Entre O Brilho Das Estrelas escrita por Anny Andrade


Capítulo 2
Capitulo 2: Certas coisas são eternas....




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A cena bem que poderia ser descrita com um beijo caloroso, com mãos passeando por corpos e uma saudade sendo extinta, mas nada disso poderia fazer razão naquele momento e somente o silencio foi suficiente para que eles entendessem tudo que havia acontecido e não tinham sido poucas coisas. 

-- Como vai? – Hermione perguntou segurando todas as lágrimas. Ela não era mais de chorar, não na frente das pessoas. Deixava para sentir as gotas salgadas molhando apenas seu travesseiro. Na escuridão do quarto e no silencio da solidão. Segurou a vontade de gritar o quanto ele tinha sido idiota e que tudo havia mudado por sua culpa. Apenas sorriu forçadamente e sentiu a voz cortada, sem nenhuma animação. 

-- Bem... – Rony respondeu devolvendo o mesmo sorriso forçado. Ela deveria no mínimo conversar com ele e pedir desculpa pelo pai que tem. Ele abandonou a felicidade por ela e o que recebeu foi apenas um olhar de desprezo. Pensou que talvez não tivesse lido a carta e isso apenas o magoou mais, ela deveria ter lido. Ela precisava ter lido. Onde estaria a única carta de sua vida? Perdida? Queimada? Esquecida? Ela estava guardada juntos com os cadernos onde ela escrevia cada pedaço da historia que viraria seu refugio. 

-- Quem quer batata? – Luna perguntou vendo o quanto aquilo estava sendo o choque para o amigo. Aproximou-se do ruivo e junto com Draco sumiu com ele para dentro da cozinha.

-- Pelo visto ninguém avisou sobre a festa. – Hermione disse olhando para Gina. 

-- Era uma surpresa... Esperávamos beijos, abraços e perdões. E não secura, desprezo e silencio. – Gina disse séria. – São uns burros. 

-- Ela nem ao menos leu a carta... – Flavinho disse indignado. – Quem normal ficaria sem ler uma carta desse tipo? 

-- Hermione sempre foi meio lerda. – Gina disse seria. – Meu irmão ainda gosta de você, ele nem entra direito aqui para não lembrar... 

-- Se lembraram que ainda estou aqui? – Hermione disse corada. 

-- Está corada. Tão obvio que ela ainda morre por ele. – Flavinho disse rindo. 

-- Ótimo! Harry como vai à vida? – Hermione disse se afastando e sentando-se perto do moreno que assistia a conversa de longe. 

-- Solteiro, Leve, Solto, Está tudo perfeito. – Harry disse. 

-- O que? 

-- Vou te explicar... 

XXX 

-- Não poderiam ter avisado? – Rony perguntou. – E ainda me fizeram largar o restaurante com a louca da Katty. 

-- Se aviássemos você se esconderia naquele restaurante e nem voltaria para o prédio... Não poderia contar a ela? – Luna disse. 

-- Contar? Eu contei na carta. 

-- Que ela não leu. 

-- E a culpa é minha? 

-- Qual a diferença de escrever e falar?

-- Muita diferença...

-- Podem parar de brigar? – Draco disse olhando para a namorada e o amigo. – Isso é uma festa pela volta da Mione. 

-- Acreditam que eu tenho o que comemorar? – Rony perguntou. - Ela está tão diferente... 

-- O corpo muda, a roupa, o cabelo e o jeito também... Mas o sentimento, sempre continua o mesmo. – Luna disse. 

-- Como pode saber disso? 

-- Eu simplesmente sei. – A loira disse. – Eu vejo os sinais que vocês ignoram, vejo através da simples aparência. E o coração dela pertence a você. 

-- Luna? Algumas coisas não existem. – Rony disse.

-- E outras jamais deixam de existir. E o amor é uma delas. – Luna sorriu. – Você vai ver. 

-- Minha Luna sabe de tudo. – Draco disse a puxando para um longo e apaixonado beijo. Enquanto Rony não conseguia esquecer-se da sensação que era tê-la novamente tão perto. Sensação de segunda chance. 

-- Podemos voltar para a festa? – Luna perguntou quando conseguiu se libertar do abraço do loiro. Seu batom não existia mais e o sorriso sonhador permanecia intacto. 

-- Luna? Acho que é alguma bruxa, que convence as pessoas com palavras... – Rony disse. – Seja o que Deus quiser. Voltemos a festa. 

-- Ótimo! – Luna disse. 

-- Ótimo mesmo, eu que arrumei tudo... – Draco disse. – E que tal tocar? 

-- Draco... – Rony e Luna disseram. 

-- Eu gosto de tocar... 

