Secret Love escrita por grazidiasss


Capítulo 28
O CLOSET E A FITA




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De todas as coisas as quais tenho passado ultimamente, imaginei que essa não seria das piores. Sabe? Reencontrar com o cara suspeito de assassinar uma pessoa e de colocar o Stefan atrás das grades, lembrando disso, logo me vem a vaga e maldita lembrança de que; Eu sou a culpada por Stefan ter mentido perante a lei. Falando sobre minha culpa...


Damon tem enfrentado problemas com a moto e eu prometi á mim mesma que quando tudo isso acabar, eu irei dar uma de presente a ele. Mas ele ama tanto essa lata velha que não sei se isso seria bom ou ruim, não importa.

Eu tive que passar o resto do dia com Caroline e sua tagarelice, ela falava que era injusto que não fosse conosco e blabla... mas foi legal, porque só de ter que assimilar todas as milhares palavras que ela despejava me deixou feliz, porque era uma normalidade a qual eu estava acostumada e isso era infinitivamente maravilhoso.

Mas Damon estava pronto para explodir a qualquer momento.

Se você me perguntar o motivo de seu estresse, não saberei responder. Quero dizer, passamos uma bela tarde comendo deliciosas amoras com leite condensado, mas ele parecia feliz e estressado ao mesmo tempo, e eu preferi não perguntar o motivo.

Caroline continuava tagarelando sobre Matt e Tyler enquanto me maquiava, e eu ficava matutando coisas na cabeça. Com certeza Stefan seria punido por mentir para a lei, e eu não conseguia imagina-lo agindo bem á mim e a Damon. Engoli em seco, que merda estou pensando? Ainda estou sã?

— Prontinho! — Pronunciou Caroline, observando-me com os enormes olhos azuis. Ela estava admirada com sua obra de arte. Depois, colocou um broxe no meu vestido e o deixou mais curto. Minhas pernas são longas e magras, mas, olhando-me agora do espelho, não consigo imaginar que magica ela fez para conseguir deixa-las torneadas, ou aparentemente.

— É injusto vocês não me levarem junto.

Repetia, e essa era a milésima vez que falava a mesma coisa.

— Caroline... o convite diz para...

— Levar apenas uma pessoa, entendi.

Ela fez bico.

— Ei. — Damon grunhiu na porta, e estava sério.

— Vamos?


O lugar estava cheio e agitado, mostramos nossos convites e passamos discretamente. Damon segurava com força meu pulso e tivemos que nos apertar para chegarmos ao bar, ele pediu duas aguas e eu fiquei confusa.


— Uma festa e tanto. — Digo, tentando puxar assunto. Ele apenas faz que sim com a cabeça e pede que eu sente no sofá ao seu lado. Fico encarando-o, mesmo na escuridão, onde só leves luzes azuis iluminavam seu rosto eu podia ver seu bico e testa franzida. Porque não era uma coisa que fazia com frequência.

— Tem algo que quer me contar?

— Não.

— Então porque tem agido assim o dia todo?

— Eu só estou com medo.

— De que?

— Sabemos o que aconteceu a ultima pessoa que se aproximou muito de Klaus. Ele matou Katherine.

— Damon... — tentou reconforta-lo alisando a sua nuca de leve, mas ele se afasta. E eu fico ereta e calma, se ele quer assim, que seja.

— Dois raios não caem no mesmo lugar duas vezes.

Ele assentiu, e notei uma melhora em seu olhar. Continuei observando o lugar, até que, finalmente, o dono da festa chegara.

Com uma entrada triunfal, dois homens extremamente fortes ao seu lado, caindo sobre o comportamento de ferro que ficava na entrada, com habilidade pousaram no chão e observaram as pessoas. A luz era fraca, como em uma boate fechada, mas dava para observar o rosto e reconhecer as pessoas. E Klaus era assustador.

Eu não tinha reparado muito em seu rosto aquele dia, mas agora, pude notar a barba por fazer e o maléfico sorrisinho de canto-de-boca que encobriam sua face tão malévola. Ele não parecia alguém que abraçaria você de uma forma suave, parecia aquele te bateria com força e te deixaria na sergeta.

Ele entrou, falando com algumas pessoas, e todo esse tempo, seus cachorrinhos de estimação — pit bull, ou rottweiler, eu não sei que raça daria aqueles dois gigantes homens ao seu lado. Com blusas coladas e cabelos raspados, rostos sorridentes, quebrando o clima de "segurança" o que me fez imaginar que eram apenas amigos dele — não saíram do seu lado.

Eu ficaria calma se naquele momento não tocasse minha musica.

Olhe, eu sei que algo que nunca fico imaginando o tempo todo é sobre a antiga eu antes e vir para cá. Digamos que eu era estranha e sozinha, mas isso não aconteceu do nada, veio com o tempo, decepções pessoas e interpessoais nos deixam assim. Eu não era desnaturada nem nada, mas eu era incapaz de respirar normalmente perto de um ser humano completamente diferente de mim. Isso mudou, sim, mas meu gosto musical ainda é o mesmo. E era Snow Patrol! Cara, Snow Patrol, sabe quantas vezes sonhei dançar essa musica em um lugar especial com alguem especial? Uma parte de mim desejou que Stefan estivesse ali também.

— Essa musica me deixa triste. — Ele sussurrou, e eu o encarei.

— É minha musica preferida.

— Como consegue ter uma musica preferida?

— Não sei. — Abri um sorrisão — Quer dançar?

— Não acha melhor ele te ver sozinha? Sabe, se quer se aproximar, eu não sou boa companhia..

— Ele conhece você?

— Katherine me fez brigar com ele uma vez.

Damon parecia mais calmo agora, até soltou um de seus sorrisos. Então levantei, e ele ficou encarando e fui dançar perto de Klaus. No começo ele não me notou, quero dizer, ele me olhou mas não falou nada. Simplesmente olhou. Mas quando um de seus "cachorrinhos" comentou sobre mim, ele veio falar comigo. Pelo canto do olho vi Damon se retrair.

— Gostando da festa? — murmurou perto.

— Ótima festa.

— Estranho... eu não lembro de você.

— Ah, eu vim com uma amiga.

Ele sorriu.

— E onde ela está agora?

— Deve ter ido para algum lugar com algum garoto. — Ele piscou e deu um gole em sua bebida, eu parei de dançar, ou que pode-se chamar de remexer o corpo para lá e para cá.

Um de seus cãezinhos veio até nós.

— Ei — disse, sem olhar para mim — aquele problema está vindo a tona novamente. Klaus, nós precisamos resolver antes que a festa acabe.

Klaus olhou seriamente para ele.

Se ele já dava medo com seu olhar normal, não me pergunto porque o grandalhão contraiu os bíceps e deu ás costas. Klaus sorriu abertamente para mim, e deu um gole em sua bebida outra vez.

— Eu preciso ir. — Parou na minha frente — Meu quarto é atrás do bar, a esquerda. Se você ficar me esperando lá, eu volto logo.

E entregou uma chave na minha mão.

Damon olhou para mim sério, e então, quando Klaus e seus capangas saíram da festa, veio até mim e tocou sua luva de motoqueiro no meu braço.

— E aí?

Sorri.

— Parece que algo está a nosso favor — e levantei a chave próximo a seu rosto. — O quarto dele.

Damon abriu um sorriso enorme e então sussurrou:

— Está aprendendo com o mestre.

E fomos até o quarto.


Damon abriu a porta e eu entrei e o que vi me surpreendeu, compreenda, não era nada demais, claro, mas um quarto tão arrumado como aquele na casa de um fanfarão? Mas isso não é algo que eu deveria comentar.


Damon começou procurando no guarda-roupa, era esperto e rápido, procurava em cada bolso e até nas botas, cuecas, jaquetas, qualquer coisa que incriminasse Klaus de qualquer forma. Eu procurei debaixo da cama, nas maletas, nos tênis escondidos pela comoda. Dentro dos livros, dos dvds, das caixas de papelão sobre o guarda roupa. E nada. A unica coisa criminal que encontramos ali fora cocaína. Mas Damon não achou nada demais, e até as colocou no bolso. Murmurando algo como "jogar fora, você sabe, livrar os jovens das drogas e tudo mais" e eu ri, porque sábia que era completamente mentira.

Estávamos quase saindo, quando, como num passe de magica, Damon me puxou com força e me jogou dentro do closet de Klaus. E entrou logo depois.

— O que foi?

— Ele está aqui.

Track, teck. E a porta se abriu. Merda!

Damon se sentou sobre as botas e eu sobre as calças jeans, logo senti algo roçando minha perna, quando remexi a bermuda vermelha com taxinhas (era feminina) e os olhos de Damon brilharam. Enrolado sobre um pano preto e aveludado, estava uma fita. Uma fita de vídeo com as datas do dia do assassinato de Katherine. Congelei.

— Me de isso aqui. — Damon guardou dentro da roupa e segurou minha mão com força, a essa altura, eu estava soando frio. Ouvimos um barulho e nos levantamos para ouvir atrás da porta.

— Tem alguém aí? — Klaus estava procurando por mim.

— Deixamos a porta aberta. — Damon sussurrou, mais como um lamento do que um aviso. E num minuto abriu a porta e saiu.

— VOCÊ ENLOUQUECEU? — gritei, quando Klaus me olhou bem no fundo dos olhos e sorriu.





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