu acho que ele ainda deve está vivo, cansado demais para continuar, esperando um momento certo para retornar...

– Então agora você já pode ir embora! – ordenou tio Leonard, levantando a mão para Maria.

– Seu trevoso fedorento! – gritou Maria, e um pequeno graveto, amarronzado surgiu em sua mão. E com um leve giro Maria fez aparecer duas orelhas de burro em tio Leonard.

– Socorro! – gritou tio Leonard, saindo correndo em direção ao espelho.

– Você vem para a escola comigo ou prefere ficar aqui? – perguntou Maria, apontando para as orelhas de tio Leonard.

Elena rapidamente pegou o seu casaco vermelho, que estava em cima da cama e segurou a mão de Maria com tanta força, que os dedos chegavam a estalar. Ela fechou os olhos, então não sentiu os seus pés mais no chão, agora ela estava parada enfrente a um hotel bem surrado e aos pedaços.

– Bom aqui é Eternia? – perguntou Elena, que sem querer soltou um pequeno riso ao ver um morador de rua entrar no hotel.

– Não. Vejo que o prof. Tyler Smallwood já vai para a escola também!

– Eu não acredito! – zombou Elena, balançando a cabeça.

Os olhos de Elena quase se explodiram quando ela entrou pela porta do hotel. O estabelecimento era gigantesco por dentro. Gaivotas de papel sobrevoavam todo hotel sem mesmo precisar se arremedas por mãos humanas. Coelhos, gatos, cachorros e muitas aves estavam espalhados por todo o estabelecimento. Varias senhoras e senhores andavam pelas escadas que dançavam em todo o hotel, iam da esquerda para direita, de cima para baixo. Em todos os sentidos.

– Bom aqui é o gabinete do prefeito! – falou Maria, apontando para uma cabine no alto do teto.

– E como agente chega lá? – perguntou Elena, completamente espantada.

– Bem só conheço um jeito voando! Mas hoje não vamos lá, hoje vamos para o centro de Pactuam a cidade dos seres mágicos.

– Maria Gebbon, é um prazer encontrá-la aqui tão cedo – disse um homem, alto e de expressão severa.

– estou levando a Srta. Martins para fazer as compras.

Ele se espantou. Foi assim com todas as pessoas que passavam pelo local e escutaram aquele nome.

– meu deus ela está viva – disse uma mulher, se aproximando de Elena, que corou.

– Maria, você sabe se o prof. Apolo já está na escola? – perguntou outro homem, se aproximando de Elena com um olhar desdenhoso (ele não encarava Elena nos olhos, parecia que nem a notara ali).

– sim prof. Marcio De Genaro. O professor Apolo já está na escola aprontando tudo.

Elena estava surpresa com aquele hotel mágico. Maria se aproximou de um gigantesco espelho e retirou um anel de seu casaquinho amarelo.

– Elena, eu quero ensinar uma coisa para você!

– o que?

– os espelhos são portais, podem ser para o passado ou para o futuro. Mas existem alguns espelhos como esses que nos leva para outros mundos.

– os da minha casa, fazem isto?

– não, pelo contrario, eles são um portal para outra dimensão. Aquela imagem que você vê no seu espelho é o seu anti eu, querendo entrar em seu mundo.

– isso é muito legal...

– se prepare Elena, pois vamos para Pactuam.

Capitulo cinco.

Matérias e Outros Adereços.

Tudo era mágico para Elena. Ela se espantava a cada rua que ia. Mas se espantou assim que passou do lado de uma ratinha de vestido rosa.

– Olha por onde anda! – reclamou a ratinha, brigando com Elena que quase a pisara de medo.

– Meu deus! Esse rato está falando!

– Sim tudo aqui em Solaria fala minha querida, ainda não vejo graça naqueles ratos que os trevosos têm em seu mundo, eles nem sabem falar ou andar em pé – falou Maria, que notara um grande brilho nos olhos de Elena.

– Espere um pouco eu conheço essa menina. Ela é Elena Martins! – gritou a ratinha, deixando a suas bolsinhas de compras caírem no chão.

– Sim sou eu! – disse Elena, completamente sem graça ao ver que todos a olhavam.

– Me desculpe Srta. Martins eu sou muito mal educada a senhora pode me esmagar à vontade – falou a pequena ratinha, se deitando no chão.

– Não precisa! Maria, por favor, me ajuda!

– Márcia Ratam, pare com isso ela estará em Hésperon em brevê – disse Maria, levantando a pequena ratinha que se mantinha no chão.

– Será um orgulho e uma grande honra ter uma heroína em nossa escola, mas eu torço para que a senhorita fique na casa escolar de Merlin.

– Até mais Márcia! – falou Elena, tentando fugir da retinha insistente.

Elena se espantou assim que pegou a sua lista de material, tantos livros, colheres, roupas, caldeirões e outros objetos mágicos.

– Me de a sua lista de livros. – falou Maria, pegando a lista de livros com o maior cuidado.

Lista de livros para o 1º da magia.

1 livro de transfiguração 1º edição; autora Marlene de Medeia.

1 livro de porções para afastamento de seres mágicos.

2 livros de autoproteção, vol. 1 e 2.