-- Sabemos, e pensaremos no caso... 

-- Vamos amor... Festa da Mione, e não de Draco. – Luna riu. 

-- A Mione iria adorar. – Draco disse serio. 

-- Vamos!

XXX 

-- Quem é você e o que fez com meu amigo irmão? 

-- Eu só cresci Hermione... 

-- Cresceu? Por Favor... 

-- O que fez durante esses dois anos? Está bem mais diferente do que eu. 

-- Harry... Eu cresci diferente de você. 

-- Podemos ter visões diferentes sobre isso... – Harry disse reparando na tristeza dos olhos da amiga. – Seus olhos não brilhavam mais? 

-- Harry... Não comece a falar o que o Flavinho fala todos os dias. – Hermione disse séria. 

-- Ele também não é mais feliz. Você não reparou? Só se preocupa com o restaurante. 

-- Ele conseguiu? Realizou o sonho dele? – Hermione perguntou.

-- Realizou, mas nem parece. Não é mais o Ronald Weasley. – Harry disse. 

-- E a culpa é minha? – Hermione perguntou sarcasticamente. 

-- Você poderia ter respondido a tal carta né? 

-- Eu não li. E não pretendo ler. – Hermione disse se levantando e caminhando para perto de Gina. 

-- E ainda por cima dizem que eu que não cresci. – Harry disse balançando a cabeça. 

-- Adivinhem quem vai cantar? – Draco disse animado. 

-- Estava com saudades de sua música. – Hermione sorriu. 

-- Viu... E eles não queriam deixar. – Draco apontou para Luna e Rony. 

-- Te ouvimos todos os dias. – Rony resmungou sentando-se com Harry e fugindo dos olhares que gostaria de trocar com Hermione. 

-- Meu noivo ensaia todos os dias. – Luna falou para Hermione. – Tem uma banda agora. E fica longe da Larissa. 
-- Uhu... – Hermione disse rindo. 

-- E você o que andou fazendo? – Draco perguntou. 

-- Estudando... 

-- Conhecendo amigos lindos como o meu maridinho. – Flavinho sorriu. 

-- O Leo chega amanhã com o Brian. – Hermione explicou. 

-- Brian é? – Gina perguntou curiosa. 

-- Um amigo. 

-- Hum... – Gina riu e de repente o humor de Rony que já era ruim se extinguiu completamente. 

-- Parece que se divertiram durante os dois anos. – Rony disse secamente. 

-- Muito! A cidade é incrível. – Hermione respondeu ainda mais seca. 

-- Sempre bom ficar longe do passado... 

-- Muito bom mesmo... Ainda mais quando o passado não vale à pena. - Hermione disse maldosamente. 

-- O passado nunca vale à pena, por isso buscamos um futuro constante. – Rony respondeu. E ele parecia muito mais culto e capaz de respostas rápidas do que antigamente. 

-- É que no futuro podemos conhecer pessoas melhores e viver momentos que possam ser lembrados com alegria.

-- Errado... Sempre vemos o futuro repetir passado. – Rony sorriu. – O poeta já dizia: Eu vejo museus de grandes novidades. 

-- Entende de poeta? – Hermione debochou. 

-- Só quando o poeta vale a pena. – Rony respondeu. 

-- Toda escrita tem seu valor... 

-- E todo valor possui graus... Uns são elevados e outros valem menos que um grão de areia. Eu gosto daqueles que valem e não dos que apenas pensam que são valiosos. – Rony falou se levantando. – Já que não tem ensaio, vou cuidar do meu futuro. 

-- Rony... – Luna disse. – Não deixou a Katty no comando? 

-- Deixei e já me arrependi. – Rony disse. – Conversamos amanhã Luna, hoje é sua folga e pode aproveitar a festa. 

-- Por Favor... – Luna pediu. 

-- Luna... Nesse momento não vale a pena me ter aqui. – O ruivo disse fechando a porta e passando pelo corredor. Seu destino naquele momento era a rua. 

-- Ele não mudou. É o mesmo menino que falou comigo há dois anos, quando eu me mudei pra cá. – Hermione disse irritada por fora, mas destruída e vazando por dentro. De repente, voltar ao passado era impossível. 

-- Mi... Ele não sabia que voltaria hoje, ficou surpreso... 

-- Está decepcionado. Preferia que eu ficasse pra sempre por lá. – Hermione disse. – Talvez devessem chamar essa tal Katty para ser madrinha de vocês. 

-- Está com ciúmes? – Gina riu. – Mal chegou e está com ciúmes? 

-- Ciúmes? Por Favor! Esse sentimento não passa nem perto de mim. Ainda mais quando o assunto é aquilo. 

