Horas se passaram. Eu continuava lá. Não iria sair por nada, a não ser que Malfoy viesse me buscar. Acabei adormecendo ali mesmo, passei a noite naquele lugar... E ele não apareceu. O sol já havia levantado quando ouvi os passos de alguém vindos da escada. Era Draco.

-O que você está fazendo aqui até agora? Todo mundo está perguntando por você.

-Eu só vou sair daqui com duas condições.

-Ah Hermione, anda logo. Para de ser dramática.

- Ótimo. Ficarei aqui o resto da minha vida, que afinal não irá durar muito tempo.

-Ah, quer que eu vá chamar o Weasley? Talvez assim você se anime um pouco.

-Entenda de uma vez por todas, não é o Rony que eu quero.

-Então, quem é?

-Tem mesmo alguma dúvida?

-Tenho.

-É você, seu babaca.

Ficamos nos encarando por alguns segundos. O silêncio reinava, nenhum tinha coragem para quebrá-lo. Até que eu decidi dizer algo:

-E então, vai me perdoar ou vai ficar ai parado?

-Só se você me prometer que não irá mais estragar nossos momentos lembrando-se do Weasley.

-Prometo.

Ele  chegou mais perto, pegou pela minha cintura e me deu um beijo te tirar o fôlego. Finalmente. As coisas haviam voltado ao normal, iríamos assumir o nosso namoro.

Depois de algum tempo trocando caricias resolvemos descer para comer alguma coisa no salão principal.

As aulas foram tranquilas, e sempre que podíamos fazíamos o máximo possível para demonstrar nosso relacionamento. O pessoal da Sonserina até que não achou tão ruim no geral, já a Parkinson... Aquela lá morreu de ciúmes, raiva e inveja.

Depois do jantar, eu estava voltando para a sala comunal sozinha, já que Draco havia comido incrivelmente rápido. Quando cheguei havia um silencio imenso. Achei uma carta em cima do sofá que dizia:

“Pista número 1:

Siga as pétalas.”

Decidi entrar na brincadeira. As pétalas deram até o quarto do Malfoy. Quando abri a porta tive uma surpresa. O ambiente estava todo decorado com lençóis verdes de seda e pétalas vermelhas em cima, tudo estava incrivelmente lindo. Sobre a cama havia outra carta:

“Pista número 2:

Pegue as bebidas no baú”

No canto tinha um baú, quando eu o abri havia várias bebidas que eu desconhecia. Peguei uma garrafa de Hidromel que por sinal estava bem gelada, junto a ela havia uma outra carta anexada:

“Pista número 3:

Tire a roupa. Hahaha brincadeira. Apenas deite na cama, o resto é por minha conta.”

Um sorrisinho malicioso passou por meus lábios, adorava esses joguinhos dele. Fiz o que o bilhete mandava. Assim que estava deitando na cama Malfoy agarra minha cintura. Nos beijamos durante alguns minutos.

-E ai, qual bebida escolheu? – Disse ele perto do meu ouvido.

-Uma garrafa de Hidromel.

-Ótimo... Bom, agora vamos começar o joguinho.

Draco fez com que eu me deitasse na cama e foi tirando minha blusa, saia e sutiã. Depois foi derramando lentamente sobre o meu corpo o Hidromel. Aquilo era muito excitante. Ele fez um trajeto desde o umbigo ao pescoço, e agora estava a “lamber” as partes em que escorria o líquido. Era a minha vez. Comecei a fazer a mesma “brincadeirinha” com ele.

Ficamos horas ali juntos. Nunca tinha tido uma noite tão animada e selvagem assim. Comecei a pensar descontroladamente em como eu amava aquele garoto, como eu amava aquele idiota arrogante que sempre fora Draco Malfoy, e eu nunca havia reparado em suas qualidades. Felizmente, ainda há muito tempo para recuperarmos.