1 livro de lançamento de pragas e contra pragas. Vol.3

1 livro de Educação mortal.

1 livro sobre Historia mundial da magia.

1 livro de Biologia élfica, da autora Castelinho Branco.

1 livro de feitiços para seres monstruosos vol. 1

9 cadernos de capa de touro negro.

1 livro de feitiços contra as artes das trevas vol. 1

1 livro sobre monstros e seres mágicos vol. 1 e 2.

1 varinha.

Maria reconheceu uma letra bem fininha e então soltou um pequeno ronco.

– Aposto que você ficara na sala do prof. Sinésio Cirene, ele te ensinara transfiguração – falou Maria, entregando um pequeno cordão para Elena, que estranhou. – era de sua mãe ela me emprestou, e eu acho que ela iria querer deixar com você.

Elena sentiu um grande calor assim que colocou o cordão, em formato de coração. Por um minuto, ela teve a certeza de que aquele era o seu verdadeiro lugar. Por mais que quisesse negar, ela sabia que só ali ela estaria segura e feliz.

– Maria, mas como vou comprar esse material todo, eu não tenho dinheiro nenhum!

– Por isso vamos ao banco, para retirar o seu dinheiro, e a propósito o nome dado aqui é óbolo.

– Isso é um banco? – perguntou Elena, espantada com o banco minúsculo. O banco era do tamanho de Elena, certa de que talvez isso fosse só o Entrance (entrada) do banco, mas ela estava enganada. O banco media exatamente a sua altura, era por segurança, falou Maria. Explicando que para cada cliente o tamanho do banco mudava.

– Por favor, o cofre duzentos e vinte sete – disse Maria, entregando uma carta para uma ninfa muito bonita.

– Quem deseja fazer a retirada? – perguntou a ninfa, se debruçando para ver Elena.

– Elena Martins, ela fará a retirada.

– e o que você é dela? – perguntou novamente a ninfa, agora dando um frio e mortal olhar para Maria.

– Sou a guardiã dela, eu vim em nome do prof. Sirius.

– Sim. Ele nos ligou hoje cedo, nos avisando de sua vinda para o banco, mas infelizmente só a proprietária poderá pegar o dinheiro.

– Sim, mas é claro eu só irei acompanhá-la até o cofre – disse Maria, concordando com a ninfa.

Maria, Elena e a ninfa se retiraram da bancada e embarcaram em um barco a remo muito luxuoso. A força da correnteza era tanta que Maria quase foi arremessada para fora do luxuoso barco.

– Cuidado! – disse a ninfa, olhando seriamente para Maria, que quase vomitou.

– Eu odeio barcos! – gritou Maria, tampando a boca com as mãos.

– Eu adoro aventura! – brincou Elena, se debruçando para enxergar o fundo do violento rio.

Com um ultimo solavanco, Maria, Elena e a bonita ninfa desembarcaram em um cofre com as portas cobertas de diamantes e com uma estranha mensagem escrita a ouro.

Cuidado aventureiro,

Quem quiser se aventurar pelos túneis de nossos cofres terá que está preparado. Pois aqueles que buscam a cobiça e os bens materiais que não os pertences. Nunca conseguiram escapar do destino triste da morte!

– Eu te disse só um louco roubaria este banco! – disse Maria, se afastando de Elena.

– A Srta. Martins já pode fazer a retirada – falou a ninfa, abrindo o cofre.

Elena se espantou. Nunca tinha dinheiro para nada e o que vira foi uma porção de moedas de ouros. Vários edifícios até o teto e muitas jóias, escrituras e uma carta que Maria pegou. Elena, não se atreveu a pegar mais do que mil óbolos (cem mil, em dinheiro mortal).

– Tem certeza que isso é suficiente? – perguntou Maria, colocando as suas pequenas mãos nas costas de Elena.

– Sim eu tenho, eu não quero acabar com tudo – falou Elena, sentida. – sempre vivi com tão pouco, que acabei me acostumando.

– Eu sei que a sua vida nesses quinze anos não foi nada fácil, mas este tempo acabou e agora você está em sua terra!

O dia tinha virado noite e Elena já tinha comprado todos os seus materiais, mas não tinha nenhum animal de estimação para levar para a escola. Seu passeio tinha esgotado todas as suas energias para ela pensar em comprar algum gato ou um cachorro, para levar para a escola.

– Elena Deixe-me entrar! – gritou Maria, batendo delicadamente na porta de seu quarto.

– Mas é claro Maria – disse Elena, abrindo a porta para Maria entrar.

A surpresa contagiou os olhos de Elena, assim que Maria lhe entregou um gato preto e que por sinal falava também.

– Boa noite minha cara dona! – cumprimentou o gato, se reverenciando para Elena. – meu nome é D. Vlady. E eu serei o seu companheiro por toda a sua vida!

– Ai que lindo, eu adorei Maria! – disse Elena, dando maravilhosos beijos e abraços em Maria e em Vlady o seu, mas novo gato e amigo.

– Eu adorei essa garota! – brincou Vlady, se esfregando nas pernas de Elena.

– Não foi nada – concordou Maria, fazendo um sinal positivo com a cabeça. – agora trate de dormi, pois amanha a senhorita estará a caminho de Hésperon.

