Just In One Direction escrita por CostaSalazar


Capítulo 89
Capítulo 89


Notas iniciais do capítulo

Mais um casal!! *o*



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-Já estás em casa loira? – Surpreende-se Mónica.

- Eu não fui. – Resmunga Débora.

- Ah?!

- Um ordinário de um camelo de cabelo oxigenado trancou-nos dentro do elevador! Estou com uma raiva que nem consigo dormir!

- Ui… Já vi que mete Niall. Acredita que já estou ansiosa para saber disso tudo, mas o sono é bem maior! – Diz a rapariga bocejando. – Acho que era bem capaz de adormecer enquanto falavas, por muito que tenha a certeza que seja uma história emocionante. Vou dormir e tu devias fazer o mesmo. Já são quase três e meia da manhã.

- Vai lá, vai. Até amanhã.

Mesmo com os percalços ocorridos na festa, havia quem se tivesse divertido. Todos os rapazes chegaram de manhã a casa, uns mais tarde que outros. Por isso, todos acordaram de tarde. A preocupação deles era já o jantar.

Zayn acordara bem disposto. Além de tudo, conseguira divertir-se na noite anterior e começava a mentalizar-se em esquecer a Sofia. Iria custar, mas era o remédio.

- Vamos buscar o jantar a algum lado? – Pergunta Zayn a Liam.

- Contigo? Acho que não.

- Ah?! Estás-te a passar meu? O que é que eu te fiz?

- A mim nada. Mas beijaste a Danielle.

- E o que é que tu tens a ver com isso?

- Não quero que a magoes como da outra vez.

Zayn riu-se.

- Foi só um beijo, não nos vamos casar. Mas o que é isso afinal? Ciúmes? Tu não andas com a Raquel?

- Já te disse que não quero que magoes a Danielle. Já chegou da outra vez.

- Oh Liam… Tanto eu como ela, ontem, não sabíamos o que estávamos a fazer… Aconteceu. Mas não vai voltar a acontecer.

- Já estás avisado. Não quero que faças a Danielle sofrer.

- Está bem. Agora já podemos ir comprar o jantar?

As portuguesas estavam a jantar. As amigas de Lúcia tentavam de tudo para a animar, mas não resultava.

No final da refeição, Lúcia foi para o seu quarto. 

- Su’, pega nas tuas coisas. Vamos à casa do Louis. – Avisa Gina.

- Eu tenho que ir porquê? Deve estar lá o Zayn, eu não quero vê-lo… Tu sabes.

- Nem penses que vou sozinha. Vens comigo e acabou-se

- Gina! – Surpreende-se Harry vendo a namorada, beijando-a de seguida.

- E não se cumprimenta as amigas? – Intromete-se Sofia.

- Claro, claro. Olá Sofia. – Cumprimenta-a ele, virando-se novamente para Gina. – E quê, vieste visitar-me?

- Não. Preciso de falar com o Louis. Ah! E a Sofia com o Zayn.

- Eu com quem?! Pensei que íamos as duas falar com o Louis!

- Ups… Harry, onde está o Louis?

- No quarto. Entrem.

- Sofia? O que fazes por aqui? – Pergunta-lhe Niall.

- Veio falar com o Zayn. – Responde de imediato Gina. – Não a deixes sair enquanto ela não falar com ele.

Entretanto Harry foi começar a arrumar a cozinha deixando os dois amigos a sós.

- Louis? Posso?

- Entra...

- Achas que podemos falar? Sobre a Lúcia?

Louis deitou-se na cama de barriga para cima e levou as mãos à cabeça.

- Eu não quero falar sobre ela.

- Porquê? Já ouviste o que ela tinha para te dizer pelo menos?

- Já e não acredito. Ela traiu-me!

- Mas o que é que tu viste? Um beijo. Mais nada. E ainda por cima foi ele que lhe deu um beijo, não ela. Aquilo não significou nada para ela.

- Tu és amiga dela, é claro que a vens defender e fazer com que ela tenha razão.

- Achas que só estou aqui porque sou amiga dela? Ela nem sabe que eu vim aqui para começar. E depois, eu estou aqui porque sei que ela gosta de ti, e que tu gostas dela. Vocês não podem ficar chateados por uma coisa que não teve significado nenhum. Conheço-a há muito tempo e sei que ela não é capaz de traição. Principalmente a ti Louis...

