Do not leave me here escrita por Hoppe, Mih Ward
Notas iniciais do capítulo
Hoppe: *-* oooi meus amores, como estão? To com mts saudades ein! NOs perdoe a demora, estávamos atoladas de trabalhos (pelo menos eu neah marida vagal? u.u) e naum conseguimos ter mt cabeça pra escrever D: mas já voltamos *-* e esperamos que gostem desse cap! A música dele, super triste como diz a Milena kkkk: http://www.youtube.com/watch?v=w_LOOKssMpA
Boa leitura (:
Risadas ecoaram pelo extenso corredor de árvores.
- Não corra! – exclamou Cato ao ver Clove correr por entre as árvores, agitando as folhas caídas no chão aos seus passos. Ela parou, fitando-o com divertimento. Cato parecia sua mãe naquele momento.
- Estou me aquecendo – ela sorriu tirando a faca de dentro do seu bolso interno girando-a entre os dedos com maestria e a agilidade que apenas ela poderia ter. Clove acordara se sentindo melhor naquela manhã e surpreendentemente, seus sentidos e equilíbrio haviam se estabilizado.
- Coma – e antes que pudesse terminar de falar, Cato lançara á Clove uma maçã, certo de que os reflexos da garota não errariam.
Ela levantou os olhos á fruta e estendeu as mãos, mas havia algo errado. Algo estava errado. A maçã não caiu em suas mãos, como o esperado. Seu reflexo errara.
A fruta caiu próximo aos seus pés e Clove permaneceu parada, olhando para o chão sentindo aos poucos, a fúria dominar seu corpo, sentindo o fogo queimar suas veias e lágrimas quentes encherem seus olhos.
As botas de Cato fizeram barulho contra o chão de terra e ela virou o rosto, escondendo as lágrimas que não conseguira reprimir.
- Clove? – ele perguntou, cauteloso.
Ela sacudiu a cabeça, não conseguindo conter o suspiro juntamente de um soluço.
- Eu sou inútil... – sussurrou ela lutando contra o restante das lágrimas, a fúria ainda queimava por suas veias – Há algo de errado em mim, Cato. Algo de errado na minha cabeça, eu sei que há. Eu sinto.
E então, o calor de seu corpo aumentou. Mas não era mais o fogo que corria por suas veias, eram os braços de Cato que haviam a envolvido firmemente em um abraço. Ela deixou outro soluço escapar e seu corpo tremeu involuntariamente.
Cato a apertou mais em seus braços, sussurrando coisas ilegíveis mas que de certa forma, a acalmavam e faziam seus soluços diminuírem.
- Logo tudo isso acabará – ele murmurou – Vamos ganhar, minha querida. Vamos voltar para a casa e... Tudo ficará bem.
Ele a soltou e agachou-se, pegando a maça do chão e estendendo-a para Clove.
- Vamos... Coma – ele murmurou. Ela olhou para a fruta nas mãos dele, seus olhos ainda cheios d’água.
Mas dessa vez, algo a perturbou ao olhar para a maçã. Involuntariamente, aquela lembrança voltara á tona.
Ela se lembrou do segundo dia na arena, Glimmer comendo uma maçã sensualmente, tentando persuadir Cato com seus estúpidos cabelos loiros e brilhantes, ou o seu corpo esbelto.
Clove não se importara com aquilo na hora, mas naquele momento algo a perturbou, mesmo que Glimmer já estivesse morta, Clove não pôde deixar de sentir algo estranho em relação ao que ela fizera naquele dia.
Ciúmes, talvez?
Clove piscou os olhos, voltando á realidade. Cato estendeu a maçã á ela mais insistentemente e ela negou.
- O que há de errado agora? – ele perguntou, um tanto impaciente.
- Nada – ela respondeu em um fio de voz, o tom baixo a denunciou. Cato arqueou as sobrancelhas.
- Fala... – ele tentou sorrir, sem sucesso. Por que diabos estava tentando sorrir? Cato sorria apenas quando havia um motivo e desde que entrara naquela arena, só sorria depois que matar mais um tributo. E então, ele se lembrara de sua mãe dizendo que sorrir tranqüilizava as pessoas e ele havia feito aquilo, involuntariamente.
Cato continuou imóvel diante dela, os braços cruzando á espera de uma resposta. Clove abaixou os olhos para o chão, evitando os dele.
