Promise Of Love escrita por MewKouhii
Notas iniciais do capítulo
Oneshot dedicada a minha linda Kirkland, essa marida divosa divina que eu pretendo abusar em algum certo hotel *assovia* -wtf
Música "Promise" original de Rin e Miku, usei ela porque foi o meu primeiro dueto com a minha Inglaterra.
Agora enquanto vocês leem eu penso em uma forma de sequestrá-la, prendê-la em meu armário (antes que ela faça isso) e ser a seme fodona do América -QQQQQN
Boa leitura, link da música nas notas finais.
Hoje, será um dia como os outros, nada mudará
Era o que eu pensava.
- Inglaterra, por favor – sua voz saiu forte.
- E-Eu n-não s-s-sei...
- Por favor!
Encarei suas orbes azuis que me faziam um pedido com sinceridade e súplica.
- T-Tudo bem.
- Iggy! – Seus braços rondaram minha cintura e corei ao sentir seu corpo quente colado ao meu – Fico tão feliz que tenha aceitado ir ao meu aniversário!
- N-Não é c-como se eu quisesse ir, você me pediu e eu sou muito bondoso e por isso vou.
Um sorriso brincalhão surgiu naqueles lábios dóceis, puxou-me para mais um abraço, se despediu e saiu andando como se nada tivesse acontecido.
Somente então me deparei na besteira que havia feito, como assim eu iria a seu aniversário? Hã? Eu não poderia ter aceitado! Para mim esse dia era o dia de sentar-se no sofá, assistir filmes violentos até que toda minha raiva fosse dissipada e de vez ou outra lagrimejar – não como se gostasse disso – então o que eu iria fazer indo lá? Ele não tem amigos o suficiente?
- Droga – olhei para o céu londrino, nada diferente dos outros dias, uma espessa nuvem escura invadia a cidade como se fosse uma besta gigante prestes a jogar sua fúria sobre o povo.
“O momento em que você tocou minha ferida
Eu estremeci um pouco...
Nossas direções se mantêm sem mudanças
Veja o céu agora”
Eu odeio muito o céu, odeio demais, tem dias que as nuvens desaparecem e um azul imbecil invade o ar e eu logo imagino seu sorriso nos céus zombando-me, normalmente ele ficava nublado e chuvoso e isso também me irrita muito, eu odeio chuvas, sim, talvez eu prefira a neve... Certo, eu a prefiro.
- Aah... – Suspirei e fui andando na direção de casa.
Destranquei a porta e adentrei, joguei-me no sofá e instantaneamente corei com muita força ao imaginar o que aquele miserável poderia querer de mim lá. Q-Quer dizer, talvez ele queira se desculpar? Não, não, ele nunca faria isso.
Antes que percebesse minhas pálpebras pesadas se fecharam e me encolhi no sofá.
Estava quente, minhas mãos suavam e quando olhei para elas vi que uma outra mão estava em cima da direita.
- Inglaterra, é verdade?
- O quê? – Olhei em um rosto juvenil que sorria para mim de cabelos desalinhados, sujeira na roupa e joelhos machucados de tanto correr pelo campo.
- É verdade que você sempre irá estar ao meu lado?
- América, eu não posso estar sempre ao seu lado, como país eu tenho muitas coisas para fazer.
Seu sorriso se desmanchou em decepção.
- Mas eu te prometo uma coisa – Seus olhos se voltaram a mim – Eu irei te proteger para sempre.
- Sempre?
- Sim.
- Sempreeee, seeempree?
Ri junto a ele, a criança deitou a cabeça em meu colo e pude sentir a alegria em suas palavras.
- Se você irá fazer uma promessa eu também vou! – Se ergueu me olhando nos olhos decididamente e sem hesitar continuou – Eu prometo pela minha vida que eu irei te amar para sempre!
Sorri e acariciei seus cabelos, a alegria era tão grande que aquele monte de memórias ruins havia desaparecido.
