In Love With You escrita por MissLerman


Capítulo 4
Capítulo 4 Central Park


Notas iniciais do capítulo

Booooooa tarde amores da minha vida. Dedico este capítulo a todos os meus leitores, aos que já me conhecem da outra fic, e aos que me conheceram a pouco tempo, é tudo para vocês seus lindos!



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Seu eu disser que dormi como uma pedra e que minha noite custou a passar, eu estaria mentindo. Mal dormi de noite, levantei umas 500 vezes para fazer xixi, estranhei Thalia não ter acordado e me xingado. Eu ainda não tinha respondido Lee, e na verdade não sabia o que dizer, porque eu não gostava dele, quer dizer, não daquele jeito.

Quando finalmente consegui dormir, sonhei com Lee. Estávamos na festa, nos beijando, e de repente eu vejo Percy com Drew. Na hora soltei Lee e foi para perto deles. Mas quanto mais eu corria, mais longe eu parecia estar. Não estava saindo do lugar.

– Percy! - eu gritava, mas ele não me ouvia, continuava aos beijos com Drew.

Acordei assustada. Felizmente, fora só um sonho. Olhei no celular e ainda eram 7h.

– Tudo bem Annie? - olhei para o lado e vi Thalia deitada na beirada da cama olhando para mim. Parece que eu não era a única que não tinha dormido direito.

– Foi só um pesadelo.

Ela levantou a sobrencelha, não tinha acreditado em mim.

– Com o Percy?

– Como você...

– Você estava gritando o nome dele.

Normalmente eu não falava dormindo, estranhei isso. Então me lembrei de um assunto inacabado de ontem.

– Thalia, não vai me contar o que aconteceu na sua casa ontem?

Ela se levantou da cama e se sentou no colchão ao meu lado.

– Eu e meu pai brigamos. Ele queria que eu fosse com ele em uma festa de um amigo dele, eu me recusei a ir.

O pai de Thalia, Zeus, era dono de uma famosa rede de hotéis aqui de Nova Iorque, os Hotéis Olimpius. Thalia não era nada parecida com ele, pelo contrário, ela era humilde e não gostava de ser paparicada o tempo todo, só queria ser livre. Em sua casa, ela tinha um Volvo na garagem, mas nunca o usava. Por isso eu a admirava. Quando ela me contou sobre seu pai no final do ano passado, quase não acreditei. Ela tinha tudo que uma menina gostaria de ter.

Mas sua vida não era toda um mar de rosas. Sua mão morreu na hora do parto, então Zeus tinha a criado praticamente sozinho, até se casar de novo cinco anos atrás. Sua madrasta Hera era um pura vadia. Thalia me contava que ela sempre tentava fazer de sua vida um inferno, por isso ela passava a maior parte do tempo em casa.

Decidi me levantar e ir tomar um banho.

– Vou tomar um banho, já saio certo? - eu disse para minha amiga.

– Eu vou descer e comer alguma coisa, meu estômago está gritando.

Peguei minha toalha e entrei no banheiro. Para mim, não tinha coisa melhor do que tomar banho de manhã, me deixava mais relaxada. Lavei o cabelo de novo, afinal noite passada Thalia tinha feito uma trança nele molhado, então estava parecendo uma crina de cavalo. Penteei meu cabelo dentro do banheiro mesmo e sai enrolada na toalha, estava só com minhas roupas íntimas.

Quando sai do banheiro, levei um susto ao encontrar Percy em meu quarto. Soltei um grito.

– Percy, o que pensa que está fazendo aqui?! - eu disse sentindo meu rosto esquentar. Voltei para o banheiro e fiquei somente com a cabeça pra fora da porta.

– É que... Thalia disse que você estava aqui então... eu subi.

Notei que sei rosto estava vermelho também, aquilo era tão... fofo!

– Nós já conversamos então, só me deixe trocar de roupa.

Ele não disse nada, apenas saiu de meu quarto e fechou a porta. Foi um susto e tanto. O pior é que normalmente eu não saio enrolada na toalha, só tinha eu aqui em casa mesmo, ainda bem que desta vez eu pensei um pouco.

Me desenrolei e abri meu guarda roupa. Peguei um shorts jeans e minha camiseta laranja que eu amava. Ela não era larga e nem agarradinha, era de um tamanho perfeito. Coloquei meus tênis e desci com os cabelos molhados. Vi Percy sentado no sofá e Thalia comendo uma maçã sentada ao seu lado.

