Just In One Direction escrita por CostaSalazar
No dia seguinte, quando Mónica estava a sair da sua última aula, viu o carro de Dylan parado mesmo em frente à universidade. Ela fez de conta que não viu e continuou o seu caminho normalmente.
- Mónica! Mónica! – Chama-a ele pelo vidro do carro.
Ela olhou para trás e caminhou lentamente até ao carro.
- Diz Dylan. - Disse-lhe ela secamente.
- Mónica, não me trates assim. Eu sei que fui estúpido contigo, mas tu também sabes que te amo.
- Dylan, poupa-me o discurso de namorado arrependido. Fizeste merda, acredito que me ames, mas tens de perceber que não é assim que se reage com as pessoas por simples perguntas de preocupação. Não é para te controlar que faço essas perguntas, é porque gosto de ti e tento perceber o que se passa contigo quando noto que andas diferente.
O rapaz saiu do carro, encostou-se à porta depois de a fechar e olhou para a namorada, puxando-a de seguida para si e envolvendo-a por entre os seus braços.
- Anda cá…
Ela esboçou um sorriso.
- Desculpa amor. Eu amo-te muito, muito, muito!
Na quarta-feira seguinte, Gina e Harry estavam a namorar, sentados num banco da universidade, antes de irem almoçar: ele ia almoçar com os rapazes, e ela com Lúcia.
- Hum. É o meu. - Constata o inglês, pegando de seguida no seu telemóvel. Ele começou a ler a mensagem e ficou surpreendido. - Não sei de quem é esta mensagem...
- Não sabes?!
- Não. Não tenho este número.
- Deixa-me ver.
- Não vais ficar muito...
- "Quando repetimos a noite passada?"?! - Interrompe-o ela. - Que merda é esta?
- Eu juro-te que não sei! Deve ter sido engano. Eu não conheço esse número.
- É... engano... Achas que eu sou burra?! E não respondas, é uma pergunta retórica. - Disse ela com a sua típica expressão facial. - Era por estas merdas que eu não queria gostar de ti. Ao que parece o que a Caroline me contou não era totalmente mentira!
- Eu juro por tudo que não sei do que é que esta mensagem está a falar! Eu até ligo para este número para ter a certeza que foi engano. E para além do mais, podes perguntar aos rapazes se eu estive ou não em casa. Acredita em mim, por favor...
Gina manteve-se calada. Engoliu em seco e olhou-o nos olhos por segundos. Depois voltou a olhar para o chão. Harry não aguentou e ligou para aquele número, porém ninguém atendeu.
- Vês? Se fosse para mim, tinham-me atendido!
- O telemóvel podia estar em silêncio...
- Eu estou a dizer-te a verdade, caralho! Acredita em mim!
- OK! Eu espero bem que estejas a dizer a verdade.
- Sou bastante fiel. Até podes perguntar à minha mãe... - Eles riem-se. - Se estou contigo é porque te amo... Não vais ficar amuada, pois não?
Ele começa a beijá-la na cara fazendo-a rir.
- Pára... Agora tenho de ir, a Lúcia já deve estar à minha espera.
- Eu logo ligo-te. E espero que me atendas.
- Achas? Vou fazer como a moça desse número. - Brinca ela, despedindo-se dele com um sorriso.
-x-x-x-
Entretanto, Louis andava à procura de Danielle. Lembrara-se de que o seu amigo Josh precisava de mudar de casa e sabia que a Danielle era de confiança, tal como o amigo. Se ela não se importasse com o facto de dividir a casa com um rapaz, talvez pudesse ser uma boa opção. Por isso, depois de sair do teatro, dirigiu-se de imediato à casa de Danielle. Tocou à campainha e esperou.
- Danielle, estão a tocar à campainha! – Grita da sala a amiga.
- Vai abri-la se fizeres favor Lú. – Pede a rapariga dos caracóis da cozinha.
