Entre O Brilho Das Estrelas escrita por Anny Andrade


Capítulo 6
Capitulo 6: Faz Falta...




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Hermione passou a tarde toda em absoluto silencio apenas sentindo o abraço da mãe, quando seu pai chegou o abraçou com força, ele era realmente o único homem em quem ela acreditava, ele jamais seria capaz de magoá-la e sempre estava presente nas horas mais difíceis. 

-- Ela não quis falar sobre o que aconteceu só fez chorar. – Rose disse com o coração apertado. 

-- Nem sabia que ela havia voltado. – Philipes disse abraçando a filha. 

-- Já estava a muito tempo longe de todos, e o casamento da Luna está chegando... – Hermione conseguiu gaguejar. 

-- Está por acaso ficando com elas naquele apartamento? – Seu pai perguntou com o ar um tanto tempestuoso. 

-- Claro... Eu moro lá. – Hermione disse.

-- Junto com aquele ruivo? – Ele perguntou. 

-- Podemos não falar sobre o Rony? – Hermione disse chateada. 

-- Mas ele é uma graça de garoto... E eu adorei a família Weasley... – Rose disse sorrindo. – Quem sabe agora que você volto o namoro possa voltar do ponto que parou. 

-- Não... Ele nunca gostou de mim... – Hermione disse. 

-- Como não? Ele te olhava...

-- Rose pode parar, por favor? – Philipes disse zangado. 

-- Por favor, querido, não me diga que ainda implica com o pobre coitado? – Rose disse. – Ele sempre foi um bom garoto e sim ele gostava de você Hermione.

-- E porque ele estava me traindo com aquela loira aguada da Lilá? – Hermione disse sarcasticamente. – Ele provavelmente gostava mais dela. 

-- Viu eles juntos? – Rose perguntou escandalizada. 

-- Estavam abraçados, e ele confessou. – Hermione chorou ainda mais. – E vem se fazer de vitima...

-- Se fazer de vitima? – Philipes perguntou extremamente assustado. 

-- É... Diz que sempre me amou... – Hermione disse soluçando. 

-- Eu acredito nisso. – Rose disse se aproximando da filha e lhe abraçando. – Já pensou em conversar com ele? Dar uma chance? 

-- Até minha mãe ao lado dele? Já não basta todos os meus amigos? – Hermione disse. – Eles viram a dor dele, mas não viram a minha dor... 

-- Mas...

-- Hermione está certa... Temos que apoiar nossa filha, e ela pode arrumar um pretendente muito melhor e adequado para ela... Um que não queira ser um cozinheirinho... – Philipes disse bravo. 

-- Ele abriu um restaurante... 

-- Olha, que bom... – Rose deixou escapar. 

-- Mãe... 

-- Desculpa... – Rose disse. – Mas sei que você ainda gosta muito dele ou não estaria chorando desde a hora que chegou aqui... Dê uma chance... Escute... 

-- Rose... Ela merece alguém melhor... – Philipes disse serio. – Nunca dariam certo juntos, ele fez a escolha certa... 

-- Como assim? Ele fez a escolha certa? – Rose perguntou olhando desconfiada para o marido. 

-- Deixou o caminho da nossa filha livre... – Philipes disse. 

-- Mas como você sabe... 

-- Mamãe, podemos parar com esse assunto? – Hermione disse cansada. – Eu só quero me esquecer disso, pelo menos por hoje... Pelo menos por agora. 

-- Mas... – Rose tentou.

-- Rose... Deixe nossa filha em paz. – Philipes disse rapidamente. 

-- Nós precisamos conversar senhor Granger. – Rose disse séria levantando-se em direção a cozinha. – Muito Seriamente, porque eu espero está errada. Reze para que eu esteja errada. 

-- Rose...

-- Vou fazer algo para comermos... – Rose disse seria e se afastou de vez. 

-- O que aconteceu? Brigaram? – Hermione disse cansada. 
-- Não é nada demais... Já volto filha. – Philipes também se afastou em direção a cozinha. 

XXX 

A primeira regra estabelecida por Katty foi realmente a mais difícil, Ronald teria que passar uma tarde inteira andando no shopping para comprar roupas diferentes, segunda a garota ele parecia um senhor dos anos sessenta com as mesmas blusas sem graça e estilo de vaqueiro. Depois de fechar o restaurante a muito custo e reclamar praticamente pelo caminho todo o ruivo se encontrava em frente a um espelho com Katty animada atrás dele, ela até batia palmas. 

-- Isso... Está... Perfeito... – A garota disse animada. – Depois de tanta procura eu finalmente encontrei uma roupa descente. O que achou? 