– Eu estou ansiosa para ver a escola!

– eu sei, mas durma um pouco, pois amanha você terá um dia cheio, eu aposto, e uma noite maravilhosa – disse Maria, colocando Elena na cama.

Com um delicioso beijo em sua testa e segurando o seu ursinho de estimação. Elena adormeceu, pensando em como se sairia na sua nova escola. Os sonhos de Elena estavam sempre focados na fuga dos deveres que tia Regina a mandava fazer, mas agora esse sonho tinha sido substituído por um que ela via seus pais e uma grande fogueira de ouro.

– A carta não está lá mestre...

Essa voz estava novamente a incomodando. Era pela quarta semana seguida que escutava isso, e para o seu espanto isso podia dizer alguma coisa.

Capitulo Seis.

A escolha.

Um vento cortante amedrontava os moradores de Tebas. A cidade que ficava ao longe de Solaria estava em grande caos com os repentinos assassinatos e sumiços que apavoravam alguns moradores.

– Aonde esta o meu baú? – perguntou uma voz fina e afiada, que perfurava o vento frio.

– Minha cara senhora eu não consegui entrar no banco! – falou uma segunda voz agora muito mais aguda e muito mais amedrontada.

– Jackson, você até agora não me ajudou a pegar o baú da morte!

– Para que a senhora, quer o baú, se o que procuramos é o mapa para a fonte da juventude – disse o homem, de aspecto tenebroso e muito fedido.

– Seu idiota! – gritou a mulher, se revelando na luz fraca que as velas emitiam. – o baú, contem o mapa para a fonte da juventude, com esse mapa, o nosso senhor pode retornar e assim levar a nossa raça a glória novamente.

– Mas isso é muito perigoso, pois o mapa está nas mãos de Sirius – disse Jackson, se afastando vagarosamente da mulher com aspecto severo.

– Isso é muito bom, agora que nosso amigo está lá na escola ele poderá destruir os alicerces da escola e pegar o baú.

– Não. Eu acho isso impossível, ainda mais que Elena Martins estará lá na escola este ano.

A mulher soltou um pequeno riso.

– Vejo que este ano a escola recebera o maior numero de alunos e astros possíveis – falou a mulher, olhando atentamente um jovem rapaz que andava pela rua, sozinho.

A terrível mulher soltou um gruindo e levantou a sua varinha. O rapaz não conseguiu percebe e nem localizar aonde tinha vindo o jato de luz vermelha que o matou na hora.

– Mestiços imundos, eu torço para que o nosso senhor volte logo, para que possamos dominar este mundo! – falou novamente a mulher, agora ziguezagueando direto para o corpo sem vida do rapaz.

– O que você fará com o corpo? – perguntou Jackson, demonstrando o seu medo.

– Darei para o chacal ele está faminto!

– Não se esqueça que o mestre está a nossa espera!

– Mas è claro, que não esquecerei...

– Sim eu sei...

A mulher se virou para encarar Jackson, que voltou uns três passos para trás. O rosto da mulher agora era visível, com os seus cabelos cacheados ela provocava trovoada no tempo.

– Eu acho que agora, conseguiremos chegar até a fonte da juventude! – cochichou Jackson erguendo uma de suas sobrancelhas, para indicar um gato que passara perto do corpo do jovem.

– Mas enfrentaremos um grande desafio já que só quem pode chega à fonte é Elena.

– O nosso amigo nos ajudara, e o mestre renascerá.

O sol já estava quase aparecendo, quando a mulher retirou novamente a sua varinha de sua capa e a ergueu no ar. O balanço cortante da varinha fez um barulho esquisito e um clarão surgiu. O corpo do rapaz estava levitando no ar e a mulher agora estava encapuzada, escondendo o seu cabelo cacheado.

– E assim que você chegar à casa dos Blair, não se esqueça de avisá-lo!

– Mas é claro que avisarei...

A mulher deu um passo para trás e num balançar da varinha, virou uma espessa fumaça negra e sumiu no meio das nuvens.

Enquanto a mulher sumia em meio às nuvens, Jackson se transformava em uma senhora, um pouco gorda e com muitas cicatrizes no rosto. Com o cabelo todo branco e dentes de madeira Jackson, conseguia enganar todo mundo.

– Mas que senhora mais feia! – comentou Maria, amostrando-a para Elena.

Elena tinha dormido muito mal, naquela noite e estava um pouco nervosa com tudo o que ela sempre acreditou. Nessas horas Meredith, Bonnyse e Peggy me ajudariam – pensou ela, passando a mão em seus cabelos.

– Elena anda rápido ou vamos chegar atrasadas a plataforma de embarque.

– Maria eu sonhei com uma mulher chamada Angelina Mariz! – respondeu Elena, percebendo que os olhos de Maria de repente ficaram pretos e o hálito de Maria mudou. O cheiro era insuportável!

– Maria você está bem? – perguntou Elena, demonstrando o seu medo.

Capitulo sete.

A profecia.

– O mal está próximo, e a senhora está longe só a escolhida destruirá o seu inimigo...

