Waiting For The End escrita por Raquel


Capítulo 28
I Won't Give Up


Notas iniciais do capítulo

Noooooooooooooooossa eu tenho que ter muita cara de pau para aparecer por aqui depois de TRÊS SEMANAS, sim, três semanas sem postar nada DD: e adivinhem ... e - e ... eu sou cara de pau sim e-e
Talvez não pareça, ou vocês não saibam, mas eu fico extremamente chateada quando não posto, de verdade. Isso aqui é parte de mim, não consigo "não ligar". Minha irmã e mãe estão de prova, não parei de falar nesse capítulo um segundo durante essas semanas. Me odeio completamente e totalmente por demorar tanto, e como sabia que dessa vez excedi os limites estou aqui exatamente as 03:22 da madrugada escrevendo e ajustando o capítulo para vocês. Tenho certeza que ainda faço muito pouco comparado a tudo que vocês merecem, sério.
Não posso descrever minhas reações ao ler os reviews. Vocês são totalmente incríveis pessoal, eu amo muito vocês. Como nesse exato momento, eu chorei lendo os reviews. Vocês não tem noção de como me ajudam, de como sou grata por tudo que falam para mim. Cada pequeno comentario conta para mim, e apesar de não merecer tudo isso, vocês me dão! Me tocando profundamente. Vocês todos são anjos na minha vida, obrigado.
Antes que eu me debulhe (mais) em lágrimas, eu quero dedicar o capítulo: Dedico a Giulia Dark, que foi a primeira a deixar review *-* apesar de serem pequeninos, me alegram demais. Dedico a carla que admitiu que eu deixo ela curiosa :3. Dedico a MaryMalfoyWeasley que fez um sorriso gigante se abrir em meu rosto quando disse que ama a fic, sua linda, isso significa demais para mim. Dedico a Lily di Angelo que fofamente sugeriu até uma quarta temporada, completando com um "eu amo essa fanfic" que me deixou extremamente feliz. Dedico a Ana Laura que apesar do pequeno review me deixou super feliz. Dedico a Bess, que uow, sem palavras, faz um sorriso gigante se abrir em meu rosto, quando você falou que sou a melhor escritora do nyah (exagerada e-e) eu posso te garantir que mudou meu dia. Dedico a Izzy Collins que me deixou super feliz com seu review lindo cheio de especulações. Dedico também ao meu lindo potterianoroxo que me fez super feliz com aquele review, sério, obrigado de coração. Dedico ao meu melhor amigo Luan (que arrebenta na escrita (me arrebenta também), olhem a fic dele e-e http://fanfiction.com.br/historia/258404/One_Direction_em_Hogwarts/) que me ajuda de formas inexplicaveis, devo muito a ele. Dedico a whispers in the dark, a fofa que me alegrou com seu comentário ^^. Dedico a lindissima da Nanda M, que sempre esta aqui comigo, que me ajuda e me faz rir com seus reviews, obrigado. Dedico também para uma garota muito fofa que me segue no Polyvore, obrigado sua linda *-*. Dedico o capítulo a minha melhor amiga também, Thalia, que é uma das pessoas mais especiais da minha vida, amo essa garota. Dedico também a Amanda Lopes, que sempre esta pronta para me ajudar no que for preciso, que me deixa lindos reviews e vive elogiando essa fic. Obrigado :3. Dedico ao meu Patrick, que me ajuda no que pode e me incomoda (de um jeito bom). Dedico a karolyneferreira, minha amiga que tanto sinto saudade. Dedico também a nossa nova leitora, nossa nova amorinha MaJu que nossa, me deixou um review sem comparação, seja bem-vinda linda, você já faz parte dessa família. Obrigado. Ah! Dedico a minha irmã Débora que me ajuda em quase tudo asodhiasoidhsa amo essa mina demais.
Melhor eu acabar isso logo, daqui a pouco meus pais acordam comigo chorando, aí só quero ver e-e Quero que saibam que essas lágrimas são de alegria, alegria por ter vocês comigo. Obrigado por tudo. Obrigado não só aos que deixam review, mas aos que só leem também. Obrigado, não tenho palavras para expressar minha gratidão a vocês.
Não esqueçam que amo vocês, demais. Todos e cada um de vocês.
Chega de choradeira Raquel, deu. OKEY
A música do capítulo é do Jason Mraz, mas vou deixa-la no lugar correto do capítulo para vocês ouvirem e lerem ^^
Tentei fazer grande para compensar, e acho que deu certo kkk masok... eu não dei nenhum motivo pela demora, acho que o que mais me abalou foi o fato de não gostar de fazer personagens sofrerem, mas bem... Vocês entenderão.
Aah, andaram me dizendo que escrevo bem drama (MaJu), espero que ela esteja certa porque esse é bem drama mesmo e_e
Melhor parar de enrolar.
Ah! Por último... O capítulo é dedicado para todos que leram até aqui :3
P.s Vocês acham que eu falo demais?
P.s.s Me perdoem )):
P.s.s.s Estou lendo O Festim dos Corvos, é muito bom *-*
P.s.s.s.s Tô bolada com a série Game of Thrones
P.s.s.s.s.s Odeio adaptações ruins
P.s.s.s.s.s.s Mais uma vez... quantos P.s's posso usar nessa bagaça? '-'
OKEY VOU DEIXAR VOCÊS LEREM! I'M SORRY...