- Eu... Eu não sei... Preciso de pensar.

- Está bem. Eu entendo. Xau, Louis.

- Vou chamar o Zayn, então. – Avisa Niall.

- Não! – Exclama Sofia. – Espera…

A portuguesa estava com receio de enfrentar Zayn. Não sabia como olhar para ele. Na noite anterior tinha-se magoado já o suficiente. Olhar para a cara dele, relembrar os bons momentos e ao mesmo tempo os lábios dele a cruzarem-se com os de Danielle era angustiante. Niall estava a falar com ela mas ela nem o ouvia. Por fim voltou a si e só o ouviu dizer qualquer coisa como “… vais-te passar quando eu te contar!”. No mesmo momento, Zayn vem do quarto para a cozinha. Ela, que estava na sala, viu-o passar no corredor. O coração bateu mais forte. O irlandês reparou que a expressão dela mudou completamente.

- O que se anda a passar contigo, Sofia? Contigo e com ele… É que ele desde que chegou de Bradford, ninguém o aguenta! Tanta coisa, tanta coisa com o vosso encontro no dia de Natal e no final, passados uns dias de desencontro entre vocês, ficais ambos de fuças. Eu espero que não se tenham magoado… Essa vossa relação dá-me a volta à cabeça de tão complicada.

- O que se passa é que tu tinhas razão. Eu andava a iludir-me. Ele não me quer. – Enfatiza a portuguesa o “me”. - Ele quer-me também a mim. Como às outras… Mas depois falamos disso. E relativamente às fuças dele, não sei. Deve ter levado com os pés de alguma mais esperta.

Niall ficou a olhar para a amiga, que ficara com as lágrimas nos olhos ao dizer aquilo. Imaginava que Zayn já tinha feito das dele. Mas porquê que ela tinha brincado com o fogo, sabendo que se poderia vir a queimar? Ele tinha-a avisado para ter cuidado…

Zayn saiu da cozinha e, ao passar no corredor, viu Sofia na sala. Não sabia bem se devia desprezá-la ou falar com ela, mas acabou por tomar coragem e levar o acordo deles à letra. Entre eles, nada de compromissos, nada de sentimentos. Era isso que tinha de acontecer dali para a frente. A parte do “só sexo” é que talvez tivesse de acabar. Ele não ia aguentar… Entrou na sala. Não ia dar parte fraca agora. Não podia mostrar que tinha gostado dela… por muito que ainda continuasse a gostar. Mas tinha de a esquecer e continuar a levar a sua vida de antes.

- Olá Sofia, por aqui? – Cumprimenta-a num tom de voz um pouco cínico.

- Olá Zayn.

- Bem, eu vou comer qualquer coisa. – Retira-se Niall encontrando-se com Gina no corredor. Ambos dirigiram-se para a cozinha.

Zayn sentou-se frente à morena dos caracóis. Um silêncio tenebroso reinou entre eles durante uns escassos segundos que pareceram largos minutos.

- Então e o Vitor? – Pergunta ele no mesmo tom com que a cumprimentara?

- O que tem o Vitor?

- Está tudo bem entre vocês?

- Entre mim e o Vitor? Está. Ele voltou ontem para Portugal. Tipo, ele está na vidinha dele e eu na minha. Não temos mais nada um com o outro.

- Ai é? Ninguém diria.

- Zayn, o que é que estás a insinuar? Eu não estou a entender…

- A insinuar? Nada. Apenas pensava que tu e ele tinham voltado.

- Deves pensar que eu sou do género de andar com cinquenta ao mesmo tempo… - Insinua ela.

- Eu não disse isso. E que eu saiba não terias mais ninguém para além dele. Mas podias ter… Não tens nada que te impeça disso. Eu não te impeço.

- Mas não Zayn. Isso é coisinha que ainda não aprendi contigo. Por muito que te esforces para me ensinar.

- Ah? Não percebi.

- Não percebeste? Não? Eu explico. – Sofia não consegue conter as lágrimas. – Eu não sei porquê, mas, feita burra, comecei a acreditar que talvez pudesses sentir alguma coisa por mim. Acreditei mesmo! Tantas vezes lá em casa, as saudades, as nossas conversas, a tua surpresa… Só que afinal enganei-me. Eu não passava de mais uma para ti. Mais uma na interminável lista de Zayn Malik, o maior mulherengo de Bradford! A burra aqui é que pensou que talvez o teu coração pudesse ter conhecido o amor… Agora já caí em mim. Tu não te moves pelo coração. Só espero que a Danielle não venha a sofrer o que eu estou a sofrer.

