Just In One Direction escrita por CostaSalazar


Capítulo 6
Capítulo 6




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Depois de uma noite pouco dormida, Sofia acordou com ideias bem fixas: não pensar mais no que tinha acontecido na noite anterior e muito menos nele. Tinha uma nova fase da sua vida pela frente e melhor mesmo que a começasse do zero, com a liberdade total para gozar a vida ao máximo em todos os sentidos.

As três amigas encontraram-se no aeroporto, trazendo consigo as famílias e alguns amigos que se queriam despedir delas. Depois das lágrimas das saudades antecipadas das mães, as três sorridentes amigas seguiram para o avião. Infelizmente, as três não podiam ir juntas, apenas duas e o azar calhou a Sofia. As outras duas ainda brincaram com a situação:

- Não te preocupes! O mais provável é ficares à beira de um velho desdentado que vai passar a viagem toda a roçar-se em ti.

Mas alívio o da Sofia quando uma rapariga que aparentava ter mais ao menos a sua idade se aproximou para se sentar à sua beira. A bela loira era simpática. Começou logo por dar conversa a Sofia e acabaram mesmo por falar ao longo de toda a viagem. Chamava-se Débora, tinha 18 anos e, coincidência das coincidências, iria estudar artes da representação na mesma universidade que as outras três. Era bom começar-se desde já a conhecer pessoas que frequentassem a mesma universidade, e ainda por cima também era portuguesa! Gina e Lúcia, que estavam ao lado das outras duas, também se divertiam bastante a ouvir a aspirante a atriz. Tinha realmente jeito para seguir carreira de representação. Era desinibida e muito divertida.

Débora ia então estudar para Londres. Não foi uma decisão difícil pois já conhecia bem a cidade. Os seus tios e a sua prima, que tinha a sua idade e que, aliás, também ia estudar para a University College, viviam lá já há vários anos e ela ia muitas vezes passar lá férias. Ia ter portanto o apoio familiar durante todo o ano, o que a deixava bem mais à vontade. É sempre bom poder-se contar com um parental ombro para as situações mais complicadas que possam surgir.

À chegada a Londres, Gina, Lúcia e Sofia, esquisito ou não, a verdade é que se sentiram em casa. Todos os medos da adaptação que tinham em Portugal relativamente a viver em Inglaterra desapareceram ao respirar os ares londrinos. Estavam preparadas para uma nova vida.

A divertida loira que estava com elas logo lhes apresentou Mónica, a sua prima. Tudo estava a correr bem para as três amigas que, mal tinham chegado, e já conheciam duas portuguesas, o que as fazia sentir-se mais próximas do seu país. Depois das apresentações, as primas seguiram o seu caminho e as amigas o delas.

Ao chegar ao bairro onde iam morar, que, aliás, era próximo da universidade, notaram logo as movimentações académicas, mesmo ainda faltando duas semanas para o início das aulas. Ao que parecia, preparavam a recepção aos caloiros. O prédio também era engraçadinho, mas o que elas realmente gostaram foi o apartamento que tinha uma decoração tipicamente inglesa, muito aconchegante e fofinha. Ainda bem que tiveram a sorte de a universidade as colocar no mesmo apartamento! Seria muito mau se tivessem de ficar separadas.

Bom também foi saber que tinham umas vizinhas simpáticas. Na porta em frente à delas, viviam duas universitárias que, tendo conhecimento de que tinham nova vizinhança, nessa mesma noite tocaram-lhes à campainha para se apresentarem e darem as boas-vindas. A loirinha e baixinha era a Kelly; a outra chamava-se Danielle e tinha cabelo escuro e também encaracolado. Mostrando-se afáveis, as duas raparigas logo convidaram as recém-chegadas para na noite seguinte jantarem na casa delas.

O jantar foi muito divertido e, mais importante que tudo, serviu para se conhecerem e fazerem duas novas amizades. Lúcia ficou muito contente por poder contar com a ajuda de Danielle que também andava em Desporto, sendo, no entanto, do segundo ano. Já Kelly ia finalmente frequentar o primeiro ano de Medicina. É que a fofa loirinha teve de repetir o 12º ano para melhoramento de média. Ela e Danielle conheciam-se precisamente do secundário; tinham sido da mesma turma e eram grandes amigas.

Gina desde que chegara a Inglaterra pensava ainda mais em Harry. Quando andava na rua tentava sempre procurá-lo. Quem sabe ele aparecia ao virar de uma esquina? Eram estes pensamentos e ânsias de o ver que a faziam sentir-se uma completa anormal, mas ela não conseguia controlar. Assustava-a a ideia de poder estar apaixonada por um rapaz que se calhar nunca mais ia ver, por muito que ela tivesse esperança de que ele andasse na universidade; mas era apenas uma esperança, não passava disso. E mesmo que ele lá andasse, quem garantia que ele lhe passasse bola? Se calhar nem se lembrava dela…


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