Como resposta, ela pegou a maçã das mãos dele e a apontou. Ele arqueou as sobrancelhas, em confusão.
- Ahh! Esquece – ela bufou, largando a maçã de volta nas mãos dele e virando-lhe as costas.
- Clove! – ele exclamou vendo-a caminhar por entre o corredor de árvores, os irritantes mockingjays cantarolavam por todos os lados.
Urgh, como Cato odiava mockingjays!
Ele apressou os passos atrás dela, apertando suas mãos em punhos e esquecendo-se que continuava a segurar a maçã. A fruta se desfez entre seus dedos e ele soltou os restos no chão, começando a correr quando percebera que Clove saíra de sua visão.
- Clove! – ele rosnou, irritado.
Olhou para o céu, o sol quase se pondo no horizonte. As horas haviam se passado rápido demais e aquilo era um mau sinal.
Cato recomeçou a corrida embora soubesse que se continuasse a correr, se perderia cada vez mais do caminho em que Clove, certamente, seguira.
- Clove! – ele gritou, para o alto. Bufou, encostando-se em um tronco de uma árvore qualquer, ofegante.
Olhou novamente para o horizonte, o sol havia desaparecido rápido demais. Os Gamemakers certamente estavam planejando algo e ele precisava encontrar Clove logo.
O ar morno de antes aos poucos era levado e substituído por brisas gélidas da noite. Cato olhou mais uma vez para o horizonte e seu estômago se apertou ao constatar que estava escuro.
Rapidamente, tirou da mochila seus óculos noturnos e voltou a correr. Ele teve a visão privilegiada do que a escuridão escondia, mas não havia sinal algum de Clove.
As esperanças ameaçavam morrer, ele sentia que não a encontraria tão cedo. Apoiou-se em outro tronco de uma árvore qualquer e fechou os olhos.
Teve um vislumbre de seus grandes olhos verdes por um instante, e ele abriu os seus rapidamente, piscando. E assim como seus olhos, sua voz soou em sua mente, sua risada, tudo tão repentino...
Ele desencostou-se da árvore, as esperanças já fortalecidas. Precisava encontrar Clove, precisava encontrá-la...
E antes que pudesse retomar sua corrida, um estrondo soou ao seu lado, fazendo-o pular para o lado, caindo no chão. Rapidamente colocou de volta seus óculos e um suspiro de alívio escapou pelos seus lábios ao constatar que era Clove.
Ele se levantou do chão e deu um passo em direção á ela, puxando-a para um abraço de urso. Abraços como aquele haviam se tornado normal entre ambos, já deixara de ser estranho para eles.
Mas então, Cato afastou-se dela, a expressão irritada em seu rosto a fez recuar um passo.
- Onde você estava? – perguntou ele, com a voz grossa e letal. Clove ajeitou seus óculos noturnos e deu de ombros.
- Por aí... – ela murmurou e olhou para cima – Na árvore...
- Como você se afasta assim, Clove? – ele perguntou, mais como um rosnado assustador – Temos que ficar juntos!
Ela arregalou os olhos por trás dos óculos ao captar o outro sentido na frase dele. Cato parou suas palavras ao perceber também o que acabara de dizer.
- Quero dizer... Unidos – ele murmurou – Não podemos nos separar.
Ela assentiu, ainda magoada com o que acontecera horas antes. Cato suspirou, o local estava em completa escuridão mas Cato ainda conseguia ver a figura pequena de Clove á sua frente, por trás de seus óculos de visão noturna.
- O que queria me dizer antes? – ele quebrou o silêncio – Eu fiz algo... Que a magoou?
Clove negou com a cabeça.
- Vamos... – ele insistiu prendendo suas mãos em torno dos braços finos de Clove. Ela estremeceu ao seu toque – Me conte...
Ele a viu abrir a boca para responder, mas algo cortou novamente o silêncio.
Um rosnado.
Ambos se viraram para trás, assustados e viram nitidamente olhos verdes água brilharem na escuridão.
E eles conheciam muito bem aqueles olhos.
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Hoppe: *-* eai? oq acharam? Esperamos muito que vcs tenham gostado gente :) Muito obrigada pelos reviews do cap anterior, todos maravilhosos =') sem palavras HAHAH'
bjoos s2