-- Que eu estou parecendo o Draco de três anos atrás. – Rony resmungou. – Isso não combina comigo. 

-- Por que não? 

-- Katty... Calça rasgada? Camiseta apertada? Isso é H O R R I V E L ! – Rony disse sério. – Nunca vou usar isso. 

-- Eu gostei... – Katty disse chateada. 

-- Combina com o Harry vou dizer para ele que você gosta disso... – Rony disse rindo. – O que fez com ele para deixá-lo tão estranho no café da manhã. 

-- Não fiz nada... – Katty corou. – Disse que beijo só no quinto encontro. – Ela sorriu confiante. 

-- Sério? 

-- Depois de ouvir “safado” muitas vezes, com ele beijo só no quinto encontro e olhe lá... – Katty disse. – Vamos tentar outra roupa então...

-- Uma calça descente e blusas que me deixe respirar... – Rony disse. 

-- E depois as meninas que são complicadas e que demoram no shopping... Por isso nunca vêem são enjoados e chatos. – Katty disse resmungando enquanto olhava as roupas. – A roupa estava ótima...

Depois de quase duas horas e de muito mau humor por parte de Katty que nunca achava algo que agradasse o chefe finalmente conseguiram achar algo que os dois concordassem que tinha ficado ótimo. 

-- Realmente parece que isso ficou bom. – Rony disse se olhando. 

-- Eu sou um gênio. – Katty sorriu. – É moderno e ao mesmo tempo clássico, e te deixa com cara de dono de restaurante e não de garçom de bar. 

-- Por acaso minhas outras roupas me deixavam com cara de garçom? 

-- Bom... – Katty sorriu. – A roupa está ótima. 

-- O que vem agora? – Rony perguntou cansado. 

-- Eu tentaria um cabeleireiro, mas o cabelo é a única coisa que está em ordem. – Katty disse. – Que tal treinar? 

-- Treinar? 

-- Sim... Seja charmoso e seja também seco. – Katty disse. – Treina comigo. 

-- Com você? 

-- Rony... Eu não caio na sua lábia nem que seja o ultimo homem do mundo. – Katty riu. – Olha eu prefiro os inteligentes, confesso que tenho uma quedinha por óculos, e nerds são legais... 

-- Tudo bem, acabe com a pouca moral do se chefe... – Rony disse sério. 

-- Tem que mostrar para sua amada que não sente falta dela, que está superando todas as barbaridades que ela fez com você... Mostre que se ela não te ama mais, você também pode simplesmente se esquecer de amá-la... Que pode estalar os dedos e conquistar qualquer garota... Mostre que não precisa de garotas fixas, que pode simplesmente se divertir durante a noite e esquecer no dia seguinte. – Katty disse. – Que você pode fazê-la delirar simplesmente com palavras, com olhares, sem realmente tocá-la profundamente.

-- Quer que eu me transforme em um sem vergonha? – Rony perguntou. 

-- Não é isso... Vai se transformar em um conquistador. – Katty riu. – Mostrar para ela que somente quando se perde é que se passa a sentir falta. Que ela precisa dos seus olhares e dos seus carinhos para se sentir viva. Que precisa da sua atenção e também de outras coisas... Entendeu? 

-- Katty... Eu começo a achar que você é um gênio. – Rony disse. – Mas como eu faço tudo isso? 

-- Seja forte, assista filmes, e treine no espelho. – Katty disse séria. – Começa com aquela atendente.

-- O que? 

-- Faça ela suspirar e depois saia como se nada tivesse acontecido... – Katty disse séria. 

-- Ela vai rir... 

-- Não vai não... Você consegue... – Katty disse o empurrando. – Seja sedutor, seja seco, seja inesquecível. – Ela parou e piscou para ele que seguiu em frente pisando forte e respirando fundo. 

XXX 

A porta do apartamento foi aberta de repente sobressaltando Luna e Gina e fazendo com que elas quase perdessem todo o trabalho de remontar a carta. Hermione as mataria caso soubesse o que estavam fazendo. 

-- Não sabem bater? – Gina gritou irritada e ofegante. 

-- O que estavam fazendo? – Draco perguntou ignorando a ruiva e sentando-se ao lado de Luna. – Você tem o direito de realizar seus sonhos e não quero impedir... Hei... O que é isso? 

-- Hermione rasgou a carta que Rony escreveu há dois anos e estamos colando tudo. – Luna disse observando dois pedacinhos de papeis. 

-- Ela nem ao menos leu? – Harry passou por Gina e sentou-se ao outro lado de Luna. 

