Digimon Adventure 03 - O Brasão Lendário escrita por Caelum


Capítulo 3
Capítulo 2 - Memorial da Segunda Geração


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo, Davis, Yolei, TK, Ken, Kari e Cody estão no parque, aproveitando a manhã calma, em seu próprio Memorial. Até que seus D-Terminas apitam.
Leia, por favor.



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31 de julho de 2004– (Um tempo antes do sinal ser enviado.)


Mundo humano – Japão:


O sol brilhava em Odaíba, o céu azul, os pássaros cantavam. Uma brisa leve soprava, fazendo as folhas das árvores rodopiarem, dando um ar calmo e uma harmonia relaxante. Seis adolescentes estavam no parque, sentados em uma roda não muito organizada.

–Então, vamos fazer o quê? – Um garoto de 13 anos, com um bom porte físico, devido ao futebol, com cabelo espetado e óculos na cabeça perguntou. Ele vestia uma blusa azul com detalhes em vermelho nas mangas, uma bermuda jeans preta com chamas e um tênis azul escuro. O garoto era Daisuke Motomiya.

– Como assim, Davis? – Uma adolescente de 14 anos, com cabelos roxos perguntou, franzindo a testa meio impaciente. Ela vestia uma blusa de alças amarela, por baixo de uma jaqueta vermelha, uma saia jeans e um tênis vermelho. Era Yolei Inoue. – Não é óbvio?

Um adolescente, também com 13, revirou os olhos. Ele tinha também uma boa forma, devido ao basquete. Ele tinha olhos azuis muito bonitos, cabelos loiros e era alto. Usava um chapéu branco na cabeça, uma camisa verde, uma calça jeans e tênis também verdes. O loiro atendia como Takeru Takaishi. – Nada, é realmente óbvio para o Davis. – ele disse.

–Cuidado com o que diz TJ! Um dia você pode se arrepender!

– É TK!

– Sério? Tem certeza? – Ele riu um pouco. – Eu tinha me esquecido. Mil perdões, TB.

– Escuta aqui, David...

– Não vamos entrar nessa discussão sem propósito de novo, vamos? – Um menino de cabelos pretos, perguntou calmamente. Tinha olhos azuis bem claros. Ele usava uma blusa preta, uma calça jeans acinzentada e sapatos pretos. Não era ninguém menos, ninguém mais que Ken Ichijouji.

– Sinceramente? – Yolei perguntou, sem se der conta do “trocadilho” com a palavra sinceridade. – Eu acho que vamos, Ken. Eles amam discutir sobre o nome do TK, não lembra?

– Não vamos, não se preocupe. – Uma menina afirmou suavemente. Ela tinha cabelos castanhos curtos, um pouco acima dos ombros. Seus olhos eram castanho-avermelhados. Ela vestia uma blusa branca, uma jaqueta rosa, uma bermuda jeans com detalhes em rosa e um all-star rosa. Ela se chamava Kari Kamiya. – Nós viemos aqui para lembrarmos bons momentos. Então, Davis não vai implicar com TK, não é Davis?

 O menino assentiu quase que imediatamente.

 –Bons momentos. – Um garoto, mais jovem, murmurou pensativo. Tinha cabelo castanho, usava uma blusa bege, calça marrom e tênis marrons também. Tinha olhos verdes não era muito alto, mas parecia bem calmo. Seu nome era Cody Hida.

– Sim, Cody, por quê? – Kari perguntou.

– Por que os Digimons não estão com a gente. Isso não me parece um bom momento. – Ele franziu a testa.

–E hoje é 31 de julho. Amanhã é o dia certo para o Memorial de Odaíba. Amanhã é primeiro de agosto, lembra? – Perguntou Yolei.

 Kari assentiu.

 –E é amanhã que os Digimons deixam de vigiar suas áreas e vem nos visitar.

