Digimon Adventure 03 - O Brasão Lendário escrita por Caelum


Capítulo 5
Capítulo 4 - Todos reunidos novamente.


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Desculpe só postar agora, mas eu tinha postado ontem, só que eu apertei o botão "voltar" sem querer, voltou pra página anterior apagando completamente a formatação do capítulo! Quase surtei. Aí resolvi postar hoje.
Eu editei esse capítulo milhares de vezes. Milhares MESMO. Está super diferente!!! Olha só, escrevi. Achei que ficou horrível. Editei, mudando-o completamente. Aí, recebi um ´review dizendo que meu capítulo estava bom, então ESTOU EDITANDO TUDO DE NOVO!
Desculpe se confundi alguém!!!!!!!!! Ai, ainda bem que tinha tudo salvado no Word!!!!
Ah, SETE reviws! Com uns cinco capítulos. Acho que está bom, não? Queria agradecer ao Kevin, quem mais comentou aqui. ^^
Até...



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Mundo Humano - um pouquinho antes - Sorveteria.


Parte 1: Recebendo um presente.


Três amigos estavam sentados em uma mesa, dois deles impacientes. O atende os atendia calmamente....Ou quase isso.

Um deles tinha um cabelo realmente rebelde, espetado e selvagem, os fios castanhos, e grossos se estendiam em todas as direções possíveis e uma aparência meio brincalhona e talvez um pouco impaciente. Ele era bem forte, graças ao vários anos jogando futebol. Tinha olhos grandes e bonitos, castanhos cor chocolate. Tai Kamiya estava com uma blusa azul com uma estrela amarela e laranja no centro, calça preta, sua habitual faixa azul na cabeça, luvas pretas e azuis escuras e tênis azuis e laranjas.

–Desculpe-me, mas será que você poderia escolher logo o sabor do sorvete que você deseja? – o moço perguntou, exasperado.

–Hum... Baunilha! Não! Chocolate! Uh, não, espera. Morango! Ah, não, eu odeio morango. Eu... – Tai tentava se decidir.

–Isso vai demorar. – Uma garota murmurou.

Ela tinha cabelos ruivos mais ou menos lisos, um pouco espetado nas pontas, na altura dos ombros. Seus olhos eram castanhos, com um brilho bondoso. Era relativamente alta, e saudável também, já que praticou esportes na maior parte de sua vida. Sora Takenouchi estava com uma blusa amarela de alças, uma pulseira vermelha no pulso, saia jeans, um colar com um grande coração vermelho, uma jaqueta jeans amarrada à cintura, e tênis amarelos.

–Tai. Anda. Logo. Com. Isso. – um menino rosnou, irritado.

Ele era loiro com olhos azuis, tinha pele branca. Seu cabelo era levemente despenteado, mas arrumado, dando um ar um pouquinho rebelde, do tipo que faz as meninas suspirarem. Ele, um pouco magro, mas forte. Matt Ishida estava usando uma blusa verde com a silhueta de um grande lobo, em branco, à luz da lua e calças jeans azuis escuras com correntes, tênis verdes e marrons e um bracelete preto no pulso.

–Mas...

–Ele quer chocolate. – Matt disse, e o atende quase o agradeceu. Ele saiu rapidamente da mesa, indo até o balcão, mais no fundo da loja.

–Ei, por que você fez isso, Ishida?

–Ou eu fazia isso, ou você ficava um ano inteiro escolhendo o sabor do sorvete!

–Então tá. – disse Sora, antes que Tai pudesse falar algo, apoiando seu cotovelo na mesa. – Alguma novidade, meninos?

–Nada de interessante, eu acho.

–A minha banda fará uma turnê daqui á alguns meses.

–Matt, por que você adora esfregar na minha cara que você tem uma banda e eu não?

–Acho que é por que eu tenho talento musical, e você não.

–Gente, - Sora suspirou – não posso ter um pouquinho de Paz?

–Não. – Matt disse calmamente. – Eu adoro implicar com ele.

–Idem. – ele sorriu.

–Ah, amor, não faça essa cara.

–É, não faça, daqui a pouco eu vou comer.

–Tai! – Sora reclamou.

–Sim, Sor?