-- O amor é lindo... – Luna disse abraçando Hermione. – Sempre vai amar o Rony. 

-- Luna... Nada de pirar logo cedo. – Hermione disse. 

-- Ela não namorou ninguém. E lá tem homens lindos. – Flavinho disso. 

-- Não procuro homens lindos... E sim inteligentes. 

-- O Rony tá tão mais culto né? Te venceu sem perder o controle. – Gina riu. 

-- Eu o odeio. Certo. – Hermione disse. 

-- Ódio e amor a dupla que sempre andam juntas. – Luna sorriu. – Que tal batatas? 

-- Ótima idéia. – Gina disse. 

XXX

O ruivo dificilmente ia para algum lugar sem sua moto, mas naquele momento seus pés tocavam o asfalto gelado e iam o levando lentamente até seu destino. Seu novo e único refugio. O único lugar que não tinha as lembranças dela, o perfume ou a marca. Era onde ele conseguia se afastar da realidade para criar um mundo único e impenetrável. Seu mundo. Um mundo onde os erros não eram erros e sim novas misturas, que música era mais que palavras, e que gostos se misturavam dando a certeza que por mais diferente que o doce e o salgado possam ser eles formam uma combinação perfeita. 

Quando ele passou pelos poucos clientes que permaneciam no local com sorrisos nos rostos e copos cheios de vinho nem percebeu os comentários de como o restaurante estava a cada dia melhor ou os parabéns que soavam em seus ouvidos. Sempre foi aquilo que ele esperava, buscava, mas de repente não era tão importante assim. 

Entrou na cozinha chamando atenção dos amigos que continuavam fazendo poucos pratos. Katty olhou sem entender, mas no segundo depois percebeu a expressão vazia, e o jeito dele simplesmente permanecer em silencio e se caminhar para a pequena adega que foi construída com muito sacrifício. 

-- O que aconteceu? – Teka perguntou olhando para a morena de cabelos encaracolados. 

-- Acho melhor ir falar com ele... – Katty falou encolhendo-se. 

-- Boa sorte. – Miguel disse. – Nunca o vi assim.

-- Sorte. Eu preciso disso, ainda mais depois de vim trabalhar aqui. – Katty disse. – Pessoas Bipolares são complicadas. – Ela suspirou e caminhou para perto da porta de madeira por onde Rony havia passado. 

Katty não sabia realmente como tinha chegado até ali, ela não tinha planos para o futuro e depois de sair de casa com apenas uma mochila e sonhos nas mãos ela descobriu que além de todas essas coisas ela também precisaria de dinheiro. Foi quando bateu o desespero e ela passou a procurar empregos de todos os tipos. Por sorte ela acabou chegando a um pequeno restaurante que não tinha muito que oferecer, mas onde as pessoas pareciam sinceras e disposta a acertar o jeito moleca dela. 

Ela bateu três vezes na porta de madeira, e não obteve resposta alguma. Era típico de seu chefe sofrer de crises sentimentais e depois ainda tinha capacidade de fazer brincadeira com a TPM da garota. Era o cumulo. Katty respirou fundo e abriu a porta. 

-- Chefe? – Ela falou calmamente. 

-- Adivinha quem voltou... – Rony respondeu sentado em um banco longe da luz. 

-- O que? – Katty perguntou sem entender. – Odeio esse lugar fechado, sem luz, com cheiro de mofo. 

-- É uma adega. – Rony respondeu. 

-- Eu sei, sou eu que agüento cantada de clientes alegrinhos. – Katty falou sentando em frente ao ruivo. – O que houve Ronald? 

-- Ronald? Isso parece começo de sermão. 

-- Precisa ser engraçadinho até quando está a ponto de se suicidar? 

-- Não vou me suicidar Katty. 

-- Se matar com uma garrafa de vinho? – Katty pegou uma garrafa. – Hum... 25 anos. Uma boa pedida. 

-- Ela voltou, e meus amigos nem tiveram a capacidade de me contar. – Rony disse. 

-- Oh Meu Deus... – Katty disse. – E como foi? 

-- O que? 

-- O encontro. – Katty sorriu. – Posso imaginar ela correndo em sua direção e depois um longo beijo e por fim: Não posso viver sem você.

-- Katty... – Rony olhou para a morena com uma expressão homicida. – Pode parar de piadas?

-- Bom... Deveria ter acontecido assim, a culpa não é minha se o senhor não a agarrou. 

-- Nós nem conversamos, na verdade... 

-- O que?

-- Discutimos. – Rony disse irritado. – Ela é tão prepotente, tão irritante, se acha muito inteligente. Uma sabe tudo. 

-- Você ainda a ama né? – Katty disse e sem esperar resposta se ajoelhou em frente ao chefe. – Sei que é meu chefe e meu amigo. Como amiga eu digo para você dar uma chance ao amor. 

-- Katty... Eu já dei uma chance. 

-- Conte a ela. – Katty disse. – Sobre o pai dela, sobre a carta, sobre o quanto seu coração sofre, o quanto somente ela faz ele bater, o quanto a ama. 

-- Ela já se esqueceu do passado. – Rony respondeu. – Disse isso com todas as palavras. – Ele ficou em silencio enquanto Katty o abraçou e pensou em conversar com Luna e armar uma solução para todos os problemas. 

XXX

Hermione conseguiu se livrar dos amigos por um momento e caminhou até um espaço que ela conhecia bem. Abriu a porta e encontrou seu quarto exatamente do jeito que tinha deixado. A Janela aberta mostrando boa parte da cidade e as luzes pequenas pareciam estrelas espalhadas pelo chão. Tão perto e ao mesmo tempo tão longe dela. 

Sentou-se na cama e fechou os olhos respirando profundamente. Por um momento ela escolheria está dentro do avião e planejar um jeito certo de falar com Rony, no fundo ela sabia que não tinha sido nem um pouco simpática. Mas vê-lo sem pré-avisos foi como se a cena dele nos braços de Lilá tivesse acontecido há um minuto e não há dois anos. 

Ele ainda tinha o poder de perturbá-la. De mexer com sua mente como ninguém nunca mexia, ou melhor, nunca mexeu. Podia ser os olhos azuis que mesmo sem querer penetravam a alma dela passando pelo corpo e fazendo o sangue ferver. Era incrível como ela ainda conseguia se segurar e manter a carta intocada, mas ela tinha medo de lê-la. Não sabia o porquê do medo, já havia perdido o sorriso e a felicidade a tempos, o que mais poderia perder? Ela não sabia, mas não queria arriscar. 

Hermione olhou em volta e deitou-se na cama desarrumando os lençóis. Aquele quarto tinha tantas lembranças. Até mesmo um sorriso acabou em seus lábios quando ela olhou para o lado e encontrou um peixinho amarelo a encarando. 

-- Linguado! – Hermione o pegou. – Andou seqüestrando muitos ruivos enquanto eu estive viajando? – Ela conseguiu brincar. 

-- Ele só seqüestra o Rony. Como deixou até seu bichinho de pelúcia para trás? 

-- Harry, sabia que ele tem o perfume dele? – Hermione disse inalando o perfume fraco que escapava do peixe de pelúcia. 

-- Eu não fico cheirando ursinho de pelúcia. – Harry sorriu.

-- Rony mudou. – Hermione disse. – Todos mudaram. 

-- O tempo trás isso. – Harry disse deitando ao lado da amiga. 

-- Trás dor. – Hermione disse.

-- Não é o tempo não. É a teimosia. 

-- Não vou ler aquela carta. Ele não foi corajoso o suficiente para beijar a Lilá na casa de vocês? Por que não me disse tudo de uma vez? – Hermione perguntou não parecia irritada, mas triste. 

-- Lilá casou. 

-- O que? 

-- Ela casou com o Krum, e eles tem uma filha. – Harry disse serio.

-- O que? 

-- Hermione talvez seus olhos enxergassem apenas o que queriam ver. – Harry disse. – Olhe, está abraçada com o bichinho de pelúcia tentando roubar um pouco do perfume que restou nele para você. Seus olhos brilharam enquanto trocava palavras ásperas com ele. Eu sou o que não cresceu, mas não sou o que teima em ignorar o que é nítido. 

-- Ninguém pode entender o que eu sinto. – Hermione respondeu. 

-- Então ninguém pode entender o que ele sente também. – Harry disse. – Eu sou amigo dos dois, mas convivi mais com a dor e tristeza dele, acho que entendo o que ele sente e é tão ou mais profundo do que você sente. – Ele se levantou sentando-se e olhando para frente. 

-- Harry... – Hermione disse deixando uma gota de lágrima escorrer por sua face. Ela imitou o amigo. 

-- Eu sei... – O moreno disse abraçando a amiga. – Eu sei... 

-- Obrigada... – Hermione disse enquanto molhava a camiseta do amigo com lagrimas presas por muito tempo. 

Ela abraçou o amigo deixando todas as dores escaparem por seus olhos. Seus soluços eram altos e tudo que Harry fez foi abraçá-la e deixá-la expressar a dor que ela havia guardado em silencio. 


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Notas finais do capítulo

Fazia muito tempo que não postava aqui... Sinto muito... Mas as vezes eu perco meus arquivos... Sim sou totalmente perdida, mas finalmente achei!!! Então...
Espero que gostem, e beijos!



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