A voz de Maria estava aguda e áspera. Não se dava para distinguir a voz de Maria e a voz de um homem. Num giro dos olhos e Maria estava normal. Parecia que ela estava sempre ali e que não tinha acontecido nada.

– Eu te assustei Elena? – perguntou Maria, sem saber o que aconteceu!

– Não aconteceu nada! – mentiu Elena, não contando para Maria o que aconteceu.

Durante todo o percurso para a plataforma. Elena se manteve calada. Mas assim que chegou a plataforma se assustou quando avistou Meredith e Bonnyse lhe esperando.

– Mas o que vocês vazem aqui? – perguntou Elena, curiosa para saber o que as suas melhores amigas estavam fazendo ali, numa carruagem que ia para uma escola mágica.

– Nós também somos bruxas! – respondeu as amigas.

– Mas e a Peggy?

– Elena, ela é uma trevosa então ela não poderá embarca com vocês! – respondeu Maria, abaixando a cabeça em sinal de negação. – Apesar de que ela tem uma força vital muito grande dentro dela, eu acho que ela é uma...

Maria se calou assim que percebeu o olhar de Elena.

– Vamos mudar de assunto, pois hoje vamos para casa! – disse Maria, abrindo a porta da carruagem para as garotas.

Uma por uma as crianças e adolescentes embarcaram em suas carruagens até restar duas pessoas. Um menino com o cabelo meio arrepiado com olhos azul claro e mãos pequenas, e uma menina com o cabelo cor de fogo e sarnas. Os dois embarcaram na carruagem de Elena que se espremeu um pouco.

– Bom dia! Meu nome é Meredith e essas são as minhas amigas Elena Martins e Bonnyse – cumprimentou Meredith, que não percebeu o espanto dos dois.

– Meu nome é Clayton, mas pode me chamar de Clay!

– Me desculpe, meu nome é Fernanda, mas me chamam de Nanda.

Os dois se entre olharam e em seguida Fernanda soltou um espirro.

– Saúde! – falou Elena, entregando um lenço de papel para sua nova amiga.

– Você é Elena Martins! – perguntou os dois juntos!

Elena olhou para Bonnyse que sorriu e fez um sinal com a cabeça.

–Sim sou eu!

– Meu deus! O meu irmão Inácio vai surtar quando encontra você! – respondeu Clay, animado.

– E você deixaria ver a...

– Cicatriz! – completou Elena, puxando o cabelo para o lado.

– Você é uma lenda, você está nos nossos livros de historia da magia – falou Fernanda, amostrando uma pagina dedicada a Elena.

Elena Martins!

A destruidora dos revolucionários!

Elena Martins nasceu na Villa legal, em Copacabana. Famosa desde que nasceu. Elena e seus pais os condes Sr. Martins de Blakston e sua mãe a condessa com sorte, Amélia Martins. Chamava muita a atenção dos jornalistas em especial a amiga na época, a lendária alquimista Angelina Mariz, que escondeu à famosa e valiosa “água da juventude.” Elena nunca conseguiu brincar sozinha, sem ao menos ser fotografada pelos paparazzi. Até que Synistro decidiu estragar os planos da família real. Amélia decidida a salvar a sua filha, resolveu a esconder dos bruxos das trevas, mas...

Tinha uma parte do livro que estava bem danificada, com uma grande parte manchada com um tipo de liquido prateado e pegajoso.

– Que estranho esse livro está cheio de sangue de unicórnio – falou Maria, encarando Fernanda.

– È muito estranho mesmo...

– Por que é muito estranho? – falou Elena, interrompendo Fernanda, que parou de falar.

– Por que o livro dela estava comigo e ele não estava assim!

– Incrível que pareça, mas isso apareceu agora! – falou Fernanda, fitando Elena, suavemente.

Durante todo o percurso Elena, admirou e brincou com as suas amigas e viu varias fazendas e casas que eram certamente do tempo de Napoleão. Bonnyse estava tão cansada que de São Paulo até Manaus ela chegou a dormi.

– Se preparem, pois já estamos chegando! – gritou Maria, ao ver uma forte luz ao longe de uma montanha muito íngreme.

– Nossa aquilo é um centauro? – perguntou Meredith, admirando a floresta que ficava na orla de um grande castelo esbranquiçado. O castelo era cobertas por trepadeiras e enforcadas (plantas assassinas), com as suas janelas pintadas e com varias torres o castelo por um momento pareceu se mexer.

– Isso é fantástico...

– Elena, bem vinda a sua verdadeira casa – disse Maria, abrindo a carruagem para as meninas.

Há principio Elena, estava muito nervosa, pois nunca esteve em um castelo antes ou em uma escola tão grande e luxuosa.

Capitulo oito.

As Casas.

Elena estava fascinada com aquele fantástico mundo. Fadas, sátiro e vários seres mágicos estavam em festa e assim que, ela desceu da carruagem, ela sentiu que aquele lugar era a sua casa. Para a surpresa de Elena e foi que Márcia Ratam, a ratinha que Elena tinha quase pisado estava a sua espera com um batalhão de outros roedores.

– Srta. Elena nós estávamos a sua espera! – falou Márcia que se reverenciou para Elena assim que a avistou.

– Ai...

