A casa foi se aproximando e Giovanna já podia ouvir a conversa que rolava lá dentro. Seth saiu ao sentir o cheiro da namorada.

 -Estava esperando a gente? – Layla perguntou sorrindo

 -Claro. – Seth respondeu abraçando Gi

  Os três entraram e Seth já foi apresentando as pessoas que estavam na sala.

 -Gente essa é a Layla. – Lay sorriu pra  todos um pouco envergonhada. – E esses são os meus amigos.

  Seth falou o nome de todos os lobos e depois sua mãe apareceu ali na sala e também foi apresentada.

 -Bastante amigos. – Lay sussurrou para Giovanna

 -Isso por que nem são todos que estão aqui. – Paul disse do sofá e Layla acabou se espantando

 -Como você ouviu? – ela perguntou olhando pra ele e depois olhou para Giovanna.

 -Er... – Paul não soube o que falar e procurava uma resposta.

 -Oi Lay. – Embry entrou na casa falando

  O que foi bom, já que ela acabou esquecendo da resposta de Paul. Todos suspiraram aliviados e Sam repreendeu Paul com o olhar. Depois disso a reuniãozinha na casa do Seth se seguiu normal e agitada. Layla escutou as historias dos meninos quando crianças e acabou ate esquecendo dos seus problemas.

  Ela e o Embry conversaram bastante, fazendo os meninos perceberem o que rolava e serem motivos de piadas. Quando ficou tarde, alguns foram embora.

 -E o Jake? – Gi perguntou

 -Ele não sabia se viria. – Seth respondeu

 -Não foi dessa vez que eu o conheci. – Layla disse

 -Terá outra oportunidade. – Sue falou sorrindo

 -Será que ele não se sentiu bem? – Layla perguntou um pouco preocupada

 -Não deve ser isso. – Gi respondeu sorrindo. – Acho que ele só estava indisposto

 -Ainda mais agora sabendo que a Bella vai se casar. – Quil comentou e logo percebeu que falará demais também

 -Bella é aquela por quem seu primo é apaixonado? Não sabia que ela já tinha outro e que vai se casar.

 -É uma historia um pouco complicada

 -Ah. – Layla disse apenas e ficou pensando.

  Ela sentia que tudo que envolvia as pessoas que ela conheceu e ate mesmo a sua prima era algo complicado e que eles viviam fugindo das perguntas. Layla ficou com uma pulga atrás da orelha com o que acontecia em La Push e sem falar no sentimento estranho que surgiu desde que ela chegará à reserva ou todas as vezes que alguém falava no primo da amiga.

  Embry percebeu que Layla tinha ficado quieta de repente, então resolveu puxar assunto. Ele começou a fazer perguntas, mas percebeu que ela estava um pouco aérea e ficou curioso para saber o que tanto ela pensava.

  Giovanna também percebeu que a amiga estava um pouco longe e resolveu que já estava na hora de ir embora. Se despediu dos que ainda estavam ali, chamou a amiga e foi pra casa.

  No caminho de volta Giovanna achou que Layla ia perguntar coisas ou comentar algo, mas ela foi em silencio, o que era estranho vindo de Layla, mas Giovanna deixou pra conversar com ela outro dia.

  Tinha se passado uma semana e Giovanna conseguiu fazer com que Layla não percebesse nada estranho que acontecia ali, mas a cada dia Gi percebia a amiga estranha e perdida em pensamentos, varias vezes tentou descobrir o que era, mas Layla não dizia nada. Por um momento achou que podia ser saudades de casa ou da mãe, mas percebeu que não era.

  Ate com Embry ela estava estranha, não fazia mais perguntas sobre ele e nas vezes que ele viera visitá-la, não mostrou interesse como na primeira vez.

  Era um domingo e Giovanna, como teve ronda a noite toda, acabou acordando tarde e quando saiu da cama, percebeu a casa em silencio. Ela tomou um banho e desceu, chegou à cozinha e viu sua mãe fazendo bolo.

 -Oi filha

 -Oi Mãe, cadê todo mundo?

 -Seu pai foi ate Forks e a Layla saiu pra andar, acho que ela ia ate a praia.

 -Okey, vou comer e ir procurar a Lay.

  Laura assentiu e voltou a fazer o bolo.

  Como não tinha conseguido dormir direito e acabou acordando cedo, Layla resolveu ir dar uma volta pela a Reserva, já que ela conhecia pouco daquele lugar. A semana que ela tinha passado ali, ela tinha só observado. Alguma coisa na reserva ou nos habitantes não era normal. Ela podia ser quieta, mas não era boba. Ela percebia que algo acontecia e que Giovanna e seus amigos escondiam algo.

  E ainda tinha os sonhos e a sensação de que alguém esperava por ela. Como se toda vez que ela saísse de casa, ela já tivesse um lugar pra ir. E os sonhos, toda a noite era o mesmo, um rapaz alto de pele morena avermelhada no meio da floresta sorrindo pra ela, um sorriso enorme, encantador, como se fosse a luz do sol. Ele estendia a mãe em sua direção e a chamava, e ela ia como se o seu chamado fosse importante.

  Quando percebeu, Layla já tinha chegado à praia, ela tirou seu sapato e andou pela areia, sentindo seus pés molharem na agua salgada do mar. Ela limpou sua mente e sentiu o vento bater em seu corpo. Ela sentia uma sensação de liberdade, uma paz.

  Depois de andar bastante, sentou na areia e ficou encarando o mar, fechou os olhos e uma imagem veio em sua mente, o mesmo rapaz do seu sonho, ela não sabia dizer quem era ou se conhecia, já que seu rosto não aparecia com perfeição, mas ela sentia que ele estava perto.  Por diversas vezes pensou que podia ser Embry, já que sentiu algo forte por ele, mas quando o via ou falava com ele, era como se ele não fosse o certo ou que algo faltasse.

  Cansada de ficar ali e com o frio aumentando, Layla resolveu ir embora. Levantou, limpou sua roupa e voltou a andar, com os pensamentos longes, Lay chegou à estrada que levava a casa de Giovanna. Alguns passos mais a frente, Layla viu dois dos meninos que conhecera na casa do Seth, eles saiam de uma casa vermelha, mas isso não era nada, o que chamou atenção de Layla foi que eles estavam indo pra floresta e da floresta estava saindo Giovanna, Layla ficou olhando eles se encontrarem no meio do caminho e do nada, Gi virou com tudo e saiu correndo e os outros garotas foram com ela.

  Layla resolveu seguir, mas quando passou em frente à casa vermelha, ela sentiu algo a puxando pra lá e resolveu ir, ela bateu na porta e esperou, alguns minutos depois, ela caiu em si e deu a volta pra ir embora, só que a porta foi aberta e seus olhos se prenderam a um par de olhos negros e brilhantes.