Para Sempre Shadow-Kissed escrita por liljer


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa!!! Hoje eu tô meio me sentindo uma idiota, o que normalmente sou... Mas deixa quieto! Enfim! Mais um capítulo. Nossa, eu realmente tenho problemas para me controlar com o Dimitri. O que é só um detalhe.
Bem, boa leitura e até semana que vem. Xero, nôcês!! ótima semana.



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Eu havia sentindo falta de muitas pessoas nesses últimos anos em que eu estive fora. E a principal fora Lissa. Mas de todas... De todos os momentos “estou morrendo de saudades”, existe alguém que você não sente. E –minha nossa– ela estava à minha frente.

Janine Hathaway, minha mãe. Ela estava bem, depois desses últimos cinco anos sem a ver. Janine era menor do que eu uns quinze centímetros. E tinha um cabelo vermelho cacheado. Eu sabia que ela havia sido muitíssimo bonita quando mais nova, mas agora... Observando-a, eu notei o quanto o tempo sendo uma guardiã havia desgastado ela. Eu não consegui não me questionar como eu estaria se tivesse me formado. As coisas teriam sido bastante diferentes.

– Guardiã Hathaway. – Dimitri disse, de uma forma respeitosa. Ele a respeitava bastante, e eu senti uma pontada estranha dentro de mim. Eu lutei contra a vontade de me encolher ou fugir dali. Mas eu não podia. Diabos... Eu havia fugido tanto nos últimos anos que agora, apenas a ideia de fazê-lo me desgastava.

Janine puxou uma cadeira ao meu lado, fazendo com que uma tensão em mim crescesse potencialmente. Provavelmente, ela nem deveria ter me reconhecido. Se ao menos, ela soubesse que eu estava ali seria alguma coisa.

– Eu soube que teve uma missão fora da Corte, hum? – ela perguntou, de uma forma casual que me irritou potencialmente. – E do que se tratava? Eu escutei várias histórias... Até mesmo que vocês havia ido atrás de alguém... De Rose... – meu nome saiu de seus lábios com extremo desgosto.

E eu senti aquela velha massa agridoce no meu peito. Realmente, o tempo havia passado bastante. Eu lutei contra qualquer coisa que eu pudesse dizer. Eu me levantei, sentindo os olhos de Dimitri em mim, com uma pontada de compaixão. O que foi ainda pior.

– Com licença. – eu disse, caminhando para fora da mesa. Seus olhos castanhos me seguiram, até mesmo os de Janine. Eu começava a sentir as lágrimas brotarem, mas eu não podia chorar por causa dela. Era contra mim mesma. Chorar por qualquer coisa.

Eu caminhei para fora do refeitório esgotada. Sentindo meus passos pesados. O céu escuro de lua minguante estava ali, com um ar melancólico. Eu caminhei até alguns bancos, em uma das praças ali. Sentando-me bem debaixo de uma das árvores.

Porque infernos eu havia voltado? Não havia uma razão... Diabos. Eu nem tinha mais nenhum lugar ali.

– Rose? – uma voz soou depois de alguns minutos ali, sentada. Lutando contra as lágrimas. Dimitri se sentou ao meu lado, em sua alta protuberância, era tão gracioso para uma pessoa daquele tamanho... – Você está bem?

– Ela me odeia. – eu disse, apoiando meus cotovelos sobre meus joelhos e apoiando minha cabeça em minhas mãos.

– Não. Ela não te odeia. – ele disse, seguro. Eu bufei frustrada.

– Qual é?! Ela nem sabe que eu estou aqui. Você viu... – apontei para a direção do prédio do refeitório – ela nem sequer me reconheceu, nem sabia que eu estava sentada do eu lado. Ela nem se importa.

– Você a magoou. – ele disse, de forma dura.

– Ela não me magoou? Acredite, camarada... Ela o fez. – eu quase gritei. – Ela nem sequer se importou comigo nesses últimos vinte anos. Olhe para mim! Eu já sou uma adulta, e ela nunca deu um passo para a minha procura! Apenas me ignorou. Eu aposto que ela finge que nem tem mais filhos... Eu a odeio.

– Ela ainda é sua mãe. – ele disse, de forma definitiva. O que me fez levantar o rosto para olhá-lo. Ele tinha uma máscara.