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POV Silena

 

—O que você é da garota? -O médico perguntou enquanto saíamos pela porta dos fundos do banheiro. Ninguém havia percebido a chegada da ambulância, a música estourava dentro do salão e pelos arredores, então ela foi camuflada. Enquanto esperava a ambulância chegar ajudei Bianca a se sentar, ela chorava desesperadamente. Eu também queria chorar, mas não podia enfraquecer ao seu lado. Não trocamos nenhuma palavra, apenas fiquei ao seu lado tentando mante-la acordada. Aquela situação me assustava, ela estava perdendo muito sangue e estava pálida, os olhos desfocados e soltava gemidos desconexos; eu definitivamente estava preocupada com minha "inimiga".

—Amiga. -Minha garganta estava seca e minha voz rouca, mas o médico ouviu e assentiu me ajudando a subir na ambulância.

O caminho foi cheio de palavras desconhecidas vindo dos médicos. Fiquei segurando a mão de Bianca todo o percurso, ela estava ainda mais pálida e continuava perdendo sangue. De repente ela começou a ter uma convulsão, os médicos pegaram a mão dela que estava entre as minhas e a seguraram na maca, eu estava desabando em lágrimas. Rapidamente peguei meu celular dentro da bolsa com as mãos trêmulas e mandei para Charles:

"Bianca. Aborto. St. Mary. RÁPIDO!"

Eu não queria simplesmente jogar isso na cara dele, mas minhas mãos tremiam, meus olhos estavam embaçados e minha cabeça girava, foi o melhor que consegui escrever.

Depois disso não lembro direito o que aconteceu, eu estava desesperada, tentando acreditar que era só um pesadelo, mas não era, e a confirmação disso veio logo depois, quando um dos médicos me olhou nos olhos exclamando:

—Ela não vai sobreviver.

—ELA TEM QUE SOBREVIVER! ELA VAI SER MÃE... ELA SÓ TEM 17 ANOS! ELA NÃO PODE MORRER AGORA, NÃO PODE, NÃO PODE! FAÇA ELA SOBREVIVER, POR FAVOR... -Comecei a chorar descontroladamente, o médico apenas sorriu solidário segurando minhas mãos enquanto eu negava o inevitável até perder minha voz em um murmúrio. Logo a ambulância parou e já tiravam a maca com Bianca rapidamente, uma pequena chama se acendeu dentro de mim. Nós havíamos chegado ao Hospital St. Mary, ela tinha uma chance.

Aquilo tudo estava sendo muito difícil para mim, afinal ela estava grávida do meu namorado. Se é que posso chamar ele assim agora. Ela era quase minha inimiga. Mas mesmo assim, ela era um ser humano, um ser humano que estava carregando outro ser humano. Este que era filho de Charles. Não posso responder por ele, mas garanto que ele amaria essa criança mais do que acha que pode.

Corri ao lado de Bianca, sua mão pendia da maca e eu a segurei. Nós corríamos pelos corredores do St. Mary como loucos. Não importava, era Bianca e seu filho os importantes ali. Eu não ligava de estar toda descabelada, ou de ter minha maquiagem borrada, ou mesmo por estar chorando na frente de outras pessoas. Eu não me importava com nada. A não ser com a garota deitada, fraca, na maca ao meu lado.

—Você vai sobreviver. Você consegue, seja forte. Apenas aguente mais um pouco. -Sussurrei pra ela que tinha um sorriso leve no rosto, apesar de sua expressão estar mergulhada em dor e talvez em... Nostalgia? Ela sorria, apenas uma leve curva nos lábios, mas sorria.

Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa um médico me segurou numa sala de espera acho, saíram ainda correndo com ela e o médico me segurou ali. Eu desabava em lágrimas.

—FAÇAM ELA VIVER, POR FAVOR... ELA NÃO PODE MORRER, NÃO PODE, NÃO! -Gritei com o médico e ele apenas abanava a cabeça desolado. Um silêncio sufocante se instalara no cômodo. Era como se todas as palavras que eu queria gritar fechassem minhas vias aéreas, me matando. Soluços sacudiam meu corpo violentamente, não conseguia enxergar um palmo na frente do nariz por causa das lágrimas.

—SILENA?! -Aquela voz cortou o silêncio me fazendo soltar o médico e correr até ele. Pulei em seus braços chorando como uma criança. Fui bem acolhida, ele envolveu seus braços em minhas costas num gesto de proteção. Seu cheiro, seu corpo, sua respiração ali... Tão perto de mim estava ao mesmo tempo me matando e me confortando. -Hey, calma. O que aconteceu? Onde está a Bianca? -Ele tentava manter a voz calma, mas eu sentia o desespero por trás dela.

—Eles... Levaram ela daqui... Ela perdeu muito sangue... Eu não sei se vai... Eu não sei... -Murmurei entre soluços desesperados, ele me apertava contra si enquanto acariciava meus cabelos. Senti algo molhando meus ombros. Charles estava chorando. Estava tudo acontecendo muito rápido, a gravidez, o aborto... E agora a morte? Ela não podia morrer agora. Apesar de isso me machucar muito eu queria que Bianca e o bebê sobrevivessem.

