The Bet escrita por StardustWink


Capítulo 15
Valentine's Day


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, aqui está. O maior capítulo da fic. Meu deus, estou orgulhosa de mim mesma. /chora
Enfim, boa leitura. Vejo vocês lá em baixo~



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Crystal precisava de um descanso. Já tinha passado a tarde inteira tomando conta das crianças, limpando a casa, ajudando os donos e tudo mais quando precisava de um descanso. Não que ela não gostasse de todos eles, muito pelo contrário.

Era só que... Ela ainda estava um pouco confusa com o que aconteceu há um tempo atrás.

Droga, aquele foi o meu primeiro beijo... – Ela bufou, reclinando na parede do lado de fora do orfanato. Tinha acabado seu jantar, e estava esperando dar a hora de colocar as crianças para dormir.

O que aquele idiota estava pensando? Dizer coisas bonitas, fazer coisas inesperadas e achar que eu vou cair nessa? – Ela chutou uma pedra forte, não ligando pelo som alto que ela fez ao bater numa árvore.

Depois, colocou a mão nos lábios. Se se concentrasse o suficiente, poderia lembrar-se de como fora na hora. Nada muito especial, só um selinho simples, mas isso já fora suficiente para ela praticamente fazê-lo voar com um soco.

–... Será que eu devia ter mesmo batido nele e saído correndo? – Ela murmurou, com uma gota. Aquilo não era muito responsável.

– Definitivamente não. – A garota se arrepiou ao ouvir isso, virando um segundo. Encontrou a dona do orfanato, uma mulher já de idade e sua “segunda mãe”. Seu nome era Lily Stuart.

– Ah, Sra. Stuart-

– Não seja formal, minha menina. Só Lily. – A mulher a interrompeu, sorrindo. – Pelo que eu ouvi, você teve problemas com um garoto. É isso que te deixou triste?

– Você notou, não é? – Ela sempre percebia quando algo estava errado, não importa o quanto alguém disfarçasse.

– Sim. O que você fez, Crys? – A garota de olhos claros suspirou, e resolveu desabafar. Contou sobre Gold, sobre as aulas extras, sobre aquele dia, tudo.

Depois de explicar tudo o que houve, esperou para que sua segunda mãe falasse alguma coisa.

– Hmm... É, serei honesta, você pegou um pouco pesado. – Srta Stuart admitiu, reclinando no espaço ao seu lado. – Esse garoto parece se importar com você.

– Claro que não! Ele me provoca, dá em cima de mim descaradamente e-

– É o jeito dele de mostrar que se importa! – A mulher constatou, sorrindo. – Crys, acredite, eu sei como isso funciona. Homens são confusos, mostram seus sentimentos de jeitos estranhos. Você só precisa pegar o jeito de adivinhar.

– Como você sabe disso?

– Ah, eu tenho experiência. Era bem popular na sua idade, sabe? – Lily comentou, sentindo-se nostálgica. – Ralph era o que sempre corria atrás de mim, só que nunca o dei atenção. Aí um dia, eu resolvi tentar, e...

– Essa eu já sei, você caiu de amores por ele. – Crystal continuou, rindo. Ela conhecia todas as histórias dos donos do orfanato, desde pequena.

– Exato.E foi porque eu resolvi arriscar, Crys. – Sra. Stuart a encorajou. – Esse Gold não parece ser ruim, mesmo que seja um pouco brusco. Dê uma chance a ele!

–...Vou pensar sobre isso. – Ela respondeu, suspirando.

– Tudo bem. Agora vá dormir, você parece exausta.

– Mas e as crianças-

– Você acha que eu tinha assistentes antes de você vir morar aqui? – A mulher bufou. – Vamos, Crys, eu consigo dar conta. Boa noite, meu anjo.

– Boa noite, Lily. – Ela respondeu, desistindo. Talvez uma noite de sono tirasse aqueles olhos dourados de sua cabeça.

–---- x --------

No dia seguinte, todas as garotas tiveram a feliz e inesperada surpresa de encontrar Drew e May conversando normalmente na sala de aula quando entraram.

Tudo bem, estavam mais discutindo, mas para quem tinha visto ambos se evitarem por quase duas semanas, aquilo era uma surpresa e tanto. Além disso, May não estava atrasada para a aula, o que era melhor.

– Err... May? Bom dia. – Misty interrompeu os dois jovens que conversavam, com uma gota. Podia ouvir muitas garotas, provavelmente do grupo do cabelo verde, cochichando.

– Ah, Misty! E o resto também. – Ela as viu, e deu um sorriso que não mostrava há tempos. – Surpresas que eu cheguei mais cedo que vocês?

– Devem estar achando que é um sonho. O que houve hoje? Seu irmão jogou um balde d’água em você? – Drew entrou na conversa, debochando.

– Eu não te perguntei nada, cabelo verde. – A garota virou para ele, o encarando. Ele sorriu.