-- Não! Por isso estamos resgatando o pobre papel picado. – Luna sorriu. 

-- Precisam de ajuda?

-- Não! Que tal ajudar aquela funcionariazinha de quinta categoria que trabalha com o meu irmão? – Gina respondeu empurrando Draco e sentando-se entre ele e Luna. 

-- Eu queria ajudá-la e muito. – Harry disse contrariado. – Mas ela é complicada.

-- Por quê? – Luna perguntou. 

-- Disse que beijo só no quinto encontro. – Draco respondeu dando gargalhadas. 

-- Ela é moça direita e cinco encontros não será sacrifício algum. – Harry respondeu dignamente. 

-- O que vieram fazer aqui afinal? – Gina perguntou alterada. 

-- E o meu ciúmes... Ciúmes de você... Ciúmes de você... – Draco cantou abraçando Gina. 

-- Draco! Cala a Boca! – Gina resmungou empurrando o loiro. – E vá abraçar sua noiva. 

-- Luna quer ser abraçada? Linda da minha vida. – Draco sorriu empurrando Gina pra trás. 

-- Draco... – Luna acabou rindo. 

-- Por Favor! Um beijinho ou eu posso morrer! Minhas veias não fluem sem você. – Ele cantou se jogando no chão. 

-- Idiota... – Harry resmungou. 

Era tarde demais, pois Luna tinha sorrido e se aproximado para dar milhares de beijos no loiro. 

-- Chega... O que querem? Estão nos atrapalhando. – Gina disse constrangida quando seu olhar cruzou com o de Harry e sentiu sua bochecha queimar. Ele ainda tinha o dom de fazê-la sentir tontura, falta de ar e um calor se espalhando pela pele clara. 

-- Ah! É mesmo... – Draco disse se separando de Luna. – Um plano...

-- Plano? 

-- Sim... Um plano... – Harry disse. – Fazer as duas crianças que chamamos de Rony e Mione fazerem as pazes. 

-- Mas... – Gina tentou questionar. 

-- Eles fizeram tantos planos para juntar Luna comigo... E funcionou. Certo? É a nossa vez de tentar. – Draco disse. – Mas precisamos da ajuda de vocês... Meninas entendem disso. 

-- Que idéia fantástica! – Luna bateu palmas. – Sinto que as fadas abençoaram nossa tentativa... 

-- Sinto Problemas pela frente. – Gina disse séria. 

-- Vamos falar com o Flavinho, ele conhece melhor essa nova Hermione. – Harry concluiu.

-- Podemos ler a carta antes e ver se vale realmente tentar? – Gina falou olhando para os poucos papeis que restavam. – Alguns amores acabam... – Ela olhou para Harry. 

-- Gina, amores nunca chegam ao fim, eles apenas se modificam, mudam de forma, só que sempre significam a mesma coisa: AMOR. – Luna disse distraída. 

-- Bom... – Harry arranhou a garganta. – Vão nos ajudar? 

-- Claro! – Luna disse. – Sinto falta das coisas como eram, quero que sejam ao menos parecidas com aquilo que tínhamos. Éramos quase uma família. 

-- Gina? – Draco perguntou. 

-- Tudo bem... – Gina acabou sorrindo. – Posso falar com o Brian Lindíssimo e ele pode dizer novas coisas sobre a Mi. 

-- Brian? – Harry questionou. 

-- O Brian, ou seja, o CARA alto, loiro, inteligente e com óculos charmosos, diferente de algumas pessoas, ele tem capacidade de conversar e é incrivelmente interessante. – Gina sorriu. – Um homem de verdade...

-- Como assim um homem de verdade? – Harry questionou. 

-- Detalhes que dizem respeito só a mim. – Gina soltou risos histéricos e levemente falsos. 

-- Não quer dizer que... 

-- O que tem haver com isso? Se sim ou não o problema é todo meu e não sei. – Gina disse levantando-se e caminhando para o quarto. 

-- Ela não vai sair sem se explicar. – Harry foi atrás dela. 

Luna e Draco se olharam antes de dedicarem toda a atenção a carta. Acabaram rindo depois de alguns minutos. 

-- Estou pensando em ligar o radio. – Luna sorriu. 

-- Não precisa... Eu canto para você, afinal eres todo o motivo de minha inspiração do pôr do sol até o nascer. – Draco disse charmosamente começando a cantar em seguida. Luna sorriu encantada e em seguida passou a continuar a colar a carta. 

XXX

Rony se aproximou da atendente usando seu melhor sorriso, aquele que conseguiria desmanchar o coração de qualquer garota a procura da pessoa certa. Katty observava e entendeu que ele precisaria de pouca coisa para se transformar em um Dom Juan, a moça havia sorrido de volta, era o sinal de que ela precisava para dar um voto de confiança ao chefe. 