– Ela se orgulharia mais se você fosse filho dela. – eu disse, logo, me levantando. Me sentindo exausta demais para brigar. Então logo, senti seus dedos se fecharem ao redor do meu pulso. Uma onda estranha de eletricidade passou por mim, me fazendo fitá-lo. Sentindo toda a minha pele formigar.

– Rose, eu... – ele começou, mas então se deu conta de que não precisava. Não havia o que dizer. Então, apenas me soltou, me deixando sair dali.

Eu corri de volta para o quarto onde eu estive. Com a incrível necessidade de me isolar do mundo. E talvez... Bem, eu precisava daquilo, ao menos. Eu voltei a tirar meus sapatos e me deitei, sentindo a ansiedade de Lissa. A sua presença ali, me fazia mais confortável. Enquanto, também, sentia as lágrimas vir. Eu decidi checar Lissa. Mas notando o quão chato a sua estadia com a rainha estava, eu decidi me concentrar em mim mesma, tentando dormir, mesmo que fosse apenas um pouco.

Quando a noite chegou, eu me peguei acordada pelo laço. Lissa se sentia ansiosa demais. Até mesmo, mais do que mais cedo. Eu me levantei, procurando informações na mente dela, sabendo que seria o típico jantar de gala. Eu caminhei até minhas malas, procurando por algum vestido bom o bastante, mas não encontrando nada. Então, decidi por tomar um banho longo e demorado, já que faltavam ainda algumas horas para o jantar de Lissa.

Foi exatamente quando eu saia do banheiro, enrolada em toalhas, caçando por alguma outra roupa que pudesse vir a me servir, que uma batida soou na porta. Eu caminhei despreocupada, provavelmente, poderia ser algum funcionário dali,ou até mesmo, Lissa.

Mas foi quando eu abri a porta, eu vi Dimitri. Seus olhos castanhos me estudaram por um instante, o bastante para me fazer corar.

– Oh, ei. – eu disse, dando espaço para ele passar. E ele o fez, parecendo desconcertado, enquanto analisava ao redor, como se pudesse ter alguma ameaça ali. Então, tudo o que me pareceu foi que ele estava evitando me olhar. Eu suspirei. – Desculpe pelos trajes, ou a falta deles...

– Tudo bem. – ele disse, sua voz neutra, como a de um guardião.

– O que faz aqui? – perguntei, casualmente.

– Bem – ele se levantou e caminhou até o lado de fora do quarto, voltando com um cabide e alguma coisa dentro de uma pequena proteção. Logo me passou. Eu o fitei, sem entender. – Lissa me pediu para trazer isso para você.

Eu peguei ao embrulho e o abri. Tirando de dentro um vestido preto, tomara que caia, um pouco a baixo do joelho. Era esplendido. E pelo visto, Lissa havia gastado bastante nele.

– Wow. – eu disse, desnorteada. – Obrigada.

Nossos olhos se encontraram, e lá, eu vi aquela mesma conexão de antes. Aquilo estava começando a me incomodar.

– E... – ele disse de repente, de forma embaraçada – eu queria saber como você está...

Eu me senti vacilar, enquanto ele se mantinha sentado em uma das cadeiras, eu caminhei até ele, sentindo uma pontada de ansiedade. E então, por um instinto estranho, eu toquei seu rosto. Meus dedos ali me fez estremecer. E não só a mim... A Dimitri também. Ele me fitou com aqueles olhos escuros e ruborizou sob meus dedos. O que me fez sorrir de uma forma pequena e significativa.

– Eu estou bem. – assegurei. Ele tocou minha mão em suas altas bochechas tão belamente formadas. Dimitri era realmente lindo de uma forma única e desconcertante. Então, tão logo quanto durou, ele retirou meus dedos de seu rosto, me fazendo suspirar de desanimo. Se levantou tão rápido quanto podia, para um guardião extremamente habilidoso.

– Eu preciso ir. – ele disse, de forma grave. Eu me senti vacilar, me arrependendo de tê-lo tocado. – Lissa estará te esperando.

Então, Dimitri saiu pela porta. Eu me senti cair sobre a cadeira onde antes ele esteve sentado.

– Merda! – murmurei, colocando minha cabeça entre minhas mãos.



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