Epilogo

Uma semana depois.

Tinha se passando uma semana depois daquele dia longo e conturbado. Giovanna estava em seu quarto, contemplando seu filho dormir no berço, enquanto ouvia o chuveiro ser desligado e alguns minutos depois Seth entrar no quarto. Layla estava deitada em sua cama, enquanto sua pequena filha dormia nos braços de Jacob, que estava sentado numa poltrona observando a namorada.

As coisas naquele dia acabaram normais, os bebês estavam bem e saudáveis, igualmente a suas mães, que depois do susto, Layla parecia que nem tinha sofrido para ter seu bebê. Só que mais tarde naquele dia, foi que Layla percebeu que nem tudo estava normal. Depois de levantar e ir no banheiro tomar um banho, a garota percebeu uma marca perto do seu peito esquerdo. Parecia uma mordida, mas tinha o formato de uma lua e quando tocou na marca, sentiu-a queimar por um momento e depois voltar ao normal, mas como não sabia o que era deixou de lado.

Ela saiu do banheiro e foi para seu quarto, onde Jake ninava a filha. Os dois ficaram lá perto da filha, ninando-a e contemplando-a, ate que um barulho chamou atenção de Layla, mas não era qualquer barulho, era passos e quando ela chegou na porta, não viu ninguém por ali e resolveu voltar pra perto de Jacob, mas os passos não pararam e junto dos passos ela ouviu vozes e não qualquer vozes, era a voz de Charlie e Leah.

Só por curiosidade, Layla caminhou ate a janela e colocou a cabeça para fora, vendo Charlie e Leah vindo em direção a casa, mas o que a surpreendeu foi a distancia deles.

– Lay, está tudo bem?

– Acho que sim - ela disse se virando para o namorado

– Por que acha?

– Você está ouvindo alguma coisa? - Jake prestou atenção e assentiu - O que?

– Que daqui a dez minutos Charlie e Leah vão bater na porta.

– Pois é. - ela assentiu - Eu ouvi também.

– Como assim ouviu também?

Depois daquela pergunta, Jake chamou seu pai e todos os lobos e o pessoal do conselho, alguma coisa tinha acontecido.

Se já não bastasse aquele dia ter sido tenso, ele estava mostrando que ia ser longo também. Vieram perguntas do tipo: 'Como Billy sabia que o parto não ia ser tranquilo' 'Como ele sabia que tinha que colocar o bebê com a mãe' 'Por que Layla tinha uma marca' 'Como ela conseguia ouvir coisas ao longe'.

Billy e nem ninguém tinha uma resposta clara, apenas teorias. Billy contou o que sentiu a nove meses atrás, que a gravidez das duas queria dizer algo mais e que não sabia o que ia ser essa algo mais, ele apenas sentia. Toda essa novidade, mexeu um pouco com o conselho e com Layla, mas eles decidiram que o melhor seria viver um dia de cada vez.

Agora Layla não apenas tinha uma audição melhor, como o olfato e visão também tinha sido aguçados. Giovanna cogitou que Layla era quase como uma loba, apenas sem a parte da transformação e tambem disse que a marca, era a mordida da filha, a mesma coisa que trouxe Layla de volta a vida. Ninguem acreditou nessas teorias de Giovanna, apenas ela, Layla, Seth e Jacob.

A morena estava aceitando qualquer coisa, se isso queria dizer que ela viveria para sempre com Jacob, o que era algo que ninguém ainda sabia.

Um mês depois.

As casas que Jacob e Seth começaram a construir para suas famílias estava quase pronta, só faltava alguns detalhes. No proximo domingo seria o batizados dos bebês. Giovanna estava sentido-se a mulher mais feliz do mundo e se antes ela achava que nada pudesse fazê-la amar alguem mais que Seth, descobriu estar muito enganada, seu filho, o pequeno Henry era a coisa que ela mais amava na vida, sendo seguido de Seth, é claro. Layla estava sentindo a mesma coisa pela a sua pequena Sarah, que era muito parecida com Jacob.

Depois do batizado, teve um grande almoço no quintal da casa do Sam e da Emily. Todos os lobos e suas mulheres estavam presentes, todos do conselho tambem e o unico sentimento ali era de amor e carinho. Giovanna, que estava com seu filho no colo, olhava tudo emocionada e sem palavras. Ela não conseguia acreditar que tudo ali era mesmo real, que estava construindo uma vida ao lado do homem que amava.

Ao parar para repassar tudo o que viveu e passou, uma lagrima desceu de seu rosto e um sorriso brotou em seus lábios. Tudo tinha iniciado numa outra cidade, longe dali e longe daquela cultura e de suas lendas. Se Giovanna estava tão feliz com a familia que fazia parte e estava construindo, era por causa do mundo novo que ela conheceu, ao qual ela nunca imaginou que existia ou que algum dia iria fazer parte.

Henry fez manha e chamou atenção da loba, que sorriu e acariciou aquele rosto moreno e tão parecido com o pai. O bebê sorriu de volta e outra lagrima desceu, então risadas altas soaram mais pra frente e Gi levantou a cabeça, encontrando os garotos brincando um com o outro, enquanto as mulheres conversavam e os mais velhos trocavam historias.

– Bem vindo ao seu novo mundo, meu filho. - ela sussurrou e Henry retribuiu com outro sorriso

– Gi.

O nome dela soou ao longe e ela viu a amiga chamando-a, a loba caminhou ate lá e ao passar por Seth, encaro-o e sorriu, sussurrado e recebendo um: Eu te amo.

Giovanna sentou ao lado da amiga e introduziu-se naquela conversa que elas estavam tendo, esquecendo do passado e do futuro, se concentrando apenas no presente, por que, no momento, era o que mais importava.

Fim