Abri os olhos meio surpreso por ter dormido no sofá ainda com o casaco, mas logo corei deixando algumas lágrimas escorrerem. De súbito olhei para o meu dedo mindinho como se nele estivesse uma marca eterna gravada. Era como se nossas promessas tivessem sido trocadas, eu é quem parecia estar sendo protegido, enquanto ele é quem parecia estar sendo amado. Sendo amado por mim.
“Esta dor guardada no meu peito
Eu queria sua resposta, mas eu não a tenho
É só quando você está comigo
Que posso cumprir minhas promessas”
Eu sentia vontade de ir vê-lo, não, eu necessitava ir vê-lo. Olhei no relógio. Onze e meia da noite. Ajeitei meu casaco, peguei as chaves e sai de casa com um objetivo único em minha mente, o aeroporto.
Chegando lá percebi que não havia pegado meus documentos, merda, tinha certeza de que os tinha colocado no bolso do casaco! Grunhi enraivecido e olhei no relógio de pulso que marcava onze e quarenta da noite. Eu tinha duas opções, ou eu ia para casa e buscava os documentos e depois voltava, ou encarava a simples realidade de ter perdido a chance de vê-lo.
- Ah! Que se foda!
Andei pesadamente até a saída do aeroporto e vi uma coisa branca e luminosa para fora, o frio confirmou que era uma nevasca violenta, agora eu só tinha a opção de ficar no aeroporto.
Pensando bem, eu odeio o céu e isso inclui a neve.
Sentei em um dos bancos de espera. Lágrimas caíram de meus olhos sem que eu percebesse, comecei a pensar naquele idiota, em seu sorriso, no jeito carinhoso do qual me chamava – ou zombador seria o certo? -, do seu cheiro, do seu calor... Lembrei do abraço que havia me dado quando eu aceitei ir ao seu aniversário. Aaah! Como eu posso ter me apaixonado por alguém tão irracional?
- Iggy?
Olhei surpreso para frente e encarei a face americana me encarado com curiosidade, após me examinar sorriu para mim e senti meu coração palpitar, encolhi as mãos em meio-punho e corei.
- A-América, o que está fazendo aqui?
- Eu que tenho que te perguntar isso! O que faz aqui? Por que não está em casa?
- B-Bem, e-e-e-eu queri-
- Hunf ~ - Retirou seu casaco predileto e me rondou com ele – Você é muito irresponsável para sair de casa no meio de uma nevasca!
- Eu não sabia que iria acontecer – fiquei cabisbaixo – A culpa não é minha! – Me surpreendi com minhas próprias palavras e tampei a boca com as mãos.
- Como assim a culpa não é sua? Você veio aqui por conta própria não veio?
- S-Sim, mas...
- Então não diga que a culpa não é sua! – suspirou.
Me encolhi ao sentir o calor do casaco, seu cheiro inebriante estava me fazendo desnorteado, fiquei vermelho como um tomate e minhas pernas bambearam, levantei-me e corri para fora do aeroporto. Já no meio da nevasca fui puxado pelo pulso e vi que era aquele americano maldito de novo, tentei me soltar, mas fui segurado com mais força.
- QUAL É O SEU PROBLEMA? – Gritou confuso.
“No momento em que minhas lágrimas desaparecerem
O resplendor que não se rompe
Brilha cada vez mais
Enquanto eu te abraço”
Seu cabelo estava com pequenos flocos de neve que o deixavam bem bonito, estava levemente corado e ofegante com olhos que demonstravam algo entre surpreso e ... Preocupado?
- Idiota – puxou-me para seus braços e deslizou o casaco das minhas costas para a cabeça impedindo que a neve me afetasse – Não saia correndo assim do nada no meio de uma tempestade dessas! O que há de errado com você? – Engoli em seco – Você está estranho desde que eu o convidei para- - Seus olhos se arregalaram – Para o meu aniversário... Inglaterra, sinto muito se eu te ofendi por isso!