–Não liga pra ele, Sora. – Matt sorriu – Aliás, que tal a gente fingir que o Tai não está aqui? – Ele se inclinou, dando um beijo nela.

–Não, por favor, tudo menos isso! – Tai fingiu estar apavorado.

Sora deu língua pra ele, e o sorvete chegou. Tai devorava o sorvete de chocolate, Matt, um de limão, que, de acordo com Tai, era “tão azedo quanto ele”. Sora comia um de baunilha. Os melhores amigos viviam muito bem, entre brigas e diversão, mas muito bem.

 Os veteranos tinham cada vez mais responsabilidades reais, deixando para trás as digitais. Os três com dezesseis, estavam decidindo – ou tentando decidir – o rumo que tomariam profissionalmente.

Sora cada vez mais apreciava a ideia de se tornar estilista, apesar de não conseguir largar o tênis. Tai, estava extremamente divido entre se tornar um grande jogador de futebol ou algo diferente, que ele ainda não sabia ao certo. Matt estava também meio indeciso entre sua banda, ou achar algo mais.

–Eu...

A voz de Tai foi interrompida quando um velho amigo dos três senta-se à mesa, sorrindo amplamente.

O menino, um pouco mais velho, tinha cabelos pretos um pouco azulados, agora cortados. Magro e alto, ele tinha uma cara extremamente simpática e calma, gentil. Ele tinha óculos redondos simples em frente aos olhos pretos. Joe Kido usava uma blusa polo azul clara, calças jeans cinza e tênis azuis do mesmo tom da blusa.

–Joe! – Sora sorriu.

–Ei, Joe. – Matt cumprimentou.

–Kido! O que um quase-médico tão atarefado e responsável faz aqui numa sorveteria com três adolescentes desocupados? – Tai perguntou.

–Gastando tempo. – ele respondeu calmamente. – Sabe, eu também tenho férias.

–Sério? - Matt perguntou, inclinando-se um pouco na cadeira, com um ligeiro sorriso. – Férias de verdade? Sem testes, exames, provas, questionários, trabalhos ou avaliações?

–Isso mesmo.

–Nossa, eu nunca teria como imaginar. Joe de férias. – Tai brincou.

Joe estava praticamente assumindo o hospital de seu pai, adiantado na faculdade de medicina por ser o melhor aluno de lá. Ainda era um garoto preocupado e muito responsável. Não largava os estudos em nenhum momento, ele tinha um grande potencial para ser dar muito bem no futuro graças à sua determinação, ainda mais como médico.

De repente, a porta da sorveteria abriu-se, revelando um adolescente meio afobado.

Seu cabelo, ruivo, ligeiramente espetado. O menino tinha olhos pretos, e era um tanto baixo para sua idade, 15 anos, mas mesmo assim não era muito baixinho. Ele, como de costume, carregava seu laptop consigo. Parecia bem inteligente, não muito impulsivo. Izzy Koushiro Izumi usava uma blusa laranja com botões, calças jeans azuis e tênis marrons e laranjas.

–Pessoal! – ele exclamou, andando rapidamente até a mesa em que os amigos estavam sentados – Pessoal!

–Oi, I... – Sora foi cortada.

–Preciso falar com vocês. – Ele arfou.

–Hum, ok. – Tai piscou. – Izzy, parece que você correu uma maratona inteira até chegar aqui.

–Quase isso. – ele suspirou, puxando uma cadeira e sentando-se.

Izzy fazia parte do clube de informática da escola. Ele ajudava, de boa vontade, qualquer um que tivesse um problema com computador. Apesar de ter 15, estava devidamente adiantado, na sala de Tai, Sora e Matt. Ele vivia muito bem com seus pais adotivos, que ele amava muito. Recentemente havia descoberto várias coisas sobre seus pais biológicos.

–Olhem essa mensagem que eu recebi, é do Cody. – Izzy pegou seu D-Terminal e colocou na mesa. Matt afastou as taças de sorvete para eles poderem ler melhor a causa do estresse do amigo.

Eles leram, e ficaram bem surpresos. O silêncio durou aproximadamente um minuto.

–O Digimundo está com problemas? – Matt perguntou.

–É o que parece. – Tai murmurou, depois suspirou, emburrado. – E, mais uma vez, vamos ficar de fora enquanto os outros resolvem!