Depois de uma boa meia hora esperando por notícias, eu e Charles já estávamos com os nervos à flor da pele. Tínhamos nos sentado no chão do corredor mesmo, perto da porta por onde levaram Bianca. Estávamos num silêncio necessário, irritante, mas necessário.

—Me perdoe Silena, eu não... -Charles começou, mas eu não sei se era a hora certa pra conversarmos. Ainda era tudo muito recente e afinal, estávamos no hospital esperando notícias da garota que junto com ele fizeram nosso relacionamento desmoronar.

—Agora não Charles. -Pedi abraçando os joelhos enquanto observava uma formiga passar por ali.

—Agora sim.

—Aqui não, nós... -Tentei protestar em vão mais algumas vezes, mas ele estava irredutível. Acabei dando de ombros e deixei-o falar.

—Eu sinto muito por tudo que fiz você passar. Por te trair, por engravidar a Bianca e por você estar aqui agora. Sinto ter mentido para você, sinto por ter omitido coisas. Sinto muito por não ser o namorado que você merece. Sinto por não te mostrar o quanto és especial, o quanto é tudo pra mim. Aqui dentro do meu peito, eu estou implorando seu perdão, uma outra chance. Mas acho que não mereço Silena, você é especial demais, não quero te magoar de novo. Eu espero... De coração eu espero que você conheça alguém melhor que eu, que te faça feliz como eu não fiz, porque pra mim é isso que importa. A sua felicidade e nada mais. -Quando ele terminou olhava profundamente dentro de meus olhos, ambos chorávamos. Por impulso peguei sua mão e tentei sorrir para ele.

—Eu já te perdoei Charles, doeu e ainda dói, mas eu te perdoei. Inconscientemente eu já tinha te perdoado logo que soube e depois daquele dia isso só se confirmou mais para mim. Me machucou profundamente, mas... O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba. E eu te amo Charles, por mais tolo que pareça, eu te amo demais e quero tentar de novo, minha felicidade é com você, é em você. Minha felicidade é você. -Eu já não conseguia ver nada, as lágrimas tinham tomado conta da minha visão, apenas senti ele me abraçar em meio a soluços, eu nunca vira Charles chorar assim.

—Eu te amo e nós vamos tentar de novo, e vamos conseguir. -Murmurou por entre o abraço e eu só achei forças para assentir.

—Com licença, vocês estão acompanhando a... Bianca? -Nos viramos e encontramos um médico em pé com uma prancheta na mão, nos levantamos e fomos até ele.

—Como ela está? -Charles pediu limpando algumas lágrimas. O médico nos olhou com o que julguei que fosse pena.

—Eu sinto muito, nós fizemos tudo o que podíamos, mas ela já tinha perdido sangue demais... Ela tem uns dez minutos, talvez mais talvez menos, ela quer falar com vocês. -As palavras daquele homem de branco foram um baque para nós dois. Era algo surreal, não podia estar realmente acontecendo. Assentimos e o seguimos pelos corredores até chegar num quarto de um bege doentio, Bianca estava deitada numa cama no meio do quarto, uma agulha estava em seu braço esquerdo, provavelmente com algum medicamento para aliviar a dor. Ela estava pálida e ostentava um pequeno sorriso de lábios brancos, seus olhos estavam extremamente brilhantes, e apesar de tudo, sua expressão era feliz. Nos prostramos ao seu lado e ela alargou seu sorriso, não aguentei e desabei em lágrimas novamente.

—Hey, tudo bem. Não chore Silena... -Sua voz soava fraca e sem vida, alcancei sua mão e ela deu um leve aperto em meus dedos. -Não tenho muito tempo, então me escutem, por favor. -Ela deu um pequeno risinho com seu próprio comentário. -Me desculpem, vocês dois. Digamos que eu não fui uma pessoa muito boa com vocês. Te peço perdão Charles, por todas as coisas horríveis que falei para você naquele dia e peço perdão por essa criança que eu abortei. Foi sem pensar, bobeira, mas que me trouxe até aqui, e sabe, se foi para eu poder consertar pelo menos alguns erros, não foi inútil. Também te peço perdão Silena, por trair você. Eu sempre soube que vocês estavam juntos, eu só quis... Estragar isso. Fui uma pessoa invejosa e egoísta minha vida inteira, peço perdão a vocês dois, eu fiquei com inveja de tudo o que vocês tem, desse amor sublime que dá pra ver que vocês compartilham... -Sua voz pareceu falhar no fim da frase, Charles juntou sua mão as nossas e esperamos, a frágil garota suspirou e lançou um olhar para nossas mãos juntas. -Espero que vocês sejam felizes, vocês merecem. E por favor, não se lamentem por mim, porque agora eu estou, como nunca antes, em paz... -Com essas palavras e com um último sorriso em seu rosto de menina, eu observei a vida se esvair dos olhos de Bianca, transformando o que fora um verde alegre em um cinza opaco, e como um soco, tudo se tornou real.