– Se acalme ela é a minha amiga! – falou Elena, acalmando Bonnyse que pulou ao ver Márcia.

– Você é estranha, só você para ser amiga de uma rata – brincou Meredith, abraçando Elena e Bonnyse.

Elena, Meredith, Bonnyse, Nanda, Clay e Maria se dirigiram para a entrada do castelo que estava entupida de estudantes. Com uma suave batida na porta, Maria mandou todos os alunos se alinharem e para a surpresa de todos. Um homem muito elegante, com um olhar severo apareceu abrindo a porta e encarando todos que se encontravam ali.

– Boa tarde, meu nome é Apolo e espero que vocês tenham um ótimo ano letivo – falou o homem, voltando a olhar para Elena. – espero que ninguém estrague esse momento, pois a escola toda está esperando por vocês!

– Meu deus, o meu irmão falou que a escolha das casas é muito difícil, “Só os fortes sobrevivem” me falou ele – disse Clay, suando com todo o seu nervosismo.

– Me sigam e não esbarrem em nada! – disse Apolo, apontando para um menino loiro, que estava caído no chão.

– Isso tudo é tão fantástico...

Falou Clay pela vigésima primeira vez seguida. Assim que eles passaram pela porta de entrada, Apolo os colocou posicionados em uma fila entre ás cincos bandeiras escolares. Vulcano, com a imagem de um cavalo com o rabo em chamas, Vênus, com a imagem de uma águia com uma fita escrita “força e união” presa em suas garras. Marte; vinha com uma linda imagem de um grande e belo dragão prateado com os espinhos e chifres em azul esmeralda. Esculápio; era uma das casas mais admiráveis de todas com o seu lindo golfinho azul brilhoso, e Parnaso, que era a casa mais mal falada de todas, com a sua grande e majestosa naja rei. A cobra era gigantesca e vinha consigo uma terrível imagem, bem no fundo de sua garganta, que eram todas as bandeiras escolares.

– Agora eu irei chamá-los pelo nome e venham aqui para o teste de seus dons para designá-los para as suas casas estudantis, lembrando lhes que ela será a sua nova família aqui em Hésperon – falou Apolo, inclinando a cabeça para visualizar Elena que cochichava com Meredith. – e para a boa noticia de vocês, ou pelo menos para os filhos de trevosos, aqui em Hésperon tem futebol e teatro mortal...

– Obrigado, professor! – agradeceu Sirius, fazendo um sinal positivo com a cabeça. – para aqueles que não me conhecem, meu nome é Sirius e espero que vocês gostem dos testes, pois eles foram escolhidos por minha experiência como estudante.

– Julia Agornnal...

Falou Apolo, chamando uma linda menina branquinha e com os seus cabelos azuis. A menina estava muito nervosa, pois era a primeira a ser testada.

– Me de a sua varinha! – pediu Apolo, segurando a varinha de Julia e encostando-se à sua. – a sua casa estudantil será...

Com um grande clarão, um majestoso cavalo surgiu e as mesas dos alunos da casa Vulcano explodiram em gritos e vivas. Julia saiu correndo para a sua mais nova morada e se juntou as meninas que estavam a sua espera.

– Meredith...

Merhi (apelido de Meredith) estava muito nervosa quando soltou a mão de Elena que a acalmou. Merhi foi até o encontro de Apolo que pegou a sua varinha e em dois minutos a imagem de uma grande serpente apareceu e a mesa Parnaso explodiu em gloria e Meredith se sentou ao lado de um menino com cabelos negros e olhar penetrante.

Muitos alunos foram chamados, e Elena estava muito nervosa, pois Meredith tinha ido para Parnaso, Bonnyse para Vênus, Nanda para Esculápio e Clay para Marte. Mas Elena não queria ficar separada de seus amigos, como ela suportaria as aulas sem as fofocas que Bonnyse e Merhi contavam.

– Elena Martins...

A escola toda se calou e muitos alunos e professores começaram a cochichar.

– Ela está mesmo viva...

– Não eu acho que isso ainda é um teste! – falou um menino que estava sentado ao lado de Clay.

– Se aproxime Elena – falou Apolo, segurando as mãos tremulas de Elena. – me de a sua varinha, por favor.

Mas assim que Apolo colocou a sua varinha perto da varinha de Elena uma grande serpente apareceu e a mesa em que Meredith estava explodiu em gritos e aplausos. Mas algo estava errado, uma luz dourada estava surgindo da varinha de Elena e num piscar de olhos, a serpente explodiu e um grande dragão prateado surgiu cuspindo fagulhas em chamas. Todos os alunos e professores aplaudiram, pois nunca tinham, visto uma coisa tão fantástica como o que aconteceu com Elena.

– Elena Martins, bem vinda a sua casa estudantil Marte! – gritou Sirius, levantando uma taça de vinho para Elena que se sentou ao lado de Clay que a abraçou.

– Elena, este é o meu irmão Inácio – disse Clay, apresentando seu irmão a Elena.

– Todos sentados! – gritou Apolo, e a escola toda se calou.