Grande erro. 

Depois de poucas palavras a esperança de Katty havia ido por água abaixo e Ronald acabava de levar um belo tapa e se afastava cabisbaixo para fora da loja, a amiga correu atrás dele para saber o que havia acontecido, tinha quase certeza que o celular da garota ele conseguiria, mas tudo que conseguiu foi uma marca vermelha no rosto. 

-- O que fez? – Katty falou aborrecida. 

-- Eu apenas conversei... 

-- Não... Se tivesse somente conversado ela não teria te batido. – Katty disse seria. 

-- Você disse para eu ser sedutor, conquistador... 

-- O que disse? – Katty interrompeu irritada. 

-- Chamei ela de gostosa e perguntei se queria conhecer minha casa. – Rony disse côo se fosse algo normal e obvio. 

-- Me diz que é brincadeira... Pelo Amor! – Katty disse olhando para o rosto do ruivo. – Não foi brincadeira? 

-- O que queria que eu dissesse? 

-- Falasse sobre os olhos dela, sobre a cor da pele, sobre o perfume ou o batom. – Katty bufou. – Nunca chame uma mulher de GOSTOSA isso é nojento e parece que ela é apenas um pedaço de carne. Seu burro... – Katty suspirou. 

-- Mas ...

-- Ainda não acabei... – Katty grito. – Chamou ela para ir para sua casa? Como se ela fosse uma profissional do sexo? Como se fosse uma qualquer? Que grosseiro! Ela poderia te denunciar... O que estava pensando? 

-- Eu disse que não sou bom nisso. – Rony retrucou nervoso e saiu andando. 

-- Precisa ser INTERESSANTE. – Katty disse. – Vamos treinar. 

-- Katty... Estou cansado... – Rony respondeu. 

-- Vamos tentar imaginar cenas e você conversa comigo. – Katty sorriu. – A viajem demora mesmo. 

-- Eu te odeio sua garota chata, parece minha irmã. – Rony resmungou.

-- Todo irmão mais velho odeia a irmã. – Katty riu. – Eu vou te ajudar como me ajudou, não adiante me negar isso. 

-- Obrigado, apesar do tapa foi engraçado. – Rony a abraçou. 

-- Só me diz como funciona a cabeça do seu amigo. E estamos quites – Katty sorriu. – Ele sobrevive a cinco encontros? 

-- Talvez você devesse ser mais cruel... Seria a vingança perfeita. Minha irmã provavelmente iria virar sua fã. – Rony riu. 

Eles andaram abraçados até o carro. Alguns irmãos de alma são muito mais próximos e unidos do que irmãos de sangue. 

XXX

Rose não deixava de olhar desconfiada para o marido. O jeito dele estava realmente estranho e obviamente tinha algo escondido entre os sorrisos e abraços que trocava com a filha e naquele momento também com ela. 

Hermione se sentiu um pouco melhor depois de passar o dia com seus pais, em sua antiga casa, juntamente com as lembranças boas dos sonhos sonhados dormindo e acordada. Lembrando das férias em que aguardava ansiosamente a chegada das amigas, lembranças eternas daquela infância que parecia nunca morrer junto delas. Gina cheia de sardas e Luna sempre esquisita, um tempo bom que passará extremamente rápido. 

Quando se despediu das duas pessoas em que mais confiava sentiu um novo sorriso brotando em seus lábios. Queria ficar ali para sempre, Peter Pan estava certo e crescer era a pior escolha da vida. Podia continuar ali e sempre reviver as lembranças, mas tinha que voltar para o real, para a vida chata de adulto. 

Sentou-se isolada no ônibus, mas dessa vez as lagrimas não quiseram escapar, pareciam secas e cansadas do trajeto que tantas outras traçaram naquele dia. Hermione apenas olhou a paisagem correndo do lado de fora, parecia a vida passando rápido demais. Uma decisão tomou conta do ser dela. 

Seguir. 

Sempre em frente. 

Nada de passado.

Nada de esperanças.

Nada de amor.

Esses eram seus novos lemas, nem tão novos porem mais fortes que nunca. Estava decidida em apenas viver sua vida e se dedicar a escrita. 

Pena que algumas decisões não dependem apenas da razão ou que possam apenas ser realizadas. Algumas decisões são tão absurdas que o destino e o próprio tempo fazem questão de transformá-las em puro pó. 

Hermione podia não saber, mas suas decisões não valiam mais nada depois da primeira escolha que Rony tomou. A escolha de mostrar a ela que tudo dependia muito mais das sensações do que das decisões. 

