My Dear escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Milena: Olá, alguém ainda por aqui? Então gente, se vocês acompanham alguma das minhas historias sabem que eu entrei em hiatus por tempo indefinido, estou no ultimo ano da escola e trabalho então não tenho nem tempo para respirar, quanto mais para escrever. Eu e a Hoppe havíamos dito que finalizariamos essa historia como uma despedida, mas não conseguimos, problemas pessoais, escola, falta de tempo e inspiração nos impediram disso, espero que nos perdoem. Mas enfim, carnaval chegou e eu consegui um tempinho para reler a fic e a inspiração veio, finalmente, e eu fiz o ultimo capitulo. Espero que gostem e nos vemos lá embaixo ;D



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É hoje.

Penso assim que abro meus olhos, antes mesmo de perceber que não estou sozinha, a mão em minha cintura me assusta por milésimos de segundos, até que a noite anterior volta como um borrão ao mesmo tempo em que reconheço o cheiro dele, o pesadelo, Cato, os beijos... Tento me soltar de seus braços, mas seu aperto fica ainda mais forte, me prendendo. Viro em sua direção, preparada para acordá-lo, quando vejo sua expressão. Tão serena, leve... como nunca tinha visto antes, sua boca se curva em um mínimo sorriso e ele me puxa ainda mais para si, fazendo com que sua respiração bata em meu rosto. Não posso me conter, me sinto encantada como por um feitiço, e encosto meus lábios levemente aos seus.

E é nesse momento que ele acorda, seus olhos se abrem demonstrando respectivamente confusão, entendimento, satisfação e... medo? Antes que eu possa ter certeza desse ultimo, ele me puxa para cima de si e me beija.

– É hoje – ele diz assim que me solta, suspirando.

– É hoje – concordo, me levantando da cama e ajeitando minha roupa de dormir, que Cato percebe ser um pouco curta demais...

Meu rosto esquenta e ele, ao perceber, solta um risada, os olhos brilhando e o sorriso malicioso.

– Temos que nos apressar – falo, tentando afastar alguns pensamentos de minha cabeça.

– Ainda temos alguns minutos – ele retruca, se sentando na cama.

– Não acho que devemos continuar com isso, em algumas horas iremos entrar na arena e então seremos inimigos – murmuro, cansada.

– É exatamente por esse motivo que devemos continuar, nós só temos mais algumas horas – então ele me puxa de volta para cama e, sem muita resistência, me deixo ser levada.

– Clove, você viu o Cato? Não o acho em lug... – Enobaria entra no meu quarto e interrompe sua frase ao ver Cato saindo do banheiro, uma toalha enrolada em sua cintura e outra em sua mão, que ele usa para tirar o excesso d’água dos cabelos.

– Eu...

– Não me interessa – disse ríspida – Isso terminará hoje de qualquer modo.

Eu fraquejo por um instante, mas ninguém percebe, a frase de minha mentora me atinge mais que deveria, não devíamos ter nos envolvido tanto...

Olho para Cato, confusa, mas ele não me encara de volta. Está olhando para o outro lado, como se evitasse o meu olhar.

– Sua roupa está em seu quarto – Enobaria informa a Cato e depois se vira para mim, me entregando a minha – Quero os dois em frente ao elevador em vinte minutos, não se atrasem.

– Eu... – Cato se volta para mim, sem parecer saber o que falar e, em um impulso, o abraço. O ato surpreende tanto a ele, que demora alguns instantes pra o retribuir, quanto a mim, que nunca fui de demonstrar afeição a ninguém.

Mas eu sei o porquê de eu ter feito isso, é a nossa despedida,assim que ele sair por aquela porta não haverá mas Cato e Clove, nós seremos apenas duas pessoas buscando o mesmo fim, vencer os Hunger Games.

Quando nos afastamos, percebo que ele também havia entendido e que, assim como eu, lamentava ao menos um pouco por isso, pela nossa perda.Pois, naquele momento, aceitamos a verdade, aceitamos que estamos apaixonados um pelo outro. E também aceitamos que isso não mudará nada, nós iremos para a arena e apenas um de nós sairá de lá vivo.