– Eu espero que vocês curtam a escola mais do que eu curti em minha infância há cem anos – disse Sirius, apontando para uma janela com o desenho de um menino voando em torno da escola, mas o desenho não estava parado. Pelo contrario, a imagem dançava elegantemente pelas janelas, voava de um lado a outro, fazendo varias manobras e acrobacias extravagantes.

– Eu acho que ele deve ter uns cento e quatro anos...

– Isso é impossível! – cochichou Elena, se espantando com a idade dada por Clay.

– Como muitos alunos que passaram aqui, nessa escola histórica, deixaram as suas vitorias e glorias aqui e como um bom amigo, eu abro agora as olimpíadas Abrakazem...

Muitos alunos e professores falavam aos cotovelos sobre as olimpíadas Abrakazem, muitos alunos do ultimo ano festejavam, pois sairiam da escola com muito estilo.

– E agora vamos iniciar o banquete! Mas primeiro, devo explicar como funciona esta olimpíada. Cada dever cumprido ou algo que os seus professores acham merecidos de um premio, valeram alguns pontos e no final deste curso de bruxaria, a casa que estiver com mais pontos ganhara um grande premio. Agora hora de festejar! – disse Sirius, dando umas tapinhas na sua taça e com um brilho nos olhos, Elena se admirou assim que viu vários pratos cheios de comida em cima da mesa. Havia uns mil tipos de comidas espalhados em todas as mesas estudantis. Na mesa aonde se encontrava Inácio, Clay e Elena, tinha carne de porco e de cordeiro assada e vários tipos de frangos e de massas.

– Isso... Ta muito boa...

– Eu concordo com você! – interrompeu Elena, rindo de Clay que falara com a boca cheia de cordeiro. – com licença! – pediu, a um menino que estava a sua frente.

– sim – disse ele.

– você poderia me dizer quem é o professor que está me encarando ali perto do prof. Apolo?

– este é o prof. Harry. Ele dá aulas de proteção contra a magia negra. Um conselho, não fique no caminho dele, pois ele não gosta de ninguém, só dos alunos da Parnaso.

Capitulo nove.

O segredo Revelado.

A noite estava quase no fim, e Elena já tinha ido para o seu quarto separado dos outro como era de costume já que pertencia a família real. Elena estava se preparando para dormi. O dia tinha sido fantástico para Elena. Fadas, duendes e vários outros seres tinham encantado-a, durante o seu tão merecido sonho. Elena tinha sonhado com a conversa de um grupo de pessoas encapuzadas e em volta de um circulo verde.

– como acharemos o nosso mestre – disse um homem, se colocando bem na frente de uma enorme aranha, com as suas presas pingando em puro veneno.

– eu disse para acabarmos com o diretor – disse outro homem, se colocando na frente da aranha. – agora teremos que encontrar está fonte.

Todos se calaram.

– isto poderá solva-lo! – disse a mulher, jogando o homem no chão com um feitiço. – como você acha que os Servaips se levantaram?

– vamos encontrar outro jeito...

– não, este é o único jeito eu já disse.

Gritos. Elena tinha acordado com um assustador grito, assim assustando alguns colegas que se encontravam em alguns quartos ao lado. Ela estava suada, quando um fantasma invadiu o seu quarto. A primeira visão, ela se assustou. O fantasma tinha o corpo coberto de sangue que pingava por onde ele passava.

– o que está acontecendo aqui? – perguntou o fantasma, se aproximando dela.

– eu só tive um pesadelo, logo ficarei bem.

– eu soube que você é a escolhida!

– como assim escolhida, do que você está falando? – perguntou Elena.

– os professores se recusam a tocar neste assunto, mas no ano que vem, terá uma olimpíada aqui na escola.

– eu não estou entendendo.

– existem inimigos aqui na escola, e eu agora peço para você, não voltar a estudar aqui – disse o fantasma. – se esconda suma desta escola. Aqui você corre um grande perigo. – concluiu o fantasma, atravessando a parede.

– espere!

– sim – disse ele, voltando e olhando diretamente para Elena, que se encontrava, sentada na beirada da cama.

– qual é o seu nome e como posso encontrá-lo novamente.

Ele a olhou e apontou para um guarda-roupa que estava perto de sua cama. Ela o tocou e este foi para o lado, assim revelando uma longa escadaria em espiral. Ela seguiu o espírito que a levou até uma sala, com enormes livros; jóias; ouros; estatuas e um quadro com a foto do fantasma.

– este era você?

– sim, eu era um Lorde Ancião – disse ele. – mas acabei sendo assassinado, por Synistro quando ele tentou invadir o castelo do rei Asghr. Eu acabei sendo esquecido pelos outros reis e alguns diretores deste mundo. Se não fosse Sirius me resgatar daquela horrível prisão eu teria me tornado um espectro negro e ido diretamente para a ilha negra.

– como assim, ilha negra?

Ele abaixou a cabeça e abriu um enorme mapa, que amostrou uma gigantesca ilha em forma de caveira.

– esta ilha, é amaldiçoada, ela é dominada pela feiticeira e pelos Servaips.

– então eu prefiro que o senhor fique aqui, mas o senhor não me disse o seu nome.

– o meu nome é Peter.

– este é um belo nome, sem duvida.