–Eu sei. – Kari afirmou. – Mas, como nós não estávamos presentes no acampamento quando os mais velhos fomos para o Digimundo pela primeira vez, nós devíamos ter um “Memorial da Segunda Geração”! – Ela sorriu e completou: – Vamos encontrar os Digimons amanhã, de qualquer maneira.

– Eu gostei da ideia. Nosso próprio Memorial. – Cody comentou. – Mas por que logo hoje?

– É mesmo. – Yolei falou. – Não foi nesse dia que fomos pro Digimundo.

– Eu não sei por que escolhi hoje... – Kari deu de ombros. – Só achei que hoje seria um dia diferente.

– Como assim? – TK perguntou.

– Ah, nada demais. – Ela disse rapidamente, para ninguém se preocupar. – Só aquela sensação que algo diferente vai acontecer hoje. Um pressentimento sabe? – Ela mordeu o lábio.

– Ah, não! – Yoleigemeu.

– Qual o problema? – Ken perguntou.

– Um pressentimento! Isso só pode significar problemas! Eu não quero problemas!

–Não se preocupe Yolei. - Ken sorriu pra ela.

–É improvável que um novo inimigo apareça, já que MaloMyotismon foi derrotado. – Cody falou.

–Será mesmo? – TK perguntou, franzindo a testa.

– Ele foi derrotado! Não lembra não, TJ? – Davis perguntou ceticamente.

–Eu me pergunto se realmente ele foi. – TK pensou alto.

–Ah, só falta Myotismon voltar uma terceira vez!- Kari apavorou-se.

–Eu não me referia a Myotismon, Kari. –TK garantiu rapidamente.

– Então, a quem? – Yolei perguntou.

–Eu estava pensando em...

–Espera. – Davis o interrompeu um pouco rude. – Se é o Memorial dos não presentes no dia primeiro de agosto de 1999, o que o TD está fazendo aqui? Ele não pode ir embora, não?

Kari corou por um momento, antes de responder.

– Eu convidei, ele quis vir, Davis.

– Mas ele foi para o acampamento! – Davis disse, exasperado. – Ele não deveria estar aqui!

– Mas eu também faço parte da segunda geração. – TK argumentou.

–Mas, mas, mas...

–Memorial. – Ken disse interrompendo a birra infantil de Davis – Memorial. Mas... O que exatamente nós queremos recordar aqui?

–Nossas aventuras no Digimundo! – Kari sorriu.

– Hum... – Yolei pensou – Lembram aquela vez que... – Ela se interrompeu, quando percebeu o que ia dizer: “Lembram quando enfrentamos Kimeramon? Ele era feio de doer!” Não seria uma boa ideia para Ken recordar isso.

– Yolei? – Cody perguntou confuso.

–É que eu não consigo me lembrar de nenhum momento que a gente se divertiu. – Ela corou.

–Realmente. Nós quase morremos bem mais do que nos divertimos– Cody gemeu.

 Eles ficaram em silêncio por um segundo, tendo que concordar com a frase.

 –Galera. – Davis falou. – Esse Memorial está sendo inútil, que tal a gente fazer um lanchinho?

 Yolei quase concordou.

 –Eu lembro uma vez que nos divertimos – TK disse sem dar importância a Davis, o que deixou o líder com um pouco de raiva. – Quando fomos ao bairro chinês, no Digimundo!

– É mesmo – Ken concordou sorrindo. – Bons bolinhos de arroz.

– Os da minha mãe são melhores – Cody falou rapidamente.

– São mesmo – Ken riu. Eles se entendiam muito bem agora.

– Ai, que fome! – Yolei exclamou dramaticamente, fazendo uma cara de dar dó.

Kari ignorou o comentário habitual de Yolei para escolher uma memória de qual ela gostava bastante.

 –A nossa Festa de Natal! Na casa do Ken! Lembram?

– Eu lembro. Quase que Ken não teve coragem de nos convidar. – Disse Davis rindo, fazendo Ken corar um pouco por sua timidez.

– Davis...