– Quem disse que eu te respondi?

– É claro que respondeu!

– Eu não sou tão obcecado por você, selvagem. Não posso conversar só com as suas amigas?

– Você nunca falou com elas antes, é claro que me respondeu!

E assim, eles continuaram outra vez com a discussão. Yellow e as outras encararam com uma gota.

– Huh... Perguntamos depois? – Dawn ofereceu. Todas assentiram sem falar nada.

– Bom dia alunos, peguem seus livros e abram na página... – O professor de história entrou pela sala, deixando seu material na mesa e voltando-se para os alunos, só para ver os dois jovens discutindo. -... Vocês dois voltaram com isso?

– A-ah, já paramos, eu não quero outra advertência! – May falou rapidamente, com uma gota e se afastando do rival. O homem os encarou por um momento.

– Não é isso. Mas que bom que fizeram as pazes, vocês dois, estavam começando a me deixar assustado com a falta de brigas. – Ele admitiu, tossindo de leve.

– Uh, de nada? – Drew arqueou uma sobrancelha.

– Não esperem que eu aceite suas brigas, porém. Agora sentem-se, e peguem seus livros. – O professor ordenou, voltando-se para o quadro. Os dois fizeram como pedido, ainda confusos.

– É bom ver a normalidade voltar à sala. – Dawn comentou quando sua amiga sentou-se. – Vocês estavam me deixando preocupada, sabia? Mas e aí, como aconteceu?

– Podemos falar isso depois? Não quero ser expulsa de sala. – A jovem de mechas cor de mel falou, com uma gota. Sem outra escolha, a outra concordou.

Ia descobrir mais tarde mesmo. Afinal, amanhã era o dia dos namorados, e isso queria dizer...

– Fazer chocolates na minha casa! – Blue exclamou, segurando as amigas pelos braços. – Quero todas lá, tenho todos os ingredientes, caixas, saquinhos, tudo!

– Mas... Hoje? – Yellow murmurou. – É que é meio em cima da hora.

– Já cuidei disso. Liguei para todas as suas casas e avisei que passariam a tarde comigo na minha casa. Não precisam se preocupar!

– Todas as casas...? Como conseguiu o meu telefone?! – Crystal, que estava quieta até o momento, perguntou.

– Eu tenho meus meios. – A mais velha piscou, travessa. Conhecendo ela, provavelmente espiou no registro dos alunos na secretaria da escola outra vez.

– Crys, eu quero conversar uma coisa com você. – Yellow comentou, lembrando-se do que prometera fazer à Red.

– Para falar a verdade, gente... Eu também tenho algo para falar antes. Muitas coisas.

– Bom... – May começou, parando. – Estamos na frente da escola, cheia de alunos que podem ouvir, e eu estou morrendo de fome. Que tal comermos algo e irmos para a casa da Blue e depois você conta?

– Como sempre, pensa em comida. – Dawn debochou, desviando de um tapa. – Mas eu concordo. Vamos então?

– Tudo bem. – Misty concordou. As jovens começaram a andar até a casa de Blue, parando antes numa papelaria para comprar ainda mais coisas.

Quando chegaram, foram direto para o apartamento da garota. Todas – com exceção de Yellow e Misty que já conheciam a casa- ficaram mesmerizadas pelo tamanho do apartamento.

– Não fiquem com essa cara gente, eu disse que meus pais eram médicos famosos. – A mais velha disse, olhando para as amigas com uma gota. – Bom, quem vota para macarrão para o almoço?

– Pode ser. – Yellow sorriu.

– Tanto faz, desde que seja comida. – May resmungou, e todas riram. Decidido o cardápio, as garotas foram todas para a cozinha, preparando o almoço e separando os ingredientes ao mesmo tempo.

– Ok, agora que estamos satisfeitas, vocês duas aí podem contar o que aconteceu. – Dawn falou após o almoço, olhando para Crys e May com os olhos semicerrados.

– Tudo bem, eu começo. – A de mechas azuis suspirou, e pôs-se a contar tudo o que acontecera alguns dias atrás, também mencionando o outro tópico que queria revelar.

– Nossa... – Misty murmurou, quebrando o silêncio que se instalara. – Você mora num orfanato?

– É, desde que eu tinha dez anos... – A outra olhou para baixo, suspirando. – Minha mãe viaja muito, achou melhor me deixar com uma amiga dela dona do orfanato.

– E sua mãe, Crys? – A loira do grupo indagou.

– Continuo a amando do mesmo jeito, e adoro o lugar, Yellow. Mas eu fiquei com vergonha de contar...

– Que vergonha o quê, menina! – Blue bufou, cruzando os braços. – Essas coisas não importam. Não guarde mais coisas desse tipo da gente, tudo bem?

– ...Ok, desculpa. – Ela murmurou, sorrindo. Sabia que elas entenderiam.