 

X --- X --- X

 

POV Thalia Grace

 

Eu estava numa cama, podia sentir o lençol me cobrindo e o colchão por baixo de meu corpo. Sentia também uma leve pressão da cintura para cima onde algo mais pesado me cobria, algo com um perfume suave e conhecido por mim. Inspirei profundamente enchendo meus pulmões com o aroma de Nico. Provavelmente era seu paletó. Antes de finalmente abrir os olhos apalpei meu corpo notando que eu não estava com meu vestido.

EU NÃO ESTAVA VESTIDA COM O MEU VESTIDO!

Arregalei os olhos no mesmo instante me arrependendo logo após. Meus olhos arderam e minha nuca latejou, minha visão estava embaçada e me sentia tonta. Fechei os olhos com força de novo, ao contrário do que eu esperava, doeu mais ainda. Resolvi me distrair até que a dor passasse um pouco.

"Um carneirinho, dois carneirinhos, três carneirinhos..."

Odeio carneirinhos.

"Um elefante, dois elefantes incomodam muita gente..."

Música errada.

"Um pintinho... Amarelinho, cabe aqui na minha mão, na minha mão! ..."

Sério que estou cantando isso? Deuses, acho que ter uma garrafa quebrada na minha cabeça fez efeito. Desisti de cantar quando senti a dor aliviar. Abrindo os olhos lentamente dessa vez, reconheci o lugar. Sem dúvida era um quarto no St. Mary. Idêntico ao que meu pai tinha ficado, a cama, um sofá, porta para o banheiro, televisão, uma mesinha e obviamente o bege enjoado nas paredes. Ao rodar meus olhos pelo quarto senti uma ardência incômoda atrás de minhas orbes, mas apenas ignorei pousando meu olhar sobre o moreno que dormia curvado em cima da cama com apenas a cabeça apoiada no colchão. Nico como o esperado estava só com a camisa branca enquanto seu paletó pousava em meu corpo, seus cabelos sempre bagunçados pareciam ainda mais bagunçados. Fiquei apenas observando ele por um tempo, ele era definitivamente lindo. Observei suas pálpebras lembrando de seus olhos abertos, eram negros como a noite e brilhantes como a Lua. Era tão estranho para mim estar tão apaixonada por alguém, amar tanto outro ser humano. Podia sentir o surrealismo daquilo todos os dias, mas era um surreal bom.

Alcancei sua mão com algum esforço e entrelacei nossos dedos. Tendo minha mão em contato com a sua me passou tranquilidade, me fazendo notar o quão cansada estava. Sem perceber, voltei a fechar os olhos, notando a ausência de dor. E antes que pudesse pensar em qualquer coisa, já dormia novamente.

 

X---X---X

 

Abrir os olhos estava difícil. Parecia que minhas pálpebras estavam grudadas, e quando consegui desgrudá-las minha visão estava embaçada. Só enxergava borrões toscos na minha frente.

—Olha! Que bom que acordou. Você pode abrir os olhos? -Uma voz desconhecida soou no mínimo estranha para mim. Apalpei o colchão em busca da mão de Nico, mas não a encontrei. Voltei a abrir os olhos, doía ainda mais, porém minha visão estava melhor. Esfreguei os dedos nos olhos e voltei a enxergar direito, sentindo minha cabeça inteira latejar. Focalizei um homem de branco ao lado da cama. Por um segundo de viagem mental louca achei que tinha morrido, mas ele era só um médico.

—Quem é você? -Perguntei direta e quase vi um sorriso em seu rosto.

—Sou o Dr. Jones. -Respondeu apontando para o próprio jaleco onde estavam algumas palavras se embaraçando. Ignorei essa inutilidade de meus olhos e voltei a focalizar seu rosto esperando ele continuar. -Sou Neurologista. -Puxei na mente o que seria isso, era algo como alguém que tratava de problemas nervosos. Instantaneamente voltei toda minha atenção para ele, afinal o que ele estava fazendo ali? Eu só tinha levado uma garrafada na cabeça, precisava de gelo e remédios, só isso. Busquei qualquer informação útil em seu rosto e olhos, algo nada bom vinha por aí. -Antes de conversarmos direito... Você está sentindo alguma dor? É crucial que você me diga se está ou não. -Seu tom estava estranho, não consegui segurar um arrepio que sacudiu meu corpo inteiro.

—Ér... Na verdade sim. Nos olhos. -Respondi e ele franziu as sobrancelhas.

—Você pode se sentar? -Assenti, me ajeitando sentada na cama. Estava insegura sem Nico ali. Onde diabos esse menino se meteu?

"Se cansou de você. Esse foi rápido não?" Minha maldita consciência consegue deixar meu começo de dia pior ainda.