– Bom dia. - eu disse a eles.

– Bom dia. - responderam unisonoro.

– Agora já pode falar cabeça de alga. - eu disse me sentando no sofá menos que ficava ao lado.

– É que eu só ia te contar que arranjei um emprego, vou começar a trabalhar com Apolo. - ele disse corando um pouco.

– Que legal Percy, eu estava querendo dar uma passada lá hoje.

– Apolo me disse mesmo, dai eu tive a ideia de vim aqui ver se você não queria uma carona.

Eu sorri, fiquei feliz por ele ter se lembrado de mim.

– Claro, vou só pegar meu celular.

Mas eu tinha me esquecido do mais importante, Thalia ainda estava em casa! Olhei para minha amiga e ela disse:

– Se não fosse incomodar, eu gostaria de uma carona para minha casa.

– Tem certeza que quer voltar? Porque eu poderia...

– Nem pensar, não vai perder um dia de trabalho por minha causa. - ela me interrompeu - Vou lá pegar minhas roupas que eu trouxe ontem e já volto.

Então Thalia se levantou e subiu as escadas em direção ao meu quarto.

– Problemas com Zeus de novo? - Percy perguntou.

Fiz que sim com a cabeça. Ambos sabíamos que a vida de Thalia não era fácil.

– Olha Annie, me desculpe por... ter entrado no seu quarto aquela hora e... bem... você sabe...

Senti que estava corando novamente, meu coração começou a bater mais forte.

– Tudo bem Percy, devo ter demorado no banho e... Thalia devia ter pensado que eu já tinha saído.

No fundo eu sabia que havia uma pequena chance de Thalia ter feito aquilo de propósito.

Logo, minha amiga desceu com as sacolas na mão.

– Nossa Thalia, porque não trouxe o guarda-roupa inteiro? - Percy brincou.

Nós a ajudamos a levar as coisas para o carro de Percy. Só me questionei sobre como Thalia tinha chegado à minha casa ontem, um taxi talvez?

Paramos em frente à sua casa. Era uma mansão verde-clara num bairro nobre. Na escola, ela fazia o possível e impossível para que as pessoas não descobrissem onde ela morava. E com razão, porque era um lugar muito caro.

Após ela descer, me virei para Percy e disse:

– Sabia que Thalia resolveu dar uma chance para Nico? - ele me olhou não surpreso.

– Sim. Sabia que Nico é meu primo?

Agora eu estava surpresa, como ele nunca tinha me dito nada sobre isso?

– E como você nunca me contou?

– Você nunca perguntou.

– Bobo!

Rimos juntos. Percy era realmente muito bobo. Ele amava video games, era fã de uma banda não muito conhecida mas com músicas incrívelmente lindas, não gostava de demonstrar seus sentimentos, era irônico o tempo todo, e me fazia rir das maiores bobagens.

– E... a Drew? - tomei coragem e perguntei.

Ele ficou um tanto sem graça e ajeito o retrovisor do carro.

– Só a via quando estava indo te buscar, não daria tempo de... tentar alguma coisa.

Fiquei aliviada por ouvir aquilo. Embora ainda estivesse meio encantada pelo beijo de Lee, eu sabia que ainda era Percy.

– Vamos dormir em casa na sexta? - ele me perguntou.

Sempre fazíamos isso. Como éramos muito amigos, nossos pais nem ligavam mais. Embora sr. Poseidon ficasse me chamando de nora o tempo todo. Sua mãe Sally era um amor de pessoa, e cozinhava muito bem. Minha mão que me desculpe, mas as comidas da mãe de Percy eram as melhores, ela tinha mãos de fada. Principalmente quando fazia seus cupcakes azuis que eu tanto amava.

– Claro, qual filme?

Ele pensou por um minuto e depois disse:

– Maratona Senhor dos Anéis, o que acha?

Percy também era um tanto nerd, ele amava esses filmes. E Senhor dos Anéis era um de nossos preferidos, já tínhamos até combinado de assistir O Hobbit juntos.

– Combinado, eu levo os dvds e a pipoca. - sim, eu tinhas os três filmes, era apaixonada por eles.

– Vou avisar minha mãe, assim ela pode fazer alguns cupcakes para a gente.

Agora eu ia mesmo. Demos risada e Percy parou o carro. Tínhamos chegado.

Quando sai, vi Apolo do lado de fora. Era uma clínica veterinária com lugar para banho e tosa também.