Se despedindo, Elena voltou ao seu quarto e reparou quando uma menina de olhos vermelhos e cabelo verde. Entrou em seu aposento e agarrou Elena.

– Boa noite! – cumprimento a menina, jogando Elena em cima da cama.

– Quem é você? – perguntou Elena, amostrando a varinha para a menina.

– Me perdoe, meu nome é Estelar e sou a protetora da fonte da juventude...

– Protetora de onde? – perguntou Elena, se espantando com a revelação da estranha menina.

Elena se virou um pouco, para se livrar do olhar penetrante de Estelar.

– O professor Sirius me enviou até aqui, ele pede que a senhorita vá ao encontro dele agora.

– Mas não sei onde ele está eu não conheço nada aqui!

A menina de cabelo verde, rapidamente pegou a mão de Elena que sentiu um forte frio em sua espinha. Elena fechou os seus olhos e então um forte vento bateu em seus cabelos, ela não estava mais em seu aposento. Agora ela estava parada diante de um homem idoso com uma varinha em punho e um lindíssimo manto verde floral.

– Me desculpe Elena, mas eu não queria incomodá-la, mas lhe trago noticias nada boas...

Os olhos de Sirius estavam pesados e o seu cabelo balançava com o sobro do vento.

– Às três e meia da tarde, recebi uma carta do prefeito de Solaria dizendo que os seus tios trevosos estavam sendo seguidos por um minotauro – falou Sirius, entregando uma carta com as fotos de seus tios para Elena.

– Mas por que estão atrás dos meus tios?

– Eles não estão atrás dos seus tios, eles querem você! – falou Estelar, olhando para fora da janela, para a orla de uma floresta escura e tempestuosa.

– Mas por que eles estão atrás de mim? – perguntou Elena, se sentando em um degrau.

– Eles estão atrás de uma coisa que você tem e que os levará para a fonte da juventude – disse Sirius, levantando um grande pergaminho.

O pergaminho tinha cinco caminhos, quatro deles levava para Aguariandey e um para Ilha Negra.

– Este é o mapa para se chegar à fonte da juventude, mas só você tem o conhecimento para podermos entrar lá dentro – disse Sirius, amostrando uma porta de ouro que tinha no mapa. Mas com o tempo Elena estava ficando cada vez mais assustada e para piorar um homem com um olhar misterioso e o cabelo liso, e um tanto oleoso, invadiu a sala e trazendo consigo um homenzinho muito pequeno e muito estranho.

– Helmsley! Entregue o diário para o Prof. Sirius – falou o homem, jogando um pequeno caderno no chão.

– Não faça isso com ele, você gostaria que fizesse isso com o senhor? – disse Elena, arremessando o livro de volta para o homem.

– Bem eu acho que você gostou do prof. Harry, Srta. Elena – disse Estelar, soltando uma pequena risadinha para o homem que fechou o rosto.

– Menina insolente, igualzinho aos seus pais...

– Professor eu espero que o senhor não esteja aqui só para falar mal da família da Srta. Martins – perguntou Sirius, erguendo os seus óculos para encarar Harry.

– Não senhor! – concluiu Harry, entregando o diário para Sirius. – eu descobri que os Servaips iram procurar a fonte da juventude.

– E você descobriu isso daquela fonte que você me contou?

– Sim senhor! – disse Harry, indo embora.

– Agora eu espero que a Srta. Martins estivesse mais disposta amanhã, pois as suas aulas de magia começaram bem cedo e se você quiser, poderá levar os seus amigos, mas te aviso logo, a fonte testará todos nós, ela usará todos os truques que tiver.

– Como assim? – perguntou Elena, demonstrando a sua maior habilidade que era fazer perguntas.

– A fonte tem varias armadilhas e vários guardiões como, sereias; centauros carnívoros, ciclopes e a temida hidra de Lena – disse Estelar, amostrando vários monstros em sua varinha.

– Helmsley, sabe de uma criatura apavorante que protege o final da fonte! – falou Helmsley. Este ser era totalmente diferente dos bruxos ou dos duendes, ele era um Minos; uma espécie extinta dos duendes montanheses.

– E que criatura é essa? – perguntou Estelar, demonstrando pela primeira vez, um ar de curiosidade.

– É o guardião do inferno, CERBERO!

Ouviu-se um trovão ao longe da floresta.

– Então a nossa maior aventura vai começar em outubro, perto do aniversario da escola.

– Por que não vamos, amanhã mesmo? – perguntou Estelar, rodeando Sirius.

– Por que a nossa amiga ainda não sabe magia então ela terá algumas aulas de magia aqui na escola e o resto aprendera na viagem.

A noite estava fria e Elena estava muito ansiosa com as suas aulas de magia e com a sua mais nova aventura que ela teria com os seus amigos e professores.

Capitulo dez.

Um Encontro.

Clay estava sentado na sala de aula, quando Elena apareceu completamente iluminada por uma luz doce e angelical. Será que eu estou apaixonado? – pensou Clay, imaginando a vida no colégio sem Elena, sem o seu cheiro ou sem as suas risadas no fim de uma piada.

– Bom dia Clay! – cumprimentou Elena, dando um leve sorriso para Clay, que retribuiu com uma boa e leve piscadela. – qual é o nome do nosso professor?