– E já que acabamos o assunto... – A dona do apartamento continuou, dando um sorriso malicioso. – O que foi aquele lance com o Gold mesmo, hein?

– Uh... – Crystal corou. Ela não tinha falado o que ele fez exatamente...Só disse que ele a impediu de falar, e que tinha dado um tapa nele, pego suas coisas e saído correndo.

– Não me diga que...? – Dawn arregalou os olhos.

Silêncio.

– Ele te beijou, não foi? – May perguntou, com o mesmo sorrido que Blue.

– É tão óbvio assim? – A outra corou, escondendo o rosto com as mãos.

– Isso é tão fofinho. – Blue ficou com brilhos nos olhos. – Você vai dar chocolates para ele, não vai? Como um pedido de desculpas, aí vocês podem se beijar de novo e-

– Calma aí! – Misty interferiu com uma gota. – Não deixa a garota constrangida! Mas isso seria uma boa estratégia.

– Você devia fazer isso, Crys. – Yellow a encorajou. – Eu vou fazer chocolates para o Red como agradecimento, se não quiser que signifique nada é possível.

– O problema é que... – A garota respondeu, com uma gota. – Eu não sei se quero que seja um pedido de desculpas.

– Que tal decidirmos isso depois de fazer os chocolates? – May sugeriu. – Não posso ficar o dia inteiro aqui.

– Pode ser. – Ela concordou. – Mas depois de contar o que houve com seu “rival”.

– Ah, droga, era para vocês terem esquecido isso! – A jovem reclamou, corando. Vendo que não tinha outra escolha, ela também relatou o que acontecera ontem.

– Então é isso. – Dawn parecia feliz com a notícia. – Viu, eu te disse que você gostava dele!

– Eu não tenho certeza ainda, ok? – May murmurou, olhando para o chão.

– Bom, você está admitindo. É um começo. – Misty comentou, sorrindo.

Terminada a conversa, as garotas decidiram por a “mão na massa”. Enquanto Dawn lavava a louça – Não era tão boa com cozinha, e não tinha ninguém para quem dar chocolates, as outras se divertiam escolhendo o que iriam fazer.

– Tem chocolate branco? – Yellow perguntou, juntando meio tablete de chocolate ao leite, formas de corações e uns saquinhos com laços.

– No armário da direita, primeira prateleira. – Ela respondeu, já terminando de derreter o chocolate.

– Que caixinha fofa! Eu quero! – Misty falou, segurando uma caixa retangular vermelha de bolinhas brancas.

– Eu fico com esses saquinhos. – May pegou quatro saquinhos transparentes, e separou três fitas azuis e uma vermelha. Encarou as formas de chocolate. – Você tem coisinhas que dê para botar por cima dos chocolates?

–Tem isso aqui. – Crys jogou um pacotinho com corações de açúcar, cortando a folha de alguns morangos. – Será que colocando pedaços de morango fica ruim?

– Que nada. – Blue sorriu, tirando sua tigela do banho-maria. Cuidadosamente, foi derramando o chocolate nas formas de coração, e após isso colocou tudo no freezer. – Acabei por aqui, podem usar o forno.

– Certo! – Yellow sorriu, aproximando-se da panela de água fervendo e colocando seu pote com raspas de chocolate preto e branco.

– Agora, Dawn... – Blue aproximou-se da garota, sorrindo. – Que tal largar isso aí e fazer uns chocolates?

– Mas eu não tenho para quem dar. – A jovem respondeu, bufando.

– Tem sim. – May lembrou-a. – Aquele tal de Kenny. E talvez o P-

– Nem pense. – Ela impediu-a de falar, corando. -... Mas tudo bem, farei alguma coisa. Só que vou precisar de ajuda.

– Blue ao seu dispor! – A garota fez uma continência, sorrindo.

Depois de passar algum tempinho se lambuzando de chocolate, arrumando, limpando e colocando para gelar, as garotas deram um pause básico para ver TV.

– Será que eles vão gostar? – Blue perguntou para si mesma, suspirando.

– Espero que sim... – Yellow murmurou. Ela tinha que fazer algo ótimo se quisesse competir com a maioria das garotas da escola.

–--------x ---------

No dia seguinte, a loira acordou cedo. Fez o café, pegou sua mochila – sem esquecer antes de colocar os chocolates - e saiu de casa. O caminho até a escola fora tranquilo, já que era um dia nublado com poucas pessoas na rua.

Isso até ela ouvir um barulho. Pareciam passos, muitos deles. Ela olhou para trás, curiosa, e arregalou os olhos.

Era Red. Correndo do que parecia ser um grupo enorme de garotas. E estavam vindo em sua direção.

– Ai não- Ela começou, girando o corpo para frente e começando a correr também. O garoto não demorou muito para alcançá-la, obviamente não querendo ser alcançado por aquele monte de garotas.

– O que... É isso? – A loira falou, ofegante, tentando manter seu passo equivalente ao do outro.

