O Quarto Massacre Quaternário escrita por Izzy Figueiredo


Capítulo 16
Preciso de um machado


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora pra terminar este capítulo, e eu sei que o título está ruim, mas eu vou achar um melhor tá? E COMENTEM!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/210768/chapter/16

_O canhão, você matou alguém?

_Foi você Cat? Foi?

Bill e Bárbare não paravam de me perguntar isso, e eu tentei responder:

_Está tudo bem, é, fui eu. Pamy, a garota de cabelos loiros e azuis da Capital. Acertei a lança no estômago dela. Acho que teria sido mais rápida se tivesse o machado, porque ela poderia ter me acertado com a faca, mas consegui matá-la mesmo assim.

Era verdade. Teria matado Pamy mais rapidamente com o machado. Concordo que sou boa com a lança, mas sou muito melhor com o machado. Flinn sempre me disse isso. Flinn... estava sentindo saudades dele, queria beijá-lo de novo. Eu sempre gostei dele, eu acho...

Tirei Flinn da cabeça e me sentei no chão novamente. O resto do dia não foi muito agitado, só escutei mais um tiro de canhão, longe de nós.

A noite, Bárbare se ofereceu para montar guarda, e eu dormi, com medo de sonhar, mas dormi.

_Cat, corra! - Flinn me dizia, balançando meu corpo sonolento.

Quando eu levantei, com os olhos meio fechados, estava na Arena, era ela gelada, senti a neve caindo sobre mim; e vi também os Carreiristas. Jerry, Divih e Gunt; vindo em minha direção.

No começo perguntei o que Flinn estava fazendo ali, mas ele não respondia, e só dizia para eu fugir.

Ele me dá um empurrão na direção contrária dos Carreiristas, e então corro. Estou sem blusa de frio, congelando. Mas continuo correndo.

Dou uma olhada para trás e consigo ver os Carreiristas circundando Flinn e depois o atacando. Quero voltar, mas meus pés não se viram na direção deles, só continuam correndo, até não aguentar mais. Escuto um canhão.

Que sem sentido! Como Flinn iria parar na Arena? Ele nem estava jogando. Mas minha mente não se focava nisso enquanto eu corria, pensava em sua morte. E de repente, eu vejo os Carreiristas em minha frente, e a neve começa a dissolver-se, transformando-se em lava, como se a presença daquele trio causasse medo até no ambiente.

_Oi, docinho. - disse Jerry. - Pronta pra morrer como seu namoradinho? - ele me deu um sorrisinho maléfico, então apontou sua espada para meu peito.

_Flinn! - grito, acordando. Olho ao redor. A Arena está, realmente, mais fria.

_O que aconteceu? - perguntou Bárbare, que estava com sua espada, fazendo guarda.

Arregalhei os olhos e depois me toquei que não estava mais no sonho.

_Nada, é... está mais frio?

_É, parece. Acho que Arena está pra mudar, Catlyn. - ela me dá um olhar preocupado, e depois fica olhando para os lados, a procura de alguém.

Olho para o lado, Bill está do meu lado, dormindo profundamente. Empurro seu ombro e chamo seu nome várias vezes, até ele acordar.

Desnorteado, ele pergunta:

_O que foi? Canhão? Morte? Arma? Comida?

_Calma! - dei uma risadinha. - É só pra você ficar de guarda agora.

Ele, sonolento, se levanta, pega seu arco e flecha e fica rondando. Acho que são 23:00, acredito que as mortes ainda não tenho passado no céu, já que o hino é bem alto e eu teria acordado.

_Vou dar uma olhada, procurar alguma coisa, tá? - digo a Bill, e ele concorda, meio preocupado.

Pego minha lança, levanto e vou para o Norte. Está mais frio agora, mas não cai neve nem nada. Estou com minha blusa de frio, o que ameniza um pouco a temperatura baixa. Está escuro, mas não ligo, tem a luz da lua, e por mais que eu queira acertar algum animal para comer, não consigo parar de pensar em Flinn.

Precisava vê-lo, a saudade estava grande. Se eu sonhasse com ele todos os dias em que estiver aqui, não vou conseguir sobreviver. Depois de uns 10 minutos de caminhada, o hino começa a tocar e eu vejo quem morreu hoje: Pamy, a garota da Capital; Josh, o menino que eu vi caído no chão na correria de hoje e Greg, o garoto do Distrito 8.

Escuto um barulho. Vem do alto das árvores, de uma bem grande, mas fina. Nenhuma pessoa poderia subir nela, a não ser que fosse muito leve.

Apesar de não enxergar nada, consigo ver uma sombra, parece o de uma coruja. Forço a visão e tento jogar a lança nela, mas quando lanço minha arma, ela voa e a lança cai no chão.

_Droga! - resmungo, pego a lança e, frustada, volto para onde estava antes, mas não sem antes pegar umas ervas que achei no chão.

_Achou alguma coisa? - pergunta Bill, depois de abaixar o arco e flecha.

Revirei os olhos e respondi negativamente.

_Vá dormir. Te acordo depois, tá?

_Tá. - falo e deito, mas nem tento fechar os olhos. Estou com medo de pensar em Flinn.

As horas passam devagar, e a temperatura só baixando...

Quando são 3:30, peço para Bill dormir e fico de guarda até o amanhecer, umas 8:00. Não dormi bem, mas não estava com sono.

Consigo um ganso, com muita sorte. Ele é pequeninho, mas dá pro gasto. Guardei-o em um pedaço de plástico e depois chamei Bárbare e Bill.

O resto do dia foi tranquilo, nos dedicamos a cortar cactos para conseguir água, achar alimentos (achamos mais umas ervas e umas folhas comestíveis), procurar algum esconderijo, e até tentar subir umas árvores (o que foi uma má ideia para Bill, já que ele é péssimo em escalar, mas uma ótima ideia para mim e Bárba, que éramos mais leves). Ouvimos 3 tiros de canhões até o final da tarde, sempre de armas a postos.

Falando em armas... ainda estava caçando um machado. Precisava de um. A lança era ótima, mas o machado é a minha arma e ponto final.

Porém, a noite, tivemos uma surpresinha...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!