—Ok, tome isso aqui. Vai aliviar a dor, é quase imediato. -Nem percebi, mas o doutor tinha examinado meus olhos com aqueles trocinhos de luz, e agora estendia um comprimido e uma garrafa de água para mim. Olhei incerta o pequeno remédio e ele deu um meio sorriso. -Isso não é pra te dopar, é só para aliviar a dor. -Peguei o comprimido e a água, fazendo os dois descerem pela minha garganta, causando uma ardência descomunal. Bebi toda a água enquanto ele analisava uma prancheta. Coloquei meu cabelo para trás da orelha e me ajeitei melhor na cama, esperando o que viria. -Antes de qualquer coisa... Uma garota morena veio aqui e foi embora com o menino que estava com você. Ela trouxe seu carro e roupas. Eles pediram desculpas por terem que ir, mas era urgente. -No mesmo instante me preocupei e fiquei especulando o que poderia ter acontecido. -As roupas estão naquela mochila. -Apontou para minha mochila que estava em cima do sofá. -Você quer tomar banho e se trocar antes de conversarmos? -Pensei em aceitar, mas minha ansiedade foi maior, neguei com a cabeça e ele assentiu olhando para o chão. -Vamos começar por ontem à noite. Quando você chegou aqui estava desacordada e sangrava, aqui. -Pousou a mão na minha testa, levei meus dedos até o local e senti o corte, que parecia ter pontos. Ao tocar ali, senti uma pequena tontura e a esperei passar, com o alívio de não sentir mais meus olhos doerem, o remédio fizera efeito. -Imediatamente fizemos os procedimentos de praxe e fechamos isso aí. Porém você não acordou, então fizemos alguns exames, e, bem... -Ele deixou a frase morrer, parecia abatido enquanto olhava para o chão, estranhei, eu não o conhecia, porque ele estaria assim? Achei que ele fosse continuar, mas apenas ficou de cabeça baixa. De repente um medo sobrenatural se apossou de mim.

—O que e-eu t-tenho doutor? -Pedi fazendo minha voz soar pela primeira vez, ela estava rouca e baixa. Extremamente doentia.

—Nos exames foi descoberto algo aqui. -Falou tocando na base da minha nuca. -Conversei com o garoto e ele confirmou que você andava reclamando de algumas dores de cabeça e coisas do gênero, então resolvemos nos aprofundar nisso e bem... Foi diagnosticado um Astrocitoma, não bem desenvolvido. Ele é focal, ou seja, é fácil observar seus limites, nos dando margem para uma cirurgia bem sucedida, com remoção total...

—Doutor, o que eu tenho? -Perguntei com a voz firme, ou o mais firme que consegui. Ele pareceu entender que eu não compreendera suas palavras e por um instante apenas remexeu os pés.

—Você tem um tumor no cérebro. -Ele me fitou e eu senti minha cabeça pesar. Senti palavras presas em minha garganta seca, senti o chão se esvaindo por baixo de mim, senti um crescente desespero acompanhado dos nomes da minha vida: Annie, Silena, Connor, Travis, Percy, até Charles, Josh... Nico. Senti meu corpo cair em um redemoinho confundindo minha mente, senti meu pai ali comigo, senti meu estomago se revirar, me senti sozinha, me senti presa. Mas acima de tudo, me senti impotente. -É um Glioma do tipo 1, Astrocitoma. Este é o tipo mais comum de glioma a se desenvolver a partir de células denominadas astrócitos. Os astrocitomas podem ser de crescimento lento ou rápido. Alguns são bem localizados, os focais, o que significa dizer que é fácil identificar o limite entre o tumor e o tecido cerebral normal num exame de imagem ou mesmo durante uma cirurgia. Este é o seu tipo, e devido a sua idade é de remoção facilitada. Resumindo, depois de removido ele não voltará nunca mais. -O doutor, apesar de abatido parecia feliz com as especulações sobre o tumor não voltar, porém meus pensamentos ainda estavam paralisados. Não sabia o que fazer agora, ou o que pensar. Era como voltar a ser um bebê, completamente dependente; era um dejavú, como uma estúpida brincadeira que você espera inutilmente que alguém lhe diga que era mentira, era como um pesadelo, ou um pesadelo dentro de um pesadelo.

—O único meio é a cirurgia? -Procurei minha voz e ela soou fraca. O doutor me olhou com o que achei, fosse curiosidade.

—Sim, e apesar de ser uma notícia triste, no seu caso a cirurgia é a salvação. Muitas pessoas com esse mesmo problema dariam tudo para resolver com uma pequena cirurgia, porém descobriram o tumor tarde demais, tendo que recorrer à quimioterapia, radioterapia e coquetéis de remédios, chegando a precisar de até cinquenta cápsulas por dia, apenas para retardar o inevitável. -Ele parecia saber o que se passava na minha cabeça, tentando me convencer de que a cirurgia era melhor, tentando mostrar confiança, tentando apaziguar meu medo. Sim, eu estava com medo. Vi o que essa doença fez com meu pai, soube de casos piores. E agora, aqui estou eu; descobrindo um tumor, e sabendo que precisaria fazer uma cirurgia. Parece simples, mas não é. Eu me sentia sufocada e torturada com pensamentos negativos.

—Como seria essa cirurgia? -Pedi enquanto me debruçava na cama, ouvindo atentamente. Me auto-abracei tentando não tremer, estava frio, ou a atmosfera esfriara depois de suas palavras.

—Seria rápida, em torno de duas horas. O tumor seria totalmente removido e faríamos foto-exames para nos certificarmos que ele foi completamente removido. Como é uma cirurgia muito delicada, sua anestesia seria geral levando você a dormir por até duas horas após o término da operação. -Assenti e ficamos em silêncio por um momento. Eu sabia que teria que fazer essa maldita cirurgia, mas tinha medo. Medo de não acordar mais, medo de perder Annie e Silena, medo de perder Josh, medo de perder Nico. Percebi que, no fim das contas, Thalia Grace é só mais uma adolescente extremamente medrosa.