– Elas sempre ficam assim hoje. – Ele a informou, com uma gota. Olhou para trás, vendo que a distância estava cada vez menor. – Uh, Yellow, acho que vou ter que fazer alguma coisa...

– Fazer o quê? Epa, woah! – A garota sentiu seus pés saírem do chão, e no momento seguinte estava nos braços do jovem de olhos vermelhos.

– Desculpa aí! – Red acelerou um pouco mais, ignorando os gritos de raiva das garotas atrás dele.

Yellow engoliu em seco, tentando sem sucesso controlar seu pulso acelerado. Só esperava que não desse para perceber suas bochechas vermelhas. Aquelas fãs iriam matá-la, era óbvio...

Não demorou tanto assim para avistar o colégio. Ambos passaram por alguns alunos assustados e chegaram até onde Misty e o resto estava. Elas olharam de boca aberta quando Red colocou Yellow no chão e saiu em disparada, sem antes dizer um “Até mais!”

As fãs que o perseguiam a olharam com desprezo antes de ir atrás dele. A loira tinha que tirar todas as suas coisas do armário e rápido se queria ter algo intacto até o fim do dia.

– Huh... O que foi isso? – May perguntou com uma gota.

– Para falar a verdade, eu não sei. – Yellow respondeu, confusa, olhando na direção do prédio do ensino médio.

– Bom, garotas, que tal ir logo para a sala antes que aquelas garotas voltem aqui e matem a Yellow? – Dawn ofereceu, e ninguém discordou.

Chegaram à sala, e, como esperado, um bolo de garotas se formava na carteira onde provavelmente estava Drew. Passaram com um pouco de dificuldade, mas conseguiram fazer a travessia até seus lugares.

– Droga, e eu queria falar com ele... – May murmurou, cruzando os braços. Tinha que agradecê-lo por ontem, afinal de contas.

– Vai dar o chocolate para ele? – Dawn perguntou com um de seus sorrisos brincalhões. A outra corou, negando com a cabeça.

– Só vou agradecer outra vez! – Ela insistiu, corada. As outras garotas riram um pouco. – E também, como daria para competir com tanta gente?

– Você sabe que ele nunca come os chocolates delas. – Misty comentou. – Devia tentar.

– Depois eu vejo isso. – May concluiu, suspirando. A professora chegou pouco tempo depois, e a aula teve começo.

Não demorou muito e chegou o recreio. Elas saíram para o corredor, e foi aí que Yellow se lembrou de alguma coisa.

– Ah! – Ela parou, e olhou para uma sala próxima. – Gente, espera um pouco, tem algo que eu tenho que fazer.

– Huh... Tá? – Dawn murmurou, com uma gota. A loira não esperou nem um segundo para disparar pelo corredor, desaparecendo de vista depois de uns segundos.

– O que você acha que ela foi fazer? – Misty perguntou, com uma gota.

– Gente... – May arregalou os olhos. – Vocês não acham que ela pode...?

– Entregar chocolates? Duvido. – Dawn discordou.

– Mas olha... Ela estava com a caixinha que usou para botar alguns chocolates ontem. – Crystal falou com uma gota. As outras se olharam, confusas.

– Vamos atrás dela?

– Vamos atrás dela. – Todas responderam ao mesmo tempo, seguindo direto para o caminho por onde tinha ido. Avistaram-na ao lado de um garoto, ambos dirigindo-se ao corredor que dava para a saída.

– Quem é aquele? – Misty cochichou para as outras.

– Não era o Bugsy? – Dawn perguntou.

Continuaram andando, saíram da escola e acabaram na parte de trás do prédio do ensino médio. Yellow parou por lá, e as garotas resolveram se esconder atrás de um arbusto.

O problema é que já tinha gente atrás do arbusto.

– Uh...Red, Blue, Green? O que-

– Shh! – Blue fez um sinal de silêncio, com raiva. – Estamos fugindo dos malucos com chocolate!

– Ah... – Crys começou a ter pena deles naquele momento. – Estamos vendo o que a Yellow foi fazer aqui.

– Quem é aquele lá? – Red perguntou olhando para o de cabelo lilás.

– Bugsy, ele é o aluno de aulas extras da Yellow.

– Err...Yellow? O que você queria me dar? – O garoto em questão começou, incerto, olhando para a loira.

– Ah... É que hoje é um dia especial, então...

Não me diga que...- Blue começou de olhos arregalados. Green arqueou uma sobrancelha, e o resto teve quase certeza que a encarada de Red podia matar alguém.

– Então... – Yellow estendeu o presentinho bem embrulhado com um sorriso, continuando logo depois:

Feliz aniversário!

–... Aniversário? – As garotas murmuraram ao mesmo tempo, incrédulas.

– Você lembrou? – Bugsy parecia bem feliz com a notícia. – Nossa, obrigado! Todo mundo esquece que é meu aniversário por que é dia dos namorados, nunca ganho um presente...