– Eu acho que é o prof. Harry...

Elena deu pra trás.

– Você já conhece esse professor? – perguntou Clay, completamente curioso.

– Já! Esse já! – disse Elena, demonstrando o seu grande desprezo por Harry.

Como um fantasma, Harry invadiu a sala de aula que se escureceu. As flores morrerão e as cores das paredes perderam o tom. Harry estava com uma longa capa preta apertada em seu tornozelo cumprido.

– Peguem os seus livros! – ordenou Harry, sentando em sua cadeira de madeira a tabaco.

– Professor eu estou em duvida agora seria a aula de transfiguração, com o prof. Sinésio Cirene – falou Jonas, um menino alto e rival da casa escolar de Elena.

– Sim ele está doente então tomarei os quatro tempos desta aula tão interessante.

Harry fitou Elena pelo menos uns trinta minutos e assim que Elena pegou o seu livro, ele se levantou elegantemente e foi ao encontro de Elena, que deu uma suave mordida em seu lábio inferior.

– Bom dia Srta. Martins! – cumprimentou Harry, reparando no livro meio aberto que Elena escondia em sua veste. – Me deixe ver isto!

– Para que o senhor precisaria ver um livro predestinado e claramente intencionado sobre a localização da fonte da juventude – disse Elena, desviando a atenção de Clay e do resto da turma.

– Então vejo que o prof. Sirius está lhe dando aulas particulares sobre este assunto!

– Claramente, mas por que o interesse?

– Eu não preciso responder as suas perguntas, insignificantes. Já que nesta sala quem manda aqui é eu – indagou Harry, retirando calmamente o livro das delicadas mãos de Elena.

– Pelo menos o senhor poderia me explicar o que é um Capturanda? – disse Elena, vigiando e acompanhando o severo olhar do professor.

– Clay, já que você ira com a sua amiga, você poderia nos esclarecer o que é um Capturanda?

– Sim professor! – respondeu Clay. – um Capturanda é um ser das trevas com o corpo de leopardo e a cabeça de leão, ele é uma espécie de lobisomem, pois só se transforma nas noites de lua cheia e por isso é temido.

– E o que aconteceria se um amigo cruzasse com um Capturanda? – perguntou o professor, percebendo o interesse da turma pelo resto da explicação.

– Ele o mataria, pois não iria ter misericórdia, assim é um Capturanda! – finalizou Clay, completamente tremulo com a prova oral que acabara de vivenciar.

– 20 pontos para a sua casa Sr. Clayton!

A aula de transfiguração estava demorando a passar, mas a essa altura Elena já estava se aventurando pelas fantásticas historias que o seu livro tinha. Ela estava feliz com as historias contidas no livro que Sirius tinha lhe dado. E a mais fascinante era “A varinha das varinhas: a escolha da rainha”. Mas o que chamava a atenção de Elena era a historia que se parecia com uma musica dos, “Baldes de almas”. A lenda, falava de quatro irmãos, ambos gêmeos que eram muito corajosos e que nunca em suas vidas temeram a morte.

“Os jovens daquela época, não atravessavam a estrada de Lá Muerte. Pois todos que ali passavam desapareciam ou morriam. Mas até quatro irmãos resolverem enfrentar esse terrível destino. Mas algo intrigou a morte já que o certo era os quatro rapazes morrerem naquela amaldiçoada estrada. Mas a morte era inteligente e traiçoeira.”

Riu Elena deixando o seu lápis voar pela sala.

“A morte então resolveu presentear os quatro jovens dando um presente a cada um, por usarem a sua inteligência e sua valentia. O primeiro irmão o mais corajoso de todos resolveu humilhar a morte e pediu o cálice da vida; assim poderia beber da fonte da juventude e viveria para toda eternidade. O segundo irmão inspirado no mais velho, decidido a se vingar do assassino de sua noiva, pediu a espada dos quatro mundos; cujo tinha o poder de comandar os quatro mundos e assim ser o rei do tempo. Então a morte vendo que a cobiça daquele segundo irmão era grande, retirou um pedaço da sua própria foice e o entregou. O terceiro vendo que os seus irmãos pediram coisas esplendorosas e luxuosas resolveu então, pedir uma varinha cuja fosse a mais destrutiva de todas. A morte vendo que o seu terrível plano estava funcionando, entregou ao terceiro irmão uma varinha feita de seu próprio dedo indicador. Mas o ultimo irmão, era o mais inteligente. Sabendo que a morte era esperta e ardilosa, resolveu pedir um baú, pois poderia esconder tudo o que quisesse lá e o mais precioso de todos, esconderia o seu coração, e a sua vida da morte...”

– Uma historia muito poética! – disse Bonnyse, segurando o elegante livro de capa de couro.

– Mas como vamos enfrentar estes monstros se nem sabemos ao menos nos defender! – exclamou Meredith, encarando Elena que endireitava o seu belo uniforme.

– Eu sei amiga, e foi por isso que os professores Sirius e Apolo iram conosco! – Disse Elena, demonstrando a sua imensa ansiedade pelo desconhecido.

– Mas como acharemos essa fonte e quem nos levara até ela?

– Serei eu...


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