- IMBECIL! NÃO É NADA DISSO! – soquei seu peitoral descontrolado enquanto lágrimas caiam de meus olhos – SEU IMBECIL IMUNDO! E PENSAR QUE UMA PESSOA COMO VOCÊ- E PENSAR QUE EU ESTOU APAIXONADO POR UMA PESSOA COMO VOCÊ! SEU IDIOTA!!!
América segurou meus dois punhos enquanto eu encarava seus olhos azuis e sua face um pouco mais corada.
- E-Está apaixonado por mim?
- N-Não! Não mais! MORRA! Eu te odeio! – me sacudi tentando me soltar de suas mãos, mas fui prensado na parede da saída do aeroporto – AMÉRICA SEU…!
Seu rosto se afundou em meu pescoço enquanto suas mãos apertavam minhas costas. Minha respiração se descompassou um pouco, gaguejei e tentei continuar o raciocínio.
- S-S-Se-Seu…!
- Inglaterra... – Suas mãos pararam de apertar-me, uma delas pousou em minha bochecha e a alisou, meu coração deu fortes baques e me controlei novamente para não sair correndo dali – Preciso te dizer uma coisa.
- D-Diga.
- Não aqui. Podemos ir a sua casa?
- Mas você irá perder o vôo... Será muito idiota de sua parte perder o vôo por minha causa – desviei o olhar.
- Então eu sou um completo idiota.
Pigarreei de leve e minhas bochechas arderam em chamas. Antes que reclamasse novamente me vi sendo puxado até minha casa – que não ficava tão longe –, América não parecia estar nem um pouco preocupado com a tempestade, hora ou outra olhava para mim e ajeitava o casaco sob os meus cabelos me deixando embarassado.
Chegamos a minha casa, entrei junto a ele e virei-me para encará-lo, senti-me sendo prensado novamente e algo quente foi contra os meus lábios.
“Este sentimento atrevido que tenho
Me faz girar com você até o futuro
Essa luz que nos intercepta
Eliminará qualquer dúvida
O mundo quebrado em que estamos
Começa a explicar agora o significado deste palpitar
Dentro do meu coração, e solidamente sinto
Que vou te proteger pra sempre...”
- P-Pare – interrompi o beijo, mas fui puxado novamente ao encontro de sua boca.
Tentei me debater, mas sabia que não iria adiantar, lutei para continuar preservando-me, isso era tentador demais! Não percebi quando meus lábios começaram a se movimentaram junto aos dele em uma valsa, pediu-me permissão para sua língua esquentar as coisas e a permissão foi concedida, beijei-o com ternura enquanto nossas línguas se acariciavam enroscando-se em uma valsa mais lenta, uma dança quente que se mantinha limitada. Enrosquei meu braço em seu pescoço o puxando para mais perto em busca de mais daquele calor aconchegante.
- Inglaterra – parou o beijo e me olhou, ambos ofegantes e vermelhos como pimentões – Eu quero você.
Não respondi, esperei alguma reação de sua parte enquanto tentava desviar os olhos dos seus, mas aquelas pérolas azuis me prendiam a atenção como o sol em um dia de céu limpo.
- Eu o amo e quero muito você – estranhei a cor rosada de seu rosto - P-Posso... – enfiou o indicador em minha gola da camisa.
Oh, sim. Certo... O QUÊ?!
Explodi de vergonha e sai correndo para o andar de cima, minhas pernas bambas falharam e segurei-me no corrimão para continuar o ritmo até meu quarto.
Entrei em meu quarto, bati a porta e pulei para a cama, me escondi em um casulo de cobertores ao perceber que América já estava entrando.
Uma ondulação na cama avisou sua chegada, sua mão retirou o cobertor do meu rosto, suas mãos me seguraram as bochechas e senti-as arderem.