—Eu preciso pensar. -Sussurrei e o doutor me pareceu levemente decepcionado.

—Tudo bem, mas pense rápido. Podemos marcar a cirurgia a qualquer hora. Ligue para nós quando decidir. Vou lhe deixar agora, tome um banho e se troque. Estou lhe dando alta. Tome, fique com esses remédios, servirão para as dores até você se decidir... -Deixou os comprimidos em cima da cama e se afastou, para quando chegar na porta se virar para mim, com um semblante de leve censura. -E lembre-se, quatro horinhas deitada numa cama, podem mudar sua vida toda. -Ele fechou a porta e eu me deixei desabar na cama. Pensamentos queriam invadir minha mente, mas eu apenas os evitei. Toquei meu mais novo machucado e uma sensação ruim tomou conta de mim, talvez um pressentimento. Mas apenas sacudi a cabeça jogando tudo que me atormentava para longe.

Me preocupei em levantar e pegar a mochila, me dirigindo ao banheiro. Todo aquele silêncio me incomodava de uma forma que não posso explicar, me fazia sentir-me sozinha. Abri o chuveiro e enquanto esperava a água esquentar fui até o espelho, o que encontrei lá não me satisfez nem um pouco. Meus cabelos estavam bagunçados, no lugar onde seria minha testa uma cicatriz mediana estava vermelha, sendo a única parte de mim que parecia ter vida. O resto de meu rosto estava pálido, parecia um desenho que não foi pintado. E meus olhos, antes azuis vívidos pareciam uma noite tempestuosa, de um azul-marinho opaco, fora isso estavam injetados de sangue, com olheiras profundas e escuras marcando de negro meu rosto. Minha aparência estava doentia. Tudo em mim denunciava a doença que carregava. Com um suspiro cansado entrei embaixo da água quente e deixei que ela escorresse pelo meu corpo, com a esperança de levar tudo de ruim embora, os pensamentos, as especulações, as informações, a consciência de tudo que acontecera. Mas não foi isso que aconteceu, meus problemas pareciam martelar em meus ombros junto com a água. Tentei esquecer tudo e acabar meu banho, e pelo menos isso consegui com sucesso.

Peguei as roupas que Annabeth tinha separado para mim, junto havia escova de dentes e escova de cabelo, pelo menos não sairia como um bicho do hospital. Me troquei e tentei dar um jeito em meu rosto, depois de quase abrir um dos pontos desisti. Saí do banheiro me sentindo melhor, trocar de roupas é reconfortante. Procurei meu vestido e minhas coisas e as achei dentro de uma sacola que estava em cima da mesinha, peguei meu celular de dentro da bolsa e guardei o resto na mochila. Liguei-o e instantaneamente várias mensagens chegaram.

"Eu soube o que houve com você e com sua amiga. Sinto muito! Josh está comigo e está bem, espero que melhore logo! Ele pediu para dormir aqui hoje e Annabeth deixou, dando tempo para vocês resolverem as coisas, então não se preocupe com ele. Falando nisso, ele mandou beijos. xx -Ellen" Entrei em desespero no mesmo instante, o que poderia ter acontecido para Ellen ainda ter que estar com Josh? Que amiga e o que tinha acontecido com ela? Essas perguntas martelavam em minha cabeça quando abri a segunda mensagem.

"Me desculpe ter que sair daí, espero que você acorde logo... Antes que você entre em desespero, deixamos Josh com Ellen, que não relutou em aceitar. Annie e Silena estão bem e esperam por notícias suas. Não posso explicar tudo o que aconteceu ontem a noite, então quando acordar me ligue, ou fale com as garotas, não sei... Mesmo que não for pra saber o que houve, me ligue ta? Estou preocupado com você. Não sairia do St. Mary se não fosse urgente. Ah! Jéssica foi presa, já foi liberada, sua pena foi reduzida a trabalhos voluntários depois que meu pai e$teve por lá, para conver$ar se é que me entende. Já falei demais não é? Me desculpe. Me ligue, por favor. Te amo little panda. xx -Nicolas" Minha preocupação foi aliviada depois de saber que as garotas e Josh estão bem, estava curiosa, mas minha preocupação se aliviara. Um pequeno sorriso se abriu em meu rosto quando li "little panda". Não abri mais nenhuma mensagem no momento. Resolvi não ligar naquela hora, precisava tentar por os pensamentos no lugar. Guardei meu celular e me encaminhei para a porta, a atravessando com alívio. Apesar de ter a preocupação acalmada, e já poder sair do hospital, uma dor se instalara em meu coração.

Saí e encontrei o doutor com uma enfermeira, eles conversavam em voz baixa e quando me aproximei se calaram.

—Obrigado por tudo doutor. -Agradeci tentando sorrir e ele deu-me um sorriso afetado.

—Disponha querida. Espero te ver logo. -Piscou para mim enquanto apertávamos as mãos. Mais uma vez quis devolver o sorriso, mas o que consegui foi um tremor de lábios.