Zayn ficou perplexo pelo que ela lhe estava a dizer. Ao que parecia, ela tinha visto o beijo dele com Danielle na noite anterior e tinha ficado com ciúmes porque ela amava-o, tal como ele a amava. Mas algo não batia certo naquela história: o Vitor.

- Eu não tenho nada com a Danielle.

- Pois não, não tens. Tu não tens nada com ninguém.

- Tenho sim. Tenho, ou tinha. Contigo. Até te ver deitada no ombro daquele portuguesinho de merda. Até te ver aos beijos com ele. Achas que eu fiz a todas as gajas com quem andei, aquilo que eu te fiz a ti? Achas mesmo que abandonava a minha família em Bradford no dia de Natal para vir passar apenas umas horas com uma gaja qualquer? Achas que eu ia passar dias na conversa com uma gaja que só me interessasse para sexo? Que eu ia sentir saudades de uma qualquer? Não. Só de uma. De alguém muito especial. A única que fez o meu coração bater mais depressa. A única que já me fez gaguejar, ter vergonha de dizer certas coisas corriqueiras. Aquela que me fez arrepiar. A única especial que me apareceu na vida até hoje… Tu. Por isso, não te enganaste quando pensaste que gostava de ti. Eu no fundo também fiz de tudo para que percebesses. Mas a ideia não era caíres nos braços do primeiro enquanto eu estivesse longe. Imaginas o que eu senti ao chegar ao teu prédio e ver-te ali mesmo na rua com ele àquelas horas? O que tu vieste ontem não passou de um desespero. Tinha bebido já um bocadinho, mas a desculpa não é essa. Eu estava carente e ela também. Falamos de muita coisa e inclusive no passado. A Danielle teve em tempos uma grande paixão por mim. E eu cheguei a dar umas voltas com ela. Era o antigo Zayn. E com isso tudo deixamo-nos levar pelas emoções. Mas logo acabamos com aquilo e rimo-nos das nossas figurinhas. Ela já não gosta de mim e eu já não sou esse Zayn de andar com todas. Não porque eu simplesmente tivesse mudado. Tu mudaste-me.

- Zayn, eu não estou com o Vitor. Foi ele que me beijou. Eu não me lembro ao certo do que se passou. Eu apanhei uma borracheira de todo o tamanho. Quando acordei nem podia com as dores de cabeça. Mas foi ele que me beijou. Eu não me lembro de nada do que eu fiz, mas tenho a certeza que não fui eu, porque eu nunca o beijaria. E sabes porquê? Porque eu quero-te a ti. Ele é passado.

Ambos tinham feito asneira. Ambos contribuíram para toda aquela confusão. Mas havia amor entre os dois. Ela chorava. Ele aproximou-se dela. Abraçou-a e deu-lhe um beijo na cabeça.

- Porque não esquecemos tudo isto, Zayn? Eu não quero estar longe de ti. Eu preciso de ti.

Ele olhou-a nos olhos e de seguida puxou-a pela mão. Pegou na chave que estava na porta de entrada e saiu do apartamento. À beira do elevador estavam as escadas. Eles subiram-nas e chegaram a uma porta que ele abriu. Estavam no terraço do prédio. Caiam alguns flocos de neve e estava algum frio, mas não tanto quanto o costume. A Lua em quarto minguante estava perfeita. Zayn apontou para a Lua e falou para Sofia:

- Foi a ela que eu pedi para te ter. Vai ser perante ela que finalmente vais ser minha. Eu não quero mais confusões. Só te quero a ti ao meu lado. Quero poder falar na “minha namorada”. Eu amo-te e sei agora que também me amas. Não te vou deixar fugir e também não vou fugir mais. Queres ser a “minha namorada”?

Ela abriu finalmente um sorriso com os olhos cheios de lágrimas agora de alegria. Era como se dentro dela existisse fogo-de-artifício. A maior felicidade de sempre.

- Quero, quero, quero! É o que mais quero. Amo-te tanto Zayn!

Os dois beijaram-se e sentiram-se o centro do mundo. Naquele momento eram eles e nada nem ninguém mais. Tudo começava ali.


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