- Se você acha que estamos muito apressados tudo bem.
- Não é isso! – me retirei do casulo de tecido – Eu apenas acho que isso é ainda algo muito surreal para mim. Em um dia você diz que me odeia em outro você me olha com desprezo ou me ignora como se eu não existisse – engoli o choro – quem me garante que o que estamos fazendo aqui não irá ser tratado como um sonho amanhã?
- Iggy, você é tão estúpido – seus braços me empurraram para baixo de seu corpo, fitei seu belo rosto que ainda continuava com um tom adorável – Você acha mesmo que eu irei te largar assim? Porra Iggy! Não me compare com algum cafetão.
Ri ao ver seu tradicional biquinho, levei uma das mãos até seus cabelos e os acariciei desembaraçando alguns fios.
- Não me trate como uma criança, parece até que você não quer fazer isso comigo porque ainda enxerga aquela criancinha...
- NÃO É ISSO! – Respirei fundo deixando a vergonha de lado – Qual parte do “estou apaixonado por você” não entendeu? - Continuei acariciando-lhe a cabeça – Eu apenas quero mexer no seu cabelo, s-s-seu cheiro é b-bom.
Soltou uma risada convencida e me abraçou.
- Iggy – atendi – Eu continuo cumprindo minha promessa.
Olhei-o assustado, meus olhos se lagrimejaram e antes que eu percebesse já o havia beijado três vezes com uma urgência estranha até mesmo para mim.
- S-S-S-Se-Seu americano tolo – funguei – Pensei que estivesse esquecido dessas promessas estúpidas!
- Se são tão estúpidas que tal pararmos de cumpri-las?
Me decepcionei.
- Entendo-lhe... Você quer dizer-
- Que tal fazermos uma só?
- Hã? – alcei as sobrancelhas.
Seu dedo mindinho se entrelaçou ao meu e seu sorriso iluminou minha mente.
- Eu prometo que vou te amar, beijar, abraçar e te desejar pelo resto de nossas vidas.
- Isso é tão clichê... Tirou isso daqueles seus filmes americanos?
- Vamos lá Iggy, não estrague o clima agora.
- Clima – Suspirei fortemente e corei um pouco – Eu prometo que eu irei te amar, b-beijar, abraçar e te... Essa parte é mesmo necessária?
- Sim!!!
- E t-te d-d-desejar pelo resto de nossas vidas. E então?
- E então que você prometeu que seria meu está noite certo?
Revisei o que havia dito, é, talvez ele estivesse certo. Surpreendi-o ao empurrá-lo para baixo invertendo as posições, abriguei-me em seu peitoral e fiquei sentindo aquele aroma enlouquecedor me fazer perder toda a razão que me restava.
- Só porque eu fiz uma promessa não quer dizer que eu goste dela – ele riu e beijou-me na testa – Não seja tão convencido está noite.
- Você quer dizer – Sua mão escorregou um pouco acima do limite da decência – “Não seja tão convencido todas as noites”.
“Este sentimento atrevido que tenho
Me faz girar com você até o futuro
Essa luz que nos intercepta
Eliminará qualquer dúvida
O mundo quebrado em que estamos
Começa a explicar agora o significado deste palpitar
Dentro do meu coração, e solidamente sinto
Que vou te proteger pra sempre.”
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Música original (com vídeo): http://www.youtube.com/watch?v=wgZ7EGNGWK8
Cover da Tháy-chan e eu: http://www.youtube.com/watch?v=UUJwEoeRbB0
Letra: http://letras.terra.com.br/vocaloid/1867864/
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É isso! Espero que tenham gostado, se quiserem imaginar a Tháy-chan como o Iggy e eu como o América tudo bem! Eu tenho essa voz fina e expressiva mesmo... E a Tháy-chan tem a voz muito sexy *baba* -q
Bem... Er... Sinto que fiz o Iggy meio seme tsundere aqui... Like a boss.