Para Sempre Shadow-Kissed escrita por liljer


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Olá!! e.e
Então... Eu to aqui, corrida, já que meu irmão resolveu deixar o computador de lado por cinco minutos.
Um preparativo para vocês... Literalmente.
Boa leitura!!



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– Eu não acho uma boa ideia irmos para a festa da sua tia-avó, Adrian. – Christian dizia, visivelmente desconfortado. Eu me senti frustrada, enquanto escutava aquela discussão estúpida entre Christian e Adrian. Por Deus?! Como Lissa aguentava aqueles dois?! – A minha tia chamou a gente para passar lá. Você sabe... Sem precisar de toda essa formalidade da rainha. – continuou Christian.

– Tasha é fantástica. Mas eu ainda tenho obrigações com a minha tia. – disse Adrian. Eu podia perceber por sua voz que necessitava de um cigarro, mas pelo visto, ele havia sido educado o suficiente para não acender um dentro do carro. – Mas é sempre bom rever Tasha Ozera...

– Não comece... – resmungou Christian, o que fez eu me perguntar se havia alguma coisa entre Adrian e sua tia. E a ideia de Adrian se tornar seu novo tio, me fez sorrir internamente. E logo, uma discussão estava formada novamente entre os dois.

– Como você consegue? – murmurei para Dimitri, que ainda dirigia com aquela expressão tão serena e tranquila — mas nunca deixando de ser alerta. Ele virou seu rosto bonito para mim, seus olhos ainda alertas na estrada e ao redor.

– Consigo o que?

– Aturar esses dois... Eu sinto que Lissa vai bater em ambos logo-logo... Mas você... É parece estar tão tranquilo. – dei de ombros, enquanto podia sentir Lissa a ponto de explodir.

– É o meu trabalho – Dimitri deu de ombros. Eu suspirei dramaticamente.

– Às vezes, seu trabalho é bastante chato, camarada – sorri.

A conversa sobre alguma maldita coisa continuou no banco de trás, enquanto Lissa se aprofundava nela e mandava tanto Adrian quanto Christian calarem suas bocas. O que me deixou feliz.

Dentro de algumas horas, estávamos em frente ao shopping onde Lissa tanto queria comprar suas coisas. Eu não havia me aprofundado em perguntar quais tipos de coisas vinham a ser. Mas eu tinha que admitir que a ideia de estar num shopping era animadora, afinal de contas... Eu tinha que me livrar de algumas roupas que eu mantinha.

Lissa e eu fomos, animadas, para uma das lojas. Marcy estava aberta, e nós duas, extremamente disponíveis para compras. Enquanto podíamos escutar os rapazes resmungarem sobre garotas e shoppings.

Estávamos na ala de peças intimas, enquanto ela murmurava coisas para si mesma e até mesmo, para mim. Mas eu não me importei muito. Aquela situação me fazia lembrar de quando éramos só nós duas no mundo humano. Nós duas contra todas as coisas. E bem... Lá estávamos nós, novamente. Comprando roupas intimas para ela e digamos que para mim.

– Eu acho que você deveria arranjar um namorado, Rose – ela disse de repente, fazendo-me engasgar. Sua voz tinha aquela nota de pena que me fez encolher os ombros. Fazendo eu me dar conta de que eu não havia contado a Liss sobre meu ex-namorado humano — e bastante irritante — e de Dimitri...

Bem, ao menos eu sabia que poderia riscar Dimitri da minha lista de “vou contar para Lissa sobre meus namoros”. Então, com um longo suspiro, eu tomei minha decisão. O que não era nada boa, afinal de contas... Ela poderia enlouquecer completamente por eu nunca tê-la contado todos os meus segredos. Mas bem... Todos tinham seus segredos.

– Eu tenho um namorado, Liss. – dei de ombros, enquanto escapava quase que imperceptível pelo corredor da Marcy, para a parte de jeans. Eu podia escutar a tosse de Lissa não muito longe de mim, e eu me segurei para não ir até ela e ver se estava tudo bem com minha melhor amiga.

– Você nunca me disse isso! – a sua voz soou atrás de mim. Involuntariamente, eu gemi de frustração. Lá viria as perguntas... Eu continuei analisando as calças jeans ali, ou melhor... continuei fingindo que analisava as calças. Então senti a mão de Lissa apertar meu ombro, me puxando para olhar para ela. – Você precisa me responder, Rose! Quem é ele!?

– Princesa... – a voz de Dimitri soou atrás de nós, o que me fez pular e corar instantes depois. Por Deus, péssima hora para ele aparecer...