– Bom dia meninos. - ele disse quando chegamos mais perto - Só para avisar, hoje eu vou fechar ao meio-dia, tenho que resolver uns negócios lá em casa.

Pelo que eu saiba, ele estava enfrentando uma crise no casamento, mas não tinha todos os detalhes.

Percy e eu concordamos com a cabeça.

Peguei meu avental e entrei no lugar de banho e tosa. Ártemis já estava lá com um cachorrinho yorkshire na mão. Ela e Apolo eram irmãos gêmeos, e a clínica era um tipo de sociedade. Se parasse para reparar, tinham os mesmos traços nos rostos, mas eram completamente diferentes na personalidade. Enquanto Apolo sempre fora namorador e passeava muito, Ártemis era calma e nunca namorara, não que eu ficasse sabendo.

– Bom dia. - eu disse e ela olhou em minha direção. Estava com os cabelos presos em um rabo de cavalo, suas calças jeans claras com sapatilha e uma camiseta da clínica.

– Bom dia Annabeth. - ela disse colocando o cahorrinho no box para lavá-lo.

Meu dia se resumiu à isso. Foram dois cães na parte da manhã, banho e tosa. Por sorte eles era pequenos e não ficavam fazendo bagunça.

Ao terminar tudo, me despedi de Ártemis e sai. Vi que Percy me esperava do lado de fora de seu carro. Então senti meu celular vibrar de novo, era Lee. Ele tinha me mandado a seguinte mensagem:

"Oi linda, será que a gente poderia se ver hoje?"

Eu queria dizer não, queria dizer que não queria mais ficar com ele, mas Percy estava ali, bem em minha frente, e fiz a última coisa que uma pessoa em sã consciência faria. Lhe mandei outra mensagem:

"Podemos sim, onde?"

Se eu era louca? Não, só não queria esperar a vida toda por aquele cabeça de alga. Pouco tempo depois, Lee respondeu.

"No central park, pode ser?"

Percebi que Percy estava me olhando com curiosidade.

"Sim, já te encontro lá (:"

Caminhei até ele e lhe disse:

– Pode me deixar no Central Park?

– Por que?

"Porque vou me encontrar com um garoto que provavelmente gosta de mim, mas eu não gosto dele. É que o cara de quem eu gosto é tão lento que ainda não percebeu que sua melhor amiga o ama!" pensei, mas respondi:

– Vou ver Lee.

Percy torceu o nariz e fez um sinal para mim entrar no carro.

O caminho até o Central Park foi silêncioso. Quando Percy estacionou o carro, apenas disse:

– Se acontecer alguma coisa, me lige.

Eu realmente amava toda aquela preocupação, deixava ele ainda mais fofo. Fiz que sim com a cabeça e sai do carro.

Caminhei um pouco e logo reconheci Lee pelo cabelo. Normalmente eu o via de boné na escola, mas sabia que aquele era ele. Estava de costas para mim. Cheguei mais perto e lhe dei um cutucão. Ele levou um susto, mas abriu um sorriso quando meu viu.

– Olá Annabeth. - ele me disse dando um beijo em minha bochecha.

– Olá Lee. - eu disse meio sem graça.

– Então, você já comeu alguma coisa?

Tinha esquecido completamente que ainda não tinha almoçado. Senti meus estômago resmungar que estava com fome. Fiz que não com a cabeça.

– Gosta de cachorro-quente? Não é nada romântico mas...

– Eu amo cachorro-quente. - eu disse o interrompendo.

Ele me levou para uma barraquinha, onde, segundo Lee, faziam o melhor cachorro-quente da cidade. Compramos um médio de cada. Coloquei tudo que tinha direito, milho, ervilhas, ketchup, maionese... estava apetitoso! Comemos nossos cachorros-quentes com vontade, ele também parecia estar com fome. E comversamos também, fiquei sabendo que ele tem três irmãs mais velhas, que tem o nome de seu pai, e que trabalha em uma loja de cosméticos. Contei à ele sobre meus pais, que eles eram separados, sobre minha madrasta e meus dois meio-irmãos. Até que era fácil conversar com ele, Lee era um cara legal.

Após comer, demos mais umas voltas e uns beijos. Tenho que admitir, ele beijava muito bem. Continuamos andando de mãos dadas pelo parque. Mas eu tinha me esquecido de um detalhe, ainda tinha que contar para minha mãe sobre ele, e não tinha a mínima ideia de como ela reagiria.


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Notas finais do capítulo

Por hj é só sweets, espero que tenham gostado. Até amanhã (: