Além Da Humanidade escrita por MariSB


Capítulo 6
O Desafio de Miguel - Parte 6


Notas iniciais do capítulo

Estou pensando em reativar a fic... digam o que vocês acham.



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A noite passou tranquila e eu saí para a escola logo de manhã, algo me dizia que algo aconteceria hoje, eu tive todas as aulas no ultimo período teríamos Biologia com a professora nova, então ouvi o sinal para o ultimo período bater, quando eu vi a Jaqueline entrar na sala com as pastas e largar em cima da carteira do professor eu fique surpreso, mas uma surpresa boa, já que estávamos de bem e ela falou:

– Bom dia pessoal, sou a nova professora de Biologia, Jaqueline Souza.

Vários cochichos se espalharam pela aula, mas eu e Jaqueline podíamos ouvi-los, era a maioria “Souza?” e “Será parente do Miguel?” Jaqueline sorriu e falou:

– Vocês podem fazer silêncio, por favor? Sei que estão curiosos quanto ao meu sobrenome.

Ela olhou para mim e percebeu meu choque e então eu sorri e ela continuou:

– Sim, sou parente de Miguel, irmã para ser mais precisa, agora vocês me conhecem e eu adoraria conhecer vocês, ela passou de classe em classe perguntando nomes, reparou na menina uma classe antes da de Miguel que sentava bem na ponta e perguntou:

– Qual é o seu nome?

– Carla Lovato

– E você? – perguntou para mim

– Vai fazer isso mesmo? – perguntei rindo

– Sim – ela riu também

– Miguel Souza, muito prazer.

– Ótimo! Agora conheço todos vocês! E como ainda temos tempo, vamos começar a aula.

Cinco minutos antes de terminar a aula ela parou:

– Vamos parar por aqui hoje, mas quero que vocês me respondam uma coisa, mas sejam sinceros, o que vocês acharam da aula, falem a verdade para mim poder melhora-la.

– A aula foi muito boa e interessante, Professora! – A voz saiu de trás de mim.

– Obrigada Srta. Lovato

– Com certeza a melhor professora que nós tivemos.

– Obrigado Sr. Simas, me sinto honrada.

O sinal tocou e todos saíram, apenas eu fiquei com ela na sala, ela se virou para mim surpresa:

– Sim, Miguel.

– Vou esperar minha querida professora para que possamos ir juntos para casa.

Ela pegou as coisas dela e fomos caminhando lentamente para casa, ela falou:

– Como foi com a Carla?

– Ela continua na minha volta.

– Porque não dá uma chance a ela? Você gosta dela.

– Não quero machuca-la.

– A culpa é minha – ela baixou a cabeça – Você acha que pode machuca-la porque eu não consegui me controlar e lutar contra Leandro, mas eu preciso que você entenda Miguel, que você é mais forte do que eu.

– Esse não é um risco que eu esteja disposto a correr, Jaqueline.

Falando isso eu corri para casa, e Jaqueline foi para o outro lado da cidade, no inicio me preocupei com ela, pois era dia de se alimentar, mas ela não apareceu em casa, eu sabia que a culpa consumia muito dela e eu não estava ajudando, ela ficou deitada perto do rio até o outro dia de manhã, quando eu a ouvi entrar pela janela, eu terei o primeiro período com ela e vou falar com ela, fui para aula e a vi entrar, ela evitou me olhar, ela estava exausta, havia manchas roxas em seus olhos e eu tive certeza que ela não havia se alimentado, o que me preocupou e então falou tranquilamente:

– Bom dia! Vamos continuar nossa aula de onde paramos ontem.

A aula esta indo bem, mesmo cansada ela dava uma boa aula e os alunos a adoravam, mas ela não estava tão bem assim, me levantei e fui até ela, ela não percebeu então eu a chamei e ela se virou, quando me viu ficou surpresa com o meu chamado, mas recuperou-se rápido e falou:

– Sim, Sr. Souza.

– Vamos lá fora comigo.

– Estou dando aula Sr. Souza e seria bom que o Sr. prestasse atenção

Eu a empurrei para fora e nem precisei usar minha força, ela estava exausta de mais o que me surpreendeu e a surpreendeu também, já do lado de fora eu falei:

– O que está fazendo?

– Estou dando aula – disse ela braba

– Não tem medo de atacar um deles?

Senti ela se encolher com minhas palavras, ela achava que eu não confiava nela, percebi a burrada que tinha feito e fiquei apavorado e ela foi voltar para sala e eu a chamei:

– Jaqueline! Desculpe!

– Eu não sou um monstro e posso dar minha aula.

Ela entrou na sala e ele foi atrás:

– JAQUE!

– Por favor, Sr. Souza, ou sente-se e assista a minha aula ou faça o favor de se retirar e passar na direção.

Me sentei derrotado e ela continuou a aula normalmente como se nada tivesse ocorrido e quando bateu ela foi para a próxima aula, meio dia ela pegou as coisas e foi para casa, largou as coisas em cima da mesa e pegou um velho vaso de porcelana com algumas flores e jogou com toda a força na parede do outro lado da sala, no mesmo momento que o vaso tocou a parede eu entrei em casa, caminhei até ela e falei:

– Jaque? Me escute, eu não queria dizer aquilo.

– Mas você falou, eu sou um monstro, me deixe em paz.

– Pare com isso, você não é um monstro.

Ela foi até a cozinha e tomou duas garrafas então voltou com os olhos vermelhos e as presas para fora e falou entredentes:

– Eu sou um monstro, é a minha natureza!

– Pare com isso!

– Não! Vou te mostrar o que eu sou!

A única coisa que tive coragem de fazer foi abraça-la e falei:

– Eu sei que você está magoada e triste, e que a culpa é minha, mas, por favor, não deixe isso te dominar, você é melhor que isso.

Ela ficou mais um tempo abraçada em mim, seu rosto estava escondido em meu peito e ela nem se mexeu, quando eu a afastei vi a expressão assustada e triste dela, ela saiu da sala se jogando na cama e dormiu, eu fiquei um pouco na sala e então fui até o quarto dela e vi que ela dormia, eu sorri e voltei para sala, mas fiquei surpreso ao notar que tinha uma humana sentada no meu sofá, Carla sorria para mim e ela falou:

– Oi, eu queria falar contigo.

– Não devia estar aqui.

– O que houve hoje na aula?

– Falei coisas que não devia para minha irmã.

– E como ela está?

– Ela vai ficar bem.

Me sentei ao lado dela e ela perguntou:

– E você? Como está?

– Não devia ter feito isso com ela, foi horrível.

– Vim te fazer um convite.

– Faça então.

– Quer ir ao parque essa noite? Vai quase todo o pessoal. É daqui a duas horas

Percebi que ela já estava arrumada e resolvi seguir o conselho de Jaqueline e falei:

– Claro! Quer dar uma volta antes?

– Vamos – disse ela feliz

– Só vou falar com a Jaqueline.

Eu caminhei até o quarto da Jaqueline e a sacudi chamando-a:

– JAQUELINE!
– O que foi Miguel?

– Vou sair, posso?

Os olhos dela se avermelharam e ela se controlando falou:

– Claro. Mas, Carla está ai?

– Sim.

– Tire-a daqui logo.

– Vou voltar mais tarde, cuide-se e se precisar pode pegar o que está na geladeira, depois conseguimos mais.

– Obrigada Miguel, mas vai logo!

– Claro.

Sai e abri a porta para que Carla saísse e fomos para fora, quando estávamos do lado de fora, pude ouvir Jaqueline correr para a cozinha e beber uma garrafa.


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