– Bons Jogos Vorazes, minha querida – ele fala, sorrindo fraco, e abre a porta.

– E que a sorte esteja sempre ao seu favor – completo a frase, o vazio em meu peito me incomoda.

Ele sai do quarto, mas antes que feche a porta, eu o chamo:

– Cato! – ele se vira, confuso – Eu... – Mas as palavras não saem, elas não podem sair, seria doloroso demais, mas ele mesmo assim as entende.

– Eu sei, eu também... – e, dizendo isso, ele fecha a porta e tudo acaba.

Depois de colocar a roupa que minha estilista havia mandado por Enobaria, vou até o elevador onde encontro apenas ela.

– Eles ainda não chegaram? – pergunto, me referindo a Cato e Brutus.

– Cato pediu para irem antes, está ansioso – informa.

Eu assinto, entendendo o que ele fez. Agora iremos nos concentrar nos Games, viemos aqui por um objetivo e iremos até o fim.

Entramos no elevador, que nos leva até o telhado, onde um aerodeslizador nos espera. Somos levadas até seu interior por uma escada e uma mulher de jaleco planta um rastreador no meu braço.

Deyna, minha estilista, nos espera em uma sala onde é servido nosso café da manhã, sorrindo docemente. A cumprimento e me sento a mesa, sem fome alguma.

O frio em minha barriga me mostra que também estou ansiosa, em poucos minutos irei entrar na arena e vencer os Games, fazer o que treinei por todos esses anos. Sinto falta de uma faca em minha cintura, mas me contento por saber que irei ter incontáveis delas na arena, a minha espera na Cornucópia.

Depois de um pouco mais de trinta minutos é anunciado que estamos chegando a arena e é aqui que me despeço de Enobaria. Ela me olha severamente e diz:

– Ganhe esse Games.

– Eu irei – respondo com convicção e ela sorri brevemente para mim.

Deyna e eu nos encaminhamos para o subterrâneo, em uma sala relativamente pequena com um tubo que em breve entrarei que me levará direto para a arena.

Visto meu uniforme e quando ela está terminando de prender meu cabelo, uma voz feminina fala que eu devo entrar no tubo para o lançamento. Me dirijo até seu interior enquanto Deyna ajeita as roupas com que eu vim.

– Boa sorte – ela murmura docemente e eu sorrio, confiante.

A voz anuncia que em vinte segundos o tubo irá se fechar quando minha estilista, confusa, tira um papel de dentro de minhas vestes.

– O que é isso? – ela me pergunta, estendendo o papel a mim.

Sem entender, o abro e logo reconheço a caligrafia do bilhete e assim que termino de ler a pequena frase, o tubo se fecha e sou lançada para cima.

“Te amo, minha querida” é o que o papel me informa antes do vento forte o levar para longe. Escuto ao longe a contagem regressiva e apenas uma parte do meu cérebro registra o espaço ao meu redor. Procuro por seus olhos e logo os encontro, me encarando. E então percebo que tudo foi em vão, nada terminou quando estávamos no meu quarto, havia acabado de começar. Ambos sabíamos que temos pouco tempo, mas faríamos com que durasse o máximo possível e, quando terminasse... Bom, pensaríamos nisso mais para a frente.

Sorrio para ele e a contagem regressiva termina.

É agora, penso antes de começar a correr.


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Notas finais do capítulo

Mih: Então gente, acabou D: Gostaria de agradecer a todas as lindas que acompanharam a fic mesmo com nossa imensa demora, muito obrigada mesmo, não irei citar nomes pois tenho medo de esquecer de alguém, mas a todas vocês que estão lendo isso aqui, o meu mais sincero obrigada, serio. E bom, é aqui que eu me despeço com a possibilidade de TALVEZ, conseguir retomar algumas de nossas outras fics, mas não posso prometer nada. Mas então, o que acharam? Comentem por favor, queremos saber!



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