– Que bom que eu lembrei, então! – Ela o abraçou. – O presente ainda é comestível, mas eu adicionei uns biscoitinhos que eu fiz ontem à noite. Você não se importa, certo?

– Claro que não! Obrigado, Yellow.

– De nada! Agora é melhor ir, as garotas devem estar preocupadas.

– Ok, te vejo depois! – Bugsy saiu primeiro, já abrindo o presente e tirando um chocolate de dentro. Yellow acenou para ele outra vez, suspirou, e virou para a área arborizada.

– Podem sair agora.

Os jovens caíram para o lado no arbusto – exceto Green, ele apenas levantou como uma pessoa normal -, assustados. Ela riu vendo a cena, mas manteve sua feição séria quando todos estavam de pé.

– Espiar é ruim. – Ela os informou, cruzando os braços. O resto ficou com uma gota, sem graça.

– Err... Desculpa Yellow, estávamos curiosas. – May disse, com uma gota.

– E nós estávamos fugindo do pessoal do chocolate. – Blue continuou, olhando para os lados em seguida. – Falando nisso, melhor ficar aqui mesmo. Não quero nem saber o que vai acontecer se sairmos.

– Tudo bem, mas... Eu preciso fazer alguma coisa depois. – A ruiva do grupo admitiu, estendendo a malha que sempre trazia consigo. Todos sentaram, conversando sobre as aulas e tendo um dia normal mesmo com aquela data.

– E então... Já entregaram seus presentinhos? – Blue começou, com um sorriso largo.

– N-não sei do que está falando. – Crys respondeu, olhando para o lado. As outras garotas permaneceram em silêncio, ignorando a pergunta.

– Ah, vocês são chatas! – A garota deu a língua. – Já entreguei o do Red e o do Sil! E espero uma recompensa no White Day.

– Blue, chocolates não são feitos só para ganhar recompensas... – Red tentou argumentar, mas foi ignorado. Ele suspirou, mordiscando um dos milhares de doces que ganhara no dia.

– Você vai comer todos eles? – Dawn perguntou, gesticulando para o montoado de saquinhos e caixinhas junto com seu lanche.

– Bom, eu não vou jogar fora... – O garoto respondeu. – Eles duram por uns dois meses lá em casa.

Yellow olhou para baixo, triste com essa notícia. Se ela entregasse o seu agradecimento, traria mais problemas a ele...

Mas então, vamos mudar de assunto que eu não quero me lembrar desse dia horrível. – May ofereceu, e ninguém teve motivo para discordar.

Conversa vai, conversa vem, e logo faltavam apenas uns dez minutos para o fim do recreio. Misty, que já tinha arrumado suas coisas, despediu-se primeiro. May e Dawn foram logo depois, e os garotos saíram antes que o corredor enchesse muito outra vez.

Assim que estavam fora de vista, Blue virou-se para a melhor amiga.

– Yellow... Posso saber por que não vai dar o seu chocolate?

– C-como assim, Blue? – A loira tomou súbito interesse por seus pés, evitando responder.

– Não se faça de boba, eu sei que planejava entregar no recreio. – Ela apontou para o saquinho bem escondido atrás da loira. – Você tinha a chance perfeita e não usou?

– Eu não quero dar problemas a ele. – Yellow olhou para cima outra vez. – Meu chocolate, o que tem ele de diferente dos outros?

– Ele é feito por você, Yellow. – Blue lembrou-a. – Você não é igual a elas.

– E-... E como eu não sou igual a elas? – A loira cerrou os punhos, sentindo os olhos marejarem. – Eu sou só outra garota com sonhos idiotas que gosta do garoto mais popular da escola, não é verdade?!

– Você... – Ela olhou para a outra, surpresa. Depois, sorriu de leve e se aproximou. Yellow tentou afastá-la com a mão, mas Blue foi mais rápida.

– Yellow, por favor. Você não pode ver, mas os olhos dele brilham quando eu falo seu nome, ou quando ele comenta alguma coisa sua. – Ela ajeitou uma mecha loira do cabelo da outra, colocando-a para trás da orelha.

– Mentira... – A mais nova discordou, fitando o chão. Blue levantou seu rosto com as mãos, zangada.

– Eu não mentiria para a minha melhor amiga, você sabe disso. – Ela se afastou, virando para frente. – Agora vamos, não quero levar bronca do professor.

–... Obrigada. – Yellow sorriu, enxugando uma lágrima que teimava cair.

– E não deixe de entregar o chocolate, estava uma delícia quando eu roubei um ontem.

– Você roubou um chocolate?

– Foi só um! Eu juro!

Blue!

Ambas riram, sentindo falta de suas discussões de infância. Só ela para fazer Yellow se soltar mais, e só a outra para deixar Blue mais sincera.

Falando em sinceridade... – A mais velha lembrou-se de um terceiro chocolate em sua mochila com fita verde.