–Eu queria saber melhor o que está acontecendo. – disse Joe. – Facilitaria as coisas.

–Sim. Você tentou entrar em contado com Gennai? – Matt perguntou ao ruivo.

–Tentei. – Ele respondeu, colocando o aparelho no bolso. – Nada. – Izzy admitiu tristemente.

–Não podemos ficar parados aqui enquanto minha irmã e os outros estão indo de novo para o Digimundo, se arriscar e resolver os problemas sozinhos! – Tai exclamou, levantando-se.

–Acalme-se. – repreendeu Sora, se levantando também. – Você tem razão, se algo está acontecendo, precisamos fazer alguma coisa...

O barulho alto proveniente do laptop de Izzy fez os dois amigos se sentarem abruptamente.

–Está apitando! – Matt piscou.

Izzy rapidamente endireitou seu laptop na mesa. Matt moveu-se para trás das cadeiras de Tai e Sora, para ter uma visão melhor do laptop do amigo. A tela estava completamente preta, já que o aparelho estava desligado. Mas ele apitava do mesmo jeito. Alguém chamava do outro mundo.

A tela piscou e um email apareceu de repente, com um barulho de click, pulsando na tela.

–Gennai. – Izzy sussurrou um pouquinho confuso. Ao lado do texto estava uma foto de um velhinho simpático, sorrindo. Ele moveu o mouse e clicou.

“Digiescolhidos.

Peço que venham até minha casa. Nesse momento estou à caminho de encontrar as outras crianças, as trarei para lá também. É urgente, eu preciso de todos vocês reunidos! AGORA! Venham nesse momento para o Digimundo. Ah, sim, não se assustem se eu parecer um pouco mais idoso. Para chegar até aqui, usem o presente que lhes mandei.

–Gennai.”

–Presente? – Tai repetiu. – Esse velho está bem? Ele não nos mandou nenhum...

A tela piscou mais uma vez, ficando completamente preta, dessa vez com uma força enorme, liberando uma luz branca. Os cinco amigos colocaram as mãos em frente aos olhos, numa forma de proteção. Cinco luzes muito brilhantes se misturaram na tela, rodopiando velozmente, então ficaram distintas, e eles conseguiram distingui-las.

Laranja, azul, vermelho, roxo e cinza.

Coragem, Amizade, Amor, Curiosidade e Confiança.

As cinco luzes posicionaram-se nessa ordem na tela, emitindo uma grande energia. De repente, o aparelho que identificava os preços em cima do balcão começou a dar defeito, assim como os outros aparelhos eletrônicos do lugar.

Por um único segundo, nada aconteceu. A sorveteria ficou em silêncio. Então, as cinco luzes saíram repentinamente da tela, bem rápidas, pousando cada uma nas mãos de um Digiescolhido, que as “pegaram”, sobressaltados. A laranja pousou na mão de Tai, a azul foi em direção à Matt, Sora pegou a vermelha, Izzy, a roxa e, Joe, a cinza. O laptop voltou ao normal, inativo.

Um burburinho nervoso se formou na sorveteria, algumas pessoas saíram.

Tai, meio desconcertado, abriu sua mão.

Ali tinha um D-3. Seu D-3.

–É... Parece que vamos para o Digimundo! – ele sorriu.

Tai, confiante, ergueu seu novo Digivice até a tela do laptop de Izzy. Antes que Sora pudesse gritar com ele sobre eles estarem no meio de um lugar público, ele berrou:

–DIGI-PORTAL, ABRA!


***Digimundo.***

Parte 2: Reunião.

–Bem vindos à minha humilde casa, Digiescolhidos.

–Humilde? – Davis piscou, encarando Gennai, desviando o olhar da janela, onde um peixe nadava alegremente. – O que tem de humilde em morar de baixo de um lago mesmo?

–E sem contar tudo isso! – Cody elogiou os tipos diferentes de aparelhos eletrônicos que estavam no local. Computadores, rastreadores, milhares de tipos de sistemas operacionais inteligentes... Gennai estivera bem ocupado. – Puxa, Izzy vai adorar esse lugar!

Gennai deu uma pequena risada.

–Quando sua casa se tornou um super laboratório de informática? – Yolei perguntou. Ken estava ao seu lado, olhando os aparelhos, assim como Cody. TK procurava Patamon.

–Há um tempo. – Ele admitiu.

Eles observaram a sala. Davis, Yolei, Ken, Kari e Cody pareciam impressionados por ainda não terem se afogado.

–Onde estão Vee e os outros? – Davis perguntou animado.

De repente, seis criaturas entraram na sala.

–DAVIS, DAVIS, DAVIIIIIIS! – O grito de Veemon ecoou na sala. Davis sorriu e abraçou seu parceiro, que quicava agitado.

–Kenzinho! – Disse Wormon, indo para o colo do parceiro.

–Yolei! Como vai, garota? – Hawkmon a abraçou.

–Cody! – Saudou um Armadillomon bem feliz. – Como está?

–Kari! – Tailmon pulou no colo da parceira.

– TK, oi! – Patamon voou, pousando na cabeça do loiro.

–Gennai... – Ken sussurrou. – O que está errado?

–Poderia nos explicar, por favor? – Kari pediu.

–Sentem-se.

Kari, Yolei, Tailmon e Hawkmon sentaram-se no sofá. Cody e Armadillomon na frente, sentados no chão, ao lado de Davis, TK, Ken, Veemon, Patamon e Wormon. O velho parecia meio nervoso, observando cada detalhe de sua casa, claramente procurando as palavras certas.

Ele ia falar, mas parou de repente. – Eu explicarei quando todos chegarem. – Disse Gennai, num tom misterioso.

–Você chamou os outros? – Davis perguntou. – Tai e os outros?

Sim. Foi necessário.

Todos engoliram em seco.

–Algumas coisas ainda não se encaixam. – Ken disse calmamente, quebrando o silêncio breve.

–Como o quê, por exemplo?

–Como eles poderão entrar no Digimundo sem um D-3? – Cody perguntou.

Gennai não respondeu.

–Gennai? – O menino chamou.

O Digi-humano suspirou.

–Vocês saberão em breve. Eu os chamei faz pouco tempo, já devem estar chegando.

Depois de um mísero segundo que essa frase foi proferida, todos, menos os Digimons, adentraram na casa de Gennai, inclusive Mimi.

Mimi Tachikawa, ainda residente dos Estados Unidos, pensando seriamente em curar culinária, estava vestida com uma blusa azul-clara de mangas compridas com desenhos em glitter rosa, uma saia jeans com babados e uma sandália rosa. Seu cabelo agora estava na cor normal, castanho, com luzes com cor de mel.

–Olá, crianças.

–Velho! – Tai saudou alegremente.

–Há quanto tempo, não é? – Sora sorriu.

–Gennai, oi, que bom te ver. – Izzy disse.

Joe se manifestou.

–Onde está Gomamon? – o estudante de medicina olhou em volta.

–Chegará em breve.

–Tudo bem? – Sora perguntou calmamente.

–Não.

– Alguma novidade? – ela continuou, levantando uma sobrancelha.

–Sim.

–Mais algum detalhe esclarecedor? – Mimi perguntou, meio sarcástica.

–O equilíbrio do Digimundo foi novamente afetado. – Ele disse sem olhar para ninguém especificamente.

–Como assim? - Izzy perguntou. Ele se sentou ao lado de Mimi, em outro sofá. Repentinamente, a porta se abriu, num estrondo. Todos deram um pequeno pulo de surpresa, mas sorrisos surgiram em suas faces quando seis figuras conhecidas entraram na casa, saltitando.

–AGUMON! – Tai berrou, levantando-se. Agumon correu e deu um grande abraço nele. – Como vai, amigo?

–Tai, estou bem, é tão bom te ver! Como vai a prática de futebol?

–Ah, sabe como é! Sou o melhor jogador do time! – Ele riu.

–Aposto que é! – o dinossauro laranja disse.

–E o mais modesto! – disse Matt. Depois ele se levantou e virou-se virou para o parceiro, que chegara ao lado de Agumon. – Gabumon. – Matt sorriu. – Puxa, há quanto tempo!

– É, sim! – ele sorriu, abraçando o músico. – A banda vai bem?

