Além Da Humanidade escrita por MariSB


Capítulo 2
O Desafio de Miguel - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, se ninguém comentar essa fic, vou exclui-la bjos MariSB



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Ela correu, percebi que a velocidade era incrivel, mas meus olhos acompanharam perfeitamente e logo eu fiz a mesma coisa, a velocidade era impressionante, mas meus olhos não perdiam um detalhe, cada arvore, cada carro nada escapavam dos meus olhos e em um minuto eu estava na frente da casa dela, do outro lado da cidade, ela me puxou pela mão me fazendo entrar, eu olhei para mim e vi que minha pele tinha queimaduras, ela pareceu preocupada encarando fixamente as queimaduras, mas assim que elas sumiram ela relaxou e falou:

- Vamos até a cozinha.

Eu a segui, a cozinha dela era branca e bem arrumada, os balcões limpos e a pia sem nada sujo o fogão impecável em um canto da cozinha e a sua frente a geladeira, proximo a eles uma mesinha braca pequena e redonda, ela passou pela e mesa e abriu a porta da geladeira eu a vi tirar a ultima garrafa de sangue que tinha na geladeira e, me entregou se jogando em uma cadeira da mesinha logo em seguida e falou:

- Tome, senão você vai morrer, por favor, tome tudo, depois eu vou sair e buscar mais, por enquanto você precisa nem que seja um pouco, apenas para estabilizar o seu novo jeito, então por favor beba.

Eu virei a garrafa e tomei a metade, senti meus dentes afiarem e crescerem e uma dormência nos meus olhos, eu perdi o controle, precisava de sangue era incrível a sensação, queria avançar sobre aquela pessoa na minha frente, mas ela não tinha um cheiro bom, Jaqueline me segurou me chamando e eu voltei ao controle, olhei para ela e a vi como nunca antes, ela estava fraca e assustada, voltei ao normal e peguei o que sobrou da garrafa e segurei-a a força fazendo-a beber. No inicio ela relutou, não queria beber, mas então aconteceu com ela o mesmo que comigo os dentes se afiaram e eu percebi o que aconteceu com ela, seus olhos ficaram vermelhos, ela avançou por cima de mim e eu a segurei firme, eu fiquei surpreso com a minha força e ela me olhou e seus olhos voltaram ao normal o corpo dela enfraqueceu e ela me abraçou falando:

- Desculpa.

- Não por isso, eu preciso ver como é.

- Miguel?

- Que foi Jaque?

- Eu preciso dormir, estou cansada.

- Precisamos dormir?

- No inicio sim, depois não precisa mais, exceto quando gastamos muita energia e eu gastei todas as minhas hoje.

- Quer que eu te ajude a chegar ao quarto?

- Sim, obrigada.

- Você vai ficar bem?

- Claro, sou imortal esqueceu?

Eu larguei Jaqueline no quarto dela entendia tudo apesar de parecer incrível e sabia que ela estava exausta, eu podia sentir, observei ela deitada na cama de madeira, parecia bem antiga a madeira da cama e bonita, o guarda roupas era da mesma madeira e do mesmo modelo da cama, havia uma mesinha de madeira em um canto com uma cadeira, o notebook dela estava em cima e a impressora  também haviam alguns papeis espalhados, o celular dela estava no criado mudo ao lado da cama, e havia uma comoda quase imperceptivel ao canto do quarto, ela dormia tranquilamente, mas ainda sentia a exaustão dela e acho que isso faz parte de quem eu sou agora, a sonolência me bateu, me joguei no sofá e dormi, acordei com um barulho na porta era Jaqueline entrando, ela falou:

- Fui buscar alimento para nós.

Acho que fiz uma expressão apavorada, pois ela recuou e falou:

- Não matei ninguém, não se assuste, não mataria, eu peguei um pouquinho de cada pessoa, pequenos machucados e peguei um pouco do banco de sangue no hospital, eles nem vão perceber, já temos dez garrafinhas, mas é pouco, vai durar apenas uma semana para nós, vou te explicar como eu faço, eu tomo hoje, por exemplo, duas garrafas e fico uma semana sem tomar, para mim é o essencial, acho que podia ficar mais tempo sem tomar, mas tenho medo do que pode acontecer – ela estremeceu o que eu não deixei de reparar – então prefiro não abusar.

- Ok, eu vou fazer a mesma coisa. Como eu saio no sol?

- Espera um pouco.

Ela voltou com um liquido e riu entregando a ele:

- Tome um gole e vai ficar para o resto da eternidade imune ao sol.

- O que é isso?

- Sabe é até irônico! É agua benta!

- Muito irônico – disse rindo e encarando o frasco

Tomei um gole e fiz uma careta ela riu muito e eu falei:

- Ei! Sei que me ama! Não precisa debochar!

- Ótimo. Sabia que tem gente que só sai a noite com medo de tomar agua benta e não dar certo?

- Mesmo?! E você teve coragem?

- Eu não tinha mais nada a perder, Miguel.

Ela saiu da sala me deixando confuso, ela não tinha nada a perder? O que eu faria durante a tarde, observei a sala por um instante, havia uma grande estante na parede em minha frente, cheia de livros e uma TV e um rádio, eu estava sentado em um sofá vermelho, num canto da sala havia uma mesinha com um vaso antigo com flores, então pensei em ir em casa buscar as minhas coisas, mas nem sei se ela me quer aqui, me joguei no sofá com a cabeça girando e logo ela apareceu na porta com uma calça Jeans e uma camisa, minha irmã é meio baixinha e ela não chega a ser gorda, mas também não é magra, eu sou que nem ela, só que mais alto e ela sempre disse que mais bonito, apesar de eu acha-la muito bonita, mas ela é minha irmã sou suspeito pra falar, ela estava bem bonita e sorria, eu ri e ela falou:

- Vou dar uma volta, só volto de madrugada, vou me divertir.

- Você nunca foi disso. – disse me lembrando de quando ela passava mais tempo conosco

- Sou uma nova pessoa, você não sabe?

- Muito engraçado.

- Quer ir comigo?

- Acho que vou para casa.

- Não vai ficar aqui?

Eu percebi a tristeza marcada no olhar dela, percebi que ela tentava esconder inutilmente e ela completou:

- Quer ficar comigo, aquela casa sempre será sua e pode voltar lá quando quiser, mas eu adoraria poder te cuidar.

- Você já me cuidou bastante e eu não sou mais criança.

- Está bem.

Ela baixou a cabeça e voltou para o quarto cabisbaixa e eu falei baixo, pois sabia que ela podia ouvir:

- Jaque?

- Sim – respondeu ela do quarto com a voz baixa também.

- Se você quiser me aturar, eu adoraria ficar com você.

- Mesmo? – disse ela confusa aparecendo na porta, mas parecia esperançosa.

- Sim, mas não vale dar uma de protetora de mais.

- Claro – disse ela pulando por cima de mim e me abraçando.

- Jaque...

Mas quando eu fui falar ela me interrompeu pedindo silencio e ficou em pé, em posição de ataque, de um jeito que eu nunca havia a visto, ela parou ouvindo e então disse:

- Temos companhia, vamos sair daqui logo, acho que sei quem é, ele está atrás de nós, Miguel, vamos.


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