Lúcia dirigiu-se à porta e paralisou quando viu Louis. O rapaz teve a mesma reação.
- Louis…
- A Danielle? – Interrompe-a ele decidido.
A inglesa chegou nesse momento e sentiu a tenção dos dois amigos.
- Estou aqui… Louis.
- Eu precisava de falar contigo.
- Eu deixo-vos. Eu vou até casa. – Despede-se Lúcia.
- Vai. Eu logo apareço lá para jantar como combinado.
- Ok. Xau Louis.
Ele ignorou a despedida dela.
O rapaz de Doncaster entrou e os dois sentaram-se no sofá. Ele falou-lhe de Josh. Danielle não o conhecia mas ficou a pensar que talvez fosse uma boa ideia. Se Louis confirmava que era bom rapaz…
- Mas eu vou pensar Lou. Eu amanhã na faculdade digo-te alguma coisa para falares ou não com ele.
- Se aceitares eu apresento-te a ele já amanhã. Mas agora tenho de ir. Fica bem Danielle.
- Tu também Louis. E obrigada.
Os amigos despedem-se com dois beijinhos e ela fechou a porta.
-x-x-x-
Depois do jantar, Raquel sentiu saudades do namorado. Andavam muito distantes nos últimos tempos. Desde a noite de ano novo que a evitava de todas as formas possíveis. Telefonou-lhe. Do outro lado, Liam, deitado na cama a ouvir música no seu telemóvel, reparou na chamada mas não respondeu. Não queria falar com ela. Começava a odiar a forma como Raquel o perseguia. Achava impossível que ela não tivesse já notado que ele não estava interessado em aturá-la.
Horas depois a campainha tocou na casa dos rapazes.
- Raquel!
- Olá borrachinho. – Cumprimentou Raquel o Zayn na sua forma habitual de o tratar desde que o conhecera.
- Entra totinha…
- O Liam?
- Acho que está no quarto. Eu vou chama-lo. Podes ir para a sala, está lá o resto do pessoal.
Quando Zayn o chamou, Liam ficou furiosíssimo. Não lhe apetecia de todo falar com ela. No entanto, agora tinha de lhe falar.
- Olá Raquel. – Cumprimenta-a ele pouco entusiasmado ao chegar à sala.
- Liam! – Corre ela para ele dando-lhe um beijo. O rapaz desviou de seguida a cara.
- Anda para a cozinha, falamos lá.
Os amigos ficaram todos a olhar. Não sabiam o que se passava entre aqueles dois, mas já tinham notado que não eram o mesmo casal de antes. Entretanto os dois foram para a cozinha.
- Liam, o que se passa afinal? Acho que mereço uma explicação.
- Não se passa absolutamente nada.
- Estás a fazer-me de estúpida? Liam, eu telefono-te tu não me atendes, ando atrás de ti na universidade e nada… Eu já nem sei se namoramos se não…
- Ó Raquel, a única coisa que te posso dizer é que o melhor que temos a fazer é afastarmo-nos por um tempo.
- É isso que queres?
- Não. É isso que eu preciso.
- Muito bem. Para estares sempre com as tuas crises temperamentais, mais vale, mesmo.
Sem mais palavras, Raquel saiu disparada da cozinha e depois da porta de entrada. No fundo ela já estava preparada para aquilo. Todos os que estavam na sala ficaram a olhar. Aqueles dois eram de estremos: ou andavam colados ou a quilómetros de distância.
- Que se passou Liam? – Preocupou-se Harry.
- Nada.
Notava-se na face de Liam uma expressão de alívio e nem um pingo de preocupação. No seu interior sentia-se livre. Estava agora decidido a conquistar Danielle. Sabia que não ia conseguir tirá-la da cabeça e estava disposto a lutar por ela contra todas as consequências. Acontecesse o que acontecesse, pelo menos tinha tentado. Era Danielle que ele amava, era a ela que lhe tinha de demonstrar o seu amor.
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