– Sim, Ichijouji?

– Lembra a primeira vez em que Wormon e Veemon fizeram Digievolução de DNA?

– Com certeza, cara! Ele era imbatível! – Os olhos do garoto brilhavam de excitação. – Foi quando queríamos destruir a sua base, pra ela não explodir na nossa cara! Foi tão irado! Ele derrotou aquele Digmon, que a Arukenimon criou! Imbatível!

– Sinceramente – Yolei repetiu – Silphymon sempre foi e sempre será mais impressionante.

Kari riu, asssentindo. – Desculpe, gente! Mas eu tenho que concordar com a Yolei!

Cody fez uma pequena careta, mas estavam com uma expressão calma.

–Já eu acho que Armadillomon e Patamon são mais legais melhores na Digievolução de DNA! – Disse Cody, TK assentiu.

Davis revirou os olhos. – É, com certeza! Um tatu mutante e um porquinho com asas! Uma super combinação! Invencível!

– Ei! – Cody e TK disseram ao mesmo tempo.

– O que foi? – Davis perguntou, tentando soar inocentemente.

– Não fale assim dos dois. – TK alertou.

– Eu falo como eu quiser, TD.

– Davis só estava brincando. – Disse Kari, querendo evitar uma discussão. Encarou Davis. - Não é, Davis?

– Talvez.

– Como assim “talvez”?

–Bem...

–Anda Davis, fala: Era brincadeira ou não?

– Er, claro que era!

– Você está mentindo pra mim, Davis?

– Claro que não!

– Tem certeza? – Kari estreitou os olhos, divertida e reprimindo um sorriso.

– Não!– Davis berrou, depois balançou a cabeça. – Quer dizer, sim!

– Como eu posso confiar em você se você mentiu pra mim antes?

– Hã? – Davis se perdeu nas palavras.

– Esse Memorial está interessante. – Ken comentou rindo um pouco.

 TK se segurava para não explodir de riso.

 –Não se preocupe, Davis, eu só estava brincando. – Kari assegurou, rindo também. Davis caiu pra trás, aliviado. Os outros riram, contentes.

 Conversaram mais, num clima descontraído e feliz, de quem não tem
problemas há muito tempo...

 A manhã estava quase no fim. Os pássaros ainda cantavam. O sol ainda
brilhava. A brisa suave ainda soprava. Mas, sinceramente... A Paz nunca pode durar para sempre. Ou pode? Para os Digiescolhidos não é assim. As Trevas não iriam descansar assim tão facilmente- não em quanto todos fossem destruídos. Elas tinham um mundo que queriam dominar. Dois, contando com a Terra. Quem sabe mais mundos, além desses dois?

 Os digiescolhidos, assim que derrotaram MaloMyotismon, voltaram a Terra, mas seus digimons não puderam vir. Os Digimons tinham que fazer ronda, sempre em busca de problemas. Mas vinham raramente. Apenas no dia do Memorial. Apenas uma vez por ano. Os Digiescolhidos tentaram abrir um portal para o Digimundo, mas estava bloqueado. Por Gennai. Ele disse que quanto menos interferêcia humana, melhor o digimundo ficará. Será mesmo?

 Izzy, recentemente, tinha comentado algo sobre “o Digimundo estar estranhamente calmo.” Estranhamente. Ele havia detectado uma presença estranha através de seu laptop, mas dera muito pouca importâcia – provavelmente devido ao fato de que nesse momento Mimi e ele estavam indo para o cinema. Todos, bem no fundo, suspeitavam - pelo menos um pouco – que o perigo não se fora realmente. Kari falou que achava que algo iria acontecer naquele dia. Naquele dia...

31 de Julho de 2004. Mal sabiam eles que aquele dia ficaria para sempre na memória... Assim como 1º de agosto de 1999.

 Os Digiescolhidos já tinham relembrado muitos momentos que passaram juntos. A segunda geração se tornara tão unida quando a primeira. Eles não tiveram que amadurecer tão rápido, mas ainda assim...