Talvez ser um pouco honesta com si mesma não fosse ruim.

–- x –

– Ok, que cara é essa? – May perguntou para Misty assim que Yellow entrou na sala. O professor devia ter atrasado, já que não havia sinal dele na sala.

– Olha, ela voltou! – Dawn animou-se, ajeitando-se na cadeira. – O que tava fazendo, Yellow?

– Nada, só conversando algo com a Blue. – A loira evitou o assunto, não querendo pensar naquilo tão cedo. – O que eu perdi?

– Misty foi rejeitada pelo Ketchup. – May sorriu, logo depois desviando de um soco.

– Eu não fui rejeitada! – A ruiva corou, cruzando os braços. – Ele só entendeu errado.

– Como assim entendeu errado? É chocolate. – Crys ficou com uma gota.

– Ele achou que era “agradecimento”, e recusou por eu não ter motivo para agradecê-lo. – Todas a encararam, e viraram para o jovem que conversava com outros da sala.

– Huh... Sério isso? – Dawn ficou com uma gota.

– É. – Misty apoiou o rosto em uma das mãos, olhando para Ash. – Como eu lido com aquele garoto...?

– Só você sabe Misty, era a única que tirava as dúvidas dele quando o Ketchup andava com a gente. – May comentou.

– Ele andava com vocês? Nossa, tanta coisa que eu não sei... – Yellow suspirou na sua cadeira.

– Culpa sua por não estudar com a gente. Também não sabemos muito sobre seus conhecidos de Virídian. Quer dizer, tirando o-

– Dawn.

– Ah, certo, desculpa. – A garota abaixou a cabeça, arrependida.

– Alunos! – A professora entrou ofegante na sala. – Desculpe a demora, eu tive um probleminha... Agora peguem seus livros!

Sem outra escolha, todas obedeceram.

–- x --

As aulas tinham acabado. Para muitos, que não tiveram coragem no recreio, esse era o momento perfeito de entregar chocolates. Foi o caso de May que, sorrateiramente, seguiu um rastro de verde assim que o viu saindo de fininho de mais garotas.

Ele tinha ido até a parte das cerejeiras, perto de onde ela e as meninas costumavam lanchar durante o intervalo. May observou-o sentar debaixo de uma árvore, cansado.

– Teve um dia corrido? – Ele abriu os olhos de susto, mas acalmou-se visivelmente após ver de quem se tratava.

– É, ser popular é complicado. – Drew jogou a sua franja para o lado. May riu um pouco, aproximando-se mais.

– Não sei por que elas ainda te seguem, não vi nenhuma qualidade que presta em você até agora. – A garota comentou.

– Diz aquela que não ganhou nenhum chocolate de dia dos namorados.

Errado! – Ela riu com a cara de surpresa dele. – Brendan me entregou o dele hoje de manhã, junto com outras coisas que ele fez para mim.

– Quem é esse aí?

– Amigo de infância, pode-se dizer. – May olhou para o cabeça verde outra vez. – Por quê? Ciúmes da selvagem?

– Claro que não. – Ele retrucou, mas ainda sim corou com a afirmativa. – Só ponderando quem é tão maluco de dar chocolates para você.

–Ora seu... – A garota ficou brava, tirando um saquinho da bolsa e tacando com toda sua força no rosto dele. Drew conseguiu pegá-la a tempo, percebendo então o que ela tinha jogado.

– Isso é...? – Ele murmurou, encarando os chocolates dentro do saco.

– Um presente de agradecimento, nem pense em algo mais. – Ela completou, sentindo o rosto esquentar. – Você não merece isso, mas acabou sobrando um dos que eu fiz.

– May, você sabe que essa mentira é muito óbvia, não é?

– ... Que seja. Até amanhã, Dreweca! – A jovem não deu tempo para ele fazer nada, ao invés disso disparando em direção à escola outra vez. Ele ficou encarando o nada por um tempo, olhou para o chocolate outra vez, e sorriu.

Abriu o saquinho e comeu um deles.

–-x --

Dawn tinha treino extra de torcida hoje, mas o problema de uns dias atrás tinha a deixado receosa de ir. Não sabia se aquelas garotas arrumariam uma maneira de enfrentá-la outra vez, e não sabia se Paul estaria lá outra vez para salvá-la.

Paul... – A garota encarou uma caixinha que segurava. Tinha feito aquilo para ele por pressão das garotas, mas não sabia se iria mesmo entregar os chocolates ou não.

Acho que vou para casa, não tem nada para fazer aqui. – Ela decidiu por fim, dando meia volta em seu percurso para a quadra aberta. No meio do caminho, ouviu alguns barulhos vindos do Ginásio.

Ué, o time de basquete treina hoje? – Dawn aproximou-se da construção, e abriu a porta de leve. Não era o time que estava lá, e sim apenas um garoto. Coincidentemente, o mesmo que ela – ou melhor, não queria – encontrar.