Saí lentamente do St. Mary, não tinha pressa, não queria ir para casa. Não me sentia preparada para encarar as garotas. Quando cheguei ao estacionamento notei que estava chovendo, mais um dia típico de Londres. Vesti o moletom e procurei meu carro, o achando bem perto da saída. Não tinha ninguém no estacionamento, eu só ouvia o leve ruído da chuva na rua, o que acentuou o sentimento de vazio e solidão que tomava conta de mim. Quando entrei em meu carro e o liguei, senti uma pequena sensação de conforto. Ao estar totalmente fora do Hospital St. Mary me peguei sem rumo, não sabia para onde ir. Apenas dirigi e deixei meus pensamentos flutuarem até chegar num prédio conhecido por mim. Algo me dizia que iria acabar ali, e foi o que aconteceu. Estacionei meu carro e entrei rapidamente na biblioteca evitando ao máximo a chuva. Dei boa tarde para um velhinho que passava um rodo no chão e fui atrás de um livro nas estantes.

Acabei escolhendo "A Bússola de ouro", uma fantasia para me distrair da realidade. Me joguei num dos puffes e aproveitei a boa iluminação apenas para ler um pouco e esquecer da vida.

Depois de algumas tentativas inúteis de começar a ler, devolvi o livro em sua estante e subi para o café, pedindo um Capuccino para viagem. Enquanto esperava tomei uma decisão, alcancei meu celular no bolso da calça e mandei uma mensagem para Silena e Annie:

"Hey garotas *-* Já saí do Hospital, estou bem, no fim fiquei com apenas uma marquinha na testa, nada demais. Como conheço vocês, acredito que estão se preocupando comigo, mas não precisa. Estou numa cafeteria e daqui vou na casa dos meninos, preciso conversar com Nico. Não sei que horas voltarei pra casa. Mais uma vez peço que não se preocupem. Amo vocês. xx. -Thalia"

Ficou grande, mas precisava aliviar a preocupação que eu sabia que elas estavam sentindo. Logo meu café estava pronto, o paguei, me despedi do velhinho simpático e saí do prédio rumo à casa dos meninos.

Me sentia meio mal em contar primeiro para ele, sendo que vivia há anos com as meninas, mas me parecia o certo a fazer. Apesar de parecer forte em lidar com isso sozinha, eu não era, eu sentia medo.

O caminho foi rápido e silencioso até demais. Ao chegar à frente da bonita casa saí despreocupadamente do carro e entrei, logo batendo à porta. Um Travis só de cueca me atendeu, se fosse outro garoto eu poderia até ficar envergonhada, mas ele era um Stoll, então tudo bem. Antes que eu pudesse tentar falar algo ele me puxou para dentro de casa me abraçando calorosamente, abraço este que eu devolvi feliz.

—Thalia! Deuses, você está bem? Deu um grande susto em nós. -Murmurou nos separando, ele sorria até que seus olhos pousaram no corte, sua boca se abriu num "o" e eu tive certeza que ele teria um ataque. -O-M-G! OLHA ISSO NA TUA CARA! -Quase berrou e eu consegui rir um pouco, descontraída.

—Nossa Stoll, obrigado pela delicadeza. -Agradeci irônica e ele riu. -E a propósito, isso ficou muito gay. -Ri e ele torceu o nariz.

—Você é um amor menina. Não lembrava o quanto você é chata. -Rimos. -Brincadeira, é bom te ver bem. -Tentei sorrir, mas acho que não deu certo porque logo ele já mudava de assunto. -Vai lá com teu namorado vai, ele já tava me incomodando aqui, querendo porque querendo ir atrás de você sei lá aonde. Mandei ele ir tomar um banho, se eu fosse você subia logo e via se encontrava algo interessante por lá. -Me deu uma piscadinha marota e voltou para o sofá.

—Tentador, tentador. Já to subindo. -Respondi enquanto obrigava meus pés a subir os degraus até o andar de cima. Ao chegar em frente à porta do quarto de Nico tudo o que passamos juntos passou pela minha cabeça, um desespero tomou conta de mim, um medo de proporções gigantescas, medo de perdê-lo, aquele maldito pressentimento ruim. E pela primeira vez naquele dia senti lágrimas crepitando em meus olhos, os fazendo arder e minha visão ficar embaçada. Ouvi ruídos vindos de dentro do quarto e ignorando completamente a educação abri a porta, me deparando com um borrão em meu campo de visão, deduzindo que fosse Nico corri até ele e o abracei, passei meus braços pela sua cintura e deixei minha cabeça apoiada em seu peitoral, chorando compulsivamente. Sua pele era quente em contato com a minha bochecha, Nico devia ter acabado de sair do banho, como o esperado.

—O que aconteceu? Thalia, o que houve? -Sua voz demonstrava sua preocupação, ao tentar falar um nó trancou minha garganta e eu neguei com a cabeça sentindo os soluços sacudindo meu corpo todo. Ele envolveu um de seus braços em meus ombros e com o outro acariciou meus cabelos. Por alguns momentos apenas me deixei chorar nos braços do homem que amava. Tudo em mim doía, tudo me sufocava, tudo me levava a crer no pior, menos aquele garoto alto na minha frente, mesmo sem palavras ele me fortalecia.