Era o jogo ao contrario. Ele escolheu continuar lutando e fazê-la se arrepender de querer se esquecer do amar. Ela escolheu desistir de sentir, afinal fingir sempre é a escolha mais fácil. Mudanças sempre acontecem e as decisões também não escapam delas. 

XXX

Gina pisava forte pelo corredor que levava até seu quarto. Somente Harry deduziria que ela sairia com um desconhecido, ainda mais depois de tudo que ela tinha vivido e sofrido. Era um grosso e ela não podia entender o por que de seu coração insistir em bater mais rápido perto dele. Só poderia ser a teoria dos viciados: A pior droga vicia mais rápido e Harry tinha lhe viciado rápido demais. Ela poderia muito bem inventar que o “lerdo” e “mole” do Brian tinha lhe dado uma excelente noite. 

O loiro era lindo e inteligente, a fez rir a noite inteira e era completamente desastrado. Mas na hora de tomar a iniciativa o garoto ficou apenas parado a olhando como bobo, e isso era demais para ela. Pelo menos Harry era um pouco mais atirado e isso facilitava as coisas para ela. Só que agora tudo que ela queria era voar no pescoço do moreno e lhe apertar lentamente, era um completo idiota e não merece nem os pensamentos dela. 

Antes de entrar no quarto à ruiva sentiu seus braço sendo arrastado e seu corpo sendo arremessado contra a parede. Afogou-se nos olhos verdes que pareciam lhe penetrar a alma, e sentiu que todo o ar de seu pulmão tinha sido sugado para fora. Estava ofegante demais, perto demais, e seus pensamentos perdidos demais. 

-- Espera... – Harry disse lhe encarando. – Quero saber sobre isso de Brian ser “o cara”. 

-- O que tem haver com isso? Me solta... – Gina disse se mexendo. – Não somos mais namorados, e nem amigos. 

-- Eu só quero saber se você teve a capacidade de...

-- Harry Potter, o que você tem haver com as coragens que eu tive ou deixei de ter? Não foi você que disse que não era o que esperava? Não disse que eu não entendia o que é viver? Que eu era mimada, maluca e como mesmo... Escandalosa? – Gina disse tendo seu corpo pressionado por o de Harry. – Você que terminou nosso namoro e me deixou viajando sozinha. Harry você não tem absolutamente nada haver com a minha vida. 
-- Gina... 

-- Pensa que só porque se diz o melhor amigo do meu irmão tem o direito de cuidar da minha vida? O direito de me fiscalizar? Eu por acaso digo que você fica saindo com garotas que possivelmente possuem mais genes masculinos dentro delas do que os próprios genes? Digo que você não sabe o que é viver e simplesmente acha que voltar aos 15 anos significa alguma coisa? 

-- Você não entende... 

-- Eu entendo sim... Você pode ser o “garanhão” e eu não posso ter um namorado? Não posso conhecer pessoas novas? – Gina riu. – Gina Weasley sempre foi a infantil né? Como as coisas mudam não? 

-- Eu... 

-- Não consegue nem falar comigo, o que prova o quanto eu estava certa. – Gina disse o empurrando e tentando voltar a entrar no quarto. 

-- Espera... – Harry a puxou novamente. – Não digo que está errada, mas não quero te ver com aquele nerd amigo na Mione. 

-- E quer me ver com quem? Me diz? Quem sabe eu encontro um namorado que o senhor Potter aprove. – Gina debochou.

-- Quero te ver sozinha. – Harry disse muito próximo a ela. – Quero te ver assim... 

-- Como? 

-- Nos meus braços, quando eu quiser te ter... – Harry disse sorrindo e debochadamente. Ele passou o nariz por toda a extensão do pescoço dela e depois riu baixo no ouvido da ruiva fazendo com que ela se arrepiasse e perdesse a voz. Parou em sua frente e a encarou.

O beijo foi intenso e sua língua adentrou na boca dela e assim ambas se completaram, as mãos de Harry fizeram uma das coxas de Gina se levantar em volta do corpo dele e de repente as mãos dela estavam passeando pelo cabelo do garoto. O ar já começava a falhar quando as mãos dele deixaram a perna de Gina voltar ao lugar e separou seus lábios. 

-- Entendeu? – Ele disse sério. 

-- Entendi... O Brian realmente é o Cara, porque esse beijinho foi simplesmente... – Gina pensou. – Insatisfatório. Melhor treinar mais com as suas... Amiguinhas. 

Ela se virou entrando em seu quarto e deixando Harry perplexo e sem palavras. 


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