Lissa se recompôs, voltando-se para Dimitri, enquanto eu tentava parar de hiperventilar. “está tudo bem, Rose...”, murmurei mentalmente, enquanto podia sentir que meu coração pularia pela boca. Dimitri disse alguma coisa para ela, então os dois saíram do corredor, em direção a algum outro lugar. Eu estava sozinha, ao menos... Bem, exceto pelo casal que acabara de entrar no mesmo corredor que eu, estavam ali a poucos metros de mim, analisando calças como eu fazia.

Acabei jogando algumas calças sobre os ombros, enquanto caminhava para um dos provadores. Eu não havia avistado Lissa ao menos, mas através do laço, eu podia sentir que estava tudo bem.

Eu provei os jeans, notando que eu — de alguma forma — estava bem em forma. Então, ainda alisando ao lado das minhas pernas, enquanto encarava o espelho. Foi então que eu me senti ser puxada. Tão rápido quanto podia.

– O que aconteceu? – Lissa exclamou, enquanto seguia Dimitri até um dos vestiários, tais como os que eu estava, só que do outro lado da loja. Eu prendi a respiração, enquanto toda o nervosismo de Lissa fazia ela perder um pouco o controle. Dimitri se virou para ela, dando para nós duas notarmos o quão preocupado ele estava por debaixo daquela máscara de guardião. Ele sempre havia sido bom em mantê-la, mas daquela vez, não houve muito sucesso. E aquilo estava aterrorizando Lissa e consecutivamente a mim também. – O que aconteceu?

– Strigois – a palavra saiu tão baixa, que ela não havia escutado, bem... Não havíamos escutado. Mas estava obvio, em seu movimentar de lábios.

– Mas... – ela gaguejou. Eu senti meus músculos se enrijecerem. Assim como os dela. Ela olhou ao redor, através do vidro grosso que não permitia a luz entrar, mas era claro que trava-se de um belo dia na Pensilvânia. – É dia... Strigois não atacam de dia...

– Eles entraram ainda durante a noite... Há tuneis por aqui... Tuneis que dão em lojas como esta – ele disse – e... Precisamos ir. Onde está Rose?

Pareceu a primeira vez em que ele se dava conta de mim. Então, ambos olharam ao redor. Lissa acreditava que eu havia seguido ela, mas não havia o feito.

– Rose está no corredor... Estava dando uma olhada numas calças... – Dimitri franziu com a resposta. Eu sabia o que aquilo significava. Eu não havia frequentado a escola o suficiente. Havia cabulado como o inferno, mas... Por Deus! Eu conhecia aquele olhar, e à medida que Lissa analisava sua aura, se deu conta do que se tratava... – Onde os strigois foram visto? – ela perguntou, parecendo mais forte do que realmente se sentia. Eu podia senti-la aterrorizada através do nosso laço.

– Num corredor... – ele engoliu em seco – perto de onde ela estava.

Dimitri pegou seu rádio transmissor, e murmurou alguma coisa para o outro lado da linha. Lissa não prestava atenção. Ela não conseguia escutar o que ele estava falando, porque estava aterrorizada demais...

Dimitri resmungou alguma coisa em russo, enquanto dava ordens para Lissa sair dali, e ir para a praça de alimentação, onde Christian e Adrian estavam com alguns outros guardiões.

– Lá há uma abertura no teto... Não há como eles irem atrás de você, princesa. Yuri está logo aqui, na porta da loja... Ele vai te levar em segurança para lá. Agora! Vá! – ele quase gritou, enquanto Lissa corria para a porta da loja. Encontrando Yuri, outro guardião que havia vindo em num carro atrás do nosso.

Eu me senti ser puxada de volta, enquanto lutava para voltar e ter certeza de que ela estava a salvo, junto com Adrian e Christian. Mas alguma maldita coisa me puxou...

– Você consegue cheirar isso...? – uma voz fria soou. Uma mulher, dizia. Eu me senti encolher, enquanto processava toda aquela informação.

– Dhampir... – a voz masculina, também desprovida de qualquer sentimento soou. Eu queria me enrolar... Eu queria ir para o chão. Queria que fosse apenas um tiroteio, um ladrão, quem sabe... Não aquilo. Então, um som de grito engasgado soou. Foi exatamente naquele momento em que eu senti o cheiro forte de sangue fresco. E uma poça se formar na cabine do provador onde eu estava, molhando meus pés...

Eu me afastei, me encolhendo no canto do vestiário, sobre um banco, meus pés ainda sujos de sangue. Quando uma mão morta era estirada por debaixo da porta.

– Oh, meu Deus... – estrangulei meu grito, com as minhas mãos tapando minha boca. Eu encarei, ainda encolhida no vestiário. Havia strigois no shopping. Ou melhor... À minha frente.


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