A jovem observou-o correr por um tempinho. Ele até era bom nisso, será que já tinha sido do time uma vez? Será que ele era do time atualmente? Ela não notara antes, mas não sabia quase nada sobre aquele garoto.

E ainda tem aquela dúvida... – Dawn suspirou, olhando para o rosto dele. Os olhos dele, o príncipe, tudo não saía de sua mente à dias. Sabia que as chances eram quase nulas, mas e se fosse ele?

– Dawn?

Ela olhou para cima, surpresa. Achou que ouvira o príncipe a chamando. Olhou para os lados, não vendo nada, até perceber que a voz estava falando de novo.

– Cerejinha? Veio me espiar jogando? – Paul perguntou, um meio sorriso em seu rosto. Dawn corou, negando em seguida.

– Só estava voltando da quadra e ouvi uns barulhos aqui.

– Quadra? – Ele estreitou um pouco os olhos. – Aquelas garotas fizeram outra coisa?

– Não,eu que quis faltar mesmo. – Ela explicou com uma gota. Depois, encarou a bola que ele tinha nas mãos. – Você joga?

– Quando tenho tempo. – Paul respondeu curtamente, quicando a bola. – Se quiser matar aula aqui, eu não me importo.

– Não vão brigar se te acharem aqui?

– Peguei a chave com o professor. – Ele apontou para sua mochila. – Vai ou não?

– Ah... Ok! – Ela fechou a porta, e subiu até uma das arquibancadas. Comemorou internamente por ele não ter percebido a caixinha que tinha nas mãos. Depois, sua memória lembrou-a do que acontecera a uns minutos atrás.

O que eu ouvi, será que foi imaginação? – Ela ponderou, olhando o garoto arremessar da quadra. Ou ele pode ter me chamado e eu ouvi errado?

– Que estranho, eu jurava que tinha ouvido o príncipe... – Ela murmurou, olhando para seu braço. A pulseira estava lá, e um brilho leve contornava-a. Já estava assim a algum tempo, mas ela não sabia o que aquilo queria dizer.

Ele não pode ter voltado, a casa dele está vazia. Mas então por que ela brilha..? Argh, que confuso! – Dawn bagunçou os cabelos de frustração Da quadra, Paul a encarou.

– Não sabia que você além de problemática era maluca. – Ele comentou, chamando a atenção dela. A garota corou, tratando de arrumar o cabelo em um segundo.

– Eu não sou maluca, muito menos problemática! – Ela parou em seguida, piscando. -... Espera aí, você me chamou de problemática?

– Chamei, qual o problema? – Paul respondeu, fingindo estar entediado. Por dentro, se xingava de mil formas diferentes por ter dito aquilo.

–... Nada não, esquece. – Ela fitou o chão, tensa. O príncipe sempre a chamava assim. Era só coincidência...?

– Dawn. – Seus orbes azuis encontraram os roxos dele, sérios. – Se você vai ficar atrapalhando, melhor ir embora.

– Ah, não, eu- Ela virou-se para a caixinha que tinha deixado na arquibancada junto com a mochila. Foi até lá, pegou a caixinha e a mochila junto, voltando depois para frente dele.

– O que é isso? – Ele perguntou encarando o doce.

– Err... Eu fiz para você, de agradecimento por ter me defendido contra aquelas garotas. – Ela explicou, estendendo a caixinha.

Ele não falou nada, apenas pegou a caixa e a fitou. Dawn, nervosa, achou melhor sair de lá antes que seus pensamentos concluíssem algo que não era verdade.

– B-bom, até mais! Espero que goste!

– Ei..! – Paul só encontrou sua voz quando a porta terminara de fechar, indicando a saída da jovem do ginásio. Ele abriu a caixa, era um chocolate gigante em forma de coração.

Mordeu. Meio amargo.

– Como ela sabia...? – Ele murmurou, encarando o doce. Era o seu sabor favorito, mas...

– Eh, príncipe? Você gosta de chocolate amargo? – Dawn fez uma careta. – É horrível!

– Só para você que se empanturra de doces, problemática. – O menino rebateu, mordiscando mais de sua barrinha de chocolate.

– Humph! – Ela bufou, mas sorriu em seguida. – Mas eu acertei, viu? Seu tipo de chocolate favorito é meio amargo!

– Que seja. – Ele suspirou.

Paul olhou para a porta outra vez, indo até ela e abrindo-a. Olhou para os lados, sem sinal da garota. Ele olhou mais uma vez para o chocolate nas mãos.

Será que ela adivinhou outra vez, ou...?

–- x --

Gold suspirou, encarando sal bicicleta. Por que ele achou mesmo que receberia um chocolate hoje? Claro, ele ganhou uns dois de garotas da sala por seu charme, mas não era delas que ele queria algo.

Aquela garota é mesmo durona,hein... – Ele bufou. Sabia que tinha sido direto demais, mas tinha certeza que ela também gostava dele! Não precisava ter dado um tapa e saído correndo.

– Bom, melhor ir para casa. – O jovem montou em sua bicicleta, começando a pedalar. Depois de um tempo, pôde jurar que estava ouvindo uma voz o chamando...

Parece até a garota séria! – Ele riu de sua esperança idiota dela ainda querer algo com ele. Mas surpreendeu-se quando sentiu um chute numa das rodas da bicicleta e tombou para o lado, atingindo o chão em poucos segundos.

– Ai! – Ele reclamou, por pouco não tendo batido a cabeça. Levantou, prestes a tirar satisfação com o doido que quase quebrara sua bicicleta...

Encontrou Crystal o encarando ofegante.

– Crys...?

– Desculpa, foi o único jeito de te parar. – Ela desculpou-se, sem graça. – Desculpa também pelo tapa, e por te ignorar, e por não terminar a aula extra quando era o meu dever-

– Ei, vai com calma. – Ele a interrompeu. – Eu te perdoo, mas... Você chutou a minha bicicleta só para pedir desculpas?

Ela permaneceu em silêncio, fitando o chão. Parecia nervosa. Depois de um tempo esperando, Gold suspirou.

– Olha, tudo bem se não quiser olhar mais na minha cara, eu me viro com um professor particular mesmo.

– Não! – Ela berrou, o assustando. Percebendo o que fez, Crystal corou e colocou a mão sobre a boca. – N-não, não faça isso. Eu...

– Você?

– Eu queria te dar isso. – Ela tirou um saquinho dourado da mochila, e o estendeu.

– Para mim? Sério? – Ele aceitou o presente, abrindo-o. Eram chocolatinhos em forma de coração, e pareciam ter pedaços de algo por dentro. Gold encarou os doces e olhou para cima. – De agradecimento?

– Uh... – Crys corou mais, olhando para o lado. – Por que todo mundo acha que são de agradecimento?

– Por que você daria um chocolate de dia dos namorados para mim...? Ah. – Ele arregalou os lhos, olhando-a. – Espera, o que-

– Ainda é muito tarde para começar de novo? – Ela ofereceu, sorrindo. – Sem todos aqueles desentendimentos.

– Crystal, você gosta de mim? – Gold perguntou.

– Você é irritante, idiota e isso não vai mudar, mas... – Crys sentiu a face esquentar. -... É, acho que sim.

Ele sorriu, não do jeito normal, mas sim verdadeiramente, e aproximou-se dela. A garota fechou os olhos ao senti-lo aproximar seu rosto, borboletas voando sem parar em seu estômago...

– Vou te beijar agora, tudo bem? – Ele murmurou, divertido. – Não me bata dessa vez.

E acabou com a distância de ambos, envolvendo-a num beijo. Não demorou muito, ela só tendo tempo de passar seus braços pelo pescoço dele, antes de se separarem.

– Então... Sou seu namorado agora? – Ele perguntou, tirando parte da franja dela de seu rosto. Crystal sorriu.

– Vou pensar no seu caso.

–- x --

Red caminhava de volta para casa, de algum modo tendo despistado o resto das fãs. Encontraria mil chocolates amanhã em seu armário, provavelmente. Ele suspirou. O que faria com tanto chocolate assim?

– Ei, Red! - Ele ouviu uma voz familiar, e se virou. Yellow corria em sua direção, já de boné, levando consigo uma caixinha em forma de coração.

– Yellow? - O garoto parou, esperando-a alcançá-lo. Quando a loira o fez, estendeu a caixa.

– Aqui, é para você. Eu fiz de agradecimento pelo que você fez por mim. - Ela parecia nervosa, ajeitando seu boné a cada dez segundos. - Não precisa aceitar se for um problema, eu vou entender, então...

– Não, que nada!- Ele pegou a caixa, sorrindo. - É verdade que eu tenho bastante chocolate aqui, mas... O seu e o da Blue são especiais.

Ela sorriu, mesmo que o comentário dele tivesse doído em seu peito. Suas esperanças eram grandes demais, como sempre.

– Te vejo amanhã, então? - Red falou. Ela assentiu, reunindo sua coragem...

Ficou na ponta dos pés, plantando um beijo na bochecha do mais velho. Corando mais que um pimentão, ela despediu-se rapidamente e saiu correndo na direção oposta.

Red piscou várias vezes, tentando processar o que acabara de acontecer. Depois, pousou uma das mãos em sua bochecha.

– O que...? - Ele murmurou, sentindo seu rosto esquentar também.

Que sentimento era aquele?


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Notas finais do capítulo

Woooo, romance~ Como eu já disse, muitas coisas aconteceriam nesse capítulo. Receio informar a vocês, meus lindos, mas estamos a 6 capítulos do fim. ;-; Não é muito, mas é a reta final. O que vai acontecer agora? Volte no domingo e descubra!
Até~