 –Ei, vocês lembram quando achamos Andromon?-TK perguntou de repente.

– Claro! – Kari sorriu para ele. – Eu fiquei tão feliz de vê-lo! Andromon, nosso velho e querido amigo.

– É, ele ajudou vocês, não foi? – Ken perguntou. – Na primeira aventura do Mundo Digital, há cinco anos, eu quero dizer.

– Sim. – Kari disse – Ele foi uma grande ajuda. Devemos tanto à Andromon!

– E à Whamon também. – TK acrescentou, sorrindo para a melhor amiga.

– Nem acreditei quando a vi, quando ficamos presos naquele tubo, no fundo do oceano. – Kari recordou, referindo-se ao dia em que Cody achara seu segundo Digiovo. – Nem sabia que ela ja tinha renascido, foi tão bom vê-la!

– Isso me faz ter uma dúvida, pessoal.

– Pode perguntar, Cody.- Yolei disse.

– Eu não queria atrapalhar.

– Pergunta logo, pirralho. - Davis falou.

– Uh, bem... - O menino enviou um olhar irritado para Davis e respirou fundo. - Whamon renasceu... Mas e os outros?

– Como assim? – Davis perguntou.

– Quero dizer... – Cody tentou lembrar-se de alguns nomes – Leomon e Shuumon. Ou seria Chuumon? Picklemon! Ou.. Qual eram mesmo?Gotsumon e o Pumpikmon. Eles vão renascer, algum dia? E se eles não renascerem? Ou Blackwargreymon? Todos eles poderiam voltar algum dia?

 Fez-sê silêncio. Ninguém sabia a resposta

Então, de repente:

 –BEEP-BEEP-BEEP-BEEP-BEEP!

– Que som é esse? – O líder perguntou, cobrindo os ouvidos com as mãos. – Cara, que barulhinho irritante. – Ele acrescentou baixinho.

– Eu tenho a vaga impressão que são os D-Terminais, ó gênio. – Yolei respondeu sarcasticamente.

 TK deu um pequeno sorriso com a implicância dos dois.

 –EI! – Davis reclamou.

 A garota de cabelos violetas revirou os olhos.

 –Por que eles estão apitando? – Cody perguntou confuso, pois fazia um tempo que eles não emitiam esse som de alerta.

 Ken procurava o seu no bolso.

 –Eu estou checando o que...

 TK, que já havia pegado o seu antes de todos, arregalou os olhos com a mensagem escrita, parando de falar.

 –O que está escrito aí, TK? – Kari perguntou preocupada pela expressão dele. Ele não respondeu. – TK? Tudo bem?

– TK? – Ken chamou.

– Essa não... – o loiro murmurou.

– Terra para TD!- Davis bufou. – TC! ACORDA! FICOU SURDO, É?

– O que está escrito? – Cody perguntou.

 Yolei abria o seu D-Terminal. Ela arfou.

 Davis ficou bastante impaciente e começou a procurar seu D-Terminal também no bolso. Antes que ele pudesse ler, TK finalmente respondeu, olhando seriamente para todos:

 – Diz “SOCORRO”.


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Notas finais do capítulo

Bem, eu acho que els merecem um Memorial só deles.
E agora?
Um pedido de socorro confirma as suas suspeitas deles: O Mal aninda não foi derrotado. Não para sempre.
Ainda há milhares de possibilidades para o que esse sinal significa, e eles vão tentar achá-las no próximo capítulo.
Mas, inevitavelmente, a certa é que eles terão prblemas novamente.
Sobre a possibilidade de todos os amigos deles, que morreram, renascerem novamente... Alguém já tinha pensado nisso? Alguma opinião?
Obrigada por lerem.
Bia Star Fiction.
Ah, mais uma vez: Deculpe se a formatação ficou ruim, ainda não me acostumei...
Outra coisa: Eu devo continuar ou não?