—Eu tenho um tumor cerebral Nico. Eu preciso fazer uma cirurgia. Eu estou com medo. -Resumi quando achei minha voz, essa que soava frágil e infantil. Instantaneamente senti os músculos de seu peito se retesarem, e seus braços me apertarem em sinal de proteção.

—E eu estou com você. Sempre. Vamos superar isso juntos, sem medo, apenas juntos. -Murmurou me beijando o topo da cabeça, julguei ouvir sua voz embargada. E percebi que no final eu só precisava ouvir isso dele, saber que estaria comigo, Nico era uma parte de mim, sem ele não poderia nada. Mas eu o tinha, e o resto não importava mais.

Quando me acalmei, deitamos em sua cama. Estar nos braços de Nico era uma sensação única. Ali eu me sentia segura, me sentia completa, me sentia eu mesma. Me permiti fechar os olhos, estava cansada, mas só percebi isso quando ainda abraçado a mim, Nico começou a sussurrar uma de minhas músicas favoritas.

 

(coloquem para ouvir junto minhas amoras ♡)

I Won't Give Up

Eu Não Vou Desistir

 

When I look into your eyes

Quando olho em seus olhos

It's like watching the night sky

É como observar o céu noturno

Or a beautiful sunrise

Ou um belo amanhecer

Theres so much they hold

Eles carregam tanta coisa

And just like them old stars

E como as estrelas antigas

I see that you've come so far

Vejo que chegou tão longe

To be right where you are

Para chegar aonde está

How old is your soul?

Qual a idade da sua alma?

 

I won't give up on us

Eu não vou desistir de nós

Even if the skies get rough

Mesmo que os céus fiquem severos

I'm giving you all my love

Estou te dando todo meu amor

I'm still looking up

Permaneço olhando para cima

 

And when you're needing your space

E quando precisar de seu espaço

To do some navigating

Para navegar um pouco

I'll be here patiently waiting

Eu estarei aqui pacientemente esperando

To see what you find

Para ver o que vai encontrar

 

Cause even the stars they burn

Porque até as estrelas queimam

Some even fall to the earth

Algumas até mesmo caem sobre a terra

We've got a lot to learn

Temos muito a aprender

God knows we're worth it

Deus sabe que somos dignos

No I won't give up

Não, não desistirei

 

I don't wanna be someone who walks away so easily

Eu não quero ser alguém que vai embora tão facilmente

I'm here to stay and make the difference that I can make

Estou aqui para ficar e fazer a diferença que eu posso fazer

Our differences they do a lot to teach us how to use

Nossas diferenças fazem muito para nos ensinar como usar

The tools and gifts we got yeah, we got a lot at stake

As ferramentas, as habilidades que temos sim que temos muita coisa em jogo

And in the end, you're still my friend at least we did intend

E no fim, você ainda é minha amiga, pelo menos não fomos tendenciosos

For us to work we didn't break, we didn't burn

Para funcionarmos, não quebramos, não queimamos

We had to learn how to bend without the world caving in

Tivemos de aprender a ceder sem deixar o mundo ceder à pressão

I had to learn what I've got, and what I'm not

Tive que aprender o que tenho e o que não sou

And who I am

E quem sou

 

I won't give up on us

Eu não vou desistir de nós

Even if the skies get rough

Mesmo que os céus fiquem severos

I'm giving you all my love

Estou te dando todo meu amor

I'm still looking up

Permaneço olhando para cima

I'm still looking up

Permaneço olhando para cima

 

I won't give up on us

Eu não vou desistir de nós

God knows I'm tough, he knows

Deus sabe, sou difícil, ele sabe

We got a lot to learn

Temos muito a aprender

God knows we're worth it

Deus sabe que merecemos

 

I won't give up on us

Eu não vou desistir de nós

Even if the skies get rough

Mesmo se os céus fiquem severos

I'm giving you all my love

Estou te dando todo meu amor

I'm still looking up

Permaneço olhando para cima

 

Ali, nos braços de Nico, o homem que amava, deixei que a inconsciência me tragasse enquanto ouvia suas juras de amor. E eu tinha plena certeza que nem eu, nem ele iríamos desistir de nós por uma doença.

Even if the skies get rough

Mesmo que os céus fiquem severos.

 

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Notas finais do capítulo

Não vou pedir reviews, mas vocês podem deixa-los e me alegrar ;3
Tudo que escrevi sobre o tumor é real, existe mesmo. Longos períodos de pesquisa criaram esse capítulo, espero que tenham gostado.
Falando nisso, o cemitério usado na fic, o Cemitério de Highgate e o Hospital St. Mary realmente existem em Londres, porém não sei como são então criei uma descrição própia, mas só queria avisar que eles existem mesmo ' - '
Espero de coração que vocês gostem.
Os amo.
Muito.
Volto em breve, espero.
xx'
P.s Terminei tudo 03:57 faltando apenas inserir a foto.
P.s.s Terminei tudo e agora é exatamente 4:01 estou morta de sono, mas postei o/
P.s.s.s AAAAAAAAAAAH pessoas pediram meu tumblr e-e, é http://and-everythings-not-lost.tumblr.com , se quiserem me seguir, me mandem uma ask que eu os sigo ><
P.s.s.s acho que sou viciada em P.s's ._.