–Sim. Logo vamos fazer uma turnê!

– Parabéns.

Um pássaro rosa voou, freneticamente procurando sua parceira.

–Pyomon! – Sora gritou. Pyomon piscou, foi tirada do ar numa rapidez impressionante e foi esmagada em um abraço carinhoso.

–Puxa, também é bom te ver, Sora! – Ela riu.

–Ai, que saudades, você nem imagina! – Sora sorriu. – Quanta coisa pra contar!

–Ei! Onde está o meu médico favorito? – Gomamon perguntou, andando, sua cabeça virava-se, analisando cada canto da casa á procura de Joe. – Joe! Como você cresceu!

–Gomamon! – Ele o abraçou, contente. – Sabia que eu senti muito a sua falta?

–Sério mesmo? Nem desconfiava! – ele brincou, ganhando um cascudo de Joe. – Aliás, desconfiava sim, eu sou inesquecível, esqueceu? – Os dois riram.

–Mimi, Mimi, que saudade! – Disse Palmon, amarrando seus ramos num abraço apertado nela.

–Nem me fale, Palmon! – ela disse, quase sendo esmagada, porém muito alegre - Quanta saudade! - ela riu.

–Como estão as coisas?

–Vai tudo bem! - ela sorriu. – Gostou do que eu fiz no meu cabelo?

–Ficou lindo!

Izzy! – Tentomon saudou. – Que avanço você fez! Você não está grudado no seu laptop! Está interagindo com seres vivos, parabéns!

Pois é! – O ruivo brincou, rindo e abraçando Tentomon. – É bom te ver, Joaninha.

–EU NÃO SOU UMA JOANINHA!

–Como vocês chegaram aqui? – Cody perguntou curiosamente aos antigos Digiescolhidos.

–Com isso. – Matt respondeu, segurando um D-3, com uma parte azul, quase igual ao de Davis.

–Hein? – TK piscou, com a confusão evidente em seus olhos. – Desde quando você tem um D-3, Matt?

–Desde hoje! – disse Sora alegremente, respondendo pelo namorado. – E... Adivinhem! Eu tenho um também! – ela pegou um D-3 com uma listra vermelha, quase igual ao de Yolei.

–Que legal! – A garota de cabelos cor lavanda sorriu.

–E eu. – Joe acrescentou, pegando um D-3 com uma parte cinza.

Izzy mostrou o seu, a listra era roxa. Mimi também ganhou um, com a listra
verde-clara.

Tai puxou o seu do bolso. A listra era laranja, de uma cor bem viva.

–Maneiro, não é? – O líder da primeira geração sorriu.

–Agora nos sentimos atualizados. – Mimi brincou.

–Essas cores. – observou Ken calmamente.

–São as cores dos nossos brasões! – Disse Izzy. – Isso é tão curioso! O D-3 de Kari tem uma listra rosa, da mesma cor do seu brasão. Mas o do TK é verde, mas de acordo com essa hipótese, deveria ser amarelo, como o Brasão da Esperança. Não dá para entender muito bem... - ele tagarelou.

Nem todas as coisas são lógicas, Izz. – Disse Mimi sorrindo.

–Mas deveriam ser! – Ele resmungou. Mimi riu um pouquinho.

Gennai suspirou, andou até uma cadeira antiga e ali sentou-se. Mirava cada criança com uma expressão meio triste, saudosa. Ele parecia muito mais cansado do que realmente deveria estar.

–Hum... – Matt começou, olhando para o velho amigo de todos. Isso chamou a atenção dos humanos e dos Digimons, que conversavam animadamente com seus respectivos parceiros. Eles param de falar, olhando interrogativamente para o cansado Gennai. – Está mais que claro que você não compartilha nossa alegria. Mas, por que isso? – O loiro questionou.

–Sentem-se. – Ele repetiu o pedido para os que ainda estavam em pé. Matt se moveu e sentou-se ao lado da namorada. Joe sentou-se ao lado de Izzy. Tai sentou se na extremidade do sofá, ao lado da irmã. Os Digimons moveram-se, formando uma fila desorganizada na frente de onde seus parceiros humanos estavam, menos Patamon que permaneceu na cabeça de TK.

Eles ouviram um baque, e viraram suas cabeças para a fonte do ruído. Um peixe afobado batera no vidro, fungindo de alguma coisa.

Então, de repente, Gennai pigarreou ruidosamente, mudando completamente o clima da sala e tirando a atenção do peixe atrapalhado.

As cabeças presentes viraram de imediato para ele, meio temerosas.

E, finalmente, o clima pesado que emanava dele tocou cada um na sala, tudo ficou num silêncio profundo. Os olhos do ancião fixaram-se em cada
Digiescolhido por um mísero segundo, então ele suspirou visivelmente exausto.
As crianças miraram os olhos de Gennai, antes tão simpáticos. Agora, tinha um
toque inconfundível de pesar. E, também, de seriedade. Ninguém nunca o tinha visto assim. Sua respiração calma não aliviou o clima repentino do local.

As crianças se entreolharam.

Com a chegada de seus parceiros, tudo ficara alegre, divertido. Eles começaram a conversar, como se tudo estivesse bem. Mas aquele era o Digimundo. Eles, os Digiescolhidos, foram chamados. A diversão estava longe de começar. Todos compreenderam que, o que eles estavam adiando insistentemente, evitando até mesmo de pensar, chegava cada vez mais perto de se concretizar: Problemas. Que eles teriam que resolver eventualmente.

O que pareceu anos de silêncio, porém foram alguns segundos, terminou.

–Gennai. – Ken sussurrou. – O que está acontecendo?

– É complicado. – Ele mirou os D-3s nas mãos das antigas crianças. – Eu lhes dei o D-3s, pois, agora, vocês são estritamente necessários para manter a Ordem no Mundo Digital. Todos vocês. – Ele olhou para cada um novamente, depois para a janela. – A presença das Trevas está ameaçando o Digimundo novamente. Temo que, dessa vez, nada possa ser feito para impedi-la. – Ele murmurou – Os Digiescolhidos um pouco mais novos viram o estrago feito na Cidade do Princípio, não viram?

– Foi terrível. – Yolei murmurou.

–Alguém com um Poder muito grande. – Cody disse – Atacou a Cidade do Princípio, e a floresta em volta dela. Destruiu tudo. Tanto a natureza, quanto a
vida dos Digimons que ali estavam.

–Inclusive Elecmon. – TK concluiu melancolicamente.

–Elecmon morreu? – Tai perguntou, incrédulo.

TK assentiu.

–Ele... Deveria estar tentando salvar os bebês... Mas o ataque foi poderoso demais...

–Sim – Gennai disse – Mas isso não foi nada. Foi um aviso. Uma prova.

–Uma... Prova? – Davis piscou.

–A prova que o Poder das Trevas aumenta cada vez mais. Os Digimons não podem mais nascer. – Gennai explicou, com uma expressão sombria. – Poderia ter destruído metade do Digimundo, como meus as análises feitas pelos meus aparelhos revelaram, mas foi apenas a Cidade do Princípio.

–Um aviso. Alguém quer mostrar que tem poder. – Izzy entendeu.

–Exatamente.

–Mas, quem? – Kari perguntou.

–Eu não sei. – O Digi-humano admitiu. – Tenho tentado descobrir isso há um tempo. Sem sucesso.

– Algo... Grande está prestes a começar, não é? – Matt engasgou.

–Sim. Eu enfraqueço cada vez mais por causa de quem quer esse mundo para si. Por isso estou envelhecendo. – Gennai disse. – Alguém com um poder imenso está manipulando o Mundo Digital. Ele faz os próprios dados se voltarem contra os habitantes daqui, como ocorreu na floresta.

Mimi abriu a boca para falar alguma coisa, mas foi abrupta e repentinamente interrompida.

Uma explosão ensurdecedora ecoou no lago. Então, a casa de Gennai estava em pedaços, completamente destruída.


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Notas finais do capítulo

NOSSA! EDITEI PELA ENÉSIMA VEZ!!
Desse jeito ficou melhor? Mais organizado? Pior? Mais confuso?
Até o próximo capítulo!
Agora a Aventura se Digitransforma! (Aventura Digivolve para... Aventuromon!) - nossa, que ridículo, kkkk.
Um abraço,
Bia Star Fiction.



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